Chapter Fourteen: Quem é
Harrison Wells?

Era mais uma manhã comum nos Laboratórios Star, e o Doutor Wells tinha saído pra uma palestra. Barry e Jane estavam no Jitters curtindo e relaxando seus momentos juntos.

— Você parece tão animada hoje Jane, o que tá havendo? — Perguntou Barry logo antes de beber seu café expresso.

— Ah sei lá, só tô feliz por nós dois! Sabe Barry, eu gosto muito de você! Sério você é t... — Jane é interrompida por um caloroso beijo, dado por Barry.
— Caramba, isso foi... — Jane tenta achar a palavra certa para dizer.

— Ruim? — Barry pergunta.

— De forma alguma! Devíamos fazer isso mais vezes. — Diz Jane.

Iris acabara de chegar para tomar um café quando vê Barry beijando Jane.

— Barry? Jane?! Essa foi inesperada!

Os dois ficam sem nenhuma reação.

— Oi... Iris. — Disse Jane.

— Ei! Relaxa gente, não vou julgar vocês, inclusive eu fico feliz! — Diz Iris.

— Que bom Iris, obrigado. — Barry diz.

Eddie surge logo atrás de Iris a beijando de todas as formas possíveis.

— Eddie?! — Barry pergunta.

— Oi Barry! — Diz Eddie. — Assumimos hoje para o Joe.

— E o que ele disse?

— Ele ficou sem palavras. — Disse Iris.

Jane recebe uma ligação de Cisco.

— Cisco, o que foi? — Pergunta Jane.

— Me encontra nos laboratórios Star em uma hora. Somente você. Não conte a ninguém sobre isso. Ninguém!

⚡

— Oi Joe, fala logo. — Diz Cisco.

— Não foi você que pediu pra eu vir, Cisco? — Perguntou Jane.

— O Joe pediu pra eu vir e eu pedi pra você vir. — Cisco afirma.

— Por que pediu pra ela vir? Eu disse sozinho! — Joe afirma.

— Pai, o que foi?

— Tô aproveitando que Wells está na palestra para podermos ter o laboratório para nós! — Afirma Joe.

— Joe, você está me assustando...

— Seguinte! Eu marquei esses dias de tomar café com o Wells e acabei perguntando sobre o passado dele.

— Tá, e daí? Vai ao ponto!

— Ele me disse que a namorada dele morreu, Tess Morgan. — Joe diz.

— Beleza, essa eu não esperava! O doutor nunca mencionou uma namorada morta... 

— Exatamente! Então pesquisei sobre e não achei nada! Quem sabe você não teria mais sorte com os computadores? Eu acho que esse caso foi cadastrado em outra delegacia, não tem nenhuma pasta sobre alguma mulher chamada Tess Morgan na CCPD. 

— Entendi... Mas por que esse interesse todo no passado do Wells, pai?

— Eu acho que Harrison Wells é o Flash Reverso. — Diz Joe sendo muito direto.

— O que?! 

— Peraí, o que que você acabou de dizer?! Joe! Pensa no que você disse! Está maluco? O Doutor Wells é um bom homem e ele é cadeirante, como ele seria um velocista?! 

— Será que é mesmo cadeirante?

— Não Joe, eu me recuso! Você está simplesmente acusando o cara que desde que os meta surgiram está nos ajudando de ser um velocista que matou a mãe do Barry!

— Pai, você tá se precipitando demais! Não tem como isso ser verdade!

— Cisco, Jane! Me escutem antes de dizerem que eu tô errado! O Wells foi o responsável por transformar a cidade em meta, tem um passado misterioso que nada comprova, e é muito suspeito!

— Desculpa Joe! Eu não vou te ajudar a prende-lo! Eu me recuso!

— Eu também me recuso.

— Então prova que eu tô errado! Me ajuda a investigar o Wells e me prova que ele é quem diz ser! — Joe diz.

— Quer saber?! Eu vou! — Cisco diz.

— Eu também! Pai, isso é impossível!

— O que é impossível? — Pergunta Barry chegando no córtex junto de Caitlin e Ronnie, rindo muito.

A cara de preocupação do Joe era o mais visível. Ele tinha medo de Barry, Caitlin ou Ronnie terem ouvido algo.

— Vocês ouviram? — Pergunta Joe.

— Na verdade só ouvimos a Jane dizer: " Isso é impossível! " - Diz Barry dando gargalhadas.

— É verdade! — Responde Caitlin rindo.

— Mas então, o que é impossível? — Barry pergunta para Jane.

— Nada não gente! Só disse que eu iria beber um milk-shake no Jitters e que era impossível eu beber um café expresso pela terceira vez essa semana!

— Ah tá! Faz sentido! A gente acabou de sair de lá. — Diz Barry.

Para Barry passou despercebido, mas Caitlin sentiu que algo estava errado.

— Ronnie, eu posso te fazer uma pergunta? Vai soar estranho. — Diz Barry pensando em como perguntar.

— Claro, fala aí. — Diz Ronnie.

