27 ー Promessa.

Seguinte galera, eu sei que não tô em posição de exigir muito depois de ter ficado tanto tempo sem atualizar, mas de verdade, eu gostaria MUITO que vocês comentassem e votassem mais nos capítulos!
Eu me esforço pra escrever algo bom pra vocês então eu queria pelo menos um feedback maior, isso me motivaria demais.

Meu engajamento tá horroroso, por isso eu queria o apoio de vocês principalmente agora já que tô com uns projetos em mente e ter vocês me ajudando seria incrível!
Então por isso eu peço por favor que votem e comentem mais, sério, eu adoro ler os comentários de vocês.

Bem, era só isso, fiquem com o capítulo que mais uma vez ficou maior do que eu esperava!

︵‿︵‿︵‿︵

O restante do dia se passou com rapidez. Como o esperado, acabamos nos divertindo tanto que nem percebemos o tempo passar.

O relógio marcava 16:00 e a essa altura, o cansaço já tomava conta de mim. Estava em minha cadeira comendo um picolé que havia comprado, aproveitando um pouco da sombra fresca depois de ficar um bom tempo debaixo do sol escaldante.

— Tô morto. — Eren se jogou na cadeira ao meu lado, deu um suspiro pesado e jogou a cabeça pra trás. Já perdi a conta de quantas vezes ele já foi ao mar, então é compreensível ele estar cansado assim.

— Falei que era pra descansar. — Peguei uma garrafa de água gelada no cooler e entreguei ao moreno.

O garoto virou a garrafa na boca e tomou mais de metade da água de uma vez, respirando fundo antes de relaxar contra a cadeira novamente. Desde que chegamos Eren não parou em nenhum segundo, revezava entre ficar no mar ou conversar com o pessoal na areia; o moreno estava mais hiperativo que o normal, mas de qualquer forma, se divertiu o máximo que pôde.

— Acho que já tá bom da gente voltar pra casa, galera. — Christa falou se levantando de onde estava sentada.

Assim como eu e Eren, todos pareciam bem cansados também. Não é pra menos, um dia inteiro na praia com certeza iria sugar toda a nossa energia.

— Também acho. — Armin se espreguiçou, ajeitando o chapéu que usava na cabeça.

— Então vamos. — Eren guardou a garrafa de água na bolsa, se levantando.

Todos assentiram, e logo estávamos arrumando nossas coisas para irmos. Não demorou até guardarmos tudo de volta nos carros, então poucos minutos depois nós já voltavamos pra casa.

Durante o caminho, tive que me segurar para não adormecer — diferente de Eren, que estava capotado no meu ombro. Eu acariciava seus fios úmidos, e não querendo perder uma oportunidade dessas, tirei uma foto dele naquela posição. Tenho certeza que vou passar um bom tempo encarando essa cena adorável mais tarde.

Guardei meu celular e mais uma vez me coloquei a observar a paisagem. O sol já não estava mais tão alto no céu, assim como a temperatura aos poucos caía. Gradativamente o mar sumia de vista, e eu já podia sentir a faísca de saudades tomando conta de meu peito.

Eu posso afirmar com certeza absoluta que hoje foi um dos melhores dias da minha vida sem dúvidas. Mesmo que eu tivesse aproveitado ao máximo, ainda não queria que acabasse. Iria guardar cada momento com carinho, e não esqueceria um segundo sequer.

Ao mesmo tempo que sentia uma felicidade imensa ao pensar no quão bom esse dia foi, também sentia uma pontada de ansiedade ao lembrar do conflito interno que me assolou mais cedo. Depois do churrasco, eu ainda teria que ter aquela conversa com Eren, o que já me causava uma angústia em antecipação.

Acabei focando em me divertir ao decorrer da tarde, então acabei não tendo tempo de pensar demais nesse assunto; o que foi bom. No entanto, ainda teria que organizar meus pensamentos. Preciso esclarecer minha mente o quanto antes.

Quando chegamos na casa dos avós de Armin, tive de acordar Eren, que mesmo sonolento, ajudou a descarregar as coisas do carro.

— Podem ir descansar por enquanto, daqui uma hora mais ou menos eu chamo vocês pro churrasco. — Armin falou terminando de guardar algumas coisas na geladeira.

