𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨_𝟏𝟐

Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .

Boa leitura a todos.

O mundo de Wooyoung parece parar de girar quando fecha os olhos. Ele ainda se sente enjoado, mas encontra conforto na escuridão. O zumbido e cada solavanco do carro em que ele está sentado atualmente, com San, não o incomoda tanto quanto costumava fazer. Ele absorve o máximo que consegue do perfume característico que pertence a San.

Wooyoung luta contra o tremor nas mãos doloridas, livre da corda que o prendia antes, uma façanha difícil. Seus lábios e garganta estão secos, ele precisa se lembrar de respirar pelo nariz para combater a pressão no peito. Embora a adrenalina ainda esteja bombeando em seu corpo, ele encontra força para ficar parado e não atrair nenhuma atenção de Sab, que o olha a cada poucos minutos.

Ele devia abrir os olhos cansados e absorver o máximo possível do ambiente, mas não o faz. Se ele o fizer, Sab falará com ele. E se San falar, ele certamente irá desmoronar. Então, ele confia novamente em San, escolhendo o vazio atrás dos olhos invés das ruas por onde passam, o corpo ignorando cada curva que o carro faz. Cada vez mais, o carro vai para longe, para longe do que ele chamava de vida. Wooyoung não consegue tirar a dor no peito, nem sabe o que ele deseja. Verdade? Mentira? Tantas coisas estão confusas dentro dele.

Em algum momento, Wooyoung adormece, a cabeça inclinada para o lado e para baixo, o cabelo caindo sobre os olhos. Adormeceu somente depois que ele interrompeu as vozes em sua cabeça, sabendo que elas visitarão seus pensamentos mais tarde, inevitavelmente, quando for dominado pelo silêncio. Ele não sonha; não há nada para sonhar. Quando acorda, o carro ainda está em movimento, o rádio desligado. Isso significa que, onde quer que San o esteja levando, é longe de Seul. Ele se mexe na cadeira, se esticando um pouco. Seus olhos o traem e olham para o mais novo.

San percebe, o menor e mais cansado dos sorrisos aparecendo em seus lábios. 

— Oi. — A voz dele é suave. Não há vestígios da dureza de antes, nem pânico que assustou Wooyoung.

Wooyoung se inqueta, desviando os olhos. O cenário externo não é familiar para ele, então ele tira o menor dos prazeres ao apreciar a paisagem, verde.

A voz de San corta o silêncio novamente. 

— Seus pulsos estão doloridos?

Wooyoung olha para os pulsos, vermelho, mas não mais com dor. Seus lábios se contraem, ele quer responder. 

— Não, não mais. — Ele diz, certificando-se de que a amargura seja apagada de seu tom.

— Hum. — San olha de lado para ele, boca pronta para dizer alguma coisa. — Eu sinto muito. — O peso de suas palavras não passa despercebido por Wooyoung, mas ele não está disposto a perguntar o porquê. Ele sabe.

Wooyoung assente. 

— Eu sei.

Não há mais troca de palavras por um tempo, existe um entendimento que permanece no ar, pesadamente. Isso se estabelece entre eles, quase sufocando Wooyoung. San precisa dar ao mais velho algum tempo para pensar.

No entanto, reflexão não é algo que Wooyoung esteja interessado em fazer quando o cenário desconhecido começa a perturbá-lo. Para onde ele está sendo levado? Sem perguntar, ele tenta supor uma resposta. San não o levaria de volta a Seul, isso está claro. Mas para outro lugar? E fazer o que?

A queima de curiosidade ultrapassa Wooyoung algum tempo depois. 

— Onde estamos indo? — Ele pergunta, feliz por sua voz não vacilar. Seus lábios ainda estão secos e rachados. A menor dor não é nada para Wooyoung.

San faz uma careta, olhando o relógio pela terceira vez neste minuto. Não é seu hábito ficar nervoso, o sentimento é totalmente estranho para ele. No entanto, ter Wooyoung aqui, ao lado dele, depois que tudo aconteceu, é irreal e está fazendo com que ele sue. Nenhuma parte dele esperava um final feliz, e, no entanto, por mais distorcida que a felicidade seja, Wooyoung está ao lado dele e isso é tudo o que importa. Ele se preocupará com os outros detalhes mais tarde, quando eles chegarem.

— Para um hotel que meu amigo possui.

Os olhos de Wooyoung se estreitam em desconfiança. 

