#12

a make da Hana é inspirada nesse conceito ((conceito do gostoso do Cardan.





— Onde estamos?

Hana bradou olhando em volta ao sair do carro estacionado em frente a um prédio muito, muito alto.

— Minha casa - a garota o olhou espantada para ele — Relaxa, tem um estúdio lá em cima. - Com certeza ele não entendeu o motivo da surpresa no rosto dela.

Ela engoliu em seco se perguntando o que havia dado nela, não estava reconhecendo as próprias atitudes, ainda mais quando começou a segui-lo pelo hall de entrada e entrar no elevador.

— Quando me disse que não morava na fraternidade pensei que morasse em um apartamento comum, sabe, semelhantes aqueles que ficam ao redor do campus - Hana disse ainda surpresa pela grandiosidade do lugar.

Era em uma área mais afastada de fato, e não tinha muitas pessoas andando pelas ruas mesmo que fosse uma sexta a noite, porém, o edifício era agraciado com luzes douradas, as palmeiras no jardim principal e uma fonte que Hana tinha completa certeza que valia mais que todos os seus bens juntos e mais um pouco.

— Era da minha mãe, ela deixou largado sem uso algum e eu, como não sou burro, fiquei com ele antes da minha irmã descobrir a existência desse apartamento - Suna a olhou de canto, vendo-a enrolar os dedos em ansiedade e os pés baterem freneticamente no chão — Te deixo nervosa?

Hana automaticamente parou e franziu o cenho encarando-o — Não se ache tanto, não é por você que fico aflita. - Ele riu da cara de desgosto dela, relaxando por pelo menos ela não estar mais agoniada.

Chegaram no último número do elevador e Hana suspirou ao ver que o imóvel estendia-se por todo o andar.

O último andar era inteiro de Suna.

Ele digitou a senha da porta e em um deslize sofisticado ela se abriu revelando um ambiente em conceito aberto.

Hana não quis reparar na casa mas era impossível, a cozinha trabalhada no mármore e em preto, havia um espaço que julgava que era uma sala com muitas telas já pintadas e outras apenas em cavaletes, um piano incrível bem no meio, independente se fosse mal localizado era incrível o conceito que mostrava.

— Sinta-se em casa - ele disse tirando os sapatos e a jaqueta, colocando-os ao lado da porta — Por aqui - em um reflexo ele a agarrou pela mão e a arrastou pela casa até entrarem em um cômodo dos fundos.

Suna estava tão eufórico que só queria começar logo e Hana só queria entender o que de fato ela faria aqui.

— Por favor, me explique com mais clareza e se acalme - Suna parou em meio a um curto corredor, respirando fundo a olhando no olhos vendo muita aflição passar pelos olhos dela.

— Desculpe pelo ritmo agitado, mas você vai entender quando já estiver lá, tudo bem? - Ele colocou uma mecha por trás da orelha dela — Confia em mim?

Não. Ela não confiava em ninguém.

Mas ela não poderia dizer isso.

— Eu acho... Que sim - respondeu em um sussurro olhando para os próprios pés mas lembrando quem estava diante dela — Me explique com clareza o que de fato vamos fazer. - ela empinou o nariz e disse com o seu tom autoritário de sempre.

Ele abriu a porta do próprio quarto que era tão grande quanto 2 dormitórios do campus juntos, e ao canto do cômodo uma tela branca, refletores e tripés dispostos.

— Esse é meu estúdio pessoal já que o da faculdade não posso usar quando tiver vontade. - ele apresentou dramaticamente o cômodo fazendo Hana erguer uma sobrancelha — Acha que eu sou um filho mimado, não acha?

— Não só acho como tenho certeza. - ele riu fraco a guiando para um banco na tela branca indicando para ela sentar.

O garoto a analisou por uns segundos imaginando o que seria melhor para o que estava prestes a fazer

Suna caminhou indo até o próprio closet tirando de lá uma camisa social, daquelas que ele vivia usando. — Vista-se, por favor. - ele disse com educação se virando para ela tirar o cardigã e a regata que usava.

Enquanto Hana se trocava ele foi até o closet procurando sua maleta de maquiagens, Suna tinha muitos materiais para suas sessões, pois gostava de fazer elas bem longe faculdade. Lá ele se forçava a fazer no máximo trabalhos em grupo.

— Suna, estou pronta! - Ele ouviu a voz melodiosa de Hana em um tom bem mais alto do que costumava ouvir ressoando pelo apartamento.

Hana era tão contida que o garoto nunca a viu gargalhar, sorrir de verdade, tagarelar sobre algo que gostava, demonstrar sentimentos, e até a poucos segundos atrás, nunca havia escutado-a gritar.

Ele voltou para o estúdio improvisado parando em frente a Hana que o olhava de baixo esperando o próximo passo do garoto.

