𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐔𝐄
O REI E O CONSELHO se reuniam pela manhã como de costume. Em sua maioria, eles debatiam coisas banais do reino ou até mesmo ficavam conversando sobre a vida. O governo de Viserys era extremamente pacífico e por isso, não se tinham muitas rebeliões ou confusões a ponto de ser um problema para o monarca. No entanto, o dia requeria um assunto bastante empolgante para o gestor do reino.
Daqui a três luas, seu segundo filho homem, Aemond Targaryen, irá completar 20 dias de vida e tanto ele quanto a rainha estavam extremamente empolgados com a festividade.
Em um acordo entre os dois, eles concordaram que seu filho já estava na hora do matrimônio e como não tinham mais uma filha, teriam que procurar pelo reino uma Lady adequada para o Targaryen. Contudo, por ser um ótimo filho — diferentemente de seu irmão, Aegon, que vivia por aí bebendo e fodendo putas —, nunca lhes dando trabalho, sempre obedecendo as ordens e sendo um ótimo exemplo, concordaram em deixá-lo escolher sua futura esposa. Nem mesmo com a perda de seu olho seu comportamento havia mudado, pelo o contrário, o transformou em uma pessoa mais centrada e, talvez, um pouco calculista.
Por conta disso, Alicent e Viserys, concordaram em deixar o filho escolher a dama que iria de seu agrado, porém isso demorou mais do que eles planejaram. Era de conhecido de todos que Aemond não queria se casar, ele queria ser um guerreiro e acreditava que o amor e família o tornaria fraco. Entretanto, ele era um príncipe e um Targaryen, ele tinha a obrigação de continuar com a linhagem da família e como ele já estava em uma idade má vista pelo reino, o rei concordou com a rainha quando lhe disse que o mais novo tinha que casar, e de preferencia, rapidamente. Então, os dois concordaram em usar a festa para Aemond escolher alguma filha de algum Lorde.
O Rei e a Rainha escolheram a dedo as Casas mais promissoras e que lhes dariam uma excelente aliança no futuro, afinal, não se sabem quando iriam precisar de tal coisa.
Os dois e todo o Conselho passaram as próximas horas da manhã cuidando de todo a festividade. Alicent escolhia as Casas que mais lhe agradavam, Otto escolhia onde cada um ficaria no Castelo, Viserys escolhia as festividades do aniversário e o restante do Conselho debatiam sobre finanças, segurança e estruturas dos convidados.
Para eles, a manhã passara voando.
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— Aemond, querido — Alicent entra no cômodo do filho, o encontrando sentado em sua mesa lendo um livro de forma bastante relaxada. Só sua mãe tinha o vislumbre de o pegar assim em algumas ocasiões.
O príncipe ergue seu olho para porta, encontrando uma rainha sorridente e bastante animada lhe encarando. Ele solta um suspiro fechando o livro enquanto se ajeitava na cadeira, dando total atenção à ela. Aemond percebera pelo seu comportamento que tinha algo haver com o próprio e que talvez, não fosse gostar nenhum pouco.
— Sim, minha mãe — responde calmo.
Alicent caminha até ele em passos apressados e pega suas mãos de forma carinhosa, deixando-o ainda mais desconfiado.
— Seu dia será daqui a três luas — comenta empolgada e Aemond abaixa os ombros, ele devia ter imaginado que seria alguma coisa referente ao seu aniversário — Eu e seu pai decidimos fazer sete dias de comemoração, com torneios, bailes e jantares — ela solta as mãos do Targaryen e as bate empolgadas, observando a feição de tédio de seu filho.
Alicent não se abala e se vira, caminhando pelo quarto enquanto falava os mínimos detalhes de como aconteceria. Ela falava e gesticulava quando se empolgava muito e a rainha, estava muito empolgada. Ela tinha tudo milimetricamente calculado e Aemond tinha vontade de se tacar da janela de seu quarto. Tudo era mais interessante do que ouvir sua mãe falar sobre festas e bailes. Ele não tinha interesse nenhum nisso.
O príncipe solta um bufo ao ver sua mãe começar a andar de um lado para o outro. Ele coloca as mãos na cabeça cansado e desliza pela cadeira apoiando suas costas nela.