— Amigo.

San dá a menor das risadas. Ele sabe o que Wooyoung provavelmente está pensando.

— Sim, um amigo. Não associado à máfia.

San espera mais perguntas, então olha para cima e vê Wooyoung se curvando, a cabeça inclinada e batendo contra a janela. Ele resiste a dizer qualquer outra coisa, não querendo perturbar a paz em que o mais velho está. Seus dedos no volante coçam para segurar os de Wooyoung, mas ele resiste, apertando o volante com mais força, até que as juntas de seus dedos fiquem brancas e tudo o que ele consegue ouvir é o som suave da respiração de Wooyoung, embalando-o de volta ao sono. Isso é o que Wooyoung sempre fazia com ele, e não havia mudado.

[...]

— Wooyoung. — San chama, voz suave. — Wooyoung. — Ele balança os ombros suavemente. Ele odeia ter que despertar Wooyoung de sua soneca. O mais velho parece tão pacífico e isso o lembra de como é angelical. Ele abre a porta para Wooyoung, de pé, espiando por cima do corpo adormecido. Ele poderia pegá-lo e carregá-lo, mas ele sabe que isso não seria apreciado pelo mais velho.

Wooyoung se contrai, reflexivamente se afasta. Ele pode ver a dor nos olhos de San, mas não sente remorso por isso. San
se encolhe, mas não recua.

— Estamos aqui. — San diz, e só então que Wooyoung percebe que é a hora. Para que, ele não sabe. Os dedos quentes de San em suas mãos o assustam, mas ele cede ao toque, deixando o mais novo desatar o cinto para ele, saindo com a mão na sua, os pés batendo no asfalto.

San não está acostumado com a quietude de Wooyoung, isso o perturba profundamente. O mais velho parece cansado, esgotado. San quer entrar correndo no hotel para que possa deixá-lo fechar os olhos por um longo período de tempo e, continuar segurando suas mãos, para lhe proporcionar os sonhos mais calmos e doces. É o que ele merece.

— Vamos entrar, certo? Podemos conversar depois que você descansar.

Wooyoung assente com a promessa de mais descanso e é levado para dentro. Ele está atordoado, incapaz de registrar a identidade do amigo de San ou o nome do hotel. Tudo aqui é familiar, mas ele não está consciente o suficiente para processá-lo.

A viagem do elevador é tranquila, o braço de San está em volta da cintura de Wooyoung, que não tem energia para afastá-lo.

— Este é o seu quarto. — San gesticula, parando em uma porta no final do corredor. — Estarei no próximo.

Wooyoung se vira para ele confuso. 

— Você confia em mim para... — Ele se interrompe. Logicamente, San sabe que Wooyoung é capaz de sair. Nada o impedirá se ele for deixado sozinho em um quarto. Ele pode se virar, encontrar o caminho de volta, se quiser. San está falando sério?

San assente firmemente, sem qualquer hesitação. 

— Sim. Eu confio em você. Eu sei que você precisa de algum tempo para pensar também. Então... Vou deixar você aqui, volto de manhã. — Ele entrega a chave da porta a Wooyoung, deixando-o ir para seu próprio quarto. Ele olha para trás uma vez, apenas para garantir que Wooyoung entre em seu quarto e para vê-lo uma última vez, entrando no quarto de hotel sozinho, passando a mão pelos cabelos enquanto um suspiro lhe escapa.

Wooyoung consegue tomar banho, jantar e até assistir televisão antes que ele desmorone. Ele experimenta um momento de pura fúria, para com San, e caminha em direção à porta o mais rápido possível. Ele planeja dar ao mais novo um pedaço de sua mente, exigir respostas, perguntar a ele por que e como você pôde. Mas quando ele abre a porta, a exaustão o invade e o desejo de atingir San desaparece, sendo substituído por uma profunda tristeza, algo semelhante à tristeza.

Wooyoung afunda no chão tão rápido que sua visão fica preta.

— Porra! Porra! — Ele sussurra para si mesmo, uma e outra vez. — Porra. — Lágrimas caem em seu rosto e embaça sua visão, sua cabeça lateja com uma pressão que pulsa até parar, até que sua respiração esteja firme e suas pernas não tremam com uma ferocidade que rivaliza com suas mãos.