— E você não vai descansar? — Eren questionou coçando os olhos na intenção de espantar o sono.

— Daqui a pouco. Agora vou dar uma organizada nas coisas aqui. — O loiro apontou para as coisas que trouxemos. — A Annie vai me ajudar, não se preocupa.

Eren assentiu, pegou em minha mão e juntos fomos ao nosso quarto. Ele já não estava mais tão falante, e parecia exausto. Considerando que ele vai dormir rápido, talvez agora seja um bom momento para pensar melhor naquele assunto.

— Posso ir tomar banho primeiro? — O moreno perguntou quando fechei a porta atrás de nós.

— Claro. Vou ir ajeitando as coisas da nossa bolsa enquanto isso. — Ele concordou, me deu um selinho e logo foi até o banheiro com uma roupa que havia pego na própria mala.

Tirei as coisas que levamos da bolsa e guardei tudo rapidamente. Aproveitei e peguei uma roupa leve pra usar depois de tomar banho, o que não demorou a acontecer já que Eren saiu do banheiro em pouco tempo.

Assim que ele saiu, fui atrás e tomei um banho tão rápido quanto o dele. Também queria descansar o quanto antes, então não quis passar tanto tempo debaixo da água quente, que serviu para me deixar mais sonolenta.

Quando voltei para o quarto, como esperado, Eren já dormia. Sorri, me sentando na beirada da cama e acariciando suavemente sua cabeça. O cabelo tinha sido lavado, estava solto e enquadrava o rosto sereno dele. Só então percebi que já era um costume eu acabar o observando enquanto dormia; não tenho culpa no entanto, ver o moreno dessa forma era algo que aquecia meu coração.

Me dando conta daquilo, me afastei, afinal não poderia ficar ali o admirando a tarde toda. Mesmo que estivesse cansada, minha mente ainda estava acelerada, então sabia que não conseguiria dormir, pelo menos não agora.

Fui até a varanda, abri a porta de vidro e me aproximei do parapeito, apoiando meus braços ali e fixando meu olhar na vista típica de cidade litorânea. O vento estava fraco, o céu aos poucos tomava um tom alaranjado pelo pôr do sol e uma calmaria se instalava naquela área.

A casa parecia estar em silêncio. Aparentemente, todos já descansavam. Aproveitei aquele breve momento para finalmente encarar o dilema que vem atormentando a minha mente desde que admiti para mim mesma que amava Eren.

Eu entendo perfeitamente que a decisão a ser tomada em relação a nós dois precisa ser decidida em conjunto, mas eu também tenho consciência de que as coisas só irão pra frente caso eu me permita a isso. Tenho certeza de que Eren nunca iria fazer nada que pudesse me machucar, porém o problema não é esse. A questão é que na minha percepção, caso algo de ruim aconteça, tudo que construímos juntos ao decorrer dos últimos meses possa vir a desabar, e eu não quero correr o risco de perder ele.

Eu sei que essa insegurança é boba. Mas mesmo sabendo disso, não consigo deixar esse sentimento de lado. Não posso negar que quero com todas as minhas forças estar ao lado de Eren. Estou disposta a viver ao lado dele e o amar com tudo que tenho, mas nada me garante que isso vá ser o suficiente.

A melhor coisa a se fazer nessa situação é conversar, eu sei. Mas antes de ter essa conversa, só queria poder dar um jeito nessa minha paranóia. Isso não é bom pra mim, e querendo ou não caso essa insegurança continue, pode muito bem vir a afetar minha decisão final.

Durante muito tempo minha preocupação era com Eren e o que ele sentia em relação a nós além dele mesmo. Sei que nos últimos tempos ele melhorou muito como pessoa, e que anda lidando com toda essa situação até melhor do que eu. Talvez eu devesse ter me dado mais tempo para enfrentar melhor meus próprios sentimentos e conflitos.

No entanto, agora não é hora de me lamentar por isso. Eu preciso me decidir logo antes que seja tarde demais, e o que eu quero evitar com certeza é arrependimento.

Porra, por que se apaixonar por alguém é tão complicado?

— S/N? — De repente a voz de Eren me tira de meus pensamentos, fazendo eu dar um pulinho de susto ao virar para trás e o ver ali.

— Eu te acordei? Desculpa. — Falei mordendo o lábio inferior, nervosa.

