3⚡CHAPTER FOURTEEN: INTOCÁVEL

Chapter Fourteen: Intocável

Se Wally seria quem salvaria Jane das mãos de Savitar, ele precisaria continuar a treinar e correr. Barry e Jane haviam marcado uma corrida com ele. Jane foi a grande vencedora. Havia acontecido um incidente em um bar perto das costas em Central City. Jane, Barry e Julian estavam investigando. O corpo estava quase destruído. Parecia já estar dentro de um caixão há anos.

— Meu Deus! — Joe exclamou entrando no bar. — Esse é o cadáver?!

— Sim. Por quê? — Jane perguntou.

— Porque ele morreu há menos de oito horas. — Joe afirmara. Como um corpo em quase estado de decomposição seria um corpo de um morto há menos de um dia? Havia algo errado.

— Oito horas?! — Julian questionou.

— Sim. Ele era o chef daqui. Stuart Holzman. — Joe leu o nome do homem em seu bloco de notas. — O dono confirmou que ele estava trabalhando aqui noite passada. — Joe explicou.

— Houve muita decomposição para um tempo tão curto. — Barry afirmara.

— Eu tenho quase certeza que foi um meta que fez isso. Adivinhem o motivo.

— Sei lá. O quê? — Jane perguntou.

— Encontrei mais uma casca.

— O quê?! — Joe perguntou. — Como assim?! A CCPD não soube disso.

— Achei no lago perto da minha casa. Alertei somente o Capitão Singh para não causar confusão. Eu ainda estou analisando a amostra para descobrir quem é o dono. — Julian disse.

— E se for coincidência? Existem muitas substâncias químicas que podem causar uma reação semelhante à essa. — Jane afirmou.

— Eu duvido muito que seja isso, Alisson West. Qualquer ácido com PH abaixo de dois pode causar isso, mas se for o que diz, pode ser uma forma mais agressiva de fasciíte necrótica.

— É uma doença que devora a carne humana. — Jane explicou para seu pai, que não sabia sobre a doença.

— Em um restaurante?! Nunca mais como fora de casa. — Joe disse.

— A análise vai determinar o que foi.

— Sim. — Julian disse. — Infelizmente, meu pedido de um scanner médico 3D  foi negado. Ele iria apressar o processo.

— Temos um nos Laboratórios Star.

— Alisson West, isso é uma investigação em aberto. Temos um protocolo.

— É só um meio de conseguir mais rápido. Eu e Barry já fizemos isso milhares de vezes. — Jane disse.

— Está bem, está bem. Eu mesmo levarei o corpo até lá.

— Ótimo. — Barry respondeu.

— O quê eles querem descobrir com esse exame, exatamente? — Iris perguntou vendo Julian e Caitlin trabalhando em seu laboratório.

— Descobrir exatmanete o que houve com esse homem. Assim, teremos uma noção maior do que estamos lidando.

— Isso mesmo. Wally, vamos treinar enquanto isso. — Barry disse. — Vou te ensinar tudo que eu sei. A primeira coisa vai ser aprender a vibrar.

— Finalmente! — Wally disse.

— Devíamos criar umas simulações para ajudar o Wallace a treinar e aprender. — HR disse. — Francisco?

— Só uma palavra: Quebracho!

— Eu vou te ajudar nisso, Cisco. Tive umas ideias. — Jane afirmara.

Já haviam se passado duas horas de treinamento e Wally não tinha conseguido. Sempre que tentava atravessar a tábua de madeira, batia nela e caía para sua direção oposta.

— Minha coluna. — Ele disse tentando se reerguer com dor. — Dói como se..

— Tivesse batido em uma tábua de madeira? Acho que sei o motivo.

— E não é uma tábua de madeira qualquer. É um quebracho duplamente reforçado. O material mais duro existente nesse planeta. — Cisco disse.

— Ótima escolha, Cisco. — Wally disse.

— Não deveria importar se é madeira, aço ou rocha. Se você é rápido, atravessa qualquer coisa. — Jane disse.

— Até lava derretida? — HR perguntou aleatoriamente. — Digamos, se você for parar em um vulcão pode ser útil.

— Eu ainda não entendo como vocês fazem isso. — Wally afirmou.