— Ah! — Alicent exclama de repente levantando um dedo para o alto, voltando a andar até seu filho que tinha uma expressão desinteressada — Eu e seu pai decidimos que chegou a sua hora, meu filho — pega novamente as mãos dele e sorri amorosamente, fazendo Aemond se endireitar na cadeira e olhar confuso para sua mãe — Está na hora de se casar — responde a pergunta silenciosa dele.
O Targaryen se levanta rapidamente.
— O que? — indaga levemente alto — Sem me consultar antes? — pergunta recebendo o silêncio como resposta, deixando-o mais frustrado — Está falando sério? — Aemond pergunta novamente ainda desacreditado, dessa vez, mais irritado vendo sua mãe acenar com a cabeça, ele bufa colocando sua mão na testa. Ele não queria se casar — E quanto sobre eu escolher?
Alicent endireita sua postura e caminha até ele, colocando uma mão na bochecha do filho, acariciando ela.
— Já passou do seu tempo, Aemond — diz simples, como se fosse a coisa mais normal do mundo — Você irá fazer 20, eu com sua idade já tinha todos os meus filhos — ele retira a mão dela de sua pele e dá um passo para trás, desacreditado.
— Não sou você mãe e muito menos o Aegon — responde tentando manter a calma — Você sabe que sempre quis ser um guerreiro e não um homem casado com obrigações de um matrimônio.
Alicent suspira.
— Eu sei — chega mais perto dele novamente — Por isso que deixamos você livre esse tempo todo, tínhamos esperança que encontraria alguma garota que lhe agradasse e o fizesse mudar de ideia, o que claramente nunca aconteceu — a rainha abaixa os ombros cansada dessa conversa — Você é um príncipe e filho de um rei, você tem que cumprir com suas obrigações de gerar outros herdeiros, é só disso que precisa — ela chega mais perto dele e pega em suas mãos — Encontre uma mulher bonita de boa família, faça alguns filhos nela e cumpra seus deveres, não me importarei se tiver amantes, você só precisa de herdeiros legítimos — responde como se fosse algo simples fazendo Aemond a olhar em choque.
O Targaryen suspira cansado enquanto negava com a cabeça. Ele senta novamente em sua cadeira e pega seu livro, ignorando sua mãe para voltar a ler.
Aemond não tinha escolha afinal, não adiantaria se rebelar igual seu irmão. Ele só tinha que aceitar e torcer para que pelo menos uma chamasse a sua atenção.
O platinado sente um beijo em seus cabelos e não se importa nenhum um pouco. Ele ignora a falsa demonstração de amor e continuou a ler, como se isso nunca tivesse acontecido.
— Estou orgulhosa de você, meu filho, sabia que iria entender — escuta a voz de sua mãe fazendo-o apertar com força a capa dura do livro, deixando as pontas de seus dedos brancas.
Ele não respondeu e também não se moveu.
Alicent abre um sorriso e encara o comportamento do filho como uma vitória, ela se vira para voltar para sair do quarto de Aemond e voltar para os preparativos da festa. Ela era escoltada por seu fiel escudeiro, Sor Criston Cole.
No quarto, o Targaryen espera sua mãe sair para tacar com toda a sua raiva o livro na parede. Ele passa suas mãos pelo seu rosto enquanto respirava fundo tentando entender em que ponto sua vida começou a desandar. Tinha tantos planos que agora sentia todos eles escorrendo pelos seus dedos e isso o deixou cego de raiva.
Aemond sem pensar muito pega sua espada e segue para o campo de treinamento a fim de descontar seus sentimentos em qualquer um que aceitasse lhe desafiar.
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&. Olá seguimores, tudo bem com vocês? Espero que sim.
&. Mais uma história do Aemond saindo do forninho, confesso que estou OBCECADA por esse caolho gostoso e não pude deixar de escrever.
&. Os capítulos serão maiores, prometo.
&. Capítulo não revisado, então se tiver alguma coisa confusa me avisem para eu atualizar.
&. Não esqueçam de curtir e comentar, isso motiva muito.
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