ONZE
-...e quando estiver fora do país, um amigo meu especialista em hipnose fará a garota se esquecer de tudo e achar que é minha filha!- quando Sophie acordou, a primeira coisa que notou foi que algo estava a impedindo de se mover. Uma corda a prendia em uma cadeira. Por sorte, ela sabia como desfazer o nó, então era uma coisa a menos para se preocupar. Agora, onde ela estava? Não estava na cafeteria, conversando com um amigo de seus pais biológicos? Teve uma hora que ele...
-Espera, quando eu me machuquei?- se perguntou, olhando no espelho mais próximo o sangue escorrendo por um lado de seu rosto, vindo de um grande corte na cabeça.- Ah, será que ele me ajudou?
-Como você se soltou?!- o homem exclamou, olhando para Sophie.
-Desfazendo o nó? Qual é o problema disso?
-Não é para atrapalhar meus planos!- o home gritou, avançando na direção de Sophie.- Eu não consegui te roubar quando era um bebê, então vou fazer isso agora!
-Ah, então foi você?- Sophie perguntou. No minuto seguinte, o homem estava no chão, gemendo de dor depois que Sophie acertou um chute bem onde o sol não bate.- Até mais, foi bom te conhecer!- falou, fechando ele no quarto e prendendo a porta com um cabo de vassoura que achou do lado de fora.- E agora... Moça, para que lado fica a delegacia?- perguntou para uma mulher que estava passando na rua quando finalmente saiu do prédio.
-Segue reto três quarteirões, está no final do terceiro.
-Obrigada!
-Ela estava com a cabeça suja de sangue?- a mulher se perguntou, observando Sophie correndo.
•
-Sophie! Onde você estava esse tempo todo?!- Emma exclamou, quando viu Sophie entrando na delegacia.- Eu não vi que você ficou para trás e voltei para ver se... O que aconteceu?
-Ah, por que eu demorei para encontrar o caminho de volta? Encontrei um amigo dos nossos pais e perguntei para ele como fazer para desistirem dessa investigação, quando eu acordei, estava no apartamento dele, amarrada em uma cadeira. Eu acertei ele bem onde o sol não bate e vim correndo para cá. No caminho encontrei um gato e precisei parar para fazer carinho nele, deve ser por isso que eu me atrasei.
-Você encontrou quem?!
-Um gato, dei sorte que ele era bem amigável e não se importou com o carinho.
-Não estou falando do gato, Sophie! Você acabou de falar que foi sequestrada!
-Ah, então não era ele me ajudando? Se bem que a conversa ficou estranha quando ele falou que não conseguiu me roubar quando era um bebê... Emma, tem como estender os braços?
-Sophie, não tente mudar de assunto. Tem noção do que quase aconteceu com você?! Sophie?- Emma olhou para a irmã mais nova no momento em que ela perdeu o equilíbrio e caiu. Emma estendeu os braços para segurar Sophie antes que ela caísse de cara no chão.
-Não foi nada demais...- resmungou.- Nada... demais...
•
-Eu preciso ir embora! Não posso arriscar perder meu estágio!- Sophie exclamou. Mesmo depois do quase sequestro e de ter ficado praticamente o dia todo no hospital por causa do corte em sua cabeça, ela estava bem o suficiente para voltar.
-Não tem jeito...- a mulher falou.- Quando a situação com a polícia aqui for resolvida, nós iremos até o Japão para conhecer seus pais.
-Quem sou eu para te impedir? Enfim, já está na hora de embarcar. Nós nos veremos em breve.
-Até mais, Sophie.- Emma falou, empurrando Oliver com o braço.
-Até breve, Sophie.
-Ah, me esqueci de perguntar uma coisa.- parou, olhando mais uma vez para sua família biológica.- Eu sei que seus nomes são Oliver e Emma, mas vocês... Quais são seus nomes?
-Até agora você não sabe nossos nomes?!- a mulher exclamou. Sophie estava há cinco dias na Alemanha e em nenhum momento ela descobriu os nomes de seus pais biológicos. Não era nada demais, por que eles pareciam tão chocados com essa descoberta?
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