— Escuta, você gosta de Pizza?

— O Ronnie é louco por Pizza! Iríamos pedir uma se não tivesse acontecido o acidente do acelerador. — Diz Caitlin.

— Por que a pergunta? Vamos comer Pizza? — Ronnie pergunta.

— Na verdade, é algo pior. É que o professor Stein odiava Pizza, e agora ele adora. — Afirma Jane.

— Espera, eu e o Stein ainda temos uma ligação? — Pergunta Ronnie.

— Receio que sim. 

— Mas que droga! Eu só quero ficar em paz! 

— Eu vou investigar isso, traga o professor Stein até aqui. — Pede Caitlin.

— Jane, Joe, venham ao meu laboratório, ou melhor, minha oficina! É o nome mais apropriado. — Cisco diz.

Jane e Joe seguem Cisco até a oficina.

— Joe, Jane, Tess Morgan realmente morreu. Foi um acidente em Starling City. — Afirma Cisco.

— A cidade daquele maluco que usa um capuz? — Pergunta Joe.

— Cara, o arqueiro é muito brabo! Se você não gosta dele, você é no mínimo...

— Se completar essa frase eu peço pro Barry roubar uma flecha do cara e enfiar em você. — Ameaça Joe.

— Já tô calado. — Diz Cisco.

— Eu e o Barry já fomos em Starling City. Ele foi para ajudar em um caso e eu o acompanhei. Foi muito legal conhecer as pessoas de lá. O capitão Lance é muito legal. Lá eu fiz amizade com a Felicity, com o Diggle e com o Oliver. Ah, e eu conheci o Arqueiro.

— Sério?! — Pergunta Cisco.

— Sim. Se tem alguém que pode ajudar vocês nessa, sou eu! Então vamos para Starling City! — Jane afirma.

⚡

— Chegamos. — Diz Cisco.

— A delegacia é ali. — Afirma Jane.

— Ficou 14,70 dólares. — Disse o taxista. Joe deu o dinheiro para o homem. — Muito obrigado.

O táxi então foi embora. Cisco, Jane e Joe entraram na delegacia.

— Com licença, onde está o capitão Lance? — Perguntou Joe.

— Cisco! — Diz uma mulher alta de cabelos loiros. Ela abraça Cisco.

— Laurel! Mais bonita do que antes!

— Obrigada Cisco, você é fofo! Imagino que seja o policial Joe West.

— Eu mesmo, e você?

— Laurel Lance. Sou filha do capitão Lance. E você quem é?

— Laurel, esta é Jane Alisson West.

— Caramba! Então é você que veio acompanhada de Barry Allen no ano passado. Felicity falou muito de você. Caramba, você é linda!

— Obrigada, você também.

— Então Laurel, estamos aqui para falar sobre um caso específico. Onde está o seu pai? — Perguntou Cisco.

— Olá! — Diz um policial careca do fundo da delegacia. — Cisco, é um prazer vê-lo novamente. Capitão Joe West, Jane. O que posso fazer por vocês? 

— Queríamos falar sobre um caso específico. — Jane afirma.

— Podem dizer. 

— Tess Morgan. 

— Se não me engano, eu me lembro deste caso. Harrison Wells estava envolvido se não me engano. Espere, deixe-me procurar a ficha. — Lance procurava a ficha, até que encontrou finalmente. — Foi um caso bem simples pra falar a verdade. Um acidente de carro. A análise forense indicava que Harrison acabou batendo e caiu. Tess morreu, mas Harrison sobreviveu.

— Pode nos levar até o local do acidente? — Perguntou Jane.

— É claro! Vamos lá.

Os dois andam até a entrada da cidade.

— Foi exatamente aqui. Estão vendo essas marcas no chão? São do carro.

— Isso parece mais do que uma batida.

— É por que o carro virou de cabeça pra baixo. A parte de cima acabou se arrastando pelo chão e formando isso.

— Meu Deus. — Diz Joe.

— Eu trouxe uma coisinha pra nos ajudar. — Afirma Cisco. Ele tira um aparelho similar a um detector de metais de sua bolsa. — Isso daqui!

— Cisco, não estamos caçando um tesouro pirata. — Afirma Joe.

— Isso aqui é um detector de matéria escura. Se teve algo de matéria escura no acidente, vamos encontrar.

— Muito bom Cisco. — Diz Jane. — Nós podemos procurar pelas laterais. Tipo pelos lados. — Afirma a garota.

— Tem uma floresta pelos lados.

— Exatamente! — Diz Jane. — Vamos procurar por esse lado primeiro. Capitão Lance, se importa em tirar a tampa do seu cappuccino?

— Por que? — Perguntou Lance.

— Quando a matéria escura aparece, os líquidos sobem. Assim como na noite que a mãe do Barry morreu, ele diz que a água do aquário subiu. Além disso, ele também diz que os produtos químicos de seu laboratório subiram no dia que ele foi atingido pelo raio. — Diz Jane.

— Genial! — Diz Cisco.

