> 13.

13. aquele em que Genevieve está pesquisando


O dia seguinte ao Natal era feriado em toda a Grã-Bretanha, então as irmãs Wheeler tinham o plano de dormir até o meio-dia, almoçar e voltar a dormir mais um pouco. Florence estava cumprindo o plano, dormia de forma torta na cama, abraçava o travesseiro e murmurava algo sobre chocolate e pomos de ouro, Genevieve por outro lado havia acordado tinha meia hora e estava sentada na cama com um lençol sob ela e a ponta da varinha acesa, lia um livro muito grande e fazia algumas anotações no rodapé, não era como se pretendesse devolver o livro. Ao começar o próximo capítulo, seus olhos se arregalaram e ela se controlou para ficar quieta e não acordar sua irmã, Maddie e as outras duas sextanistas que dividiam o dormitório junto com ela.

- Florence! – Sussurrou baixinho e sacudiu a irmã com uma mão enquanto a outra ainda segurava o livro aberto. Florence nem se mexeu. – Florence! – Chamou de novo sem sucesso. Genevieve suspirou, a irmã estava claramente cansada, pois para quem não queria ir ao baile ela havia aproveitado até demais, dançou com George e comeu e bebeu whisky de fogo que alguns setimanistas haviam contrabandeado para a festa, então desistiu e deixou a gêmea lá mesmo.

Seguiu para o banheiro com uma muda de roupas e se assustou ao olhar seu reflexo no espelho. Sua trança tão bem-feita do dia anterior estava toda esfarrapada e bagunçada, Genevieve tinha certeza de que parecia um ninho de pássaros e que se procurasse encontraria algum ovo ali no meio; sua maquiagem estava toda borrada também e a sombra em seus olhos a estava incomodando. A garota desfez a trança com cuidado tentando não piorar a situação e entrou no banho, a água estava quentinha e ela se permitiu demorar lá dentro, sabendo que as colegas de quarto estavam mais mortas do que vivas.

Genevieve colocou o suéter cinza-escuro, o mais quente que tinha, e as calças jeans de lavagem clara, secou o cabelo com um aceno da varinha e os deixou soltos naturais, com suas ondulações caindo perfeitamente pelas costas. Voltou ao quarto e calçou as botas e silenciosamente saiu do quarto com o livro nas mãos e o prisma pendurado em seu pescoço pela correntinha prateada.

*

William sempre acordava com as galinhas, um ditado trouxa que sua mãe vivia repetindo quando o via sair do quarto mais cedo que as crianças da idade dele costumavam acordar, mas naquela manhã ele acordou desorientado, sentia-se cansado, devido a festa, mas feliz, havia sido divertido, Emma fora engraçada e animada em toda a festa. William viu que nenhum de seus companheiros estava acordado ainda, ouvia os roncos sonoros de Rony e Neville e resolveu se levantar. Fez toda a sua higiene matinal e vestiu roupas quentes, pois a neve ainda era densa lá fora, pegou sua varinha e saiu do dormitório. Ao descer ficou surpreso pela quantidade de alunos ali presentes, mas não se atentou muito a isso e seguiu para o Salão Principal.

As mesas já haviam sido recolocadas e alguns poucos alunos se encontravam ali, alguns bocejavam e comiam lentamente o café da manhã, nem mesmo os professores estavam à vista. Mas alguém em especial estava, William franziu o cenho ao ver uma das irmãs sentada na mesa da Lufa-Lufa comendo tranquilamente e lendo um livro maior que ela e que parecia interessante, pois ela nem piscava.

- Acordada tão cedo? Quem é você e o que fez com a minha irmã? – Perguntou ao se aproximar de Genevieve que ergueu os olhos para o irmão e sorriu.

- Olá irmão! – Eve respondeu e apontou para o lugar vazio ao seu lado para que William sentasse com ela. Ele o fez e apontou o livro.

- Prismas? Por que está lendo sobre isso?

Genevieve deu de ombros.

- Curiosidade. O que você sabe sobre eles? – Olhou o irmão por alguns segundos antes de voltar a atenção para o que estava lendo.

William pensou um pouco.

- Não muito, na verdade. Sei que são extremamente raros e as propriedades mágicas não foram muito exploradas.

Genevieve assentiu.

- Aqui diz que pode expandir a magia de quem o usa e infinitas outras coisas, mas não há instruções detalhadas de como fazer isso. – Suspirou frustrada. – O que você acha? Algo como poder criar novas magias?

William ergueu as sobrancelhas perante a pergunta de sua irmã mais velha.

- Não sei. Provavelmente. Seria algo como um canal, talvez? Como a varinha, mas com uma fonte de poder maior.

Genevieve assentiu, os olhos brilhando como se tivesse descoberto um shampoo que deixasse o cabelo de Snape macio. William olhou para Genevieve desconfiado.

- Por que eu acho que você está tramando alguma coisa? E onde está a Florie?

- Florence está dormindo tanto que acho que só acorda amanhã. – Respondeu fechando o livro e levantando-se da mesa. – E eu sempre estou aprontando alguma coisa, William! – Piscou animada antes de sumir do Salão.

*

Genevieve continuou suas pesquisas sobre o prisma quieta, queria contar à irmã e aos Weasley apenas quando tivesse certeza de que sabia como e o que fazer com aquele pequeno objeto. Ela só não esperava que Severo Snape estivesse possesso pelos corredores tentando encontrar quem o estava descaradamente roubando ingredientes para a Poção Polissuco, mas mais ainda, ele precisava saber quem estava em posse de seu prisma e o mais rápido possível. 


















INFORMAÇÕES

Olha quem deu às caras aqui depois de um mês?
E aí gente, vocês estão bem?
Voltei a ativa e trouxe um capítulo pequenininho para vocês por enquanto. Não vou sumir por tanto tempo de novo, prometo.
Votem, comentem (adoro demais ler os comentários, mesmo que eu falhe em responder alguns) e se quiserem conversar comigo meu PV está aberto.
Antes que eu me esqueça é claro: muito obrigada pelos 21K de views gente!!! Da última vez que eu atualizei aqui tínhamos acabado de chegar a 10 e eu tô tão feliz, sério, nunca imaginaria um alcance desse tamanho. Muito obrigada mesmo, amo vocês ❤️

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