1.8
— O que nós vamos fazer na praia em pleno outono?
O homem de cabelo loiros indagou com a voz confusa enquanto adentrava em seu quarto segurando uma mala preta e simplesmente gigantesca por entre os braços a jogando sobre a sua cama; você revirou os olhos de maneira irritada enquanto andava de um lado para o outro no próprio quarto pegando algumas roupas suas e misturando com outras de Lia já que sua irmã parecia ter um gosto melhor do que o seu para moda, pensou em pegar alguns maiôs mas certamente estava frio demais para que você apenas cogitasse a ideia de entrar no mar, morreria de hipotermia. Correu os olhos até Atsumu antes de dar de ombros jogando algumas roupas dentro da mala gigantesca que o homem usava para você, ele, Osamu e Lia quando viajavam, juntavam tudo em um só lugar.
— Você está vindo de penetra, Tsumu, não pode nem sonhar em reclamar, tudo o que eu fiz foi dizer que ia para a praia e você apareceu em casa cinco minutos depois com o Osamu no banco de trás falando "Quando nós vamos, bae?".
Disse engrossando a voz tentando imitar o melhor amigo antes de começar a rir de modo escandaloso ao ver a cara dele mau humorada, pousou as mãos sobre a barriga tentando parar de rir, ele apenas chiou antes de jogar algumas das próprias roupas dentro da mala.
— Sua idiota, apenas não quero que você fique sozinha, não é como se eu estivesse indo junto só pra conhecer a casa de praia do seu namorado rico.
Ele murmurou revirando os olhos de maneira divertida fazendo com que você risse ainda mais, começou a balançar a mão na frente do rosto como se pedisse para que ele ficasse quieto para que não morresse sem ar; respirou fundo se acalmando pouco a pouco enquanto voltava a jogar de modo qualquer as roupas dentro da mala, não demorou muito para que Osamu subisse as escadas rapidamente em direção ao seu quarto com várias roupas dobradas nas próprias mãos, se aproximou da mala jogando ali dentro tudo de uma vez.
— Que bagunça, nem vou tentar arrumar isso, sei como vocês dois são relaxados — Osamu Miya murmurou apontando para a bagunça que estava dentro da mala, você correu os olhos até lá antes de rir baixinho enquanto jogava mais um punhado de roupas ali dentro, tudo estava misturado, seus sutiãs e calcinhas próximos as meias e boxers do Atsumu e as roupas enroladas uma na outras, tudo o mais completo caos, mas bem, sempre foram daquele jeito desde que se entendiam por gente, as viagens de suas famílias juntas eram mais bagunçadas do que você julgava ser possível —, céus, não aguento essa zona, não aguento!
Ele disse com a voz cansada erguendo as mãos em sinal de derrota antes de deixar quarto em passos rápidos, você riu baixinho sentindo suas bochechas doerem, Atsumu revirou os olhos de modo divertido antes de lhe ajudar a fechar a tampa da mala gigantesca com dificuldade, no fim você teve que se sentar sobre a mala para que o loiro conseguisse puxar o zíper; ele segurou a mala com dificuldade a arrastando pelo chão para fora do quarto descendo com a mesma na escadaria de madeira.
Você respirou fundo antes de olhar uma última vez pelo quarto vendo se não esqueceu nada de importante, pegou o celular e a bolsinha com os comprimidos os enfiando no bolso extremamente fundo do casaco quente que vestia; estava mais frio do que o normal naqueles últimos dias, o outono estava acabando por fim e dava lugar para o inverno, respirou fundo sentindo seu quarto extremamente gelado, se aproximou da escrivaninha do quarto pegando um post it colorido e escrevendo para si mesma antes de o colar na parede.
"Arrumar o aquecedor quando voltar!!".
Deixou o quarto descendo as escadas rapidamente em direção ao primeiro andar se detendo com Bokuto sentado na poltrona da sala de estar, tinha a gaiola rosa onde a Alteza Leopoldina estava sobre seu colo, olhava ao redor atento a correria que o gêmeo loiro era, pegando uma ecobag simplesmente gigantesca e enfiando lá dentro a maior quantidade de comida possível quase como se estivessem indo para a guerra; você revirou os olhos suavemente antes de cruzar os braços de maneira divertida.
— Atsumu, a praia fica aqui do lado, se nós andarmos de lá em oito minutos chegamos no mercado, não vamos passar fome.
— Me deixe ser precavido, (Nome), nós vivemos em um fim de mundo e se a energia faltar e o mercado não funcionar? — ele indagou arqueando uma das sobrancelhas fazendo com que você franzisse o cenho de modo confuso tentando entender seu raciocínio — E não conseguirmos voltar para casa porquê acabou a gasolina?