— Não, não foi isso. Eu só não senti você na cama comigo e achei estranho. — Ele parecia analisar meu rosto. — Tá tudo bem?

O moreno se aproxima de mim com uma feição de preocupação. Parando em minha frente, pegou em minhas mãos e as segurou com firmeza, me encarando com aquele olhar que em segundos foi capaz de fazer com que minha pose se desfizesse.

Eu pretendia ter aquela conversa com Eren depois do churrasco, mas aparentemente ela vai acontecer mais cedo do que eu planejava. Até queria ter desviado do assunto, mas isso foi por água abaixo no segundo que lágrimas se formaram no canto de meus olhos e ousaram escapar sem meu consentimento.

Antes mesmo que mais lágrimas pudessem rolar por meu rosto, Eren me puxou para um abraço apertado enquanto acariciava meu cabelo e me dizia palavras de consolo. Me aninhando em seu peito, o apertei contra mim com força, fechando meus olhos e me deixando desabar em seus braços que me traziam tanto conforto quanto suas palavras doces em meus ouvidos.

— Fica calma, eu tô aqui. — Disse quando um soluço escapou de meus lábios. — Tá tudo bem.

Sua voz em transmitia calma assim como seu toque suave em minha cabeça. Minhas lágrimas molhavam sua camiseta, e minha respiração descompensada aos poucos se normalizava. Mesmo que eu não quisesse ter desabado no aperto de Eren, sabia que não teria mais ninguém além dele que pudesse me consolar nessa situação. Pelo menos uma vez, precisava me permitir colocar pra fora a angústia que já me dominava a muito tempo.

Quando finalmente as lágrimas pararam de molhar minhas bochechas, dei um longo suspiro, saindo do abraço para secar meu rosto úmido. Eren ainda tinha seus braços ao meu redor, e com leveza, passou o polegar em meu rosto para também limpar uma lágrima que havia escorrido.

— O que aconteceu? — Colocou a palma da mão em meu rosto, o levantando calmamente para que eu o encarasse.

— Nada demais. — Dei um sorriso fraco, não querendo o preocupar ainda mais. — Eu só tava pensando sobre o assunto que queria conversar com você mais tarde.

— Não acha que dá pra termos essa conversa agora? — Perguntou pegando minha mão e dando um selar no topo enquanto a apertava com firmeza.

— Dá sim. Meio que não dá pra evitar mais agora. — Soltei uma risada anasalada apontando para a minha situação atual.

— Se ainda não se sentir confortável pra falar disso, eu posso esperar sem problemas. — As orbes verdes me olhavam com ternura, e eu tive de me segurar para não cair aos prantos mais uma vez.

— Tá tudo bem, pra falar a verdade, eu não sei se ia aguentar segurar isso por mais tempo. — Dei de ombros. — Eu só queria falar sobre o temos, entende?

Eren assentiu para que eu continuasse apesar de seu cenho ter se franzido. Ele ainda segurava minha mão e meu rosto, não deixando de os acariciar com suavidade em nenhum momento.

— Eu gosto muito de você, de verdade. E a esse ponto eu sei que a nossa relação não é mais tão simples igual antes. Hoje nós agimos como um casal na frente de todo mundo, e eu gostei. — Dei uma risadinha da minha própria fala, percebendo que provavelmente devo ter soado como uma adolescente apaixonada. — Eu sei que você também sentiu essa mudança toda, e o fato de não ter voltado atrás em nenhum momento só me fez pensar que assim como eu, você também gosta do que temos.

Ele prestava atenção em cada palavra que eu dizia, não desviando a atenção em nenhum momento. Quando terminei de falar, dessa vez eu que apertei sua mão, o olhando com aflição antes de continuar.

— Eu tenho medo de te perder Eren. — Sua expressão que antes era de preocupação, agora se tornou de surpresa. — Eu quero continuar ao seu lado, mas não quero ver tudo o que a gente construiu se acabando.

— Por que você pensa que algo assim pode acontecer? — Agora, suas duas mãos seguravam meu rosto firmemente enquanto suas íris esmeralda me encaravam com intensidade. — Eu também gosto muito de você, S/N. De verdade. E assim como você eu tenho meus medos em relação a nós, mas eu nunca, iria deixar que nada interferisse no que temos.

