07. Made it all look painless
Acordei cedo como de costume. O sol ainda nem tinha nascido direito, mas eu já estava de pé, esticando os braços e me preparando mentalmente para o dia. Sábado significava treino pesado, o "intensivão" que meus senseis adoravam organizar. Não havia horário para acabar, e só terminava quando alguém desistia ou desmaiava, o que tornava a coisa ainda mais interessante pra mim. Não era só sobre resistência física, era sobre força mental. Eu nunca desistia primeiro. Nunca.
Fui direto para o banheiro, lavando o rosto com água fria para espantar o sono. Enquanto escovava os dentes, peguei meu celular e o destravei para colocar uma música e começar o dia com energia. Mas, antes de abrir o aplicativo de música, vi uma notificação que me fez franzir o cenho.
Instagram.
Uma mensagem de Robby Keene.
Minhas sobrancelhas se arquearam automaticamente. O que aquele idiota queria agora? Suspirei fundo e abri a mensagem, com uma mistura de curiosidade e irritação.
"Olha, eu não tive nada a ver com o que aconteceu na sua casa. Mas se quiser, eu compro um vaso novo com alguma flor, ou pago pelo conserto. Foi um mal-entendido."
Li a mensagem duas vezes, e cada vez que meus olhos passavam pelas palavras, sentia meu estômago revirar de indignação. Mal-entendido? Ele achava mesmo que eu ia aceitar essa desculpa barata? Aquele dojo inteiro era um ninho de víboras, e ele queria pagar de bonzinho agora?
Revirei os olhos e suspirei alto, como se ele pudesse me ouvir. "Não quero sua piedade, idiota", pensei imediatamente.
Deixei a escova de dentes de lado e digitei minha resposta rápida e direta.
"Não quero sua piedade. E não preciso de uma nova flor."
Enviei a mensagem e saí imediatamente da conversa, como se isso fosse o suficiente para varrer a irritação que aquela mensagem tinha me causado.
Abri as outras notificações no celular, vendo mensagens de Lauren perguntando que horas eu estaria no dojô porque ainda não tinha levantado, algumas curtidas nas minhas últimas postagens, E... algo que me fez parar.
Uma curtida em uma foto antiga.
Minha mente precisou de alguns segundos para processar o que estava vendo. Era uma foto de quase um ano atrás, da minha primeira viagem à praia com Lauren e Mikan. Eu estava de short jeans, com um biquíni meio brilhante e tosco que Lauren tinha me ajudado a escolher, em pé na areia com o cabelo solto, o rosto iluminado por um sorriso que raramente mostrava. A legenda era algo como "Primeira vez sentindo o mar nos pés. Inesquecível."
E o nome ali, destacado na curtida, era Robby Keene.
Soltei uma risadinha involuntária, incrédula. Ele só podia estar stalkeando meu perfil. Quero dizer, quem, em sã consciência, rola tanto no Instagram de alguém a ponto de achar uma foto tão antiga? E ainda curtir?
Por um instante, a raiva deu lugar à curiosidade. O que ele queria, afinal? Primeiro, se oferece para me "compensar" pelo vaso quebrado, e agora isso? Era uma tentativa de se redimir? De me irritar? Ou havia algo mais?
Fechei o Instagram e coloquei o celular de lado, ignorando as perguntas que começavam a pipocar na minha mente. Foco, Yelena, pensei. Hoje era dia de treino. Nada de deixar idiotas distraírem você.
Vesti meu uniforme do dojô, prendi o cabelo em um rabo de cavalo apertado e coloquei minha música para tocar, deixando a batida forte me guiar. Mas, enquanto amarrava os tênis, não pude evitar o leve sorriso no canto dos lábios. Se ele queria entrar no meu jogo, estava começando bem... Mas ele mal sabia com quem estava lidando.
