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÷> ATENÇÃO!

Eu não vou romantizar nenhuma das ações aqui citadas, okay? Não esperem um romance fofo e afins, porque amor obsessivo não é saudável para nenhum dos lados HUMANOS!

=> Boa leitura, meus amores!

=> Perdoem os erros ortográficos.

Mais uma vez a câmera está ligada, as lives sendo feitas e um mundo falso sendo apresentado.

— Oi, meus amores! – Exclamou fingindo alegria. — Para quem é novo no canal, eu sou a Yun, e espero que fiquem comigo, eu juro que sou legal. – Mentiu forçando um sorriso. — Hoje eu vim testar um perfume novo que ganhei da Celine. – Mostrou o produto. — Eu amo perfumes doces e sensuais. – Falou. Borrifou o perfume ao redor de si, e segurou-se para não tossir com o cheiro forte. — Maravilhoso. – Mentiu mais uma vez. — Eles acertaram em cheio, esse perfume é maravilhoso. – Olhou para cima discretamente, vendo sua mãe falar para encerrar a live. — Vou ler alguns comentários seus e me despedir em seguida. – Sorriu. — "Yun, você é magnífica! Eu te amo". Obrigada, miilla020, eu também te amo. – Seus olhos prenderam-se em um comentário assustador, então despediu-se rapidamente dos seus seguidores.

"Você é somente minha, não pode amar outra pessoa além de mim." - Jjkk.

Ele a assusta, está em todas as lives comentando coisas do tipo: "Eu te amo, Yun", "Seja minha", mas a mais assustadora foi "Você estava linda de calça jeans de cintura alta hoje e cropped, mas não vista isso para outros, eu odeio que vejam o que é meu".

— Ele comentou novamente? – Sua irmã indagou preocupada.

— Sim. – Yun respondeu encarando a tela desligada do notebook.

Precisa fazer um boletim de ocorrência, Unnie.

— O que acha que irão fazer? – Olhou-a firme. — Na Coreia, coisas assim não são consideradas crimes ou algo do tipo, Yumi. – Falou amargurada. — Sem contar que nossos pais prezam muito pelo dinheiro e se algo assim se espalhar, não será bom para minha imagem. – Desviou o olhar cansada.

"Sorria, as câmeras gostam da mentira, e te matar lentamente é um sorriso para nós.

— Temos que contar ao nosso irmão.

— Não. – Seo Yun negou prontamente.

— Mas ele pode nos ajudar, Seokjin oppa está no exército, ele poderá nos ajudar com isso. – Falou esperançosa.

— Yumi, me prometa que não irá contar para Seokjin. – Agarrou os ombros alheios. — Promete para mim. – Falou mais alto.

— S-sim. – Gaguejou medrosa.

Continue a fingir, continue a mentir, ele adora quando é ignorado.

— Ótimo. – Suspirou desviando o olhar da irmã mais nova. — Não fique assim, eu só não quero machucar vocês.

— E vai se machucar?

Doa o quanto doer, mas nunca irá se livrar das marcas que deixei em você, nunca irá se livrar de mim, porque eu sou você e você sou eu.

— Se for preciso, eu irei.

Não grite, sua voz doce deve ser mais bonita gemendo meu nome.

— Unnie... – Não conseguiu dizer, sua voz embargada por segurar o choro de medo.

Vamos jantar. – Chamou.

Porque eu sei tudo sobre você, até mesmo o que sente."

Desde que começou a fazer lives por diversão, Seo Yun vem sendo perseguida por essa pessoa misteriosa, que a segue para qualquer lugar e manda presentes todos os dias, como um louco obcecado.

— Meninas. – Hina sorriu ao cumprimentar suas filhas. — Meus pais estão vindo nos visitar, eles sentem saudades de vocês.

Certo. – Yun limitou-se a dizer.

Seus avós, - senhor e senhora Nakamura -, são japoneses e moram em Nagasaki, Japão.

— Sinto falta do vovô e da vovó. – Yumi sorriu animada.

— Mantenha a mesma animação que a sua irmã, Kim Seo Yun. – Seu pai alertou.

— Sim, senhor Kim. – Soou o mais suave possível.

Kim Hanson, - seu progenitor -, um homem corrompido pelo dinheiro e pelas aparências, ele apenas se importa com a opinião alheia.

Hina Nakamura Kim, - sua progenitora -, uma mulher que teve o amor e a esperança esmagados pela cobiça do marido, refém das próprias escolhas e submissa por natureza do machismo.

Kim Yumi, - sua irmã mais nova -, aquela que mantém a esperança e o amor vivos dentro de si, que vive em uma bolha cor de rosa mimada pelo pai.

Kim Seokjin, - seu irmão mais velho -, seu refúgio, aquele que alimenta seu amor e sua esperança, o único em quem confia.