— Quando você vibra na frequência natural do ar, seu corpo, suas células, estarão em um estado de agitação que permitirão que você atravesse a tábua. É bem simples. — Barry afirmou vibrando sua mão para Wally ver.

— Jane, como você aprendeu isso?

— A própria Força de Aceleração me deu velocidade. Eu nem fiz esforço.

— Caramba! Barry, isso não ajudou. Como eu faço isso, exatamente?

— Conecte-se com seu corpo e com o ar. Sinta a eletricidade pura que corre por suas veias e se transforme nela. Você precisa sentir tudo ao seu redor.

— Então, vou rápido e sinto as coisas?

— Mais ou menos isso. — Jane disse.

— Você consegue, Wallace.

Wally se posicionou. Colocava em sua mente que iria conseguir. Começou a sentir tudo ao seu redor. Sentia a eletricidade pulsando por suas veias como também sua respiração ofegante junto de cada mísero som que era feito. Começou a correr até a tábua. A cada passo, mais eletricidade ele sentia. A cada passo, mais sentia tudo ao seu redor. Estava perto de conseguir, quando fechou os olhos. Após isso, tudo que sentiu foi a dor da pancada.

— Doeu. — Wally disse caído.

— Amor, isso não está funcionando.

— Eu sei. HR, o que acha?

— Encorajamento vocal. Você consegue, Wallace! — HR gritou.

— Nem sei por que pergunta alguma coisa para ele. — Cisco disse logo antes de comer um biscoito chips.

Jane e Barry receberam a mesma mensagem. Mais um incidente.

— Eu e o Barry temos que ir para uma cena do crime. Depois voltamos. Se certifiquem de que ele está treinando.

— O corpo foi achado por uma ciclista. É idêntico ao primeiro que achamos no restaurante. — Joe afirmou. — Essa vítima tocou aqui ontem à noite. É um cantor chamado Júlio Mendez.

— Júlio Mendez?! — Barry perguntou. Ele se lembrou do Flashpoint. Lá, Mendez era o capitão da CCPD. — No Flashpoint, ele era o Capitão Mendez.

— No Flashpoint? Espere, você se refere ao universo alternativo que criou ao salvar sua mãe e viveu? Ele trabalhava na CCPD? — Julian perguntou.

— Sim. — Barry respondeu.

— Acha que tem uma ligação? — Jane perguntou. — Que tem com a outra vítima, Stuart Holzman, eu sei, mas acha que tem ligação com o Flashpoint?

— Espere aí. A outra vítima. Stuart Holzman. Alguém tem uma foto dele?

— Tenho. — Julian disse. Ele abriu seu celular e mostrara a foto para Barry.

— Ele era um policial lá também.

— Então esse é o segundo policial morto do Flashpoint. — Jane disse.

— Sim. — Barry respondeu. — Temos que descobrir logo quem ele é.

— Julian, e a casca? Já analisou?

— Já sim, mas não consegui encontrar nada. Acho que o Savitar descobriu um jeito de ocultar o dono de cada casca. Deve ser por isso que até hoje não descobri quem é o meta da outra. Por sorte, acho que se pudermos obter algum DNA residual do agressor antes que o corpo de desintegre, podemos descobrir quem é o cara. — Julian disse.

— Jane, consegue lidar com isso? Eu preciso continuar ajudando o Wally.

— Claro. — Ela respondeu.

— Espere. Barry, filha... Eu queria pedir algo a vocês. A filha da Cecile, Joanie, está na cidade. Ela vai para a faculdade em breve. O que acham de nós e a Iris nos encontrarmos com elas no Jitters? É importante para Cecile e para mim.

— Pode ser. O Wally pode ir também.

— Claro. Pra ele dar uma pausa também no treinamento.

— Café francês para a Cecile. — Joe disse entregando a xícara para ela.

— Obrigada. — Cecile agradeceu.

— Um lattle de chá verde sem lactose para a Joanie. Um cappuccino caramelizado para o Wally, um café expresso pro Barry, um milkshake de café para a Iris e um chocolate quente com café para a Jane. — Joe disse.

— Agradecemos. — Jane disse.

— Você não bebe café, Joanie?

— Eu bebia, mas depois descobri que o café torrado contém níveis cancerígenos de acrilamida, que causam câncer. — Joanie disse.