Amarrei o cinto do quimono com firmeza, ajustando os nós com precisão, enquanto o tecido azul pesado já começava a grudar na pele por causa do calor da manhã. O dia mal começara, e o sol parecia disposto a me desafiar tanto quanto o treino de hoje. Me olhei rapidamente no espelho para garantir que estava tudo em ordem, cabelo preso em um rabo de cavalo tenso, sem fios fora do lugar, expressão neutra. Estava pronta, ou pelo menos parecia.
Já tinha me aquecido, o corpo preparado para o esforço, mas a mente... Essa precisava de um pouco mais de foco. Com o treino intensivo do dia, não podia deixar os pensamentos vagarem. Muito menos em mensagens no Instagram ou em idiotas que decidem curtir fotos antigas. Respirei fundo, ignorando a leve irritação que insistia em pairar em minha cabeça.
Abri a porta do quarto, sentindo o cheiro de café forte vindo da cozinha. Mikan e Lauren estavam lá, como de costume, ocupando a pequena mesa da cozinha com uma conversa baixa e rindo de algo que não consegui captar. Lauren foi a primeira a me notar, colocando a xícara de café sobre a mesa e me encarando com uma expressão teatralmente chocada.
— Achei que você tinha morrido, mulher. — Ela bateu a mão no balcão. — Enchi o seu celular de mensagens porque você não acordou às três da manhã como sempre. Já estava me preparando pra chamar a polícia.
Revirei os olhos, já antecipando o tom sarcástico que viria.
— Acordei às quatro. Grande diferença. — Respondi com desdém, indo direto para a geladeira para pegar uma garrafa de água.
Mikan deu uma risada curta, inclinando-se no balcão com aquele sorriso provocativo que ele sempre usava para me irritar.
— Alguma coisa afetou a mente ardilosa da nossa Viúva Negra?
O apelido era uma provocação antiga, e ele sabia que eu não gostava, mas eu não estava com humor suficiente para brigar por isso agora. Peguei a garrafa de água, tomei um gole e sentei-me com eles à mesa, cruzando os braços.
— Se querem saber, eu tive um encontro desagradável com o Cobra Kai anteontem, um encontro que esqueci de mencionar com vocês.
Mikan ergueu uma sobrancelha, enquanto Lauren inclinava a cabeça, interessada.
— Deixa eu adivinhar. — Mikan apoiou os cotovelos no balcão, olhando diretamente para mim. — Você esteve com o Keene.
Lauren deu uma risadinha, cortando o ar tenso.
— Calma aí, garanhão. Deixa ela falar.
Soltei um suspiro, tentando não me irritar com o olhar provocativo de Mikan. Eles adoravam fazer isso comigo, sempre especulando sobre qualquer interação minha com o Cobra Kai, como se fosse algo digno de fofoca. Fora o fato de que se o nome de Keene estava no meio, automaticamente seu humor mudava para um velho rabugento.
— Anteontem à noite, saindo da farmácia, ouvi gritos vindos do estúdio de tatuagem. Quando entrei, vi os idiotas do Cobra Kai raspando o moicano do tal Falcão. — Contei, minha voz firme, mas carregada de desprezo. — O garoto quase chorou. Estava vulnerável. Então, ajudei ele. Mesmo que seja nosso inimigo, o Cobra Kai é um inimigo ainda maior.
Lauren arregalou os olhos por um momento, como se processasse a informação, antes de bater as mãos na mesa, soltando uma risada sarcástica.
— Você tá me dizendo que rasparam o moicano do garoto?
Assenti, dando de ombros.
— Foi o que eu acabei de dizer.
Ela balançou a cabeça, rindo com escárnio.
— Esses imbecis...
Mikan, no entanto, não parecia tão interessado em rir da situação. Ele inclinou-se ainda mais na minha direção, os olhos brilhando com uma provocação mal disfarçada.
— E você? Tá com peninha do Falcão agora? — Ele perguntou, com um sorriso de canto. — Ou... Tá apaixonada?
Revirei os olhos, soltando um suspiro irritado, mas Lauren entrou na conversa antes que eu pudesse responder.