Uma família perfeita aos olhares alheios, mas completamente despedaçados como cacos por dentro, imperfeitos.

— Não coma muito, você precisa experimentar roupas novas, não engorde. – Hina avisou.

— Não perca patrocínios. – Hanson avisou nervoso. — Lembre-se do que conversamos. – Alertou.

Um suspiro audível saiu pelos lábios vermelhos da jovem.

— Entendi. – Segurou as lágrimas de raiva e dor.

Ela odeia essa família, odeia mais ainda seus progenitores que obrigam ela a fazer essas propagandas enganosas.

A voz, a aparência, o sorriso, tudo dela o cativa, e cativa mais do que qualquer outra mulher já o fez, e ele admitia isso.

— Você está malditamente obcecado por ela. – Jimin murmurou olhando-o colocar mais uma foto dela em polaroid e pregar na parede. — De novo.

Suspirou lamentando.

— Suas palavras são inúteis. – Limitou a dizer. — Seo Yun é minha, eu tenho certeza que ela é minha alma gêmea.

— Você havia dito isso da Soojin, da Chaeyoung, da Mina e da Lisa. – Contou os dedos. — Cara, está tomando seus remédios?

Indagou preocupado com o mais novo.

— Eu não preciso de remédios, ela é a única droga que preciso em minha vida.

— Jeon. – Park desistiu de persuadir o melhor amigo. — Não sei como não tem passagem pela polícia.

— A Coreia é uma merda em relação a internet, talvez seja um dos males de um país conservador. – Deu de ombros, organizando as fotos da jovem. — E eu gosto disso.

Jimin negou balançando a cabeça. Seu melhor amigo costumava ser diferente na adolescência, mas agora já não era mais o mesmo e odiava perceber isso gradualmente, notar que o garoto mais fofo que já conheceu virou refém das drogas do mundo.

— Taehyung avisou que está indo para Los Angeles. – O mais velho contou. — E eu quero ir com ele.

— Por quê? – Jeon virou-se abruptamente para o amigo.

— Não tem mais nada aqui para mim, Jeon. – Falou. — Eu não tenho motivos para ficar aqui. – O loiro omitiu a parte em que se sente culpado pelo melhor amigo, não que fosse sua culpa diretamente, mas de alguma forma indireta era.

Os olhos escuros de Jeon pregaram-se na estatura pequena do loiro, analisando-o meticulosamente.

— Está indo por minha causa. – Afirmou tenso. — Me culpa por isso? Acha que sou louco?

— Não! – Negou prontamente. — Eu só estou querendo novos ares, não tem nada a ver com você. – Acalmou-o.

Ou ao menos tentou.

Mentira! Você está dizendo que sou louco! – Afastou-se do amigo. — Seo Yun é minha garota, eu ficarei até a eternidade com ela, nada nem ninguém vai me obrigar do contrário. – Falou convicto. — Saia daqui, Park. – Mandou nervoso. — Não o quero em minha casa.

Jimin assentiu e então saiu.

Pouco a pouco, seus amigos foram se afastando. Hoseok e Taehyung foram os primeiros, mas Jimin insistiu em ficar ao lado dele, porque acreditava que poderia ajudá-lo.

Mas como ajuda alguém que não quer ser ajudado?

O mundo não é sempre culpado, tem aquela pequena força de vontade dentro de cada um de nós, e se você alimenta com coisas ruins, então prepare-se para sua ruína, porque todos ao seu redor querem ver sua queda, mas se alimenta com coisas boas, então se prepare para subir e flutuar, porque todos ao seu redor querem ver você se erguer.

Park queria que Jeon ergue-se, mas não foi bem isso que aconteceu, então onde errou? Onde falhou?

Yun estava animada, hoje era o dia em que seu irmão voltaria para casa, ele é a única pessoa no mundo que a entenderia.

— Kim Seo Yun, vá buscar seu irmão.

Ouviu seu pai esbravejar de seu quarto.

A mais nova arrumou-se animada e logo saiu de casa.

— Oppa. – Ela sorriu vendo seu irmão carregar algumas malas. — Entra.

Chamou-o.

Seokjin guardou suas coisas no porta malas do carro e então sentou-se no banco do passageiro.

Estava com saudades, minha pequena.

Ele sorriu animado.

— Eu também estava. – Abraçou-o desajeitado dentro do veículo. — Vamos comer? Tenho certeza que está com fome. – Ligou o carro. — O que quer comer?

— Naengmyeon. – Falou animado.

Certo. – Cantarolou. — Coloque o cinto e se divirta. – Piscou divertida.

Yun colocou uma música qualquer para tocar no rádio do carro e começou a conversar com seu irmão mais velho, contava sobre suas aventuras com as amigas, como a irmã mais nova está e as brigas constantes dos pais.

