0.9
Um silêncio constrangedor tomava conta da sala de estar enquanto você andava de um lado para o outro agora com uma roupa mais descente porquê no exato momento em que você descobriu que era Toji — mais conhecido como seu chefe insuportável que você passava horas e horas falando mal juntamente com Nobara, talvez tivesse falado tanto no nome dele que o universo achou que você estava manifestando ele e simplesmente decidiu jogar o homem de quase dois metros na porta de seu apartamento —, vestia uma das camisetas sociais de Nanami que estava perdida no guarda-roupa a algum de tempo, um shorts preto de seda por baixo.
— Você vai furar o chão se continuar andando sem parar desse jeito.
Toji disse com a voz baixa, levemente grave, fazendo com que um tremor percorresse seu corpo, ele lhe dava arrepios, ele era completamente diferente do que havia imaginado em sua mente, era até agradável aos olhos.
— Estou andando sem parar porquê estou em pânico, como você brota na minha casa do nada sem avisar? Isso é perseguição.
— (Nome), eu estou te mandando e-mails, te ligando a semanas e não tenho uma notícia sequer sua, eu preciso do manuscrito! Eu tenho prazos, eu também devo respostas aos meus chefes, acha que eu te cobro por que eu gosto?
— Sim.
Você disse sem pensar duas vezes, empinou o queixo.
— O que...
— Com certeza você faz isso porque gosta de me infernizar, você parece ser do tipo sádico quer me ver surtar e parar em um manicômio.
— (Nome)... o que... — o homem de cabelos escuros e curtos não conseguiu nem ao menos terminar as próprias palavras, respirou fundo tentando manter a própria calma, esfregou os olhos antes de afastar as mãos do rosto e levar o olhar escuro em sua direção, deu dois tapinhas no assento ao seu lado no sofá — Se sente aqui.
Ele disse com a voz baixa, calma, você franziu as sobrancelhas, cruzou os braços sobre seu abdômen e andou de modo cauteloso em direção ao sofá se sentando ao lado de Toji, levou o olhar até ele, ele virou o corpo em sua direção.
— Vim aqui pra tentar entender o que está acontecendo, (Nome), eu quero te ajudar, o seu trabalho interfere no meu, precisamos entrar em um acordo.
Você respirou fundo, não sabia muito bem o que dizer, sabia que estava dificultando o trabalho dele, mas não era como se fosse conseguir criar volumes da novel de um dia para o outro, encolheu os ombros.
— Eu... bem, não é sabe que eu consigo muita inspiração, sabe? Eu não ando muito bem nos últimos tempos.
Sussurrou, quase como se fosse um segredo, os olhos de Toji caíram quase que de automático sobre o anel de noivado preso ao em seu pescoço, voltou os olhos em direção ao seu rosto.
— Terminou com o namorado?
Você piscou devagar, entreabriu os lábios e deixou as palavras saírem dessa vez com facilidade.
— Ele morreu, já faz alguns anos mas eu sinto que não me recuperei completamente.
Toji arregalou os olhos devagar antes de concordar com a cabeça devagar, levou a mão até a sua, a derme dele levemente calejada tocando a pele macia de seus dedos, você levou o olhar até ele, seus olhos se encontraram e ele abriu um sorriso fraco.
— Eu sei como você se sente, eu perdi minha esposa a muitos anos atrás e eu ainda sinto falta dela — ele disse com a voz calma, arrastou o polegar sobre o peito de sua mão acariciando com cuidado —, talvez se você tentasse se distrair com algo sua mente voltasse aos eixos, quero te ajudar com o que precisar, está bem?
Você assentiu com a cabeça devagar, um sorriso fraco cresceu em seus lábios.
— Obrigada por se preocupar — você sussurrou, chacoalhou a cabeça por fim antes de se colocar de pé por fim —, vou pegar algo para você beber, gosta de chá gelado?
