𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨_𝟎𝟓

Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .

Boa leitura a todos.


O dia seguinte é um borrão para Wooyoung. Ele diz a Jilhoon que o próximo local em que San irá é Bucheon e que ele o seguirá sozinho. Demora um pouco, mas Jilhoon cede no final e lhe oferece transporte.

— Eu não preciso disso. — Diz Wooyoung, apresentando a Jilhoon uma passagem de trem. — Vou descobrir o máximo que puder.

  
O disfarce de Wooyoung é impecável, se ele mesmo tivesse que dizer. Ele está irreconhecível sob o chapéu e a máscara, e a roupa discreta, um forte contraste com o seu traje habitual. Ele adiciona os óculos de sol como precaução de última hora e chega cedo à estação de trem. Ele age discretamente, não é a primeira vez que ele segue alguém. Ele é um especialista agora, sabendo em que ritmo deveria ficar para trás.

É mais emocionante do que deveria ser, seguir o líder da máfia. San deve chegar em breve...

Wooyoung reconhece os passos de San, ele percebe, por instinto. Sua postura se endireita, observando o mais novo passar por ele sem vê-lo. Ele nota com interesse a mala que o outro está carregando e a longa jaqueta preta. Combina bastante com ele.

Wooyoung sorriu para si mesmo, batendo o pé com impaciência. Assim que San embarca no trem, ele o segue, escolhendo sentar alguns lugares atrás do mais novo e se ocupando com o telefone.

Ele presume que San esteja dormindo, ou pelo menos seus olhos estão fechados, porque sua cabeça continua pendendo para trás, pernas abertas. Wooyoung não consegue ver a expressão facial de seu ângulo, mas pode imaginar o olhar sereno em seu rosto.

Muito cedo, o trem chega a Bucheon, e Wooyoung está colocando sua mochila e seguindo San com a cabeça voltada para o chão.

É difícil acompanhar os passos de San, especialmente com a multidão que zumbe ao seu redor, mas Wooyoung consegue. Logo, a massa de corpos diminui e Wooyoung está sendo levado por uma estrada tão sinuosa que ele precisa se certificar de que não está sendo seguido. Ele se distancia um pouco mais, observando o prédio exato em que San entra.

Quando ele chega, percebe que é um armazém. Isso também não é nada novo para ele. Wooyoung vai para o fundo do prédio. Ele se sente com sorte quando vê janelas quebradas, permitindo-lhe vislumbrar dentro do depósito vazio.

É absolutamente silencioso, sem vento cortante no ar, nem o som do barulho vizinho. Apenas o som de sua respiração tranquila o acompanha, bem como seu coração batendo.

Agachado Wooyoung olha de soslaio para dentro. Ele vê dois homens grandes, vestidos de preto, na frente de outro homem, amarrado e com a cabeça baixa. San entra na sala e recebe duas reverência dos homens que são instruídos a sair.

San está atrás do homem, cujo rosto é ilegível nem distinguível na luz negra. O que parece sangue pode estar pingando no chão, mas Wooyoung não tem certeza.

— Você. — A voz de San é ensurdecedora.

O homem se encolhe na cadeira, fazendo uma fraca tentativa de romper seus laços.

— Não adianta, velho. — A mão de San desfaz a mordaça, jogando-a no chão com nojo.

O homem tosse, seus cabelos balançando no ritmo de seus ataques violentos. Wooyoung julga que o homem deve ser mais velho, dado o comentário de San e o corpo, que ele está podendo ver um pouco melhor agora.

— Por favor. — Sai a voz fraca, soando totalmente derrotada.

Wooyoung quase se levanta. Há um fogo gelado correndo por suas veias, seu corpo fica rígido com a voz.

Essa voz pertencia ao Chefe.

— Por favor. — O velho diz novamente, levantando a cabeça.

Se Wooyoung não fosse treinado para suportar operações de alto estresse, ele teria desmaiado de choque. Através da iluminação que atinge o rosto do homem, Wooyoung confirma a identidade da vítima.

"O que diabos ele estava fazendo aqui?" Wooyoung raramente via seu pai; só nas raras ocasiões em que era necessário para uma reunião, ele fazia negócio que apenas Jilhoon conhecia. Era típico de seu pai negligenciar e menosprezar ele, seu próprio filho, assim. Wooyoung presumiu que seu pai estava na cidade novamente, dada a garantia de Jilhoon de que estava relatando tudo ao Chefe. "Se ele estava bem há uma semana, como ele acabou assim?"

