𝟎𝟐 ─ · · 𝐍𝐎𝐌𝐄
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Esse capítulo contém:
━ Conteúdo sexual
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Já no banheiro, eu me mantinha em frente ao espelho ajeitando meu cabelo e verificando minha aparência pela milésima vez desde que entrei ali.
Suspirei encarando meu reflexo, começando e repensar a escolha que havia feito. Transar com um desconhecido no banheiro de um bar é algo que eu só fiz algumas poucas vezes quando ainda era uma jovem imatura na universidade, e hoje em dia isso é algo que eu definitivamente não faria se estivesse em sã consciência. Porém, a ideia de que eu possa esquecer o desastre que é minha vida amorosa durante alguns minutos graças a um completo estranho me fez engolir meu orgulho e entrar neste banheiro — que aliás era até que bem limpo.
Antes que eu pudesse me arrepender e sair dali, ouço a porta do banheiro se abrir, sendo fechada e trancada logo em seguida. Levanto meu olhar do espelho e o direciono até a pessoa que havia entrado.
O homem — que por sinal eu não sabia o nome porém não me importava em perguntar — caminha até mim em passos lentos. Sua expressão continuava neutra, a diferença é que agora eu podia sentir o desejo que ele exalava. Se aproximou de mim até que seu peito ficasse colado ao meu e sua respiração batesse contra a minha. Sua mão subiu ao meu queixo, onde com o dedo indicador levantou meu rosto para que eu o encarasse. Suas orbes cinzentas percorriam cada canto de minha face, e eu me controlei para que não corasse com esse olhar tão intenso.
— Posso? — Ele perguntou, e eu entendi que ele se referia a me beijar, já que seus olhos travaram em meus lábios.
Isso é algo que eu normalmente não faria, mas quer saber? Foda-se.
O puxei pela gola da camisa social que usava e colei minha boca na sua, não perdendo tempo em deslizar minha língua dentre seus lábios e entrar em contato com a dele. Sua mão saiu de meu queixo e viajou até minha nuca, onde enfiou os dedos entre meus fios enquanto sua outra mão agora apertava minha cintura. Meus braços se entrelaçaram atrás de seu pescoço, aprofundando o ósculo ainda mais.
Nossas respirações pesadas e suspiros se misturavam com os sons que nossas bocas emitiam durante aquele beijo apressado e ecoavam pelo banheiro. Seus lábios se descolaram dos meus e se moveram da minha mandíbula até meu pescoço, onde começou a dar leves chupões e mordidas, enquanto eu mantinha meus olhos fechados aproveitando a sensação de sua boca em minha pele. Ainda prensada contra a pia, apoiei uma de minhas mãos no mármore gelado enquanto a outra arranhava levemente sua nuca.
— Temos que ser rápidos. — Digo em meio a suspiros.
— Não se preocupe com isso, consigo te fazer gozar em menos de sete minutos. — Ele diz, se afastando de meu pescoço e me encarando com um sorriso pequeno porém regado em malícia.
O homem então começa a se ajoelhar, ficando de frente com meu quadril. Ele me olhou, como se pedisse permissão pra que pudesse fazer seu trabalho, e sem hesitar eu assenti quase em desespero. Com um sorriso de canto, ele subiu suas mãos por minhas coxas, passando os dedos pelo interior das mesmas e me fazendo suspirar. Suas mãos se moveram novamente, desta vez indo para a lateral de minhas pernas e subindo aos poucos a saia que eu usava.
Assim que minha saia estava completamente levantada acima do meu quadril, o homem encarou com luxúria a minha intimidade ainda coberta pela calcinha. Não esperando mais nenhum segundo, ele colocou a peça pro lado, me deixando então finalmente exposta a ele.
Senti repentinamente sua língua quente percorrer toda a minha vulva, me fazendo fechar os olhos com força e segurar um gemido. Minhas costas se arquearam e meus dedos apertaram com força a borda da pia, e por instinto levei minha mão até seus fios escuros.
Repetiu o ato, e eu soltei um suspiro alto. Uma de suas mãos apertava minha coxa enquanto a outra ia até minha intimidade, começando a massagear meu clitóris com o polegar. Enquanto seu dedo trabalhava em meu botão sua língua passeava por todo meu íntimo, focando principalmente em minha entrada já completamente encharcada.
— Caralho! — Balbuciei ao sua boca sugar meu clitóris, e eu pude sentir minhas pernas falharem por alguns milissegundos.