— Longe disso. — Ela cruzou os braços, mas logo cerrou os dentes, a expressão ficando mais séria. Ela achou que a pergunta fosse direcionada à ela, aparentemente, o que só deixava sua reação exagerada mais intrigante. — Na verdade, eu queria ter feito isso, mas, claro, o Cobra Kai achou que tinha esse direito. Eles sempre acham.
— E agora precisamos esclarecer as coisas com eles. — Completei, minha voz firme.
Mikan arqueou uma sobrancelha, como se desafiasse minha determinação, mas eu ignorei. Peguei minha garrafa de água e me levantei, ajustando o cinto do quimono mais uma vez.
Eles podiam brincar à vontade, mas eu sabia de uma coisa, ninguém me provocava sem consequências. Cobra Kai ou não, eles iam aprender que mexer com as coisas que eu valorizo é o tipo de erro que não se repete.
Mikan cruzou os braços, sua expressão tornando-se mais séria enquanto eu terminava de relatar tudo o que aconteceu. Ele inclinou-se para frente, apoiando os cotovelos no balcão, com aquele jeito confiante e um toque de indignação em sua voz.
— Eles estão ultrapassando todos os limites. — Ele começou, o tom carregado de desdém. — Primeiro invadem nossa casa e ameaçam você, quebrando seus... Bebezinhos.
Eu revirei os olhos ao ouvir a maneira infantil com que ele se referiu aos meus vasos, mas ele continuou antes que eu pudesse reclamar.
— Depois raspam o cabelo de um garoto, e, pelo que ouvi, colocaram até uma cobra dentro da concessionária dos Larusso.
Lauren arqueou uma sobrancelha, surpresa com a informação.
— Como você sabe disso?
— Ouvi uma garota e um garoto do Miyagi-Do comentando sobre isso quando fui buscar vocês na escola outro dia.
— Isso só confirma o que eu já sabia. — Minha voz saiu firme, carregada com a frustração acumulada. — O Cobra Kai está procurando briga com todo mundo, querendo provar que são os melhores.
Mikan balançou a cabeça, concordando, e então deu um sorriso de canto, o tipo de sorriso que ele sempre fazia quando tinha uma ideia.
— Então precisamos mostrar pra eles qual é o lugar deles.
Lauren riu, aquele som quase provocador que ela sempre usava quando gostava de um plano que envolvia problemas.
— Eu topo qualquer coisa que vocês tiverem em mente.
Eu me inclinei sobre o balcão, cruzando os braços, meu olhar fixo no deles enquanto começava a expor meu próprio plano.
— Eu fiz amizade com uma garota chamada Moon. Trabalhamos juntas em um projeto na escola.
Lauren ergueu uma sobrancelha, intrigada.
— A loirinha hippie que desaprova o karatê?
— Essa mesma. — Confirmei. — Ela me convidou para ir a um cinema ao ar livre. Sabe, daqueles onde as pessoas assistem ao filme dentro dos carros. Parece que será um evento grande, e ela mencionou que muitos amigos estariam lá. Não seria estranho imaginar que o pessoal do Cobra Kai também vá aparecer.
Mikan franziu os lábios, sua expressão claramente dividida entre achar graça e desprezo.
— Isso é tão americano.
Eu revirei os olhos, soltando um suspiro impaciente.
— Sim, é, mas não importa. O que importa é que será a oportunidade perfeita para...
Antes que eu terminasse, Lauren completou minha frase com um sorriso travesso.
— Uma vingança.
Eu dei um leve sorriso de canto, satisfeita com a rapidez com que ela captou o ponto.
— Exatamente. — Minha voz carregava um tom baixo, quase ameaçador.
Mikan sorriu, mas era um sorriso mais calculado, como se já estivesse pensando nos detalhes.
— Você acha que eles vão cair nisso?
— Cair nisso? — Respondi, dando um leve risinho. — Se eu conheço o Cobra Kai, eles não vão perder a chance de se exibir ou criar confusão. Nós só precisamos estar prontos para qualquer coisa.
Lauren se levantou da cadeira, animada, batendo as mãos nas pernas.
