|Capítulo 75|

P.O.V Narradora

Beatrix abriu os olhos, sentindo o chão frio de pedra sob seu corpo. Seu coração batia acelerado enquanto ela se levantava devagar, observando ao redor. O ambiente era familiar, mas ao mesmo tempo assustador. O castelo de sua avó.

Ela respirou fundo, tentando entender como havia chegado ali. O lugar parecia mais sombrio do que se lembrava, as tochas nas paredes lançando sombras alongadas pelos corredores. Seus passos ecoavam pelo piso de mármore enquanto caminhava, buscando uma saída ou alguma pista do que estava acontecendo. 

Foi então que ouviu as vozes. 

Ela parou por um instante, seu coração saltando ao reconhecer a voz de sua mãe. E a de Regina. Sem hesitar, seguiu o som até uma grande porta de madeira. Com um impulso, abriu a porta devagar, entrando sem ser notada.Elas estavam ali.

Aurora andava de um lado para o outro, claramente nervosa. Regina, por outro lado, permanecia sentada, tranquila, segurando uma xícara de chá. Nenhuma delas parecia perceber a presença de Beatrix, como se ela fosse apenas uma sombra naquele lugar. 

— Mamãe, Aro sabe que ela pode ser minha filha — Aurora dizia, a voz carregada de preocupação. — Ela foi até Volterra com Alice e Bella para salvar Edward. Mostrou sua força lá. 

Regina deu um pequeno gole no chá antes de responder, sua voz calma, quase fria. 

— Uma hora ou outra, eles descobririam sobre ela. 

Aurora parou, passando as mãos pelo cabelo, frustrada. 

— Você sabe qual é o destino dela, Regina

Beatrix franziu o cenho.Destino? Do que estavam falando?

— Aro mandou rastreadores atrás de mim. Consegui usar minha magia para sair do radar deles, mas não por muito tempo.

Regina suspirou, finalmente pousando a xícara sobre a mesa.

—Sabe que posso ajudar.

— Eles não vão parar. — Aurora fechou os olhos por um momento antes de continuar. — Vou te pedir um favor... E quero que saiba que isso será doloroso para nós duas.

— Apague minhas lembranças com Beatrix.— ela se aproximou da mãe, seu olhar decidido. 

O corpo de Beatrix congelou. O quê?

— Se Aro me pegar, ele não pode saber sobre ela. Sobre o poder dela. 

— Filha, eu não posso fazer isso.—Regina arregalou os olhos, visivelmente abalada. 

— Estou pedindo isso porque preciso protegê-la.—Aurora segurou o rosto da mãe com delicadeza.—O destino de Beatrix não pode ser alterado. Vou escrever uma carta para ela, explicando tudo. Eu a amo. Mas ela e Charlie precisam ser libertados de mim.

O silêncio tomou conta do cômodo. Regina abaixou o olhar, suas mãos tremendo levemente. Ela sabia que aquilo precisava ser feito.Mas isso não tornava a decisão menos cruel.

Beatrix, escondida na sombra da porta, sentiu suas pernas fraquejarem. Sua mãe escolheu esquecer que ela existia?

Ela assistiu Aurora se sentar à mesa, pegando uma folha e uma caneta. Seus dedos trêmulos começaram a escrever, enquanto Regina apenas observava, impotente. Quando a carta ficou pronta, Aurora a entregou à mãe. Regina a pegou com cuidado, seus olhos brilhando com lágrimas não derramadas. 

Por fim, a rainha colocou a mão sobre a cabeça de Aurora e a puxou para um beijo na testa. 

— Me perdoe.— sussurrou antes de começar o feitiço. 

Beatrix viu os olhos de sua mãe se fecharem aos poucos, seu corpo relaxando como se estivesse adormecendo. Regina afastou as mãos, deixando escapar um suspiro pesado antes de se sentar no sofá, cobrindo o rosto com as mãos. 

Beatrix sentiu um puxão forte, como se algo invisível a arrastasse pelo tempo e espaço. Seu corpo girou em um vórtice de sombras até que, de repente, seus pés tocaram o chão frio de pedra. O cheiro de velas queimadas e sangue pairava no ar. Ela estava no castelo dos Volturi.

Seu coração disparou ao ver a cena diante de si. Aurora estava ajoelhada diante de Aro. 

O salão estava silencioso, com exceção da voz suave e calculista de Aro. 

— Quem é aquela garota que veio salvar Edward Cullen? — ele perguntou, sua expressão impassível enquanto estudava a mulher à sua frente. 

— Eu não sei do que está falando.— Aurora ergueu a cabeça, os olhos cheios de confusão. 

Beatrix sentiu um arrepio subir por sua espinha. Ele estava perguntando sobre ela. 

Aro estreitou os olhos, dando um passo à frente antes de estender a mão pálida. Seus dedos se fecharam em torno do pescoço de Aurora, apertando. 

— Não minta para mim.— sua voz era fria, perigosa. 

Beatrix sentiu o próprio corpo queimar. Ela tentou se mover, correr para ajudar a mãe, mas era como se estivesse presa a um feitiço invisível. Seu corpo não respondia. 

— Mãe! — ela tentou gritar, mas Aurora não reagiu. Ela não podia ouvi-la.

Aurora sufocava, lutando contra o aperto de Aro. Mesmo assim, sua expressão não cedia ao medo. 

— Eu não sei de nada. — ela insistiu, sua voz rouca. 

Aro sorriu, mas não era um sorriso gentil. Com um movimento brusco, ele a ergueu do chão e então a jogou contra a parede com força suficiente para rachar a pedra. O impacto fez Aurora grunhir de dor, mas ela permaneceu firme. 

Aro se aproximou lentamente, dando-lhe uma última chance. 

— Vou perguntar apenas mais uma vez.

— Eu não sei.—Aurora levantou o olhar, encarando-o com desafio. 

Por um segundo, o silêncio tomou conta do salão. Então, sem hesitação, Aro agarrou sua cabeça e, num único movimento brutal, a arrancou de seu corpo. 

Beatrix sentiu algo se partir dentro dela. 

— NÃO! — um grito dilacerante escapou de sua garganta quando o fogo envolveu os restos de sua mãe. 

A dor foi insuportável, como se ela estivesse queimando junto. Seu corpo foi puxado mais uma vez, o mundo girando ao seu redor. 

Quando abriu os olhos novamente, estava de volta ao castelo de sua avó. 

Beatrix arfava, ainda sentindo a dor fantasma da perda. Seus olhos buscaram desesperadamente algo familiar até que encontrou Regina. 

A rainha estava sentada no sofá, sua expressão sombria. Miguel estava ao lado dela, a voz baixa enquanto falava sobre a morte de Aurora.

Regina não reagiu de imediato. Seu rosto permanecia impassível, mas Beatrix viu quando sua avó fechou os olhos e expirou pesadamente. 

— Saia.— ela ordenou, a voz fria e contida. 

Miguel hesitou, mas acatou o pedido, desaparecendo pela porta. 

Assim que ficou sozinha, Regina desmoronou. 

Ela encostou no sofá, deixando as lágrimas finalmente escorrerem. Suas mãos cobriram o rosto, seu corpo tremendo em um luto silencioso. 

Beatrix acordou ofegante, como se tivesse emergido de um pesadelo. 

Seu peito subia e descia rapidamente, e quando ergueu o olhar, encontrou os olhos doloridos de Regina sobre ela. 

Sem hesitar, Beatrix se levantou do sofá e caminhou até sua avó, a dor e a raiva misturadas em seu peito.Ela queria respostas

Mais uma capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

Meta 30 curtidas amores

Até o próximo capítulo amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

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