Vendo meu equilíbrio ceder repentinamente, o homem levantou uma de minhas pernas e a colocou em seu ombro, a abraçando ao mesmo tempo que apertava a carne da minha coxa com força.
Sua mão que antes brincava com meu clitóris, se moveu até minha entrada, e o moreno não hesitou em me penetrar dois dedos de uma vez, que praticamente escorregaram pra dentro de mim por conta da tamanha excitação que eu sentia.
O homem me encarava enquanto me comia com a boca e me fodia com os dedos, e eu estava amando o prazer que ele me dava. Minhas mãos apertavam seus fios escuros de forma desajeitada e até bruta, arrancando do moreno grunhidos que enviavam vibrações a minha intimidade e me faziam delirar.
Suas orbes cinzentas me encaravam com uma intensidade absurda, e eu me arrepiei por inteira apenas com seu olhar profundo sobre mim. Sentindo o familiar nó se formar em meu ventre, meu quadril começou a se mover pra frente por instinto, me fazendo praticamente rebolar em sua boca enquanto minha mão livre permanecia sobre meus lábios, impedindo que gemidos altos escapassem.
Assim que senti seus dedos se curvarem dentro de mim e começarem a massagear meu ponto doce toda vez que eles eram estocados, apertei minha mão contra minha boca com força, evitando o máximo que podia os gemidos que se tornavam cada vez mais altos. Minha mão em sua cabeça se manteve firme conforme eu movia meus quadris pra frente com afinco e fodia sua boca, enquanto o moreno continuava a me comer como se estivesse faminto a dias.
— Vamos linda, goze na minha boca e me deixe sentir seu gosto. — Ele diz ainda com o rosto enterrado em minha vulva, e minha única reação foi revirar os olhos em êxtase.
Subitamente ele aumentou a velocidade de sua língua e seus dedos, e em segundos eu me senti derreter completamente em sua boca. Meu olhos se apertaram com força, meu corpo se contorceu e uma sequência de gemidos baixo escaparam de meus lábios conforme ele continuava a me chupar e prolongar meu orgasmo. Se não fosse por ele me segurando com firmeza, eu provavelmente teria caído.
Meu peito subia e descia graças a minha respiração ofegante, meu aperto nos fios do moreno se afrouxaram e meu corpo todo então relaxou. O homem que estava entre minhas pernas se levantou enquanto limpava os restos de meus fluídos de seus lábios e dedos, não cortando o contanto visual em nenhum momento.
Puta merda isso foi incrível.
— Temos que ir. — O moreno disse, ajeitando a própria roupa e cabelo.
Lembrando que logo o bar fecharia, arrumei minhas roupas em meu corpo com pressa, também jogando uma água no rosto.
— É melhor você sair primeiro. — O homem diz encostado na pia. Eu apenas concordei.
Quando estava prestes a sair pela porta, ouço sua voz me chamar mais uma vez.
— Qual seu nome?
— S/N. E o seu?
— Levi. — Ele dá um sorriso pequeno e logo depois acena, eu retribui o sorriso e o ato de despedida, saindo do banheiro com rapidez.
Quando passei em frente ao balcão onde estava o barman, ele me olhou de canto de olho com um sorriso ladino, provavelmente já sabendo o que havia acontecido no banheiro. Foi inevitável não ficar envergonhada e apressar o passo para ir embora logo.
— Obrigado e volte sempre! — Ele diz antes de eu sair, apenas aceno sentindo meu rosto queimar.
Saindo do bar, comecei a traçar meu caminho até em casa, ainda processando o que havia acabado de acontecer. Decidi não pensar muito nisso, pois sabia que caso o fizesse iria me arrepender instantaneamente daquilo, e no momento quero apenas relaxar e manter minha cabeça vazia.
Quando cheguei em meu apartamento, ele aparentava estar vazio. Notei que no chão em frente a porta estava a cópia da chave que pertencia a Ethan, provavelmente ele havia a jogado por baixo da porta quando foi embora.
Depois de ter tomado um banho demorado, fui até meu quarto e me joguei em minha cama, sentindo a bebida que havia tomado no bar deixando meu corpo gradualmente mais pesado a cada segundo. Isso junto ao cansaço do trabalho e o orgasmo que aquele desconhecido me fez ter resultou em mim dormindo ali de qualquer jeito.
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O barulho de notificação vindo do meu celular me fez acordar num susto. Imediatamente verifiquei o horário e me desesperei mais ainda. Eram 7:15, eu deveria estar no trabalho as 7 em ponto.
