𝐃𝐄𝐒𝐓𝐑𝐔𝐈́𝐃𝐀 𝐏𝐎𝐑 𝐀𝐐𝐔𝐈𝐋𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐀𝐌𝐀𝐌𝐎𝐒
─── Asas não te ajudariam
Asas não te ajudariam a descer
O chão é preenchido, a gravidade sorri
Você mal está piscando
Sacudindo seu rosto por aí
Quando foi que isso se tornou uma casa
mortal?
MEUS PÉS NÃO GUENTAVAM MAIS, os calos estavam presentes, gemi pela dor que alastrava pela minha espinha. Uma chuva forte e pesada caia por Forks, o cheiro de grama molhada pela primeira vez em anos, me incomodava. Meu corpo cedeu, deixei minha bicicleta em qualquer lugar da rodovia, entre a grama, me sentando no verde frio e molhado. Meus lábios pálidos temiam constantemente.
Não sei dizer quanto tempo fiquei ali, sentada em posição fetal. Talvez eu estivesse fazendo muito drama por uma pequena coisa insignificante, mas eu estava tão confusa, que não me importava com meu estado deplorável. No momento, eu só queria sumir.
Respingos e mais respingos caiam pelo meu rosto, pesquei meus olhos diversas vezes para aliviar a vista. Minha costas cederam, e então, meu corpo caiu para trás, me afundei na grama molhada. Lágrimas escorriam sem pausa, funguei sentindo a ardência em meu nariz e olhos.
E então, fiquei ali, tempos, sem me mover, até o momento que a chuva cessou, com dificuldade, me sentei, eu não precisava alisar meus cabelos, para ter certeza que pedaços de grama e musgo se espalhava ali.
Bati minhas mãos úmidas, sujas na roupa colada no meu corpo, virei meu corpo pesado para a bicicleta, a peguei e pedalei, meus olhos pesavam, talvez fosse pela exaustão, ou o incomodo pela chuva.
Estava quase anoitecendo, mesmo que não parecesse, as nuvens se engrossavam cada vez mais, retirando qualquer fio de luz que pudesse restar no céu. Incomodada pedalei mais rápido que pude.
Prendi a respiração quando passo rapidamente pela casa dos Cullens, a residência parecia abandonada, as luzes estavam acessas, mais nenhum barulho fazia eco ali.
Desviando o olhar, continuei pedalando , descansei meus pés, quando uma pequena descida reta se fez, segurei firme no guidão e segui, sem olhar para trás, pensando que, a qualquer momento, Bella e seu namorado idiota, fossem aparecer ali, trás de mim, buscando por respostas que eu não poderia dar.
E ENTÃO, JÁ ERA NOITE. O sereno presente me dava cala-frio, eu ainda pedalava, depôs de minha fulga, eu não fazia ideia de onde eu estava indo, e agora minha falta de responsabilidade, me trouxe para cá. Depôs de um tempo consegui me localizar. Não era possível enxergar muita coisa antes, porém a cidade depôs de um pequeno instante, estava avista, postes de luz iluminavam as ruas, ajeitei minha costas para manter o equilíbrio e não acabar, por acidente, atropelar alguém.
Minha roupas não tinham secado totalmente, me deixando mais ansiosa para voltar, eu ainda podia sentir uma pequena poça de água dentro dos meus all stars, juntamente com minha meias encharcadas.
Me ajeitei no banquinho desconfortável da bicicleta, ajustando meus fios desengonçados e despenteados. Confusa frangi minhas sobrancelhas ao escutar, não muito longe, sirenes, estranhamente, continuei a pedalar.
Quase freei, quando, ao olhar para minha casa, eram no total cinco viaturas, todas estacionadas em frente a minha casa, todos estavam do lado de fora da casa. Freei, usando meus pés de apoio, ali, no escuro, onde no exato lugar que, o poste estava queimado. Fiquei um tempo ali. Não era preciso juntar dois mais dois para saber porque eles estavam ali, desesperados.
Eu tinha sumido, não levei meu celular comigo quando sai, e muito menos avisei para Bella, no meu momento de raiva, para onde eu estava indo. Eu tinha ficado horas fora. Tempo o suficiente para que quase todo o departamento de polícia de forks estivesse a minha procura.
Respirei fundo quando me aproximei da minha casa. As luzes piscavam em vermelho e azul. Meu coração acelerou ao avistar as viaturas de polícia estacionadas à frente. Por que diabos isso tinha que está acontecendo comigo?
Havia passado um tempo desde que desapareci sem deixar rastros, deixando provavelmente Charlie em ruínas, furioso eu arriscava dizer. Ninguém sabia para onde eu tinha ido, nem eu mesmo sabia. Agora, retornando à minha casa, sentia um misto de alívio por estar de volta e medo, medo provavelmente do sermão que irei receber, e sem esquecer das perguntas desnecessárias. Eu não estava com cabeça, para responder perguntas.
Não era difícil localizar Charlie, ele é o chefe de polícia da pequena cidade onde vivíamos. Ele estava lá fora, discutindo com alguns dos seus colegas, enquanto Bella estava agarrada em seu namorado.
Engoli em seco e desci da bicicleta, saindo da escuridão, eu me sentia vulnerável, eu não sabia como explicar minha ausência, nem mesmo para mim mesma. Onde eu estive todo esse tempo? Por que eu fugi? Por que não trouxe meu celular comigo?
Minha Irmã, veio em minha direção com os olhos marejados de lágrimas. Ela tentou me abraçar, mas eu recuei, incapaz de suportar o peso da sua preocupação e do meu próprio sentimento de raiva.
Todos viraram suas cabeças para mim, suspiros aliviados foram ouvido ao pé da noite. Charlie veio correndo até mim, sem questionar, aceitei o abraço, e ali eu fiquei, sem me soltar, escondendo meu rosto posto por decepção, em seu casaco preto. Não lhe soltei, nem mesmo quando seus braços não estavam mais em volta do meu corpo.
E então, eu me deixei ser levada, por motivos que não saberia dizer, uma ambulância estava ali, pronto para minha volta, os braços de Charlie me suspenderem, até que eu estivesse sentada no veículo.
Meu olhar estava vago, não tinha certeza do que pensar, ou principalmente, do que falar, meu silêncio não seria o suficiente, eu sabia disso, mas por enquanto, aproveitei o silêncio que reinava.
Tenho certeza que eu estava péssima, meu rosto estava tão transparecido, que Charlie não abriu sua boca em nenhum momento, nem mesmo quando as viaturas foram pouco a pouco, como a ambulância e todo o resto.
Como se eu não aguentasse mais ouvir os agradecimentos de Charlie para seus colegas, sai dali me dirigindo para dentro, não olhei para trás. Bella não estava, mas no momento eu não estava me importando, tomei um banho frio, como se o vento e chuva que peguei não fosse o suficiente.
Depôs de tudo que passei, por incrível que possa parecer , não estava com sonho, meu corpo não parecia cansado, diferente de minha mente, que parecia fraca e mal descansada.
Mesmo assim, me deitei, o sono não, veio. Charlie depôs, entrou no quarto em passos silenciosos, deixando uma porção de comida na minha cabeceira. Eu tinha quase certeza que Bella contou tudo a ele, ao menos, aquilo me pouparia esforços.
MUITO OBRIGADA PELOS 1K AMORES!
logo logo as coisas iram esquentar hehehe
Mas talvez não seja do jeito que vocês esperam
Quem ainda não foi lá, por favor, dê uma pequena olhada na minha nova história!
Se você curte kdrama, a fic é para você!
Novas atualizações irem chegar, fiquem atentos.
Ate a próxima. . .
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