3.3
Você realmente não servia para um relacionamento, percebeu aquilo claramente no momento em que acordou e fitou a mensagem na tela de bloqueio de seu celular, estava em crise, não parava de andar de um lado para o outro, havia se esquecido completamente, deveria ter se atentado melhor aos detalhes mas os dias haviam sido tão corridos quando passava tempo com Koutarou que simplesmente havia perdido por completo a noção do tempo. Ainda conseguia se lembrar detalhadamente da mensagem que o homem de cabelos acinzentados havia mandado no momento em que você acordou, ainda não havia respondido "Feliz um mês de namoro, gatinha"; seu coração com toda a certeza do mundo gelou ao ver aquilo, fingiria que estava dormindo.
Estava ferrada, completamente ferrada, não havia preparado nada, não queria que seu primeiro mês de namoro com o homem de cabelos acinzentados passasse despercebido. Os olhos de Atsumu lhe seguiam de um lado para o outro enquanto você simplesmente não conseguia se manter quieta em um lugar só, andava de um lado para o outro sem parar; o loiro bufou irritado antes de esfregar o rosto com a destra, lhe lançou uma encarada irritadiça franzindo o cenho por fim.
— (Nome), pelo amor de deus, são sete horas da manhã, não me diga que você me ligou desesperada para eu vir aqui porquê esqueceu da porcaria do aniversário de namoro.
— Eu não sei o que dar pra ele, Atsumu.
— Garota, eu poderia estar dormindo.
— Um chocolate, talvez? Não... muito simples, ele perceberia que eu esqueci.
— (Nome), eu vou matar você.
Você suspirou pesadamente não o levando a sério antes de bater as mãos contra os lados das coxas de modo frustrado, lançou um olhar irritado em direção ao melhor amigo.
— Me ajuda a pensar!
O loiro respirou fundo cruzando os braços sobre o abdômen, deu de ombros desviando o olhar fingindo uma expressão pensativa em rosto, você revirou os olhos, ele volteou o olhar em sua direção criando a expressão mais genial que alguém pudesse ver, bateu uma palma só quase como se houvesse descoberto a solução para a paz mundial.
— Já sei! Amarre um laço vermelho na sua bunda, tenho certeza que ele vai amar... posso voltar para a minha cama agora?
Você fez uma careta de automático ao ouvir as palavras do melhor amigo, negou com a cabeça devagar, bagunçou os cabelos com uma das mãos sem saber o que fazer.
— Não vou fazer isso.
Murmurou de maneira insegura abraçando o próprio corpo, Atsumu engoliu em seco correndo os olhos por seu rosto, o homem de cabelos loiros provavelmente percebeu como você estava desesperada pois começou a lhe levar a sério, respirou fundo antes de abrir um sorriso fraco em lábios se levantando por fim andando pelo quarto em direção a sua escrivaninha cheia de papéis e canetas os segurou com cuidado por entre os próprios dedos antes de voltar a atenção em sua direção.
— Tenho uma ideia.
🌾
Sentia seus dedos dormentes enquanto andava em passos curtos por entre as árvores do bosque onde a casa de ópera continuava escondida, o sol começava a se por ao longe, pela primeira vez nos últimos dias havia se arrumado de verdade, tinha um vestido branco e colado em seu corpo deixando suas curvas completamente a vista, alças finas se faziam presentes por entre seus ombros, uma camiseta manga longa preta e de gola alta por baixo do vestido para que lhe mantivesse ao menos um pouco protegida do frio gélido que se fazia presente por entre o final de outono, Atsumu havia feito questão de lhe fazer uma maquiagem simples para que não fosse com o rosto completamente limpo, não era boa naquelas coisas.
Não demorou muito para que avistasse os fios acinzentados e completamente conhecidos mais ao longe, não conseguiu conter o sorriso que insistiu em crescer por entre seus lábios, segurou a caixinha amadeirada em suas mãos com mais força antes de apertar o passo andando de maneira apressada até o homem, jogou o corpo sobre o dele passando os braços ao redor de seu pescoço o mantendo perto, Koutarou riu baixinho passando uma das mãos por sua cintura lhe abraçando de volta com força, apertando seu corpo de maneira firme por entre os braços fortes, quase como se pedisse para que você não se afastasse por um segundo sequer.