Até que o capitão Lance grita algo.

— Que merda é essa?!

Joe e Jane correm até lá, quando se deparam com uma mão.

O cappuccino começa a flutuar e o detector começa a apitar.

— Não me digam que isso é o que eu acho que é... — Diz Cisco.

— É uma mão. — Diz Joe.

— Eu pensei que era um pé, mas isso não melhora em nada minha situação.

— Quem será esse? — Pergunta Jane.

⚡

De volta aos Laboratórios Star, Jane , Joe e Cisco chegavam.

— Espera aí... — Afirma Jane. — O que está acontecendo aí?

— Era sobre isso que eu queria falar com o Barry. — Afirma Caitlin.

— Espera, como assim?

Barry acabara de chegar.

— Pessoal... O que tá acontecendo aqui, Caitlin? — Pergunta Barry.

— O Ronnie e o Professor Stein precisam ficar juntos. — Diz Caitlin.

— Não olha pra mim, tô fazendo isso pelo Stein. — Diz Ronnie.

— Acontece que quando o professor Stein foi exposto ao acelerador de partículas ele se tornou o nuclear, e precisa de um "hospedeiro" vamos dizer assim. Um compatível. Caso ele não tenha, ele morre. 

— E o mais compatível até agora e que com certeza aceitaria fazer parte disso é o Ronald. — Diz Stein.

— Mas então você e o Ronnie não vão poder... — Barry é cortado.

— Ficar juntos? Sim, mas não estaremos tão próximos. — Diz Caitlin.

Ronnie beija Caitlin da melhor forma possível, de forma devagar, como se fosse um beijo de despedida.

— Barry, no que precisar. — Diz Ronnie. — Eu devo muito a vocês.

— Nós devemos. — Completa Stein.

— Aquele separador quântico que usamos para separar vocês na primeira vez também vai uni-los, mas isso só por causa de umas modificações que eu fiz. — Diz Caitlin. — Toma. Coloca isso, Ronnie. Agora, é só se fundirem.

Ronnie então se funde com Stein.

— Beleza, vocês precisam de um codinome! — Diz Cisco. — Bom, tocha humana já existe e vocês são dois. Então eu estava pensando em Nuclear!

— Perfeito. — Diz o Nuclear. — Iremos retornar, é uma promessa! — Na varanda dos Laboratórios Star eles saem voando como um só.

— Pessoal, o Doutor Wells já está voltando da palestra, então nos encontrem na CCPD. — Diz Cisco.

— Pra que? — Perguntou Barry.

— É. Pra que? E qual o problema com o Doutor Wells ter voltado?

— Em meia hora, nos encontre na CCPD. Confia em mim Barry, por favorzinho. — Pede Jane.

— Tudo bem. Em meia hora então.

⚡

— Certo, estamos aqui. — Diz Caitlin. — Agora me diz, o que diabos é isso?

Uma caixa de vidro gigante estava ali, e dentro estava um cadáver morto. Ele estava queimado. Destruído.

— Gente, quem é esse? — Pergunta Caitlin sentindo nojo ao ver um corpo decomposto.

— Harrison Wells. — Diz Joe. 

— O que? Eu não entendo. — Diz Caitlin.

— Eu também não, como assim? — Pergunta Barry sem entender nada.

— Esse aqui é o verdadeiro Harrison Wells. — Afirma Cisco.

— Mas isso é impossível! — Diz Barry.

— Já fizemos o teste três vezes na delegacia de Starling City e quatro nessa aqui! Os exames não mentem, é a verdade. — Diz Cisco.

— Então quem diabos é o homem com quem estávamos trabalhando? — Caitlin pergunta perplexa e com medo.

— Esse homem na qual você fala, não é Harrison Wells! Seja quem ele for, é o homem por trás do uniforme. — Diz Joe olhando justamente para Barry.

— Não! Isso é impossível! Que uniforme?! — Pergunta Barry.

— O amarelo Barry, sinto muito. Eu também não acreditei no começo, mas não tem outro lado da história e precisamos investigar. — Diz Jane.

— Não! Não pode ser! —  Diz Barry.

— Sinto muito Barry. — Diz Jane abraçando Barry da forma mais forte que conseguia naquele momento.

— Mas o que fazemos agora? — Pergunta Caitlin confusa.

— Investigamos! — Diz Jane. — Eu vou descobrir o por que de Wells ter matado Nora Allen! E da onde ele vem! Eu prometo Barry. Vou fazer isso por nós dois! — Diz Jane determinada.

Até que Cisco caiu ao chão. Ele parecia sentir uma agonia em sua cabeça, posicionando suas mãos em sua cabeça.

— Cisco! — Exclama Jane.

— Meu Deus! — Diz Caitlin.

— Cisco!!! — Grita Barry.

Cisco então relaxa. Seja lá o que tivesse fazendo aquilo com ele, acabou.

— Eu vi uma coisa... — Cisco diz.

— O que? O que você viu?

— Eu vi o Wells... eu vi o Flash Reverso... Ele me matou.