Ele se sente quebrado. Racionalmente, isso não vai durar para sempre, esse sentimento de confinamento e ilusão. Ele saberá a verdade em breve. Mas isso não o impede de se lembrar da bile que subiu em sua garganta, não o impede de repetir cada segundo gasto com medo de sua vida.

Bem ao lado, através daquelas paredes, está San, e Wooyoung não conseguia parar de imaginar o que ele está fazendo, o que está pensando. San está com tanta dor quanto ele agora? Por que ele não pode bater em sua porta, segurá-lo nos braços e dizer a verdade?

Largue isso, Jung. Suas palavras ecoaram na cabeça de Wooyoung.

Wooyoung relembra as várias operações nas quais ele havia interferido. Quanto disso foi encenado? Não faz sentido San comprometer seu próprio império, então tudo foi um show. Tudo foi para demonstrar o quão cúmplices e planejados eles eram, como eles haviam, mais uma vez, derrubado um Jung.

Eles nunca ganhariam.

... ★ ...

     
Na luz turva e dourada do amanhecer, Wooyoung acorda, esticando seus membros lentamente. Ele se sente melhor, a dor de cabeça desapareceu completamente. Seus olhos provavelmente estão um pouco inchados, mas ele se sente reabastecido o suficiente para se levantar.

Enquanto se prepara, uma nova emoção se instala nele, uma de ansiedade. Ele tem que se preparar, reunir seus pensamentos. Ser forte, mais uma vez. Ele é Jung Wooyoung, pelo amor de Deus.

Uma batida na porta faz com que Wooyoung se afaste da lista de perguntas. Ele está esperando isso.

Ele abre a porta para um San vestido casualmente. Seu cabelo está fofo, parece muito com o que tinha quando ele passou a noite com ele. 

— Bom Dia.

— Oi. — Wooyoung retorna, ignorando o aperto em seu peito. Apesar de tudo, San ainda é bonito como sempre, e isso lembra Wooyoung de todas as vezes que ele teve a infelicidade de apreciá-lo.

— Você gostaria de tomar café da manhã? — Seu tom suave combina com seu comportamento, não querendo precionar Wooyoung mais do que já tinha feito.

Wooyoung quase não reconheceu o homem na frente dele.

Wooyoung exala suavemente. Ele está com fome. 

— Sim, eu gostaria.

        
Depois de comer em um silêncio amigável, San sugere dar um passeio. 

_ Nos podemos conversar lá fora.

— Tudo bem. — Wooyoung concorda. Ele está esperando por isso.

[...]

O clima lá fora é mais do que ideal, com a brisa soprando através de seus casacos finos. Wooyoung segue o ritmo de San, até chegarem a um banco em um parque. Wooyoung tem quase certeza de que já esteve neste lugar antes. San deixa o mais velho se sentar primeiro, sentado ao lado dele mais perto do que deveria. O desejo de se afastar não ocorre em Wooyoung. O mais novo considera isso um bom sinal.

San olha para Wooyoung, cruzando e descruzando as pernas. 

— Eu sei que você tem perguntas. Eu responderei a todas, Wooyoung. Então, vá em frente. — San fala. Ele parece cansado, pequenas bolsas embaixo dos olhos, o vento reorganizando os cabelos.

Wooyoung engole em seco, encontrando os olhos de San. 

— OK. Primeiro, onde estamos? — Quanto mais ele olhava em volta, mais familiar era.

— Busan.

— Ah. — Ele sente conforto por estar aqui depois de tanto tempo. — Eu pensei isso. — Eles devem estar em uma área que ele nunca esteve antes, talvez um bairro onde San cresceu. Ele não sabe dizer, porque faz anos e todas as lembranças de sua infância foram contaminadas por seu pai.

Ele fica em silêncio, olhando para o colo. Seus próprios dedos entrelaçados. A lista mental que ele fez desapareceu antes que ele percebesse. Toda a sua prática foi para nada. Perguntas como, o que você estava planejando fazer comigo, e eu era um peão o tempo todo? flutuam em sua mente, perigosamente perto de escapar, mas não o fazem. Frases acusatória enchendo sua mente, a necessidade de atacar San o dominando. Ele não é violento, mas a raiva, a raiva e a confusão estão chegando ao clímax, e Wooyoung não consegue mais prever o que fará ou dirá. Ele se lembra da onda de emoção da noite passada, mas, novamente, ela se dissipa lentamente quando olha nos olhos de San.