— Senti sua falta.
O homem de cabelos claros murmurou afastando o corpo do seu deixando uma sequência de beijos fracos contra todo o seu rosto, riu baixinho espalmando as mãos contra o peitoral do mais velho tentando o afastar sem sucesso, sorriu divertida enquanto ele afastava o rosto do seu, correu os olhos pelas feições do mais velho encolhendo os ombros por fim, entreabriu os lábios.
— Ficamos só três dias longe um do outro, Kou.
— Exatamente, três dias é muita coisa.
Você revirou os olhos de maneira divertida arrancando um risinho baixo de seus lábios, cutucou a ponta da unha contra o peitoral do homem o vendo correr os olhos por suas feições com um sorriso maravilhado em lábios, como se estivesse vendo o mais belo monumento do mundo, mas bem, era apenas você, por isso ele ficava tão abobado, por você ser você.
— Estou bem aqui agora, Kou, não vou para lugar nenhum.
Sussurrou antes de ficar nas pontas dos pés aproximando os seus lábios dos dele os juntando de maneira delicada, o sentiu sorrir contra eles, se afastaram devagar, não demorou muito para que adentrassem na casa de ópera por fim, se infiltrando por entre os corredores já tão conhecidos, chegaram até a sala de apresentações andando até o palco amadeirado onde suas coisas se encontravam; arfou de modo surpreso ao se deter com vários candelabros postos sobre o chão amadeirado iluminando o local levemente deixando um clima rústico, várias cobertas sobre o chão e uma cesta de piquenique com uma garrafa de vinho envelhecido, o rádio mais ao longe tocava Je te laisserai des mots em um som suave que se fazia presente por entre as paredes do teatro, algumas pétalas avermelhadas de rosas espalhadas pelo chão, volteou o olhar em direção ao homem sorrindo de maneira maravilhada.
— Você preparou tudo isso sozinho? — indagou com a voz baixa, o acinzentado riu baixinho antes de concordar com a cabeça devagar, você prensou os lábios sentindo seu coração bater quase que desesperado contra o próprio peito — Ficou lindo, Kou, não precisava de tudo isso.
— Claro que precisava, gatinha, esse é o primeiro de nossos muitos meses, queria que começássemos de um jeito especial — ele sussurrou segurando sua mão com cuidado entrelaçando seus dedos de maneira delicada, levou sua mão até os próprios lábios deixando um selar suave contra a sua derme —, vamos, suba.
Koutarou murmurou lhe guiando com cuidado até os degraus que davam para o palco lhe ajudando a subir com cuidado sobre a madeira envelhecida, andaram até as cobertas postas sobre o chão se sentando sobre elas, você respirou fundo deixando a caixinha amadeirada que tinha em mãos posta ao seu lado, se sentia ansiosa, seu estômago revirava por completo.
— Fiz isso pra você... não tive tempo de preparar nada mais elaborado, desculpa.
Murmurou de maneira envergonhada quando o namorado se sentou ao seu lado, ele abriu um sorriso quase que de imediato ao ver você empurrar de modo tímido a caixinha em direção a ele, os olhos amarelos correram por seu rosto, ele negou com a cabeça devagar antes de segurar a caixinha em mãos.
— Gatinha eu amaria até mesmo se você me desse uma pedra — ele disse com a voz baixa e levemente rouca enquanto abria a caixinha devagar, ficou em silêncio fitando os papéis coloridos que se encontravam lá dentro, os segurou com cuidado por entre os próprios dedos os puxando para fora da caixinha, arqueou uma das sobrancelhas claras —, isso são vales?
Você suspirou pesadamente concordando com a cabeça devagar aproximando mais o corpo do mais velho tocando seus ombros com cuidado, apontou para os papéis coloridos em forma de vales escritos com uma caneta preta por sua própria mão, Atsumu havia cortado tantos papéis que você nem ao menos conseguia contar.
— Esse aqui vale um beijo... e esse aqui passar a tarde assistindo todos os filmes que você quiser mesmo seu gosto pra cinema sendo horrível.