Joe quase cuspiu o café quente que estava sendo degustado de sua boca.

— Caramba! — Joe disse.

Barry, Jane, Iris e Wally ficaram encarando suas xícaras com olhares assustados e ao mesmo tempo nojentos.

— Joanie, a Cecile disse que você estuda na Universidade de Coast.

— Eu vou começar em poucos dias.

— Legal. O que você vai estudar?

— Ainda não consegui decidir. Não tenho preferência para nada.

— A Coast fica bem longe, né? Você não sente falta de Central City?

— Eu prefiro morar lá. Bom, eu sinto falta de uma coisa em Central City.

— O quê? — Jane perguntou.

— Do Kid Flash. — Wally sorriu.

— Ela está obcecada por ele.

— O Kid Flash é a única coisa que sente falta? — Barry perguntou.

— Calma, Barry. Não seja tão cético. O Kid Flash é maneiro. — Wally disse.

— Ele não tem medo de nada, é corajoso. Ele é um herói... E deve ser um gato por baixo da máscara.

— Fala sério. Kid Flash? Ele é um exibido. Fica tirando selfies deixando grafites nos prédios. — Cecile disse.

— Essa é a assinatura dele.

— Até onde eu sei, é a Fúria Escarlate e o Flash que salvam mesmo as pessoas. Especificamente, a Fúria Escarlate.

— Parece que a Cecile é Time Fúria Escarlate. — Jane afirmou dando risadas. No fundo, estava lisonjeada.
O celular da velocista tocou. Era Caitlin que ligava. — Eu já volto. — Jane andou até os fundos da cafeteria e atendeu.

— Jane! Que bom que atendeu. Encontramos um DNA no cadáver do Mendez que corresponde ao dono da nova casca. O nome do meta é Clive Yorkin. Estamos enviando a foto dele para você agora. — Caitlin disse.

Jane olhara a foto. O homem tinha cabelos pretos e brancos e uma barba. Deveria ter uns quarenta anos.

— Detetive Joe West! — Uma voz desconhecida disse. Jane olhou para dentro do Jitters. O mesmo homem da foto estava ali. — Há quanto tempo!

— Te conheço? — Joe perguntou.

— Não se lembra de mim? Você e seus parceiros policiais se divertiram muito arruinando a minha vida. Não deixarei que faça isso desta vez. — Ele disse.

— Está falando com o cara errado.

— Não estou não. Você é o Joe West de qual me lembro. Só parece muito mais cheio de vida, mas não se preocupe. Eu cuido disso. — O meta deslizou seus dedos por uma mesa da cafeteria. Onde seus dedos tocavam, a mesa se desintegrava. Após as cinzas caírem sob o chão, todos entraram em desespero.

— Todo mundo fora daqui! — A Fúria Escarlate disse chegando até o andar de baixo com seu uniforme de heroína.

— Olá, Fúria Escarlate. Você é ainda mais bonita pessoalmente. Olha, você não vai conseguir me vencer. Não pode me tocar se não quiser se decompor.

— Isso não é um problema. — Jane criou tornados movimentando suas mãos em alta velocidade e derrubou o meta ao chão. Depois, o arremessou contra o lado de fora da cafeteria. O homem desapareceu. Jane correra até os Laboratórios Star, tirou seu traje e voltou ao Jitters como uma simples garota com um rosto bonito.

— Eu disse. A Fúria Escarlate é a verdadeira heroína. — Cecile disse.

— Ele sumiu. — Barry afirmou.

— Esse cara tem o toque da morte.

— Sim, tem. E não é só com as pessoas. É com objetos também. Tudo que ele toca vira cinzas. — Jane disse.

— Joe, eu acho que você devia ficar aqui até pegarmos o Yorkin. Esse cara quer te matar. — Barry disse.

— Não. Vou ver como estão a Cecile e a Joanie, elas ficaram abaladas.

— Pai, está maluco?! — Iris o questionou. — Esse cara quer te matar! Se não fosse a Jane, ele teria matado todos do Jitters para chegar até você.

— Nós já lidamos com metas piores que ele. — Jane o olhou com olhares tristes. Estava tão triste em ter que esconder o seu próprio futuro dele. — O quê foi, Jane? Eu estou bem. Estamos todos bem. Não perdemos ninguém hoje.

