XLV

Carl Grimes

- Carl espera! - Enid pede correndo até mim e me fazendo parar. - Já pensou no que ele disse? Pensa comigo, April vivia fugindo de pessoas que queriam a cura, tinha medo de voltar para onde ela havia sido criada por medo de sofrer nas mãos deles mais uma vez. Ninguém viu ela ser morta, ninguém viu ela correr atrás dos Salvadores e entrar na floresta.

- Está dizendo que meu pai pode estar mentindo?

Ela concorda.

- Seu pai estava assustado e arrasado com o que havia acontecido com você, só ele estava perto quando aconteceu. Precisamos investigar essa merda mais a fundo, precisamos perguntar para alguns moradores de forma discreta e que não levante nenhum tipo de suspeita.

Passo a mão sobre o rosto e penso. Ela tinha razão. Meu pai não tinha me dado detalhes sobre a morte de April ou de como sabia que havia sido um Salvador ao mata - la. Porcaria.

- Temos que fazer isso da forma mais calma e...

- Nós vamos! Vamos conseguir as respostas das perguntas que aquele Salvador deixou no ar. - Enid suspirou pesado e deixou as mãos nas cinturas. - E se ela estiver viva? Se a voz que você ouviu na sua cabeça, a voz de April, for uma que ela achou de pedir ajuda?

- Se ela estiver viva e meu pai estiver mentindo pra mim, eu juro que não vou me importar em sair de Alexandria e esquecer que aquele lugar existe.- respondo sem pensar - Mentir assim vai ser a pior forma que ele vai achar de querer que eu fique por perto.

- Vamos embora?

- Eu ainda tenho dois postos avançados para atacar, você vem?

Enid sorriu e concordou.

_

Antes mesmo da noite cair, ambos chegamos em Alexandria. Entrando pelo muro leste e encontrando meu pai logo de cara.

- Vou pra casa do Aaron, depois passa lá pra gente tentar achar um jeito de resolver aquilo. - Enid diz deixando as ruas e caminhando para atrás das casas.

- Onde estavam?

- Fomos pra cachoeira. Enid disse que seria uma boa pra me fazer distrair e esquecer de tudo que anda acontecendo. - respondo olhando dentro de seus olhos e vendo ele mudar sua postura por alguns segundos. - Ela tem me ajudado muito, na verdade sempre me ajudou e sempre foi uma boa amiga. Ela nunca mentiu ou escondeu as coisas de mim, gosto de pessoas assim, o senhor deve saber...

- É - ele engole seco - Ela é uma boa garota e eu fico feliz em saber que tudo isso que ela tem feito, tem te ajudado.

Caminho para longe do meu pai e encontro algumas pessoas. Precisava de alguém de confiança para poder me dizer o que sabia sobre o dia do ataque, precisa daquelas respostas urgentemente.

Se April estivesse realmente viva, eu precisava salvar ela das mãos do suposto homem que a levou.

- Olá, senhor Carter. - o cumprimento me sentando ao seu lado na escadaria - Quer ajuda?

Senhor Carter não era um senhor de idade avançada ainda, ele devia ter uns 65 anos e tinha dois filhos, que por sua vez ajudaram no dia do ataque dos Salvadores à comunidade.

- Uma ajuda é sempre bem vinda. Como você esta? Soube do que aconteceu.

- Estou levando. Minha namorada morreu ou foi levada, não sei direito o que aconteceu com ela, só sei que sinto falta dela.

- Sinto muito. Sabe filho, você vai a encontrar novamente, vai tê -la em seus braços mais uma vez.

Ele sabia de alguma coisa, estava óbvio que sabia.

- Ela morreu, senhor. - digo - Não vou ver ela novamente nem a tê - la nos braços.

- Meus meninos me disseram que ela foi levada por um homem, que ele a tirou de perto de você e do seu pai. Eles viram quando tudo aconteceu, eu vi apenas o caminhão se erguendo. Podemos esperar grandes feitos daquela garota.

- Obrigado senhor Carter, tenho que ir.

Corro pelas casas e entro na casa de Aaron, onde Enid disse que estaria. Encontro ela sentada perto do balcão e tiro meu chapéu.

- Precisamos conversar!













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