— Eu confio em você Eren. Mas eu ainda tenho medo. — Mais uma vez senti meus olhos arderem com a previsão de que iria chorar novamente.

— Você não precisa ter medo S/N, não comigo. — Seu tom era firme e em nenhum momento desviou seus olhos dos meus. — Eu juro que nunca vou fazer nada pra te magoar, nem nunca vou deixar algo ou alguém te machucar. Não importa o que aconteça eu não vou sair do seu lado. Você não vai me perder, e nem eu vou te perder. — Para minha surpresa, notei que seus olhos aos poucos ficaram marejados e ele parecia se esforçar pra segurar as lágrimas. — É uma promessa.

Não esperei mais nenhum segundo pra abraçar ele mais uma vez e o apertar em meus braços como se a qualquer momento ele fosse sumir da minha frente. Agora, eu que sentia lágrimas molharem o meu ombro, o que me fez acariciar suas mechas assim como ele fez comigo. Seu aperto em meu corpo também era forte, e eu conseguia sentir seu coração bater acelerado contra seu peito assim como o meu.

— Você promete mesmo que eu nunca vou te perder? — Pergunto de forma abafada já que também tinha meu rosto deitado em seu ombro, onde acabei molhando com novas lágrimas.

— Você é minha princesa. É claro que eu nunca vou te deixar. — Respondeu me dando um último aperto antes de se afastar.

Seu rosto estava vermelho assim como os olhos, as bochechas úmidas se curvaram quando um sorriso tomou conta do rosto dele. Fiz o mesmo, retribuindo com tanto sentimento quanto ele.

— Você também promete que nunca vai me deixar? — Ele perguntou rodeando os braços na minha cintura, e eu fiz o mesmo ao redor de seu pescoço.

— Prometo. Você é meu pirralho, não iria conseguir ficar sem você. — Falei soltando uma risada fraca, qual ele retribuiu.

— Eu te amo. — Aproximou o rosto do meu lentamente, colando mais nossos corpos.

— Eu também te amo. — Ao dizer aquilo, finalmente colei nossos lábios num beijo lento e repleto de sentimentos.

Durante mais um tempo nós dois ficamos ali, observando o pôr do sol enquanto trocávamos carícias e aproveitávamos a companhia um do outro. Em certo momento acabamos indo pra cama, onde eu finalmente pude descansar por um tempo.

︵‿︵‿︵‿︵

— Sasha, pelo amor de Deus! A carne ainda tá crua, mulher! — Berthold tentava afastar a garota da churrasqueira.

— E eu não posso gostar de carne mal passada?! — Ela colocou as mãos na cintura indignada.

— Deixa cozinhar por pelo menos mais dez minutos! —  O moreno virou uma das peças de carne com um enorme garfo.

Sasha bufou se dando por vencida e se afastando da churrasqueira, onde Berthold e Reiner continuaram a conversar entre si enquanto cuidavam das carnes que já cheiravam bem.

A parte de trás da casa agora estava com suas luzes acesas, o céu já se escurecia e espalhados pelo grande quintal, todos estavam distraídos em suas próprias conversas. De um lado estava a churrasqueira, que estava nas mãos de Reiner e Berthold, os únicos dentre nós que sabiam fazer churrasco. Ao lado, uma mesa havia sido posta com garrafas de bebidas e alguns petiscos, e também graças a caixinha de som, um R&B tocava num volume médio e animava mais o ambiente fresco.

Sentada em um puff, eu tomava um drink que Eren havia feito para nós dois. O moreno em questão também estava em um puff ao meu lado, mas diferente de mim, ele estava deitado nele e com sua cabeça sobre minhas pernas. Ele mexia no celular enquanto eu acariciava seus fios e conversava com Annie e Armin que estavam sentados perto da gente.

— Jaeger! — De repente Ymir se aproxima. — Cadê a erva que você disse que ia trazer?

— Ops, esqueci. — Fingiu arrependimento, mas quando a morena lhe lançou um olhar mortal, ele rapidamente se levantou de meu colo. — Brincadeira, vou pegar.

Em instantes o maior correu pra dentro da casa e subiu até o nosso quarto, onde a erva estava na própria mala. Em menos de um minuto, Eren voltou com uma pequena bolsa em mãos. Se sentou novamente no puff ao meu lado, onde a abriu e revelou o conteúdo em seu interior.