Num pulo corri ao banheiro, me arrumando o mais rápido que pude. Coloquei minhas roupas sociais de sempre e peguei minha bolsa, guardando meu celular e saindo de casa correndo.
Fui até a garagem do prédio usando as escadas, pois demoraria demais pra pegar o elevador. Quase tropeçando em meus próprios pés, cheguei ao meu carro e entrei, não demorando até que eu já estivesse dirigindo em direção a empresa onde eu trabalhava.
Em cerca de 15 minutos, eu já havia chegado a empresa e andava em passos apressados até meu escritório, quando finalmente atravessei a porta da sala, tomei um susto ao ver minha chefe em pé ao lado de minha mesa.
Maravilha, estou fodida.
— Bom dia senhorita S/N. — A mulher loira diz ajeitando seus óculos no rosto enquanto mantinha um sorriso pequeno no rosto.
— Bom dia senhora Rico. — Digo me aproximando dela um tanto receosa. — Me perdoe o atraso, não vai acontecer novamente.
— Não se preocupe com isso. — Ela passou por mim e foi até a porta, parando ao lado da mesma enquanto tinha seu braço esticado em um gesto indicando que eu saísse da sala. — Eu preciso falar com você sobre algo sério, e prefiro que seja em meu escritório.
A expressão da mulher se tornou tão séria quanto seu tom de voz, e eu tive o sentimento de que algo ruim fosse acontecer. Por mais que não fossem raras as vezes que Rico queria falar sobre algo sério comigo, dificilmente ela me chamava ao seu próprio escritório. Normalmente tratávamos dos assuntos da empresa na minha sala, então provavelmente o que ela quer falar comigo não tem relação com o meu trabalho em específico.
Já sentindo o nervosismo tomar conta de mim, decidi não contestar. Saí de minha sala e passei a seguir a mulher até seu escritório, qual ficava afastado dos demais daquele andar. Não demoramos a chegar, e assim que entrei no local de paredes de vidro, as persianas foram fechadas cobrindo a vista do interior da sala para quem estivesse do lado de fora.
Me sentei na cadeira em frente a enorme mesa também de vidro, onde a cadeira que ficava atrás dela logo foi ocupada por minha chefe.
— Primeiramente, queria dizer que seu trabalho aqui na empresa sempre foi excepcional e que com toda certeza não teríamos chegado tão longe sem você conosco. — Eu gelei assim que ela começou a dizer aquilo. Eu sabia a o que esse começo de conversa levaria.
Não, não, não. Isso não pode estar acontecendo comigo.
— Por favor senhora Rico, seja direta. — Digo com dificuldade graças ao nó que havia se formado em minha garganta pela ansiedade. A mulher suspirou, ajeitando os óculos mais uma vez.
— Você está demitida.
Minha respiração travou em meu peito e eu senti minha pressão cair durante um instante. Ao mesmo tempo que minha mente ficou em completo branco, milhares de pensamentos invadiram minha cabeça sem parar, me fazendo sentir uma pontada dolorida.
— Por que? — Foi a única coisa que consegui dizer depois de quase um minuto em silêncio.
— Corte de funcionários. — Ela respondeu suspirando, se ajeitando na cadeira enquanto me olhava com pena no olhar. — Não pense que o problema foi com você, S/N...
— Vou juntar minhas coisas e ir embora. — Digo interrompendo a loira, não querendo ouvir o que mais ela tivesse a dizer. Eu também sabia que se continuasse ali, começaria a me humilhar implorando por esse emprego de volta.
Sai da sala sem olhar pra trás, mantendo minha cabeça erguida e olhar firme, enquanto agarrava a alça de minha bolsa com força tentando controlar o misto de emoções que eu sentia agora.
Esse emprego era importante pra mim. Eu era a melhor jornalista empresarial daqui, por que me demitir assim de repente? Eu cometi algum erro? Impossível, sempre fui perfeccionista em relação ao trabalho. Talvez eles tenham arrumado alguém melhor que eu? Porra, eu vou enlouquecer.
Aparentemente, voltarei a aquele bar mais cedo do que pensava.
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Demorei pra atualizar né? kkj
Enfim, quem puder me segue lá no Twitter pq eu passo bastante tempo lá e posso interagir mais com vcs (@/iLeviCatw), o link tá na minha bio também
A Rico 😩🙌🏻
Desculpem qualquer erro e espero que tenham gostado!
Até o próximo capítulo♡
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25.07.2021 𓇬 ©𝖺𝗄𝖺𝖺𝗌𝗁𝗂𝖼𝖺𝗍
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