|Capítulo 77|

P.O.V Narradora

A mansão Cullen estava cheia como nunca antes. Cada clã havia trazido testemunhas para Renesmee, e agora todos estavam reunidos na ampla sala de estar. O ambiente era carregado de tensão, mas, naquele momento, um som suave preenchia o espaço: Renesmee tocava piano, suas pequenas mãos deslizando com habilidade pelas teclas, trazendo uma melodia delicada ao ar. 

Todos observavam em silêncio, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Foi então que a pequena parou de tocar e olhou para Bella com curiosidade. 

— Mamãe, quando a tia Bea vai voltar? — perguntou Renesmee, sua voz infantil soando alta no silêncio da sala. 

Todos os olhares se voltaram para Bella e Carlisle, que ainda não haviam mencionado Beatrix para os convidados. 

—Não sabia que você tinha outra filha, Carlisle.—Carmen franziu o cenho, olhando para Carlisle. 

Antes que ele pudesse responder, Renesmee continuou animada.

— A tia Bea é irmã da minha mãe! Ela sabe fazer magia.

O comentário inocente da menina fez alguns dos vampiros trocarem olhares de surpresa e curiosidade. Bella, percebendo que a conversa poderia tomar um rumo mais complicado para a filha, se aproximou de Rosalie. 

— Pode levar Renesmee para brincar um pouco? — pediu em um tom baixo. 

Rosalie assentiu, lançando um último olhar para Carlisle antes de chamar a menina. 

Quando Renesmee saiu da sala, o silêncio pesou. Todos encaravam Carlisle, esperando uma explicação. 

— Tenho algo a dizer... Algo que não compartilhei até agora—ele respirou fundo e olhou para os presentes. — Vocês se lembram de Regina?

O nome fez o ar parecer mais denso. Alguns rostos se fecharam, e outros demonstraram surpresa. Mas foi Tanya quem reagiu primeiro. 

—Ela sumiu há séculos. E por culpa dela, minha mãe morreu... E aquela criança também. — sua voz carregava rancor. 

Carlisle manteve a postura firme, sua voz saindo um pouco mais forte. 

— Isso foi tudo culpa de Aro!— ele olhou diretamente para Tanya e depois para os outros vampiros ao redor. — Vocês, que foram transformados naquela época, sabem a verdade. Regina foi uma boa rainha, ela cuidava dos nossos.

Um silêncio se estendeu pelo cômodo, até que Amun, do clã egípcio, cruzou os braços e assentiu levemente. 

— Você está certo. — disse, sua voz soando grave. 

Os olhares de todos se voltaram para Amun, e o peso da conversa só aumentava. A revelação sobre Beatrix e a menção de Regina traziam à tona segredos que muitos preferiam esquecer.

— Não—Carlisle fez uma pausa antes de responder.—Beatrix carrega um legado muito mais antigo do que apenas o nosso. E se estamos nos preparando para enfrentar os Volturi… ela pode ser nossa maior esperança.

O silêncio que se seguiu foi pesado, cheio de significado. O destino daquela guerra parecia, de repente, muito mais complexo do que qualquer um havia imaginado.

(...)

A sala do castelo estava silenciosa, apenas o crepitar da fogueira preenchia o espaço. Beatrix estava sentada no chão, os braços ao redor dos joelhos, encarando as chamas como se pudesse encontrar respostas nelas. Sua mente vagava para aqueles que estavam longe: sua família, seus amigos. Eles estariam se preparando para a batalha de amanhã? Será que sentiam sua falta tanto quanto ela sentia a deles? Um suspiro escapou de seus lábios, carregado de incertezas. 

O som suave de passos ecoou pelo cômodo. Regina entrou em silêncio, observando a neta por um instante antes de se aproximar e sentar-se ao seu lado. 

— Toma.—  sua voz saiu calma, quase maternal, enquanto estendia um pedaço de papel envelhecido. 

Beatrix olhou para a carta por um momento antes de pegá-la com um pequeno sorriso. Regina inclinou-se e depositou um beijo suave em sua testa antes de se levantar.  — Leia com o coração aberto. — disse apenas, antes de sair da sala, deixando Beatrix sozinha com o que poderia ser uma das últimas peças do quebra-cabeça de sua vida. 

Por alguns segundos, ela apenas encarou a carta em suas mãos, hesitando. Mas então, com um suspiro profundo, abriu o papel com cuidado e começou a ler. 

Minha pequena esperança,

Há muitas coisas que mamãe nunca te contou para te proteger. Você precisa saber sobre sua avó, sobre a verdade de quem ela é... e quem eu deveria ter sido. Mas esse não era o meu destino.

Beatrix franziu o cenho, sentindo seu coração acelerar. 

Aro Volturi está me procurando. E quando ele me encontrar, descobrirá sobre você. Para te proteger, tomei a decisão mais difícil da minha vida: apagar minhas memórias. Sei que será doloroso, mas é o único jeito

Seus olhos ficaram marejados. 

Quando saí de casa, quando você tinha apenas cinco anos, não foi porque eu quis te abandonar. Eu precisava proteger você... e Charlie. Se ele percebesse que eu não envelhecia, correria perigo.

Beatrix sentiu um nó na garganta, a visão ficando embaçada. 

Você é meu maior presente. Minha luz. Nossa esperança. 

Uma lágrima silenciosa escorreu por sua bochecha, caindo sobre o papel. Beatrix apertou a carta contra o peito, sentindo uma dor profunda se espalhar dentro dela. 

Agora, mais do que nunca, ela sabia que precisava lutar. E, acima de tudo, honrar o sacrifício da mãe.

Mais uma capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

Meta 30 curtidas amores

Até o próximo capítulo amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top