A atenção de Wooyoung é capturada novamente quando a voz de San enche a sala. 

— Foi assim que meu pai implorou?

Wooyoung é jogado para outro turbilhão. "Foi assim que meu pai implorou?" Sangue lateja em seus ouvidos, adrenalina fresca nas pontas dos dedos. Ele está tão perto de fugir, mas não sabe em que direção - em direção a ou para longe de seu pai?

— Choi era escória. _ O Sr. Jung cospe, arrogantemente. — Ele mereceu tudo.

A mandíbula de San aperta, os olhos escurecendo. 

— E ainda assim você implora? Você percebe, — San diz, andando ao redor dele para encará-lo. — que você vai morrer hoje à noite, não é?

Há um fio de medo que é atingido, e ecoa no ar. O estômago de Wooyoung está enrolado, enrolando-se profundamente.

— Se você me matar, só vai piorar.

— Eu vou lidar com isso.

— Você não é melhor que seu pai.

Há uma arma no ar antes que Wooyoung possa processá-la. Puta merda.

— Não teste minha paciência, Sr. Jung. Vou te matar, mas vou conseguir respostas primeiro.

Wooyoung detesta o jeito que seu pai sorri, reconhecendo isso desde a infância. 

— Me mate agora. Prefiro morrer a falar sobre seu pai.

A mão de San treme, a ponta da arma pressionada na testa do Sr. Jung. 

— Não. Diga-me agora. Por que você fez isso?

Ainda sorrindo, o Sr. Jung ri. 

— É disso que se trata? Como você descobriu em primeiro lugar?

O corpo de San treme com impaciência. 

— Nós descobrimos tudo. Tudo. Agora me diga, o que você queria dele? — Ele grita, fazendo com que Wooyoung prenda a respiração.

— Seu império.

O rosto de San nunca ficou tão duro. 

— E, no entanto, o que você ganhou? Nada. Você sempre permanecerá com nada.

Se Wooyoung entende alguma coisa perfeitamente, é o conceito de olho por olho. Ele aprendeu a lição desde o início, e ela permaneceu com ele durante toda a vida adulta. Isso é o conceito de karma. O que vai volta.

O pai dele vai morrer, e ele não irá impedir.

Não, há muitas forças em jogo. Há um ressentimento amargo em relação ao pai que vem à tona, há um choque pelas revelações recentes e, o pior de tudo, Wooyoung percebe, o entendimento de que isso deve acontecer. O Sr. Jung merece esse final. Wooyoung não é capaz de registrar o final da conversa, o sangue está muito alto em seus ouvidos.

É como se tudo estivesse em câmera lenta, desde a maneira como o som terrível de uma bala disparando ecoa na sala até a maneira como o vermelho carmesim pinta a parede atrás dele.

San cai no chão, o corpo tremendo. Wooyoung está fora de si, afastando-se da janela e encostando-se na parede. Ele está sussurrando maldições para si mesmo, em pânico.

Ele acabou de testemunhar a morte de seu pai. E não tinha nada para impedi-lo.

Ele se lembra de respirar, lutando contra a bile que está subindo ativamente em sua garganta. Ele não pode agora, ele tem que se controlar. Ele precisa sair sem ser visto. De pé, ele caminha por um beco diferente, já tendo escolhido sua rota de saída antes de dar a volta para testemunhar o evento. Ele anda o mais rápido que pode, de alguma forma está mais frio. Ele vai ficar bem, ele só precisa ligar para Jilhoon, Yeosang, qualquer pessoa. Foda-se as regras, ele precisa repetir todos os detalhes enquanto as imagens estão frescas em sua mente.

Ele sobe a bordo de um ônibus que tem seu destino final a estação de trem de onde ele veio, sentando-se atrás e fechando os olhos. É quase impossível fazer com que seu corpo relaxe, sabendo que a cada segundo que passa ele está ficando cada vez mais longe de seu pai e de San.

San.

O nome dele evoca um sentimento confuso no peito de Wooyoung, é como se algo estivesse tentando sair dele. Ele não sabe se deve agradecer a San ou desprezá-lo mais do que já fez.

Wooyoung não consegue pensar com clareza agora, seu cérebro está girando e realocando o som do gatilho sendo puxado. Ele não deveria pensar agora, ele precisa se concentrar em voltar para casa e ligar para alguém.