— Talvez não hoje, mas em breve. — Jane disse. Não conseguia conter as lágrimas que saíam de seus olhos.

— Em breve? Espere, o que quer dizer?

— Jane, não. — Wally disse.

— Ele precisa saber. Quando o Barry jogou a pedra na Força de Aceleração, ele foi atirado para o futuro. — Jane disse com um enorme pesar em seus ombros e imensa dor em seu coração.

— Para o futuro? — Joe perguntou.

— Sim, foi o que aconteceu. Daqui há alguns meses. — Barry disse.

— Ele viu ele mesmo bem na frente do Savitar... E de mim. Logo antes do Savitar me matar. — Jane disse. Joe fica sem reação. Fica parado sem mudar sua expressão. No fundo de seus olhares, era possível ver a tristeza que sentia.

— Quer dizer que daqui a alguns meses... o Savitar vai te matar?

— Não se mudarmos o futuro, pai. — Wally disse tentando olhar pelo lado bom das coisas, mas não dava certo.

— E vamos fazer isso. Joe, eu não... Nós não vamos deixar isso acontecer. — Barry afirmou. — Não vamos!

— Há quanto tempo sabem disso?

— Há umas duas semanas. — Cisco disse respondendo a pergunta.

— E só me contam agora?! Ela é a minha filha! — Joe afirmou gritando.

— Pai, eu não quis que dissessem nada porque sabia como você reagiria.

— Isso não é uma coisa que você pode esconder do seu próprio pai, filha! Você devia saber disso. Você também, Barry.

— Eu entendo, Joe. Eu...

— Eu entendo o porque eles não quiseram me contar, mas não cresceram no mesmo teto que você. Eles não sabem! Eles não sabem o quanto minha menininha significa para mim. Você sabe, Barry. Você sabe!

— Eu sei. — Barry respondera. Jane sabia que estava errada, mas a culpa era restringida pela tamanha dor que crescia lentamente por seu coração, como uma adaga sendo enfiada em seu peito de forma lenta e delicada. Joe não pode conter as lágrimas. A cada piscar de olhos, mais uma descia por seu rosto até sua barba. — Joe, escuta...

— Eu preciso de um tempo. — O detetive disse saindo dali.

— Obrigada por ter vindo. — Jane agradeceu abrindo a porta de seu apartamento. Um garoto de cabelos pretos e gorro entrou no apartamento.

— Que lugar lindo, Jane.

— Obrigada, Bryan. Sabe, eu queria perguntar uma coisa a você.

— Quer uma opinião?

— Sim. Eu estou passando por um problema, Bryan. Eu descobri uma coisa sobre mim recentemente. Eu escondi do meu pai por umas duas semanas. Hoje eu disse. Ele não me responde nem por mensagem e nem por ligação. O que acha que devo fazer?  Eu te chamei porque lembro que você tinha problemas com seu pai.

— O meu pai morreu, Jane.

— Nossa... Eu sinto muito.

— Eu também. Foi um pouco depois de você terminar comigo. Sabe, qual era o segredo que você escondeu? Pelo que você me disse era algo sobre você... Já sei. Agora entendi. Você é lésbica.

— Não! — Jane disse. — Nada contra, mas eu não sou. Eu gosto de garotos. Bryan, não posso te contar meu segredo. Desculpe mesmo.

— Se estivéssemos namorando como no ensino médio, você me contaria?

— Depende. — Jane disse.

— Depende? Depende do quê?

— Bryan, existe um outro lado da minha vida que você não conhece. Talvez se você soubesse, eu te contaria.

— Tudo bem. Jane, eu não ligo. Não precisa me contar. Eu te entendo. Sabe, teve uma vez que um estranho me deu um saquinho de drogas na rua. Eu não tomei, só escondi no meu armário pra devolver pra ele quando o encontrasse. O meu pai me espancou quando viu. Ele quase quebrou minha coluna.

— Caramba! Quando foi isso?

— Não me lembro bem. Foi um pouco antes de eu entrar pro mundo das corridas ilegais. Falando nisso, e aquele seu irmão? Ele saiu dessa vida?

— Sim, ele saiu. — Jane disse.

— Fico feliz. Olha, se você quer mesmo a minha opinião... Eu acho que deve convencê-lo. Eu não sei sobre o que é esse segredo, mas talvez se você contar para ele o lado bom das coisas, ele entenda. Eu aprendi isso há muito tempo atrás. Confia em mim.