— Nós voltamos andando, Atsumu, no máximo meia hora de caminhada.
— Meia hora é muita coisa, vamos levar comida.
Ele disse de modo decidido voltando a jogar os pacotes de salgadinhos dentro da bolsa, você riu de maneira divertida antes de andar em direção ao homem de cabelos acinzentados que lhe encarava como se você fosse uma espécie de ser celestial, curvou o corpo sobre o dele sentado na poltrona acariciando seus narizes com cuidado.
— Tem certeza que eles podem ir junto com a gente? O Atsumu consegue ser bem irritante quando quer.
O homem sorriu antes de concordar com a cabeça devagar, segurou a gaiola onde a gata estava a colocando no chão com cuidado antes de levar as mãos em direção a sua cintura lhe puxando para mais perto fazendo com que você se sentasse contra as coxas dele, o sentiu levar uma das mãos até sua nuca forçando o seu rosto para mais perto do dele enquanto Atsumu deixava a casa de modo apressado arrastando Osamu junto consigo para ajuda-lo a colocar as coisas no porta-malas. A porta da sala se fechou em um estrondo alto graças ao vento arrancando um riso fraco de seus lábios enquanto o sentia apertar mais a mão contra sua nuca enquanto a outra que estava em sua cintura descia discretamente em direção a sua coxa a apertando de leve.
— Quero conhecer seus amigos, gatinha, a casa de praia é grande, vou conseguir ficar sozinho com você.
Ele sussurrou antes de juntar seus lábios em um beijo lento, você sorriu de maneira trêmula enquanto se ajeitava mais contra o colo do homem passando uma das mãos por trás de seu pescoço aprofundando o beijo pouco a pouco, a boca de Bokuto era extremamente quente contra a sua e fazia com que seu corpo se arrepiasse por completo; arfou baixinho contra os lábios do homem enquanto o sentia infiltrar a mão grande por dentro de sua camisa arranhando sua cintura com as pontas das unhas fazendo com que você afundasse mais os dedos contra o pescoço do mais velho.
— Vamos... parar, eles estão lá fora.
Disse com a voz falha por entre os estalos baixos e o homem fez exatamente o contrário empurrando mais a boca contra a sua lhe calando enquanto abaixava as mãos em direção a suas coxas lhe puxando para mais perto fazendo com que abrisse as pernas se colocando no meio de suas coxas; aprofundou mais o beijo arrancando um ofego baixo de seus lábios enquanto apertava mais as unhas contra o pescoço de Bokuto o sentindo deslizar a mão grande por toda a sua coxa.
— Continuamos depois, gatinha.
Ele disse com a voz levemente rouca contra seus lábios rompendo o beijo em um estalo tão fraco deslizando os lábios contra os seus fazendo com que você sentisse os pelos de sua nuca se arrepiarem de leve; abriu os olhos devagar correndo os olhos pelo rosto do mais velho o fitando de maneira atônita, sentia que era difícil de respirar, seu peitoral subia e descia pela respiração pesada que insistia em tomar conta de seus pulmões; passou os braços ao redor do pescoço de Koutarou o puxando para mais perto roçando seus lábios com cuidado.
— Só mais um pouquinho.
Sussurrou tentando o beijar novamente mas ele apenas virou o rosto para o lado fazendo com que seus lábios se encontrassem contra a bochecha clara do homem, ele respirou fundo antes de apertar mais forte sua coxa por entre os dedos virando o rosto em sua direção devagar.
— Estou no meu limite aqui, amor, não vou conseguir parar se te beijar de novo — ele disse com a voz fraca, você suspirou de maneira desanimada se sentindo levemente magoada enquanto ele deixava um beijo suave contra sua testa, levou uma das mãos até seu rosto o acariciando com o polegar lhe forçando a levantar o olhar até ele —, não é fácil para mim ter uma namorada tão linda assim.
Ele murmurou deixando mais um selar contra sua testa arrancando um riso baixo de seus lábios, o fitou de maneira boba sentindo um sorriso fraco surgir em seus lábios.
— Você... me acha bonita de verdade mesmo? Eu não vejo nada demais.
Murmurou com a voz baixa cerrando os olhos de maneira desconfiada, Bokuto afastou o rosto do seu devagar lhe fitando de maneira confusa antes de assentir, fez uma careta mau humorada.
— Eu te acho linda, (Nome), linda demais — ele murmurou com a voz irritada antes de levantar a mão deixando um peteleco contra sua testa, você fez uma careta resmungando de dor baixinho levando as mãos até ali —, não gosto quando você diz que não é bonita, vou te dar um peteleco toda vez que disser que não é.