Finalmente, ele diz:

— Por quê? — É tudo o que ele consegue. Sua voz sai com raiva, crua. Ele está amargo e merece uma resposta. Wooyoung está ciente de que ele também foi mal, tendo concordado com o acordo de Jilhoon que supostamente terminaria com a morte eventual de San, mas o fato dele ter sido jogado primeiro, isso dói, dói mais do que qualquer coisa que ele havia feito. Ele se sente um idiota. Ele questiona, neste curto período de tempo, tudo o que envolve o homem mais novo.

San respira fundo e trêmulo. 

— Wooyoung... você sabe o por quê. Você sabe melhor do que eu há quanto tempo essa rivalidade dura, como está profundamente enraizada a animosidade entre nossas famílias. Eu concordei porque funcionaria. Deveria funcionar. — San olha para o céu, um tom azul claro pontilhado por poucas nuvens, fechando os olhos por um momento. — Você entende, não é, Wooyoung? Esse foi o meu legado. Não tive escolha a não ser aceitar. E no começo, parecia promissor. Eu admito, eu queria acabar com você, acabar com tudo isso, então aceitei. Mas então... você se lembra da primeira vez que nos conhecemos, certo? Naquele bar? Eu sabia que estava ferrado. Mas joguei junto, joguei as charadas que todo mundo precisava desesperadamente de mim, para completar meu propósito, provar meu lugar como sucessor de meu pai. E quanto mais eu desempenhava o papel de Choi San, mais eu me perdia. Você... me fez questionar tudo, depois de um certo ponto.

Wooyoung sente seu coração pular uma batida. Ele não está sozinho nesse sentimento, afinal. Nem no bar. 

— Quando você... parou de querer jogar.

— Eu não sei. — San admite sinceramente. — Foi ao longo do caminho. Talvez tenham sido as nossas conversas, ou a maneira como você me olhou. Era difícil separar o que era real e o que não era, mas eu quis dizer cada palavra que disse.

— E o sexo... — Wooyoung termina para ele, uma sobrancelha levantada. — Fui enviado para seduzir e tirar informações de você.

San ri, sua expressão estóica quebrando. 

— O sexo era... não era a única coisa. Não sei se você sabe, Wooyoung, mas nunca me apaixonei. Você fez meu coração palpitar da melhor maneira. Adormecia com seu nome em minha mente, acordava com ele em meus lábios. Eu ainda faço. Você me mudou. Não sei como ou por quê, mas você fez. Naquela noite você disse que me amava, eu sabia que não podia mais fazer isso. Cada dia eu deixava isso continuar por mais tempo, mais eu sentia nojo de mim mesmo. Eu estava colocando você em perigo toda vez que não contava. Eu tive tantas chances, mas fui um covarde de merda. Não sou melhor que meu pai.

— San... — Wooyoung diz, a preocupação crescendo quando a voz de San começa a vacilar. Ele nunca viu o mais novo recuar, nem por um momento, e aqui está ele, perto de desmoronar. Lágrimas se acumulam nos olhos do mais novo, e é preciso tudo em Wooyoung para não esticar a mão e enxugá-las, como San sempre fazia por ele.

— Você tem que saber, eu tentei parar.  Era um fardo enorme. Eu não quero ver você se machucar novamente.

Wooyoung, contra sua vontade, sente as paredes em seu coração desmoronando. Talvez eles estivessem abertos o tempo todo. 

— Eu sei. Mas San...

San olha para cima, os olhos ainda brilhando. Wooyoung não quer perguntar isso, mas ele precisa.

— San... como posso confiar em você de novo?

Wooyoung involuntariamente sente sua garganta fechar, lamentando a pergunta assim que sai da boca. 

— Eu não....

— Não. — San o interrompe. — Você está certo. Eu sei que isso é muito. Eu também não seria capaz de confiar em mim. Mas... você tem que saber, Wooyoung, não tenho mais nada a perder. Estou lhe dizendo a verdade porque arrisquei minha vida por isso, arrisquei sua vida por isso. Farei qualquer coisa para recuperar sua confiança e estou começando agora, contando tudo o que sei.

Wooyoung assente, balançando a cabeça depois. 

— Sinto muito por perguntar isso.

— Não fique. Compreendo.

Wooyoung puxa o cabelo para trás, apenas para ser desalojado pelo vento novamente.