— Meu gosto pra cinema não é horrível, (Nome)! A franquia dos caminhões assassinos é muito boa para o seu governo!
— Aquele filme era horrível, Bokuto Koutarou!
— Bem os vales são meus e eu decido como vou gastar, vamos assistir caminhões assassinos amanhã — ele murmurou lhe mostrando a língua, você revirou os olhos de maneira divertida o vendo remexer na caixinha retirando de lá um papel pequeno e preto escrito com uma caneta branca, diferente de todos os outros, piscou os olhos amarelos de maneira curiosa — Esse vale qualquer coisa que eu quiser?
Você sorriu fraco assentindo por fim repousando o rosto contra o ombro do homem, juntou suas mãos com cuidado entrelaçando seus dedos.
— Sim, mas use com cuidado, só tem um desse então você pode fazer só um pedido.
— Vou guardar ele por enquanto, gatinha, eu amo você — ele sussurrou enquanto soltava a mão da sua com cuidado guardando os papéis de volta na caixa, olhou ao redor pegando uma caixinha de veludo pequena, você piscou confusa logo tendo os olhos amarelos em sua direção novamente —, minha vez, pode fechar os olhos?
— Por que tenho que fechar os olhos? Você não vai me assassinar com um machado, vai?
— Se você não fechar os olhos logo eu posso pensar na possibilidade.
Você riu baixinho antes de concordar com a cabeça devagar, fechou os olhos por fim respirando o fundo, o escutou abrir a caixinha com cuidado e então seu corpo deu um pulo suave ao sentir algo gelado em contato com o seu pescoço, logo em seguida um selar suave sobre a curvatura de seu pescoço, considerou aquilo como uma permissão para que visse o que estava em volta de seu pescoço, abriu os olhos devagar abaixando o olhar se detendo com um pingente em formato de coração preso por um cordão de ouro longo e fino, o segurou com cuidado vendo uma pequena abertura no mesmo, a forçou um pouco vendo o pingente se abrir, cerrou os olhos se detendo com uma escrita fina dentro do coração de ouro.
"Hey".
Riu de maneira surpresa levantando o olhar rapidamente em direção ao namorado, sorriu largo aproximando seus rostos com cuidado, conseguia sentir a respiração quente do homem contra sua derme morna, levou uma das mãos até a nuca do mais velho o mantendo perto, entreabriu os lábios devagar.
— Hey hey.
Respondeu em um sussurro, Koutarou sorriu levando uma das mãos até sua cintura lhe puxando para mais perto fazendo com que se sentasse contra as pernas do homem, ele respirou fundo segurando sua cintura lhe forçando a abrir as pernas contra o quadril dele fazendo com que a saia do vestido levantasse até o início de suas coxas.
— Eu amo você, (Nome).
Ele disse com a voz baixa, levemente rouca, você respirou de maneira pesada assentindo diversas vezes arranhando as pontas das unhas contra a nuca do homem de cabelos acinzentados.
— Eu amo você, Koutarou.
Sussurrou, Bokuto aproximou mais os lábios dos seus e não demorou muito para que começassem a se beijar de maneira quase que faminta, as mãos grandes deslizavam por toda a sua cintura em direção ao seu quadril levantando mais ainda a saia o vestido deixando a calcinha rendada completamente a vista; o homem mordiscou seu lábio inferior o sugando
um estalo baixo antes de o soltar de uma vez descendo os beijos até seu pescoço o chupando de maneira violenta arrancando gemidos baixos de seus lábios.
Não demorou muito para que seu corpo estivesse deitado sobre os cobertores e Koutarou entre suas pernas empurrando mais o quadril contra o seu, respirou de maneira trêmula passando os braços ao redor do pescoço do mais velho, ele afastou o rosto de seu pescoço devagar abrindo os olhos amarelos levantando o olhar até você, sorriu fraco.
— Vamos usar o cupom dos filmes, amor, quero ver caminhões assassinos.
— Kou, eu odeio aquele filme.
— E eu amo você e caminhões assassinos também.
Você riu baixinho concordando com a cabeça por fim, correu os olhos pelos traços do namorado.
— Uma linda mulher e pizza logo depois.
— As suas ordens, gatinha.
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