ELEVEN
Você caminhou pelas ruas até sua casa com passos rápidos, o corpo ainda tremendo com o peso do que tinha acontecido. Sua mente estava uma confusão, os pensamentos se misturando como um turbilhão que você não conseguia controlar. O gosto dele ainda estava nos seus lábios, como um veneno doce que se recusava a desaparecer.
O ar parecia mais pesado, denso, como se o próprio mundo estivesse contra você. Quando chegou à porta de casa, suas mãos tremiam tanto que demorou um minuto para conseguir encontrar as chaves na bolsa. O clique da fechadura ecoou alto no silêncio da noite, e você entrou, fechando a porta atrás de si com um alívio que durou apenas um segundo.
Sua casinha estava igual. Mas havia algo estranho.
Errado.
Você olhou ao redor, o peito apertado, a respiração acelerando novamente, subiu as escadas para o quarto, os passos pareciam mais difíceis, como se o peso do ar fosse maior a cada degrau. Quando abriu a porta do quarto, o coração parou.
Toji estava ali, sentado na poltrona perto da janela, o corpo relaxado como se aquele fosse o lugar dele. Os olhos escuros brilharam na penumbra quando ele virou o rosto para você, um sorriso que beirava a predador se formando em seus lábios.
— Bem-vinda de volta, Sophie.
Seu corpo congelou, mas ao mesmo tempo, uma onda de calor percorreu sua espinha. Era como se ele tivesse a capacidade de virar sua mente contra si mesma, de misturar o medo e o desejo de um jeito que parecia impossível separar.
— Como você...
A voz saiu fraca, quase um sussurro.
Ele se levantou, caminhando em sua direção com aquela calma ameaçadora que fazia suas pernas tremerem, seu estômago se embrulhar e sua derme quase implorar para ser tocada.
— Acha mesmo que uma porta trancada me impediria?
Ele murmurou, a voz baixa e levemente rouca, antes que você pudesse responder, ele já estava à sua frente, o corpo grande bloqueando qualquer possibilidade de fuga. A proximidade fazia seu coração martelar com mais força, e você percebeu que estava de costas para a parede. Outra vez.
— Você deveria correr não acha?
Toji sussurrou, a mão dele subiu até o seu rosto, os dedos firmes tocando sua bochecha morna em uma carícia perigosa.
— Cale a boca.
Você murmurou com a voz quebradiça, seu coração batendo como louco contra a caixa torácica. Ele riu de maneira rouca fazendo com que um arrepio percorresse sua espinha.
— E sabe por quê você não corre, minha luz? — Ele sussurrou, os lábios quase tocando os seus. Você não respondeu. Não podia. — Porque, no fundo, você gosta disso.
Aquelas palavras foram como um fósforo que incendiou seu corpo por completo. Você engoliu em seco a respiração acelerada e pesada enquanto levantava o olhar o encarando como se implorasse por algo e antes que pudesse processar, ele te puxou para mais perto, os lábios esmagando os seus em um beijo que era tudo, menos gentil. Era exigente, possessivo, como se ele quisesse consumir cada pedaço seu.
O calor aumentou quando ele te guiou até a cama, o corpo dele pressionando o seu contra o colchão. O joelho pressionado contra o meio das suas pernas enquanto ele se inclinava para pegar algo na própria bolsa. Toji se afastou levemente deixando que você respirasse, seus olhos correram para um objeto pequeno.
Uma vela branca apareceu na mão dele.
— Hoje, vou te ensinar a não fugir mais, Sophie.
Ele sussurrou e você choramingou o encarando ali, o corpo se contorcendo entre o medo e a curiosidade.
— Toji...
Você murmurou, a voz falha, ele sorriu pegando um isqueiro lhe encarando praticamente presa por baixo dele.
— Shhh. Confie em mim.
Ele acendeu a vela, os olhos fixos nos seus enquanto inclinava a cera derretida para um teste rápido na palma da própria mão. Ele não fez nenhum som, mas o sorriso em seus lábios deixou claro que ele sabia exatamente o que estava fazendo.
A primeira gota caiu no seu ombro, quente, mas não insuportável. Você arqueou as costas, um gemido baixo escapando dos seus lábios.
— Está tudo bem, minha luz — ele sussurrou, a voz rouca como um afago —, está doendo?
Ele indagou olhando no fundo dos seus olhos e você apenas foi capaz de negar devagar com a cabeça suas coxas tremendo contra o joelho dele.
E então ele continuou, cada gota de cera quente traçando um mapa pelo seu corpo, alternando entre o calor do toque dele e o frio da cera endurecendo contra sua pele.
Você estava completamente vulnerável, completamente dele. Seus gemidos fracos e arfares escapando de seus lábios como uma melodia que fazia com que ele fechasse os olhos e pressionasse mais o joelho contra o meio de suas pernas enquanto uma das mãos dele desabotoavam sua camisa mostrando ali apenas o sutiã rendado.