— Jilhoon... é outra coisa. Ele está com fome de poder. Ele provavelmente já descobriu o que aconteceu agora. No final, ele viu o quanto eu estava resistindo. — San  continua, a raiva voltando aos seus olhos. — Nunca senti tanto ódio por alguém, nunca me senti tão preso.

— Não acredito que nunca suspeitei de nada. Tenho que perguntar... se ele está por trás disso, quem mais está também? Quantas pessoas mentiram para mim. — Wooyoung se prepara para ouvir a verdade inevitável, que todo o resto era mentira também, mas ele sabe que isso o quebrará.

— Só ele. E eu. Hongjoong e Yeosang são inocentes. Wooyoung... — Ele sussurra seu nome, uma tristeza total envolvendo-o. Wooyoung deve ter pensado que tudo era mentira. Sua confiança foi completamente quebrada.

— Tudo bem. — Wooyoung sussurra de volta. — Compreendo. — Ele fez. O alívio inunda seu sistema, os olhos se fechando por um momento. Os outros dois ainda são seus amigos, confidentes mais próximos.

— Não, Wooyoung. Não deveria. Eu te machuquei muito e da pior maneira possível. Eu menti para você. Você deveria me odiar.

Wooyoung pega suas mãos. 

— Eu também menti. Nós dois fizemos.  Mas eu não te odeio. Eu fiz uma vez, mas isso desapareceu e foi substituída por outra coisa. Você sabe disso tão bem quanto eu. Algo maior.

San zomba levemente, uma lágrima caindo em suas mãos entrelaçadas. 

— Estamos tão fodidos.

— O par perfeito.

— Eu sei que é pedir muito, Wooyoung, mas...

Wooyoung balança a cabeça. 

— Eu perdoou você. Eu sei que vou ter meus momentos, mas... eu te perdoo, San. — Parece certo dizer isso, quase libertador. Ele sabe que levará um tempo para se adaptar a essa nova realidade, mas seria errado fazê-lo sozinho. — Eu também sou um pouco culpado, você sabe.

San ri. 

— De modo nenhum. Você foi um grande sedutor. — Ele dá a Wooyoung um sorriso malicioso. — Se eu não soubesse de tudo, eu realmente teria caído nessa.

Wooyoung sorri de volta, com o coração batendo forte. Vinte e quatro horas atrás, ele não teria sonhado com essa possibilidade. Mas aqui está ele. Doze horas atrás, ele nem sonharia em perdoar San. Mas aqui está ele, e perdão é a única coisa em sua mente. Para seguir em frente, ele tem que fazer isso. Existe uma razão para ele se apaixonar por San.

A cabeça de Wooyoung encontra seu lugar no ombro do mais novo, e seus dedos se apertam ao redor dos de San. Parece certo.

— O que acontece depois, San? —  Ele imagina retaliação, algum tipo de luta, um banho de sangue. Mas, em vez disso, San pronuncia uma palavra.

— Japão.

Wooyoung tira a cabeça do ombro do mais novo para lhe dar um olhar incrédulo. 

— O que vamos fazer no Japão?

— Esperar, até que as coisas fique calma. Eu tenho uma casa em Osaka que ninguém conhece, podemos ficar lá por um tempo. Estou fazendo isso para mantê-lo seguro.

Wooyoung repassa isso em sua mente. 

— Eu sei. Eu sei que você vai cuidar de mim. — Ele realmente acredita nisso.

San sorri, pressionando um beijo no lado da cabeça de Wooyoung. 

— Podemos conversar mais, se você quiser, a qualquer hora. Eu sempre direi o que você precisa ouvir. — Ele dará todo o tempo do mundo a Wooyoung, tranquilizando-o repetidamente em como suas intenções haviam mudado e para melhor. Qualquer coisa para mantê-lo onde está, ao lado dele.

— Obrigado.

San balança a cabeça. 

— Não, eu é que agradeço, Wooyoung. — San está em dívida com ele por mais razões do que pode nomear.
  
   

𝘾𝙤𝙣𝙩𝙞𝙣𝙪𝙖
⩵⩵⩵⩵⩵⩵⩵⩵⩵⩵⩵⩵⩵⩵⩵

Uau!! Os dois fizeram o que era necessário para manter o império. Mas Wooyoung foi totalmente humilhado. Você fazer um plano par destruir o inimigo é horrível, mais você descobrir que  aquele plano foi planejado pelo inimigo é humilhante. Sem contar a traição de Jilhoon, que acabou traindo San também.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top