𝐈𝐈𝐈. 𝐒𝐔𝐒𝐀𝐍𝐎𝐎
𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐈𝐈𝐈; missão com Tobirama
no país do relâmpago.
( parte II )
🌊
Pulei no rio novamente e comecei a nadar atrás das minhas roupas, quando enfim consegui pegar todas olhei para a margem e não vi sua presença ali.
Sai do rio e vesti apenas as roupas íntimas que também estavam molhadas, caminhei de volta até onde acampamos vendo o homem sentado ali sem camisa. Sua expressão era indiferente ao perceber minha presença.
— Melhor colocar essas roupas para enxugar. - sua voz era calma. Seus olhos calmos encontraram os meus que estavam apenas com ódio.
— Vai se ferrar, velhote.
— Olha como você fala comigo, pirralha Uchiha. - seus olhos avermelhados me encaravam friamente.
Me virei de costas caminhando até uma árvore coloquei as peças de roupas para sair pelo menos o excesso de água já que não secaria até o amanhecer.
Voltei me sentando quase ao seu lado, mas sempre mantendo distância.
— Graças a você agora estamos molhados e sem onde dormir. - o Senju se pronunciou com um tom alto e agressivo.
— A mim? - questionei sem acreditar no que ouvia. — Primeiramente abaixa sua voz, segundo se você não agisse como criança e não tivesse colocado a barraca em cima de um formigueiro nada disso teria acontecido, eu já estaria no meu quinto sono. - digo com o tom sério.
— Agora a culpa é minha? - perguntou incrédulo. — Uchiha, tome cuidado com o que você aponta.
— Você ainda pergunta o óbvio? - pergunto vendo ele cerrar os punhos. — Você é o culpado de tudo isso, nem uma criança agiria assim.
— Olha aqui pirralha... - ele ia dizendo mas o interrompi.
— Olha aqui o caralho, só estamos nessa merda por sua causa, você não é a vítima aqui. - digo fazendo ele me encarar. — Podemos voltar o foco para a nossa missão, a única coisa que nós une aqui.
— Você é tão insuportável pirralha. - certamente Tobirama não quer me dar razão, mas ele sabe que estou certa.
— E você um velho ranzinza, não sei como seus irmãos te aguentam. - digo e desvio o olhar encarando a lua.
— Posso dizer o mesmo da sua família. - sua voz ecoa sarcástica.
— Que família? - pergunto desviando meu olhar para ele e o encarando. — Eu não tenho uma.
O homem me encara por um minuto sem dizer nada.
— Eu quis dizer o Madara. - sua voz agora estava calma. Ele sabia que tinha tocado no meu ponto fraco.
— Não importa. - digo soltando o ar que tinha nos meus pulmões. — Na verdade, nada importa.
— Sabe, Uchiha. Podemos dar uma trégua? Eu não sou infantil assim... - Tobirama me encara, parecia ter verdade em seu olhar.
— Claro! Eu também nao gosto de agir dessa forma. -digo mentindo descaradamente. — Como futura líder do meu clã, não posso continuar agindo assim com o próximo hokage.
Tá achando mesmo que não vou me vingar?
— Tem alguém por perto. - Tobirama muda completamente sua expressão com o dedo indicador no chão. Imediatamente eu fui pegar minhas roupas.
Vesti minhas roupas imediatamente, mesmo molhadas e voltei para perto de Tobirama que já havia vestido sua camisa também.
— Quantos são?
— Um tanto que devemos evitar combate. - ele diz de forma preocupada. — Mas se persistirem, podemos vencer.
— Entendo, então vamos seguir caminho? - pergunto cruzando os braços.
— Isso é óbvio. - ele diz já de pé. — Vamos indo.
Peguei meu colete e minha máscara e começamos a caminhar.
Pelo caminho Tobirama me encarava parecendo que queria dizer algo mas permanecia em silêncio, mas ele me encarava o tempo todo o que começou a me deixar desconfortável.
— O que foi? - pergunto arqueando uma sobrancelha. — Se tem algo te incomodando é só dizer.
— Sua blusa. - ele diz chamando minha atenção. — Está me deixando levemente desconfortável. - completou me fazendo o encarar sério.
— Qual o problema com a minha blusa? E por que você está reparando seu velho tarado? - pergunto fazendo ele soltar uma risadinha.
— Ela está do avesso pirralha burra. - ele diz me fazendo olhar para a blusa e percebendo que ela está errada, isso fez minhas bochechas corarem.
Parei pelo caminho levando a mão na barra da blusa.
— Você vai fazer isso aqui? - perguntou Tobirama incrédulo.
— Se não quiser ver é só virar de costas. - digo tirando o colete e a blusa ficando apenas de sutiã na parte de cima.
Percebi o olhar do homem sobre meu corpo, o que era para me deixar brava, mas eu não fiquei, era como se eu tivesse gostado de ter ele me olhando, como lá no rio...
Vesti a blusa novamente, dessa vez do lado certo, coloquei o colete e voltamos a caminhar.
— Tem uma vila há alguns quilômetros, se você quiser a gente pode parar para comer. - disse Tobirama. — Certamente quando chegarmos lá, já terá amanhecido.
— Seria ótimo, estou morrendo de fome.