Cada gota parecia uma punição doce, cada pequeno gemido que escapava de você era uma confissão. O sorriso no rosto de Toji crescia a cada arquejo seu, enquanto ele espalhava a cera como se estivesse pintando uma obra de arte no seu corpo. O contraste do calor contra sua pele fria era quase enlouquecedor, e você não sabia mais onde terminava a dor e começava o prazer.
— Você é tão linda assim, sabia? — ele murmurou, a voz rouca com uma ponta de admiração — Tão minha.
Ele inclinou a vela novamente, deixando a cera escorrer entre os seus seios, um rastro quente que fez seus dedos se fecharem no lençol. O corpo parecia pulsar com cada gota que tocava a sua pele, a respiração dele tão perto da sua que você podia sentir o cheiro da menta misturada ao amadeirado do perfume.
Toji colocou a vela de lado, as mãos agora explorando as marcas de cera que ele havia deixado. Os dedos dele traçavam o caminho quente, apertando levemente os pontos mais sensíveis, fazendo você se contorcer sob ele.
— Parece que você gosta disso mais do que imaginava, minha luz.
Você abriu a boca para responder, mas a verdade te prendeu. Ele estava certo, e o brilho vitorioso nos olhos dele deixava claro que ele sabia disso.
Sem aviso, Toji segurou seus pulsos novamente, prendendo-os acima da sua cabeça enquanto inclinava o corpo sobre o seu. O peso dele era uma mistura de segurança e domínio que fazia cada célula sua gritar por mais.
— Me diga, Sophie... — Ele começou, os lábios quase roçando os seus enquanto uma das mãos descia lentamente pelo seu corpo, pressionando cada curva como se ele estivesse gravando aquilo na memória. — Você ainda quer lutar contra mim?
A pergunta ficou pairando no ar, mas você sabia que não havia resposta certa. Não com ele.
Os dedos dele desceram até sua coxa, apertando com força antes de deslizarem para o centro do seu corpo, onde você estava quente e entregue. O sorriso dele era quase cruel quando sentiu o quanto você estava molhada.
— É isso que você queria o tempo todo, não é? — Você virou o rosto, o rubor queimando em suas bochechas, mas ele apenas riu, aproximando os lábios do seu ouvido. — Não adianta fugir, Sophie. Não de mim.
E então ele deslizou os dedos para dentro de você, devagar, mas com firmeza, como se quisesse te punir pela tentativa de resistência. Seu corpo reagiu imediatamente, as costas arqueando enquanto um gemido escapava dos seus lábios. Ele começou um ritmo lento, torturante, os olhos fixos nos seus como se quisesse capturar cada expressão sua.
— Isso mesmo. Quero ouvir você.
As palavras dele eram um comando suave, mas impossível de ignorar. Você tentou se conter, mas cada movimento dele parecia feito sob medida para te quebrar. A forma como ele usava os dedos, explorando cada ponto sensível com uma precisão quase cruel, te fazia perder completamente o controle.
— Eu te odeio... por me apavorar todos esses meses.
Você sussurrou sua voz fraca por entre seus gemidos, ele sorriu pressionando o polegar contra seu clítoris fazendo você choramingar de maneira manhosa.
— Não odeia não.
Ele sussurrou de volta afastando os dedos de seu interior os chupando na sua frente, os olhos azuis escuros lhe encarando, sua respiração acelerada.
— Odeio...
Você murmurou a voz falha e antes que pudesse dizer algo a mais ele agarrou suas coxas lhe puxando para a ponta da cama se ajoelhando ali e apoiando suas panturrilhas nos ombros dele e enterrou o rosto contra suas coxas a língua quente pressionando seu interior úmido e completamente encharcado.
— Porra!
Você gemeu alto agarrando os cabelos escuros dele arqueando suas costas sentindo ele rir contra seu clítoris enquanto ele o chupava de maneira delicada, os dedos dele fudendo o seu interior.
— Me odeia é?
Ele sussurrou continuando a lhe chupar fazendo com que você quase gritasse o nome dele, seus olhos fechados, sua boca salivando, sua pele arrepiada e daquele modo atingiu seu ápice seu corpo tremendo, seu interior esmagando os dedos do homem.
— Será que você vai apertar meu pau assim também, minha luz?
Ele indagou se levantando devagar, os olhos azuis fixos em você, os lábios e queixo dele totalmente molhados.
— Cale a boca...
Você sussurrou sua voz rouca, seu peito subia e descia dada a respiração acelerada. Ele sorriu e lhe beijou com cuidado curvando o corpo contra o seu fazendo com que sentisse o seu próprio sabor.
— Eu te amo.
Ele sussurrou contra seus lábios e daquele modo foi embora pela sua janela lhe deixando ali sozinha, confusa e satisfeita pra caralho.
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