capítulo-01

𝙹𝚑𝚊𝚎𝚗𝚊 𝚃𝚊𝚛𝚐𝚎𝚛𝚢𝚊𝚗.

— Minha avó, por que você está fazendo isso comigo? Por que me castiga desta forma?

Eu estava encarando Alicent, minha avó. Ela acabara de me dar a notícia de que me casarei com Daeron, para manter a linhagem pura.

— Não me contrarie, menina, eu sou sua avó e você fará o que eu mandar.

— Meu pai aprovou tal coisa?

— Não só aprovou, como também exigiu que fizéssemos o casamento o quanto antes.

— Não me casarei, eu não vou casar com aquele pedaço de merda.

— Você vai, é o que deve a sua família.

Eu não estava acreditando nas palavras dela, como ela quer me obrigar a alguma coisa.

Não deixo que ela termine de falar e caminho para fora, eu era proibida de sair do Castelo mas não me importava. Quando cheguei perto,  vi o cavaleiro leal da minha mãe.

— Sir Criston Cole, me dê passagem. É uma ordem!

— Eu não obedeço você, princesa. Agora volte para seus aposentos.

— Você é um guarda de merda.

— Vadia igual a mãe. — Ele sussurra mas eu escuto mesmo assim.

— Foi um dos que se deitou com ela? — Ele sorriu debochado e fez sinal para eu andar.

Segui meu caminho até o quarto de Helaena, eu precisava fugir se não teria de me casar com Daeron.

(...)

— Escute, Jhaena, o que vou fazer ninguém poderá saber.

— Vai me ajudar a fugir.

— Não quero que seja infeliz, estou ajudando porque a amo muito.

— Eu também amo você, me criou como filha.

— Levarei você até um barco, de lá você viajará até encontrar Rhaenyra, você jurará lealdade aos negros e vai se proteger.


— Eu temo por você. — ela sorri.


— Você sempre será minha menina, minha doce menina, por mais que eu acredite que você é até pior que Aemond em batalha. — Ela deixa uma risada escapar para aliviar a tensão.

— Alicent irá querer minha morte quando descobrir que fugi.

— Eu queria pode lhe contar a verdade.

— Do que tanto tem medo?

— Medo da sua fúria sobre nossa casa, você nos odiaria.

—Eu jamais teria ódio de você.

— Um dia você será aquela que jurará a morte a todos os verdes.

E então, naquela noite, eu parti de Porto Real, com meus pensamentos no que Helaena disse.

(...)

Quando cheguei, fui recebida por Rhaenyra, ela me olhava analisando cada movimento meu, seus filhos estavam próximos também, assim como seu marido.

— Então, você quer jurar lealdade a mim.

— Sim, minha senhora.

— Como você pode ser uma Targaryen? Meu pai era velho demais para ter algo com Alicent.

— Sou filha bastarda, senhora. De Aegon.

— Como não soubemos de você? — era a vez de Daemon se pronunciar com suas desconfianças.

— Creio que meu pai não sinta orgulho, na verdade eu nem moro no Palácio, somente quando quiseram me casar com Daeron é que fui buscada.

— E você era de onde? — olhei Rhaenyra que me encarava séria.

— Eu vivia um pouco distante da cidade, nos campos, e uma serva cuidava de mim.

— O Aegon não poderia arriscar ter uma bastarda enquanto buscava apoio, ele escondeu bem. — Daemon disse como se fosse algo muito baixo a se fazer e eu até concordo.

— E agora, você busca abrigo com os negros, inimigos de sua família. Você sabe que Aegon é um traidor da Coroa, não sabe?

— Sim, só quero me proteger, aquela casa não me serviu de nada, passei toda a minha vida até hoje sozinha.

Digo e ela suspira.

— Nos dê um minuto, vou me reunir com o Conselho e decidir o que fazer com você.

Ela sai, seguida por todo o Conselho e Daemon, mas não antes dele dizer algo para o segundo filho de Rhaenyra e partir.

— Você vai ficar me olhando mesmo? — pergunto ao  filho que ficou para me vigiar.

— Caso tente uma traição, é o meu dever detê-la. — suspiro olhando em volta e depois para o rapaz novamente. — Você parece nova demais.

— Tenho dezessete primaveras, quase dezoito. E você, Príncipe, não parece ser tão novo.

— É porque não sou tão novo como já fui.

— Às vezes parece que eu já te conheço, é uma sensação estranha. — digo por fim, e eu realmente pensava já tê-lo visto várias vezes, em sonhos....

— Você... — a Rainha entra, fazendo o nobre rapaz se calar e até agora não sei o nome dele.

Rhaenyra sentou-se em seu trono e nos olhou, Daemon seu marido nos encarava.

— Foi decidido que, se você jurar sua lealdade a mim, e lutar conosco contra os Verdes, contra o seu pai, será bem vinda aqui.


— Eu, Jhaena Targaryen, juro lealdade a Rainha Rhaenyra Targaryen, Primeira de Seu Nome, Legítima Rainha dos Sete Reinos, dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens e Protetora do Reino. — Me ajoelho e abaixo minha cabeça em sinal de respeito.

— Temos um acordo então, mas queremos algo de você também. — levanto e encaro a Rainha em confusão. — Se casará com o Príncipe Lucerys, meu segundo filho e Senhor das Marés.

Procuro o tal Príncipe para pode dizer algo, mas sou surpreendida quando alguém suspira alto e fica ao meu lado diante da Rainha.

— Como a senhora ordenar, Minha Rainha. — era o rapaz com quem eu falava um pouco antes.

Então ele é o Príncipe e Senhor das marés.

— Jhaena, temos uma aliança, então? — Ela pergunta e eu concordo imediatamente.

— É uma grande honra, minha Rainha.

— Leve Jhaena até seus aposentos, o casamento acontecerá amanhã ao amanhecer.

(...)

Deitada agora, na cama, sentia que algo me chamava. Um chamado persistente e difícil de resistir.

Levanto da cama e ajeito meu vestido que eu usaria para dormir, caminho para fora do meu então quarto e continuo escutando o chamado, era como se estivesse me queimando por dentro.

Quando chego no chamado, vejo um dragão de escamas violeta, ele me encara e abre a boca.

É O MEU FIM.

Fechei os olhos, esperando que o fogo me queimasse até a morte, mas quando os abri, vi ele em encarando, então eu sorri e me aproximei da criatura.

— Qual seu nome? Você é uma bela criatura. — eu nunca tive um dragão, Alicent dizia que bastardos não tinham esse direito. — Vamos dar só uma voltinha, você deve estar querendo isso.

Subo em cima daquela criatura extraordinária e foi ali que percebi, era uma fêmea, ela bateu asas e pela primeira vez me senti livre.

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Um capítulo leve, se estiver muito confuso peço desculpas, vamos desenrolar a história.

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