Suna era difícil decifrar, era sempre uma surpresa quando estava com ele.

Hana ainda não tinha descoberto se isso era bom ou não.

Mas Suna não falou nada, apenas segurou o rosto dela com delicadeza o erguendo para fazê-la encará-lo, a forçando a se perder nas orbes amareladas, Hana evitou contra a vontade engolir em seco quando ele acariciou seu rosto com o polegar suspirando ao larga-lo e se afastar — É realmente uma pena você ter tanta aversão a mim — ele disse em um sussurro, com cada conotação sendo um esforço enorme para o mesmo.

Era quase perturbador o tanto que ele a queria.

Não do jeito que começou inicialmente, era algo mais...

— Talvez se tivesse me abordado de uma maneira mais amigável e comum eu gostaria mais de você - Hana respondeu no mesmo tom, se forçando a se manter com a postura intacta, como se a presença dele não a fizesse se sentir tão pequena.

— Se eu me igualasse a todas as pessoas que você conhece você não me acharia tão interessante.

Ele tinha um ponto, e um muito bom por sinal.

Suna era completamente diferente de cada ser que já havia conhecido.

Em menos de um segundo ele havia saído de sua visão e reaparecido com um conjunto de pincéis nas mãos acompanhando com o som alto das caixas acopladas a parede, Formula, Labrinth, agora dominava todo o andar na maior altura.

— Está pronta?

Hana hesitante concordou com a cabeça.

Ela controlava a respiração enquanto Suna esfumava um perfeito delineado com sombra preta, ele já havia feito a pele, leve com pouco produto e valorizando o aspecto natural e brilhante acima de tudo, passou com cuidado na linha da água lápis de olho preto, esfumando tudo mesclando com o dourado das pálpebras.

Agora ele passava batom líquido no mesmo tom nos lábios avermelhados da garota, no início ela achou muito esquisito dourado nos lábios mas o jeito que ele fez o tornou mais conceitual do que estranho.

Ele repetiu o mesmo movimento de antes segurando o rosto dela passando o polegar no lábio inferior borrando propositalmente o batom, como se Hana tivesse acabado de beijar alguém.

— Por que fez isso?

— Quando as fotos estiverem prontas você vai entender.

— Tenho a impressão de que estou ridícula.

— Se eu pudesse dizer o que penso em fazer com você enquanto está assim, você me condenaria até o final da sua graduação. - Hana ergueu as sobrancelhas — Então vou me conter e dizer que você está simplesmente... Linda.

Ele se virou indo até sua cama pegando a câmera que estava repousada ali desde o momento que ela chegou, Suna começou a falar dando instruções sobre como funcionaria.

— Imagino que nunca pensou que estaria nessa situação e que você não tem nenhuma preparação com as câmeras mas eu quero que você confie em mim. De verdade, relaxe e aproveite. - ele sorriu apontando a câmera para ela — Agora faça tudo o que eu pedir.

[...]

Era indescritível a sensação de fotografar Hana, parecia que ela nasceu para as câmeras, cada pose e expressão que fazia era tão natural e profundo, seus olhos era comparados aos de lobos, firmes e perigosos.

Era perigoso demais o que Suna estava fazendo, ele iria se afogar naquelas olhos e provar cada parte dela se ela permitisse, por que ele a desejava tanto...?

Ela só mostrou ódio a ele e quando não estava querendo ele morto estava em uma batalha de arrogância... Mas ela era tão doce quando estava calma ou triste, ele não soube diferenciar desde aquela noite, ela é só uma garota com o coração quebrado que construiu uma muralha grande demais e que não permitia que ninguém a ultrapassasse.

Mas fotografá-la foi algo de outro mundo, as mãos dela passando pelo próprio pescoço obedecendo as poses que Suna ordenava, ou quando ela jogava a cabeça para trás respirando fundo antes de voltar a olha para a câmera...

A lente se ofuscava diante dela.

Hana inconscientemente pelo calor, abriu mais dois dos botões da camiseta, ficando com ela praticamente aberta pela metade, revelando em partes o sutiã preto rendado.

— Vamos para a última - Suna se ajoelhou com um só joelho apoiando a câmera na perna semi levantada, o ângulo perfeito.

Hana com os cabelos bagunçados, a boca borrada com batom dourado, os olhos o fuzilando como se ela fosse algo superior, e Suna não duvidava que realmente fosse, a camiseta branca amassada mostrando parte do seu seio já manchado por tinta dourada.

Tudo estava com aquele tom, Suna passava cada vez mais a cada foto, espalhou pela projetor de fundo branco e por Hana, era fantástico o contraste que criou.

Hana suspirou ou ver o flash.

Ela se sentia muito bem diante da câmera.

Era bem mais fácil do que imaginou ser e foi bem mais divertido que pensou.