— Então é isso. Vamos mostrar que ninguém mexe com a gente sem consequências.
Assenti, já me sentindo mais animada para o dia que estava por vir.
O calor do treino intensivo que me aguardava parecia menos intimidante agora. Tinha algo maior em mente, algo que me fazia sentir que o equilíbrio seria restaurado. Cobra Kai podia achar que tinha o domínio do jogo, mas logo aprenderiam que estavam lidando com o adversário errado.
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O sol já estava se pondo, tingindo o céu de tons alaranjados e rosados, mas eu não tinha tempo para apreciar o espetáculo. Meu mundo, naquele momento, se resumia ao dojô, ao suor escorrendo pela minha testa e ao som seco das minhas mãos golpeando a madeira dura à minha frente.
Meus punhos ardiam. Cada impacto fazia a pele já machucada abrir ainda mais, deixando o sangue escorrer e manchar o material. A dor era constante, uma pontada que começava nos dedos e subia pelo braço, mas eu a ignorava. Não era nada comparado ao que eu estava sentindo por dentro.
Minha mente girava como uma tempestade, revivendo cada cena dos últimos dias. Tory e Kyler invadindo minha casa, destruindo minhas plantas. Robby Keene, com seu jeito arrogante, ora hesitando, ora parecendo tão cheio de certezas. O olhar confuso e irritante dele olhando para mim, no sofá de sua casa. O Cobra Kai como um todo, sempre tentando se impor como se fossem os donos de tudo.
A raiva queimava no meu peito. Ela não me consumia completamente, mas guiava cada movimento, cada golpe.
— Você está diferente hoje. — A voz grave de Yama ecoou pelo dojô, interrompendo meus pensamentos. Ele estava de pé, com os braços cruzados, me observando com aquele olhar analítico que sempre me deixava inquieta.
Continuei golpeando a madeira, mas respondi, sem olhar para ele.
— Estou motivada, sensei.
Ele deu uma risada baixa, uma risada que fez minha espinha se arrepiar.
— Motivada? Não. O que está te guiando hoje não é motivação. É raiva.
Minha mandíbula travou, mas não neguei. Ele estava certo, e eu sabia disso.
— E isso é perfeito. — Ele continuou, aproximando-se. — A raiva é uma das forças mais poderosas que temos. Mas apenas se você souber controlá-la. Não deixe que ela te domine. Use-a. Canalize-a. E você será imparável.
Assenti, respirando fundo, tentando transformar toda aquela energia destrutiva em força.
— Mas ainda falta algo. — Ele apontou para a madeira que permanecia inteira, sólida, apesar de todos os meus esforços. — Se quiser quebrar isso, precisará de mais força. Mais foco.
— Sensei, é muito espesso. — Minha voz saiu firme, mas havia um leve tom de frustração nela.
Yama estreitou os olhos para mim, sua postura tornando-se rígida.
— Isso é um sinal de desistência?
— Não, sensei. — Minha resposta saiu imediatamente, mais firme dessa vez.
Ele inclinou a cabeça, satisfeito, mas não disse mais nada. Ele sabia que as palavras certas poderiam me provocar mais do que qualquer outra coisa. Respirei fundo, fechando os olhos por um momento.
"Concentre-se, Yelena", pensei comigo mesma. "Você é mais forte do que isso."
Abri os olhos novamente, levantando os punhos. O próximo golpe foi como uma explosão. A dor nos meus ossos foi como um raio, mas eu ignorei. Outro golpe. E mais outro. Cada impacto era mais forte, mais determinado. Eu grunhi, sentindo as lágrimas de frustração se acumularem nos meus olhos, mas não parei.
Então, de repente, ouvi o som. O som seco e satisfatório da madeira se partindo. Olhei para baixo, vendo as duas metades no chão, uma delas ligeiramente manchada com o meu sangue.
Minha respiração estava pesada, e meu corpo inteiro tremia, mas um sorriso pequeno e vitorioso surgiu no meu rosto.