— Não vou bolar pra todo mundo não, vocês que dividam. — Falou enquanto começava a enrolar um baseado rapidamente.

— Tá, tá. — Ymir revirou os olhos, cruzando os braços e esperando que Eren terminasse.

Poucos minutos depois Eren já tinha bolado alguns baseados e os entregado para quem queria. O moreno me deu um para nós dois dividirmos e logo deixou a bolsa de lado, voltando a se acomodar ao meu lado. Quando coloquei o beck em meus lábios, o garoto o acendeu com um isqueiro e dei uma tragada, segurando a fumaça o máximo que pude antes de soltar.

Ao entregar o baseado para Eren, ele deu uma longa tragada e rapidamente puxou meu rosto em direção ao seu. Entendendo o que ele queria, coloquei minha mão em sua nuca e aproximei nossos lábios, quais se colaram num beijo rápido e desleixado para que a fumaça que ele segurava fosse passada para minha boca.

Me afastei ao exalar a fumaça, sorrindo para o moreno que me encarava com um olhar provocativo e um sorriso de canto.

— Vão pro quarto. — Annie falou enquanto nos encarava com uma sobrancelha arqueada.

— Vocês iriam reclamar do barulho. — Eren retrucou e eu dei um empurrão em seu ombro.

— Já tá na hora de vocês assumirem o namoro. — A loira disse casualmente.

— Digo o mesmo de você e o Armin. — Respondi, soltando uma risada fraca quando o loiro ficou corado e a Leonhart desviou o olhar constrangida.

— Eca, casais felizes. — Mikasa disse quando passou por nós e foi até a mesa com as bebidas.

Apenas rimos da morena que decidiu ficar conosco por mais alguns minutos, conversando sobre assuntos aleatórios.

A noite seguia tranquila, Berthold e Reiner já haviam terminado de fazer as carnes e agora estávamos todos em uma roda mal feita, bebendo, comendo, fumando e conversando. O céu estava repleto de estrelas, uma brisa fraca deixava o clima mais gostoso e numa súbita vontade, decidi tirar uma foto daquele momento, capturando a imagem de meus amigos rindo de uma besteira qualquer que Connie havia dito. Foi espontânea, então como esperado, tudo parecia mais vivo; tenho certeza de que vou lembrar dessa cena perfeitamente toda vez que vir essa foto.

— Aí, eu acho que agora é uma boa hora pra pegar aquele seu violão Armin. — Mikasa falou de repente.

— E quem vai tocar? Eu já bebi demais pra isso. — Ele falou dando uma risadinha.

— O Eren sabe tocar, não sabe? — Marco disse, me pegando de surpresa.

— Já faz um tempo que eu não toco, tô enferrujado. — Eren respondeu sem graça, coçando a nuca.

— Tenho certeza que vai se sair bem. — Armin falou antes de se levantar e entrar na casa.

— Não sabia que tocava violão. — Falei baixo ao moreno.

— Eu tocava bastante no ensino médio, mas quando entrei na universidade acabei deixando esse hobby um pouco de lado. — Falou com sorriso nostálgico.

— Incrível como ainda consegue me surpreender. — Ele deu uma risada anasalada. — Você é realmente interessante, pirralho.

— Vai me dizer que gosta de caras que tocam violão? — Provocou com seu sorriso irritante, me fazendo revirar os olhos. — Relaxa princesa, eu posso cantar uma música pra você.

Antes que eu pudesse falar mais algo, Armin voltou o violão em mãos e o entregou a Eren. O moreno se ajeitou, posicionando o instrumento e se concentrando nele. Parecia se recordar da forma como deveria tocar, e em alguns instantes, colocou seu belo sorriso no rosto mais uma vez.

— Tudo bem, já sei o que vou tocar. — Falou com um tom de empolgação na voz.

Vendo que ele logo iria começar, resolvi afastar um pouco o puff em que estava para ficar em frente a ele. Queria ter a visão total dele enquanto tocava.

O olhava com um sorriso pequeno, ainda admirada com o fato dele saber tocar aquele instrumento. Nunca esperei que algum dia veria Eren tocando algo ou cantando, então minha expectativa em relação a isso só aumentava.