A lua já não estava mais intensa no céu. O tom claro indicava que realmente não demoraria muito mais para amanhecer. O barulho vindo dos arbustos chamou nossa atenção, mas sempre que olhávamos não passavam de animais silvestres.
Quando chegamos na vila que Tobirama mencionou, havia um único local aberto. Nele mesmo pedimos algo para comer e ali, matamos a fome é em seguida,
voltamos a caminhar naquele silêncio, deixando apenas o barulho da natureza.
— Eles nos encontraram. - disse Tobirama quebrando o silêncio.
As vezes ele é tão bom sensorial que eu me assusto.
Andamos mais alguns metros e vimos alguns ninjas parados, certamente nos esperando. Mas eles não pareciam serem tão fortes assim. Não que eu gostasse de subestimar meus oponentes.
— Achei que tinham mais. - me pronunciei a Tobirama que me encarou sério.
— E tem. - ele diz sério. — Melhor não se distrair e nem subestimar eles pirralha. - completou.
Quatro ninjas atacaram Tobirama enquanto os outros três vieram até mim. Ambos começaram a me atacar com taijutsu. É sério que é só isso. Ativei meu sharingan.
— Não olhe nos olhos dela! - um dos ninjas gritou.
— E como vamos lutar sem olhar nos olhos dela? - outro perguntou.
— Não sei, mas apenas não olhe!
O primeiro ninja correu até mim olhando para o chão, ele vai tentar lutar só observando meus movimentos? Os outros dois fizeram a mesma coisa.
— Katon: Gōkakyū no Jutsu. - Uma esfera gigante de fogo é lançada em direção aos ninjas, apenas um conseguiu escapar, o que parecia mais esperto entre eles. Muito provável que esse aí vai me dar trabalho.
Sinto algo sendo lançado em minha direção pelas costas mas a katana é parada pelo meu susanoo que segura o homem rapidamente.
Meus olhos vermelhos com o mangekyou ativado o encarou friamente. Sempre quando ele é ativado, sinto algo diferente percorrendo pelo meu corpo.
Uma gota de sangue escorreu de um de meus olhos fazendo o homem me encarar assustado.
— O que é isso? - o ninja perguntou com a voz assustada. — Eu nunca vi nada assim... - engoliu seco. — Seus olhos... Esse sangue...
— Quem são vocês e o que querem? - pergunto o interrompendo. O encarei de forma fria e podia sentir seu medo de longe.
— Uchiha... Eu sei que você é uma Uchiha... - sua voz estava trêmula. — Só estamos aqui para matar o próximo Nidaime. - o homem diz e eu olho em volta procurando por Tobirama que está lutando ha alguns metros. — Uchiha, sei que também não gosta dele, assim como ele odeia seu clã, nos ajude.
— Por quê eu os ajudaria? - questionei.
— Olha pra ele... Ele te deixaria para morrer em qualquer situação, ele odeia seu clã, junte-se a nós.
— Eu sei, por isso que eu mesma quero fazer isso. - sorri. — Eu trabalho sozinha, se alguém vai matar o velhote será eu. - digo soltando o homem e acertando seu peito com a espada do meu susanoo.
Olho em volta e não vejo mais nenhum ninja, então vou até onde Tobirama está ainda lutando contra dois ninjas, e já havia dois corpos no chão. Um dos homens olha em meus olhos e eu o coloco em um genjutsu, o outro eu o mato com a espada do susanoo. Volto meus olhos ao normal e me ajoelho no chão, Tobirama se aproximou em seguida.
— O que aconteceu? - ele perguntou. — Parece cansada.
— Não. só usar isso gasta muito chackra. - apenas disse.
Fazia muito tempo que não usava, até havia me esquecido o quanto ele me destruía. Meu corpo doía tanto que eu não era capaz de descrever a dor. Cada célula do meu corpo parecia estar sendo destruída. E para piorar, mesmo eu sabendo que logo passará, também sei que não é apenas questão de prática com o susanoo, sempre que eu o usar, ele irá me destruir. E não há nada que eu possa fazer.
— Certo. Vamos achar um lugar para você descansar. - Tobirama disse. — Não quero peso morto atrás de mim.
— E ele? - pergunto apontando para o homem preso no genjutsu. — O parceiro dele disse que eles estavam aqui para matar você. - completo. — E saiba que eu ando mais rápido que você.
— Para de ser ridícula, você nunca será mais rápida que eu. - disse Tobirama caminhando até o homem e o amarrando. — Vamos cuidar de você por enquanto. - ele disse me fazendo arquear uma das sobrancelhas. Era estranho vê-lo agindo assim comigo.
— Não precisa, eu só gastei muito chackra, já estou bem. - digo e ele encara.
— Não sabia que você podia invocar isso, essa coisa rosada. - ele diz se referindo ao meu susanoo.
— É... Eu posso. Mas isso não é importante agora. - digo caminhando até o homem e tirei ele do genjutsu, e me sentei embaixo de uma árvore. — Pode fazer o que quiser com ele, eu espero.
— Tem certeza? Isso pode demorar...
— Então comece logo, Tobirama.
Tobirama começa a fazer perguntas ao homem.
Essa noite vai ser longa.
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