Yama bateu palmas devagar, uma expressão de aprovação no rosto.
— É isso que espero de você, Yelena. Nada menos do que isso. Entendido?
— Sim, sensei. — Respondi, endireitando minha postura.
Enquanto ele se afastava, eu olhei para as minhas mãos. Elas estavam doloridas, feridas, mas não importava. A dor não era o foco. A vitória era. E essa era apenas a primeira.
Depois de tanto tempo batendo na madeira e drenando minha raiva em cada golpe, minhas mãos estavam latejando de dor, mas eu não podia demonstrar fraqueza. Enrolei faixas firmes nos punhos para esconder os cortes e proteger a pele ferida. O tecido áspero parecia uma segunda pele, um lembrete de que cada marca, cada dor, era uma prova do meu esforço.
O treino só terminou horas depois, quando um garoto finalmente desistiu. Ele caiu de joelhos, exausto, suando como se tivesse corrido uma maratona. Era sempre assim, apenas os mais resistentes ficavam de pé no final, e, como sempre, eu estava entre eles.
Enquanto me alongava, Lauren e Mikan apareceram na porta do dojô. Lauren, com os braços cruzados e um sorriso presunçoso, arqueou uma sobrancelha na minha direção.
— Vai demorar muito, Viúva Negra? — Perguntou ela, referindo-se ao apelido que só ela conseguia usar sem me irritar completamente.
— Temos planos, lembra? — Mikan completou, encostado no batente da porta, os braços relaxados, mas os olhos sérios. — Encontro desagradável com o Cobra Kai, parte dois. Vamos logo.
Eu não respondi, apenas peguei minha bolsa e saí do dojô sem olhar para trás. Minhas pernas ainda estavam tensas do treino, mas a adrenalina já começava a tomar conta. A expectativa de mais um confronto com o Cobra Kai era como uma chama que queimava no meu peito.
Mikan estava no volante quando entrei no carro. Ele olhou para mim pelo retrovisor, um sorriso malicioso dançando nos lábios.
— Acelera, vai, — Bati no ombro dele enquanto me jogava no banco de trás. — Não temos o dia inteiro.
Ele riu, um som leve que parecia contrastar com o clima de tensão que nos cercava.
— Sabe, Leninha, adoro quando você está nesse modo 'vingança implacável'. É inspirador, de verdade. — Ele ligou o carro, ajustou os óculos escuros e apertou um botão no rádio.
A música que começou a tocar parecia saída de um filme de ação, o tipo de trilha sonora que combina com perseguições de carro em alta velocidade. Lauren, no banco do passageiro, riu e começou a bater o ritmo no painel do carro.
— Música de fuga, sério? — Perguntei, cruzando os braços e tentando esconder o pequeno sorriso que ameaçava aparecer.
— Tem que entrar no clima, Lena. — Lauren virou-se para mim, os olhos brilhando com aquela mistura de sarcasmo e animação que só ela tinha.
Mikan pisou fundo no acelerador, e o carro saiu em disparada pelas ruas. O vento entrava pelas janelas abertas, bagunçando meu cabelo e trazendo o cheiro da cidade misturado com o ar fresco da noite que começava a cair.
Enquanto o carro corria pelas ruas, olhei pela janela, vendo os prédios e as luzes passarem rapidamente. Meu coração batia forte, não só pela expectativa do que estava por vir, mas pela sensação de que estávamos prestes a fazer algo grande.
O Cobra Kai achava que podia nos intimidar. Eles achavam que podiam invadir nossas vidas, quebrar nossas coisas e sair impunes. Mas eles esqueceram de algo importante: eu não sou do tipo que deixa as coisas passarem.
Com um suspiro, fechei os olhos por um momento, deixando a música e o som do motor preencherem meus pensamentos.
— Vai ser uma noite longa... — Murmurei para mim mesma, enquanto o carro fazia uma curva fechada, e o prédio onde eu morava surgia ao longe.
E eu estava pronta para o que viria a seguir.
Obra autoral ©
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