Indagou com a voz calma enquanto andava em direção a cozinha, escutou o homem concordar, você respirava de maneira mais tranquila enquanto pegava dois copos de dentro do armário os deixando sobre a bancada, abriu a geladeira retirando de lá a jarra de chá gelado, encheu os copos e voltou andando da maneira mais cuidadosa que conseguia em direção a sala de estar onde Toji, tudo aconteceu muito rápido desde o momento em que seus pés descalços se enroscaram no carpete ao que você praticamente despencava contra o chão, levou um baque tão forte que sentiu uma dor aguda no corpo, levantou o rosto rapidamente se detendo com a camisa branca de Toji encharcada de chá, você sentiu o ar praticamente sumindo de seus pulmões enquanto se levantava as pressas andando até ele rapidamente curvando seu corpo contra o dele esfregando a manga da camisa social que vestia sobre a camisa branca de algodão dele.
— Meu deus, mil perdões.
Você disse com a voz baixa e fina sentindo a vergonha percorrer seu corpo e deixar suas bochechas extremamente quentes, Toji soltou uma risada fraca e suave que fez com que os pelos de sua nuca se arrepiassem por completo.
— Está tudo bem, você se machucou?
— Estou bem — sussurrou, seus olhos se encontraram com os do homem alto, seus rostos muito próximos, conseguia sentir a respiração dele se chocar contra seus lábios, engoliu em seco —, quer que eu lave sua camisa?
Ele concordou com a cabeça devagar, levou as mãos até a barra da camisa a arrancando de seu corpo devagar deixando o abdômen bem definido a vista, seus olhos correram pelo corpo desnudo do homem ao que ele retirava a camisa branca deixando os fios escuros bagunçados, você respirou fundo sentindo o ar pesado, os olhos dele encontraram os seus novamente, ele fitou seu rosto com cuidado, um sorriso curto se formando nos olhos dele.
— Está olhando demais minha linda.
Toji sussurrou, você sentiu suas bochechas queimarem mais ainda, desviou o olhar rapidamente enquanto praticamente roubava a camisa das mãos do homem se afastando dele andando até a lavanderia que ficava embutida a cozinha, escutou o homem rir ao fundo, o som da campainha se fazendo presente pelo apartamento.
— Deve ser o entregador de comida que eu pedi mais cedo, pode abrir pra mim por favor?
Indagou com a voz alta enquanto colocava a camisa do homem dentro da máquina de lavar, Toji apenas concordou devagar enquanto se levantava do sofá vestido apenas a calça jeans que parava um pouco acima de sua virilha deixando o abdômen completamente a vista, você se aproximou da porta ao o que ela era aberta de forma lenta pelas mãos grandes do homem, seus olhos se arregalaram pouco a pouco ao ver um Geto do lado de fora com um olhar confuso, os olhos dele iam rapidamente de você até Toji praticamente sem roupas.
— Desculpa, acho que vim no apartamento errado.
Ele disse antes de virar as costas e andar de modo rápido pelo corredor, você nem ao menos pensou antes de correr porta a fora pelo corredor — algo que não fazia a anos — na direção do homem de cabelos longos deixando Toji para trás.
— Geto, espera! — você gritou agarrando o pulso dele o forçando a parar, ele virou o corpo em sua direção, tinha uma feição irritada em rosto — Não é o que você está pensando.
Ele soltou um riso irônico.
— Eu vim aqui me desculpar porquê eu sei que agi de um jeito estúpido com você mas pelo jeito você tem mais opções, foi bem rápido até.
— Geto, eu...
— (Nome), você não tem que me dar satisfação nenhuma, nós não temos nada, você é só uma das garotas que eu encontro de vez em quando, nada sério.
Você piscou devagar o encarando ali, um nó se formando em sua garganta, entreabriu os lábios diversas e diversas vezes sem saber muito bem o que dizer.
— Por isso não vai dar certo isso aqui que a gente tem.
Você sussurrou, ele bufou antes de concordar com a cabeça devagar.
— Tem razão, fui idiota de querer sair do profissional, espero que se divirta com ele.
O homem de cabelos longos disse apontando com a cabeça para a sua porta onde Toji estava apoiado no batente e simplesmente virou as costas e foi embora sem dizer mais nada, você sentia um formigamento estranho em seu estômago, seu coração doía de leve, respirou fundo tentando controlar a respiração e voltou em passos arrastados para o apartamento onde Toji lhe esperava.
— Quer conversar?
Ele perguntou com a voz baixa e você apenas concordou com a cabeça devagar, sentia seus olhos marejados.
— Por favor.
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