— Mas e se ele não entender e tomar uma decisão que tenha uma consequência terrível? — A garota perguntava enquanto pensava.

— Eu não acho que isso vá acontecer se você falar para ele como a filha dele. Jane, se lembra da sua fase ruim?

— Fase ruim?! Eu não me... Ah, tá.

— A época de sua adolescência que você usava roupas pretas, cabelos grandes e tal. Então... Você era uma babaca com todo mundo.

— Eu lembro, minha nossa...

— Mas comigo e com o Barry, você era você. Enquanto dava o dedo do meio para todo mundo, sorria e ria com nós dois. Eu me lembro bem. Fale pro seu pai como se fosse a filha dele e não como a garota que tem esse tal segredo.

— Bryan, obrigada. Acho que tem razão. — Jane disse. Os dois ouviram um barulho estranho vindo da porta. Parecia coisas caindo ao chão. Era o meta humano. Ele havia transformado a porta em cinzas. — Meu Deus!

— Olá... Fúria Escarlate.

— O quê?! — Bryan perguntou.

— Eu queria matar seu pai, mas eu pensei... E se eu matar a coisa mais preciosa para ele? Poderia ser um dos seus irmãos, mas eu quero que seja você, Fúria Escarlate. — O meta disse.

— Não vai ser assim que eu vou morrer! — Jane afirmou.

— Eu tenho certeza que vai.

Jane criou novamente tornados movimentando suas mãos em super velocidade. De algum jeito, o meta resistiu. Ele mantia um sorriso irônico e ao mesmo tempo risonho no rosto.

— Eu também aprendi uns truques.

O homem se aproximou da velocista. Estava prestes a tocá-la, quando Jane conseguira desviar de seu toque em super velocidade. Bryan estava surpreso e ao mesmo tempo desacreditado ao descobrir que sua ex-namorada era a Fúria Escarlate.

— Jane, voce é a Fúria Escarlate?!

— Eu explico depois. — Jane disse se virando de costas. O meta aproveitou a oportunidade e agarrou as mãos da velocista. Ela tirou rapidamente, mas o toque criou uma mancha preta por seu braço. Ela fora crescendo até suas veias.
O meta saíra dali dando risadas.

— Jane! Meu Deus! O que está acontecendo com você?! — Bryan colocou suas mãos na testa da garota. Estava fervendo. — Meu Deus! Você está com muita febre. Jane, o que eu faço?! Eu vou ligar para o hospital.

— Não! — A garota disse fazendo força para conseguir gritar. — Meu celular... Meu celular... — Jane disse. Bryan pegou rapidamente o aparelho, que estava em cima da enorme mesa.

— Certo! Estou com ele aqui. E agora?

— Toca duas vezes na tela...

— Mas ele está bloqueado.

— Não importa... Toque duas vezes...

Bryan tocou duas vezes na tela. Uma mensagem fora enviada para os monitores dos Laboratórios Star imediatamente. Cisco era um gênio.

— Batimento cardíaco elevado, temperatura 47. — Caitlin disse.

— A necrose está alçando seu tecido subcutâneo. — Caitlin disse.

— Ela vai ficar bem?! — Bryan perguntou desesperado.

— Não temos certeza! — Iris disse. — Onde está o Barry?! Bryan, sai daqui!

— Não! Eu não vou deixar ela aqui morrendo! — Bryan afirmou. Barry chegara aos Laboratórios Star em super velocidade. — Mas o quê?! O Barry é o...

— Querida, eu estou aqui! — Barry disse. O corpo de Jane transbortava de calor graças à febre. — O quê houve?! Bryan?! O que você está fazendo aqui?!

— Eu e ela estávamos conversando no apartamento de vocês até que um maluco de cabelos grisalhos desintegrou a porta e encostou nela!

— Droga! — Barry disse. — Temos que fazer alguma coisa! Não era para ela estar se curando?! Ela é uma velocista!

— A capacidade do Yorkin de desintegrar as coisas está parcialmente ligada à fungos que ele mesmo despeja quando toca nos lugares. Especialmente os fungos que atacam o sistema imunológico. Deve ser por isso que ela não está se curando! — Caitlin disse.