"O que vai acontecer depois? Guerra? Quem, além de Wooyoung e o Chefe, sabe sobre o pai de San?" Ele se lembra claramente, a história triunfante sendo contada. O próprio Wooyoung ficou chocado com a morte repentina, mas mais aliviado por seu reinado de terror ter terminado. Ninguém era páreo para o Sr.Choi.

Mas saber que foi seu pai quem teve uma participação direta em sua morte? Cavou um buraco de traição. "Como ele pôde não ter sido informado? Mais importante, quem mais sabe?"

Ele faz uma parada mais cedo, dedos já voando para ligar para Jilhoon, que atende no primeiro toque e Wooyoung pode finalmente respirar.

— Deus, Jilhoon.

— O que há de errado, Wooyoung?

Wooyoung recupera a compostura, engolindo muitos goles de ar.

— O Chefe. É o chefe. Eu apenas... acabei de ver...

— Devagar. O que tem o chefe?

— Onde ele está, Jilhoon? — Wooyoung diz, desespero arranhando seu tom.

— Ele não está aqui, em Seul? Por que você pergunta?

— Ele está morto, Jilhoon. Ele não está em lugar algum, está em Bucheon. Ele está morto em algum armazém.

— O que?

— Diga-me, Jilhoon, agora...

Jilhoon o interrompe. 

— Wooyoung, mais devagar, por favor. Como ele morreu? Onde você está agora?

— San! San, o bastardo, atirou nele. Mas me diga, me diga agora, você sabia que foi o chefe quem matou o Sr.Choi?

Há uma pausa do outro lado da linha. 

— Sim eu sabia. Me desculpe, Wooyoung...

— Foda-se suas desculpas! Porra! O que eu faço agora? Por que ninguém me contou?

— Wooyoung, acalme-se. Fique onde está, enviarei alguém para buscá-lo. Eu também vou. Não vá a nenhum outro lugar. Você me ouviu, Wooyoung? Você não pode atrair atenção para si mesmo. Onde está San?

Wooyoung faz um giro de 360° ao seu redor. 

— Aqui não, eu não sei. Eu não sei para onde ele foi, eu apenas... eu o vi no chão, chorando, eu acho.

— Tudo bem, Wooyoung. Estou me preparando agora. Você acha que vai ficar bem por enquanto?

— Sim.

— Vejo você em breve, envie-me sua localização. Nós vamos lidar com isso, você está me ouvindo?

— Sim.

Wooyoung desliga antes dele.

       

Wooyoung é pego logo depois, ainda abalado e sem acreditar. Ele fica calmo, porém, quando Jilhoon segura firmemente seu ombro, ele finalmente desmorona. Jilhoon não faz barulho, apenas segura um Wooyoung trêmulo nos braços.

Wooyoung não sabe por que está chorando, há muito para absorver de uma só vez.

Em Seul, Wooyoung é levado para o apartamento dele, onde Jilhoon o manda para a cama. Ele não tem escolha a não ser desistir, sabendo que Jilhoon responderá suas perguntas quando ele acordar com a cabeça mais clara.

Ele sonha com balas, corpos sem vida e, acima de tudo, fugindo.

[...]

   
Jilhoon explica toda a verdade.

— Você não foi consultado, simplesmente porque...

Wooyoung termina para ele. 

— Porque o Chefe não achou que eu era digno o suficiente. Pensou que eu seria um obstáculo. Eu sei.

— Mais ou menos. Você entende por que não pude dizer nada, certo?

— Claro. Então, o que San fez lá atrás foi... justificado?

Jilhoon faz uma cara de dor. 

— De certa forma, sim. O Sr.Jung, sem o seu conhecimento, orquestrou muitas das catástrofes que ocorreram em seu império. Os inexplicáveis. Sapphire, cena de bordel, etc. — Jilhoon diz, citando alguns dos incidentes. A mente de Wooyoung está trabalhando ao contrário para conectar seu pai a todos esses crimes.

— O bastardo. — Diz Wooyoung, apesar de está falando do próprio pai. — Ele fez tudo isso sem pensar nas consequências?

— Temo que sim.

Wooyoung suspira. Ele pedirá mais detalhes outro dia.

— Quando é o funeral?
 

C o n t i n u a
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Que tenso hem. O pai de Wooyoung fez todo tipo de maldade e pior, ele matou o pai de San. E Wooyoung pensou que o pai não era tão mal assim. Mas o que vai acontecer com eles agora?

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