— E como você está?

— Como assim?

— Você me contou de todo mundo, menos de você. – Ele ponderou um pouco antes de continuar. — Está me escondendo algo, Seo Yun?

— Claro que não, Oppa. – Mentiu nervosa, apertando o couro do volante com os dedos.

Odiava mentir para o irmão velho.

Mas não queria contar a verdade para ele, pensava que poderia machucá-lo. E se o pior acontecesse? Não queria viver com a culpa de algo assim.

— Acredito em você. – Aquela declaração doeu na sua alma.

— Oppa, eu finalmente achei um lugar para morar. – Mudou de assunto.

— Oh, sério? Posso ir conhecer?

— Claro. – Sorriu relaxando a tensão.

Yun suspirou silenciosamente e focou sua atenção completamente na estrada.

Ao chegarem no restaurante, Seokjin foi encolher uma mesa e Seo Yun foi ao banheiro.

— Você viu aquele homem de farda do exército? – Uma garota comentou.

— Sim. – Outra respondeu.

Dentro da cabine, Yun escutava tudo atentamente.

— Será que ele tem namorada? – A primeira garota indagou.

— Não acho que ele olharia para você de qualquer maneira. – A segunda garota retrucou. — Ele deve ter muitas mulheres caindo aos pés.

Yun quis rir alto com essa constatação, seu irmão era muito lerdo para notar esse tipo de coisa, provavelmente nunca arranjaria uma namorada.

Ao ter certeza que as mulheres haviam saído, Seo Yun saiu da cabine e foi lavar as mãos, ainda pensando no que falaram do seu irmão mais velho.

— Demorou. – Seokjin falou alheio, colocando coca cola em seu copo. — Yun pegue aquele molho por favor. – Pediu apontando para o potinho pequeno.

— Oppa, você tem namorada? – Ela indagou de repente, fazendo o mais velho engasgar.

Seokjin olhou-a abruptamente, com os olhos arregalados.

— Que pergunta é essa agora? – Ele tossiu engasgado.

— Uma pergunta normal. – Defendeu-se.

— No exército não temos tempo para essas coisas de relacionamentos amorosos.

— Entendo. – A garota murmurou desviando o olhar.

Ambos continuaram a comer em um silêncio confortável.

Após a breve refeição, Yun levou seu irmão para casa e o deixou na porta.

— Preciso ir em outro lugar. – Ela disse de dentro do veículo.

Certo. – Ele murmurou desconfiado.

A mais nova buzinou brevemente e então arrancou com o veículo indo embora.

Ao parar em uma loja de conveniência, Yun desceu para comprar algumas coisas.

Ela estava nos frios, pegando sua bebida favorita, quando ouviu um som de uma câmera tirando foto, depois viu um homem encapuzado, assustada, ela saiu a passos apressados dali.

— Desculpa. –  Pediu, olhando para o homem que acabou de esbarrar.

Tudo bem. – Ele sorriu ladino, segurando nos ombros alheios. — Jeon Jungkook. – Apresentou-se.

— Kim Seo Yun.

Oh, sim, ele conhece sua obsessão melhor do que ninguém, mas ela não precisa saber disso ainda.

— Tudo bem? – Perguntou, após analisar a expressão facial assustada da garota.

— Sim. – Mentiu. — Eu pensei que havia alguém me seguindo, mas já está tudo bem.

Jeon olhou atrás dela, tendo um pequeno vislumbre de um homem de preto, mas não conseguiu ver muito bem, o homem saiu rápido demais.

— Eu te acompanho. – Havia algo em seu olhar que deixava Yun confortável.

Ou era o que ela achava.

Ao chegar em casa, Yun deparou-se com seu irmão na sala junto aos amigos.

— Yoongi, Namjoon. – Ela sorriu indo abraçá-los.

— Yun-ah. – Yoongi sorriu gengival, ele adora a garota. — Como está?

— Estou feliz que estão todos aqui.

— E com isso, ela quer dizer que está feliz por minha causa. – Seokjin falou tirando sua irmã dos braços do amigo.

— Ciumento. Yoongi murmurou olhando-o ironicamente.

Seo Yun riu da infantilidade de ambos.

Sua mãe surgiu no cômodo segurando uma bandeja com alguns alimentos e três copos.

— Seo Yun, saia daqui. – Olhou brevemente para a garota. — Não atrapalhe o reencontro dos garotos.

— Mãe, a Yun nunca atrapalha. – Seokjin tentou convencer sua mãe, mas ela parecia bem inflexível em relação a isso.

— Eu vou sair, está tudo bem. – Forçou um sorriso. — Preciso arrumar algumas. coisas. – Acenou brevemente para os amigos e subiu para o seu quarto.