— Mas que droga! Temos que dar alguma coisa para ela! Tipo um remédio. Temos que dar um remédio!

— Não é uma bactéria. Antibióticos não funcionam. — Caitlin afirmou.

— Temos que fazer alguma coisa! Nada não é opção. — Joe afirmou.

— Certo... — Cisco disse pensando. — O que fazemos quando uma banana amadurece rápido? Colocamos no congelador. — Cisco disse.

— Brilhante! Caitlin, congela o braço dela. Isso vai deter a necrose e nos dar tempo para encontrar uma cura.

— Eu não posso! Nem mesmo se eu quisesse. Não estamos falando de uma brisa gelada, é uma corrente específica e contínua. — Caitlin disse.

— Se a temperatura for alta demais, a necrose vai causar decomposição e se for baixa, causará congelamento.

— Além disso, se eu usar meus poderes por muito tempo, posso perder o controle. — Caitlin afirmou.

— Eu confio... Em você. — Jane disse segurando as mãos de Caitlin.

— Caitlin, por favor. — Joe implorou.

A necrose se espalhava pelo braço de Jane como uma árvore crescendo. Doía muito. Era a pior coisa que já sentira. Caitlin não teve outra escolha. Tirou as algemas e colocou suas mãos no braço da velocista. Jane ainda sentia a dor, mas sentia ainda mais o frio. A velocista sentia como se cada centímetro de seu braço fosse congelado. Ao abrir seus olhos, percebeu que não era somente uma sensação. Seu braço estava completamente congelado, mas pelo menos a dor da necrose havia passado.

— Deu certo. — Cisco disse.

— Graças a Deus. — Joe disse.

— Caitlin, você está bem?

— Por enquanto sim, Barry.

— Meu Deus! — Bryan disse. — Eu nunca senti tanto desespero na vida.

— Ela está bem, Bryan.

— Que bom. Certo, agora me responde uma coisa. Desde quando você é o Flash?! Cara, você era o nerd da turma.

— Eu não sou mais. Você até que está bem. — Barry afirmou.

— Você também. — Bryan disse.

— Querida, durma um pouco.

Jane fechou seus olhos. Não demorou muito para conseguir relaxar e dormir. Ela simplesmente não pensou em nada.

Já haviam se passado várias e várias horas. Jane havia ficado dormindo, até finalmente acordar. Seus olhos se abriram devagar e sua consciência voltava junto deles enquanto olhava para o time ao seu redor.

— Pai... — Jane disse ao ver Joe.

— A última vez que olhei pra você com tanta felicidade foi quando você nasceu. — Joe afirmou sorrindo.

— Jane. — Barry disse. A garota virou sua cabeça para a direção de seu namorado. — Você está bem. Todos estão bem. O Yorkin foi derrotado.

— O que aconteceu?

— Vou te dizer o que aconteceu. O Wallace arrasou! — HR disse batendo suas baquetas nas paredes com extrema animação. — Foi isso!

— Isso mesmo. Ele atravessou vibrando pelo Yorkin e o sangue de velocista dele neutralizou os poderes dele.

— Isso. Essa é a ciência por trás.

— Tive ótimos professores. — Wally disse olhando para Barry e Jane.

— E eu? — Jane perguntou movendo seu braço, que estava engessado.

— Quando o sangue do Yorkin foi estabilizado, criamos um antídoto para curar você. — Julian explicou.

— Você precisará usar o gesso por alguns dias, mas fora isso, está completamente recuperada. — Caitlin disse. — Nesses dias, o Flash e o Kid Flash poderão cuidar da cidade.

— Obrigada, Caitlin. Sei que você se arriscou por mim. Eu confio em você. Você é forte. Sabia que ia conseguir.

— Eu faria qualquer coisa para te salvar, Jane. Você é minha melhor amiga e eu não posso te perder. Nenhum de nós pode. — Caitlin disse.

— Não teríamos conseguido separados. Foram todos nós trabalhando juntos.

— Isso mesmo, Joe. Estou orgulhoso de todo mundo. Ótimo trabalho. Ideias incríveis. — HR afirmou batendo suas baquetas uma na outra, como se estivesse batendo palmas para a equipe.