Você revirou os olhos de maneira divertida antes de curvar mais o corpo sobre o dele deixando um selinho fraco contra seus lábios o escutando rir baixinho enquanto dava dois tapinhas contra sua coxa como se pedisse para que você levantasse, afastou o rosto do dele devagar antes de sair do colo do homem, se abaixou segurando a gaiola onde a Alteza Leopoldina estava deixando a casa juntamente com Bokuto, trancou a porta da sala antes de andar até o Jeep de um preto fosco, abriu a porta que tinha as janelas abertas se detendo com o filhote branco de gato dormindo de maneira calma dentro da gaiola azulada, sorriu de maneira boba sentando no banco da frente do passageiro vendo os gêmeos entrarem na parte de trás do carro.
— Vamos logo, estou ansioso para jogar o Osamu dentro da água.
Atsumu murmurou de maneira animada recebendo um olhar quase que mortal de Osamu, Bokuto riu enquanto adentrava no carro dando partida no mesmo sem olhar para trás, como se nada mais importasse agora que você estava ali.
⸙͎۪۫
— Você aceitaria um relacionamento a três? Eu sou mais engraçado com a (Nome), vai ser mais divertido comigo, não que eu esteja interessado no seu dinheiro nem nada do tipo.
O homem de cabelos loiros murmurou pela milésima vez fazendo com que você revirasse os olhos de maneira divertida enquanto você ajudava Osamu a estender os enormes lençóis na areia branca da praia, conseguia escutar o som das ondas se quebrando nas rochas ao longe, o mar estava calmo e não ia muito longe contra a areia, a casa de dois andares do homem estava apenas a alguns metros de distância, era retangular e possuía paredes enormes de vidro que deixavam o interior do local completamente a vista.
Koutarou riu alto antes de negar com a cabeça devagar enquanto segurava a caixa térmica de isopor em mãos a colocando sobre os lençóis, se sentou sobre eles antes de agarrar seu pulso lhe puxando para baixo fazendo com que se sentasse no meio de suas pernas, você riu baixinho enquanto se acomodava contra o peitoral do homem sentada de costas contra ele, o observou abrir a caixa de isopor retirando de lá algumas garrafas de cerveja jogando uma em direção ao loiro que a segurou de uma vez agradecendo baixinho.
— Não posso namorar com você, Atsumu, você pode ser meu amante secreto se quiser, eu te mando um colar de diamantes vez ou outra.
O acinzentado murmurou de maneira divertida distribuindo alguns beijos úmidos contra a curvatura de seu pescoço arrancando alguns risos baixos de seus lábios enquanto se encolhia mais contra os braços do namorado. O gêmeo loiro fingiu uma expressão ofendida antes de pousar a mão no peito.
— Você realmente acha que eu valho só isso?! Não quero viver um romance escondido, Bokuto, quero ser seu esposo! Estou me sentindo como a amante de um prefeito agora, (Nome), você é uma destruidora de lares.
Ele disse lançando um olhar irritado em sua direção, você riu de maneira incrédula antes de passar um dos braços ao redor do pescoço de Bokuto o puxando para mais perto, mostrou a língua para o melhor amigo.
— Eu sou a esposa dele, Atsumu, você não passa de uma amante, seu destruidor de lares.
— Mas quem está esperando um bebê dele sou eu!
O loiro bradou antes de fingir chorar pousando as mãos sobre o próprio rosto, Koutarou arregalou os olhos fingindo uma expressão de desespero antes de negar com a cabeça diversas vezes; você cerrou os olhos lançando um olhar indignado para o homem de cabelos acinzentados.
— Bokuto Koutarou, como você pôde?! Teve um filho com a sua mente só por que eu não podia engravidar?! Deu para mim, quero o divórcio, vou expor para o presidente da casa branca todo o dinheiro que você desviou.
Disse de modo decidido antes de se levantar dos lençóis, Atsumu se levantou juntamente consigo enlaçando o braço ao seu, lançou um olhar de desprezo para Bokuto.
— Vamos, (Nome), deixe esse cafajeste pra lá.
Murmurou erguendo o queixo de modo petulante, Osamu riu baixinho mais ao canto atraindo o olhar divertido de Bokuto, os dois se olharam.
— Acho que posso casar com a (Nome) agora que vocês se divorciaram.
Ele murmurou por fim, você piscou confusa correndo os olhos até o gêmeo de Atsumu, ele simplesmente havia dito aquilo de uma maneira muito séria para que fosse brincadeira.
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