Sua mãe sorriu para os amigos e então saiu do local.

— Eu odeio como tratam a Yun. – O mais velho murmurou chateado.

— Você não pode fazer nada. – Yoongi falou igualmente chateado.

Namjoon não disse nada, mas no fundo concordava com os amigos.

Seokjin não entendia o ódio que sentiam por sua irmã do meio, e era até hipócrita considerando que a fonte de renda dos pais vinham das lives que a mais nova fazia.

— Eu odeio eles. – Falou amargurado.

— Esquece isso. – Namjoon deu duas batidinhas breves em seu ombro.

O mais velho suspirou pesadamente e então levantou-se indo atrás da irmã.

๑◌ૢ ﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏.

Alguns dias haviam se passado e Yun finalmente conseguiu terminar sua mudança, e Jin ajudara bastante.

— Acho que essa era a última caixa.

Seo Yun falou olhando ao redor da sala de estar do apartamento.

— Agora vamos desempacotar. – Seu irmão mais velho falou com as mãos na cintura. — Vou chamar os meninos para ajudar.

A mais nova assentiu pegando uma caixa e levando para o seu novo quarto.

Alguns minutos depois, Namjoon, Yoongi e a namorada de Namjoon chegaram no novo apartamento da garota.

— Olá, me chamo Lim Haeyon. – Sorriu simpática.

— Kim Seo Yun. – Apertou a mão alheia em um cumprimento.

— Okay, já estão devidamente apresentadas, agora mexam-se. – Jin brincou empurrando ambas.

— Haeyon, vem me ajudar no quarto.

Seo Yun chamou, levando a jovem para o seu quarto.

Haeyon pegou uma caixa e começou a desempacotar.

— Então, Hae, posso te chamar assim?

Yun indagou ao se sentar na cama.

— Claro. – Sorriu de costas para Seo Yun

— Quando começou a namorar com Namjoon?

— Ele começou a frequentar uma livraria onde trabalho, começamos a conversar e nos conhecer melhor, ele me pediu em namoro e eu aceitei. – Contou alegremente.

Seo Yun sorriu animada em ter um relacionamento tão fofo como o deles.

No final do dia, seus amigos já foram embora e apenas seu irmão ficou consigo.

— Tem certeza que ficará bem sozinha?

Ele indagou olhando ao redor do corredor escuro e vazio.

— Tenho. – Ela tocou delicadamente seu rosto, fazendo-o virar-se para si. — Eu não sou mais criança, você sabe disso, Oppa. – Sorriu calorosa.

— Você sempre será minha pequena medrosa que quando um monstro aparecesse corria para mim.

— Oppa! – Reclamou batendo em seu ombro.

— Com licença. – Uma voz masculina soou ao lado deles, tirando-os dessa pequena bolha em que estavam.

— Pois não? – Seokjin indagou tomando uma postura séria e se colocando a frente da irmã.

— Eu sou o vizinho da frente. – Sorriu simpático. — Jeon Jungkook. – Curvou-se rapidamente. — Vi a mudança e trouxe um presente. – Entregou uma vasilha de vidro tampada.

Oh, não precisava. – Quando ela saiu de trás do irmão, lembrou-se que já conhecia o jovem. — Ah, eu te conheci na lojinha de conveniência. – Ela sorriu apontando para ele.

— Que coincidência. – Jungkook sorriu ladino.

— Quanta coincidência. – Seokjin murmurou infeliz.

— Oppa. – Yun deu-lhe uma leve cotovelada. — Este é meu irmão mais velho, Kim Seokjin. – Sorriu.

— Oi. – O mais velho falou desinteressado.

Jungkook estou uma risadinha e ergueu a destra em sua direção.

— Será um prazer ser seu vizinho de agora em diante. – Falou com segundas intenções.

Seo Yun segurou sua mão e a apertou.

Este talvez tenha sido o começo do seu fim, porque ele sabia tudo sobre ela e estava fingindo não saber, brincando de xadrez em um tabuleiro que é a vida real, com sentimentos e pessoas reais, nada mais era virtual, nada mais são apenas fotografias pregadas em uma parede com agulhas ou pregos, mas sim momentos passageiros com sentimentos eternos.

Não o tenha como seu verdadeiro amor, porque o amor não se trata se uma obsessão doentia que lhe tira a alma, os amigos, a vida social e até mesmo sua essência, e nesta vida fodida , ela não aprendeu e se deixou cair em uma teia de controle emocional nada saudável.

Eu te amo, como um obcecado, porque eu sou obcecado por você e estamos fodidos juntos eternamente, vou fodê-la todos os dias, vou tomá-la até que veja que pertence somente a mim e não tenha ninguém mais.

Somente e para sempre.

— Por quê você é tão obcecado por mim?

FIM !

©nskslamansjakanz

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