— O que quero dizer é que para salvarmos Jane do Savitar, precisamos melhorar nosso jogo. Sem mentiras. Nem mesmo bem intencionadas. Temos que ser totalmente honestos uns com os outros. — Joe afirmou. Ele tinha razão.

— Eu concordo. — Barry disse.

— Também concordo com o Joe.

— A partir de agora, honestidade total.

— Descanse um pouco, querida. Virei checar como você está em breve.

— Certo. Obrigada, Barry. Espere, e o Bryan? Eu devo explicações para ele.

— Ele está lá em baixo. Quer que eu o chame? — Barry perguntou.

— Sim, quero. Por favor. — Jane pediu.Barry desceu. Em alguns minutos, Larry entrou no Laboratório de Caitlin, onde Jane estava deitada com seu braço engessado.

— Jane! — Bryan estava muito feliz em vê-la bem e viva. — Caramba! Você está bem. Quero dizer, você já deve ter se sentido melhor antes, mas para alguém que iria entrar em decomposição...

— Falando nisso... Eu te devo explicações, Bryan. Eu sei que devo.

— Você não me deve nada, Jane. Você pode escolher me dizer ou não.

— Eu escolho dizer...

— Certo. Então...? Você é a Fúria Escarlate, o seu namorado é o Flash e o seu irmão é o Kid Flash?

— Exatamente isso.

— Só falta o seu pai ser um velocista policial. — Bryan disse brincando. — É brincadeira. Que loucura! Pensar que eu já namorei a Fúria Escarlate e já fui amigo do Flash! Isso é muito viajado.

— Eu imagino. Eu me tornei a Fúria Escarlate já faz um tempo, mas ninguém nunca descobriu minha identidade desta forma. Bryan, você...

— Fica tranquila. Seu segredo está guardado comigo. — Bryan disse.

— Obrigada. — Jane agradeceu.

— Eu vou te deixar descansar agora.

— A porta está novinha em folha! Ainda mais com as três fechaduras adicionais que eu coloquei. — Barry disse.

— E que não precisava adicionar. — Jane disse dando risadas enquanto segurava uma xícara de café com sua mão direita indo em direção à mesa.

— O Cisco se ofereceu para criar uma porta de segurança customizada, mas nós dois já vimos que essas portas não impedem que as pessoas entrem no Laboratório, então é meio inútil.

— Eu gosto de trancas. Funcionam.

— Depois de tudo que houve aqui, quero ter certeza que você se sente segura. — Barry disse.

— Eu me sinto. — Jane afirmou.

— Segura de tudo, eu quero dizer.

— Você diz há semanas que vai me salvar do Savitar. Apesar de confiar minha vida em você, é bem difícil não sentir medo. Ser a Fúria Escarlate não muda nada. — Jane afirmou. — Mesmo assim, eu não tenho medo de nós. Eu amo e confio em você, Barry Allen. Eu amo muito você e sempre amarei.

— Eu te amo. — Barry respondeu. — Sério, isso foi tão fofo. Você é muito fofa. — Barry logo beijou Jane.

— Jane? — Wally perguntou. — O que faz tão tarde nos Laboratórios Star? Deve ser quase duas da manhã agora.

— Não consigo dormir.

— Ah, entendi. — Ele respondeu.

— E você? O que faz aqui?

— Praticando. Atravessando objetos e correndo. Sabe, as vezes o silêncio é o melhor jeito de obter resultados.

— Sim, isso é verdade. Já que você está treinando, não deveria estar no Laboratório de Velocidade?

— É, sim. Eu estou aqui na sala da brecha porque aqui tem uns materiais bem resistentes. Quero tentar vibrar através deles também. — Wally disse.

— Isso é ótimo, Wally! Você está se dedicando muito. Obrigada por isso.

— Não precisa me agradecer, Jane.

Surpreendente, a brecha se abriu. Os dois ficaram suspresos e preocupados com o que sairia dali. Uma velocista mulher saiu de dentro. Era Jesse. Estava usando o uniforme da trajetória.

— Jesse! — Wally disse animado em vê-la correndo em sua direção.

— Não! — Ela disse assustada. — O Grodd. Ele pegou o meu pai.

— O quê?! — Jane perguntou.

— O Grodd levou meu pai. Ele levou ele pra Gorila City. — Jesse disse.

PRCIOU_STILES ©

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