Eren moveu o olhar até mim, respirou fundo e quando seu sorriso aumentou, seus dedos passaram a se mover nas cordas do violão. A princípio a melodia parecia desconhecida e ela continuou por alguns segundos, o suficiente para me fazer pensar que o moreno realmente sabia o que estava fazendo. Porém, quando sua voz invadiu meus ouvidos juntamente do som que o instrumento ainda produzia, senti um arrepio percorrer por minha espinha e se espalhar por meu corpo.

I wanna be your vacuum cleaner, breathing in your dust. — Eren me deu um sorriso de canto enquanto continuava a tocar e cantar. — I wanna be your Ford Cortina, I will never rust.

A essa altura, um sorriso largo já tomava meu rosto enquanto um sentimento bom dominava meu peito. Eu acompanhava a letra da música com os lábios silênciosamente, não deixando de retribuir o olhar de Eren sobre mim.

If you like your coffee hot, let me be your coffee pot. — O moreno fechou os olhos brevemente, voltando a os abrir logo em seguida. — You call the shots, babe, I just wanna be yours.

O fato dele ter cantado aquele refrão enquanto olhava no fundo dos meus olhos com aquele sorriso que era capaz de derreter meu coração, só me fez acreditar que ele cantava com o coração; com sentimento.

Secrets I have held in my heart, are harder to hide than I thought. — Eu provavelmente o encarava com um olhar de boba apaixonada agora, mas não me importava, já que ele também fazia o mesmo comigo. — Maybe I just wanna be yours, I wanna be yours.

Naquele momento, o mundo ao nosso redor pareceu desaparecer. Tudo o que eu via era apenas ele, sentado a minha frente com um violão na mão e cantando seus sentimentos com o coração. Era lindo.

Eu não me arrependo nem um pouco de ter feito aquela promessa.

Durante todo o restante da música, não parei um segundo de acompanhar a sua voz e olhar. Me sentia hipnotizada, e somente quando parou de cantar e as últimas melodias foram tocadas, saí daquele transe momentâneo.

— Caralho, isso foi incrível. — Sasha elogiou batendo palmas.

— Valeu. Tenho que admitir que foi melhor do que eu esperava. — O moreno respondeu e logo devolveu o violão a Armin.

— É diferente quando se toca uma música dessas pensando em alguém. — Armin falou, fazendo Eren rir baixinho.

— Você tem razão. — Disse isso e em seguida me encarou, fazendo com que meu rosto esquentasse.

Quando me sentei próxima a ele novamente, senti seus braços me rodearem num abraço de lado. O encarei com um sorriso bobo, não me surpreendendo quando o vi da mesma forma. Nós dois rimos, e eu não hesitei em retribuir o abraço de forma desajeitada por conta da posição.

— Te falei que podia cantar uma música pra você. — Falou num tom baixo próximo ao meu rosto.

— Eu amei. Iria adorar se fizesse mais vezes. — Soltei uma risada fraca. — Fez eu me sentir especial.

— Você é especial, S/N. — Apertou os braços ao meu redor. — Muito.

— Digo o mesmo, Eren. — Disse enquanto voltava a esconder o rosto em seu peito.

Eu sentia seu coração bater num ritmo calmo, e aquilo era o bastante para me trazer uma sensação de paz. Me aconcheguei ali, perdida demais nos sentimentos que Eren era capaz de causar em mim.

︵‿︵‿︵‿︵

Meus amores, esse é o penúltimo capítulo da fanfic.

Pois é, Or Nah está chegando ao fim.
Não sei se tô pronta pra me despedir dessa história, mesmo que Or Nah não seja a minha obra favorita eu ainda tenho um apego enorme por ela.

Mesmo que eu não goste de muitas coisas dessa história e receba comentários que me desagradam quase sempre, eu ainda tenho um carinho enorme pela evolução que eu tive graças a tudo isso. Não posso negar que durante todo o trajeto da fic até aqui eu aprendi muito, assim como também me diverti mais do que esperava.

De qualquer forma, estejam preparados pro próximo e último capítulo de Or Nah!

Mas eai, me digam, como acham que vai ser o final da fic? Vocês tem alguma ideia do que vai rolar? Me digam aí o que acharam da fic até agora e as expectativas pro próximo capítulo!

Enfim, desculpem qualquer error e espero que tenham gostado!
Até o próximo capítulo♡

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