— Ótimo. - Suna olhou para o objeto em sua mãos analisando a foto — Você é incrível.

Hana evitou corar — Feliz agora? Conseguiu o que tanto queria?

Ele a olhou sorrindo divertido — Se eu dissesse que não estou satisfeito vai me dar o prazer de te fotografar de novo?

— Nem pensar.

Ele riu novamente dizendo que ela poderia se limpar no banheiro do quarto enquanto ele tomava banho e também que iria preparar algo para eles comerem e depois a levaria de volta para os dormitórios, Hana fez o que ele orientou e foi até o banheiro.

Ela se olhou no espelho e o reflexo pela primeira vez em muito tempo não a fez sentir vontade de quebrar. Ela estava estranhamente bonita e... Atraente.

Ela riu consigo mesma, analisando o banheiro em busca de lenços umedecidos mas não encontrou, porém se lembrou que havia deixado um pacote pequeno em sua bolsa. Apressou os passos no apartamento procurando a entrada mas sentiu sua cabeça girar quando trombou em algo.

Suna estava ali parado segurando as próprias roupas para ir tomar banho, ele estava atravessando o corredor tão rápido que não a viu assim com ela.

— Desculpe - ela disse em tom mais baixo que o normal, evitando olhar para o peitoral desnudo de Suna — Ah... Quero pegar minha bolsa.

Suna simplesmente não sabia o que estava fazendo quando começou a andar em direção a ela fazendo-a recuar contra a parede.

— O que está fazendo? - ela tentou repreende-lo mas sua voz falhava, Hana odiava não saber como agir, seu coração galopava tão forte e rápido que poderia sair pela boca a qualquer momento.

— Diga que não me quer e eu nunca mais te incomodo.

Hana arregalou os olhos ao ouvir as palavras saírem de sua boca, a voz arrastada dele a fez arrepiar... Mas ela não o queria.

Era verdade?

Ela não conseguia dar a ele uma resposta concreta porque ela não sabia o que queria de fato mas mesmo assim ele colocou a mão na cintura dela ao não ouvir uma resposta.

E Hana perdeu ainda mais a fala quando Suna a puxou para perto e sentiu os lábios dele contra os seus.

Seus lábios eram macios e quentes, doce e inebriante enquanto os de Hana eram gelados e refrescantes, ele foi com calma até ela aceitar por completo e pousar a mão no rosto dele e desliza-la para nuca o arranhando com as unhas fazendo-o ter que se controlar para não arfar.

As línguas antes em sincronia agora se agitavam em euforia, suas mãos pressionaram-se no quadril dela a trazendo para mais perto, Hana parecia se derreter ao sentir ele.

Eles estavam se aguentando tempo demais perto um do outro e agora era quase impossível parar.

A falta de ar gritou e seus pulmões pediram por uma trégua mas Suna não queria deixá-la enquanto tinha consciência de que se parasse, ela iria embora.

Desceu seus lábios até o pescoço dela, beijando a extensão enquanto apertava calmamente tudo que ela permitia que ele tocasse, Hana conteve um gemido quando sentiu ele chupando seu pescoço.

Ele era bom no que fazia e se ela não parasse iria descobrir no que mais ele era bom.

— Vamos parar... - ela disse em meio a um sussurro e Suna automaticamente tirou sua boca do pescoço dela, a encarando ofegante.

Os dois ficaram assim por alguns segundos, que mais pareciam minutos, ofegantes se condenando pelo que acabara de acontecer.

— Por que nega tanto? - Suna acariciou a cintura dela a puxando para mais perto — Você não me quer?

— Essa não é a questão - Hana ergueu o olhar deixando uma parte da sua arrogância se esvair — Isso é um erro.

— Porra, quantos erros nós cometemos em nossas vidas? - Suna não estava bravo, ele estava apenas indignado com o orgulho dele — Sabe Hana, se você tiver medo de cada coisa que você não conhece vai viver pra sempre no mesmo ciclo. Talvez não seja um erro.

— E qual a garantia disso? - ela desviou o olhar — O que vai garantir que eu não me arrependa?

Suna louvou a outra mão na cintura a trazendo de volta para si, a beijando com calma antes de dizer:

— Me dê uma noite e eu lhe mostro.

Hana engoliu em seco, pensando bem no que estava prestes a fazer.

Quantas vezes ela perdeu algo pelo simples fato de ter medo de falhar?

Ela cansou de viver no medo e mascarar aquilo tudo com um orgulho ferido, um ego disfarçado e um coração quebrado.

Hana empinou o nariz e sorriu de lado quando o respondeu.

— Apenas uma noite.

Suna sorriu ladino levando as mãos para as coxas dela, em um impulso a levantando e entrelaçando as pernas dela na própria cintura.

— Vou ser o melhor erro da sua vida.

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