001.Rain
Dean estava na cama do quarto em que havia alugado ele olhava para o teto enquanto ouvia a música em seus fones de ouvido, ele estava acostumado com o silêncio e a solidão de um quarto vazio era assim também em sua casa, o garoto estava tão destraido que se pegou pensando em sua mãe e algumas lágrimas até começaram a escorrer e tentava as impedia de cair limpando as rapidamente.
Para se distrair de tais pensamentos ele decidiu passear pelas redondezas, ele pegou o primeiro agasalho que encontrou próximo de si e fechou o local caminhando para fora Dean andava pelas ruas ainda com seus fones de ouvido onde agora tocava Queen.
O garoto estava entrando em uma das lojas da rua estava com seu dinheiro em mãos, e alguns garotos que estavam do lado de fora bebendo o avistaram e pareciam interessados no que o moreno tinha em seus bolsos ou apenas clamavam por atenção, Dean queria apenas alguns salgadinhos para passar o tempo mas parece que não seria somente isso que levaria pra casa naquele dia.
Ele saia do local com uma sacola em mãos e na sua outra mão trocava a música pelo telefone tentando disfarçar a tensão dos garotos a sua frente que bebiam e riam, Dean não era de arrumar brigas e faria qualquer coisa para continuar invisível para os demais.
O garoto que vinha em sua direção aparentava ser americano mas tinha alguns traços japoneses, ele casoava com a cara do moreno.
── Ei mauricinho! ─ Chamou.
Dean o olhou mas continuou seu caminho, e o garoto parecia não ter gostado muito porque junto a ele vinham mais garotos um deles havia empurrado Dean que derrubou suas sacolas no chão.
── Quem pensa que e para me ignorar, seu riquinho mimado.─ Dizia apontando o dedo no rosto do moreno.
── Você não me parece tão miserável, pra' querer chamar tanta atenção e ainda por cima na rua não é muito a sua cara não é garotão?─ Dean rebateu
── Ora seu..─ Um soco foi depositado no rosto do moreno que foi pego de surpresa não podendo reagir pois foi segurado por trás pelos valentões que acompanhavam Kyler.
Ele foi juntado e até amassado, mas ele não parava, Dean conseguia-se defender, ele aguentava as pancadas, gritava ao ouvido deles, não doía, mas eles precisavam entender. Eles estavam ferindo alguém inocente. Ninguém precisava ser quebrado, ninguém merecia ser ignorado.
Ele não se deixaria apanhar por valentões mimadinhos ele então soltou seu braço preso ao garoto ruivo e em um movimento depositou um golpe em seu estômago fazendo o garoto tombar para trás, com um chute ele derrubou o outro garoto que segurava seu braço direito, Kyler não pareceu gostar muito e com toda sua força partia pra cima do moreno.
Tinha agora um nariz sangrando um olho roxo e um corte na lateral de seu rosto mas o garoto não estava tão horrível quanto Kyler e seus amigos, os garotos tinham um olho roxo narizes quebrados e hematomas espalhados.
Pela expressão de Kyler, Dean percebe que o garoto não estava ali para conversar. "Lute" um sussurro bem baixo seus neurônios falaram. Para ele, só havia uma saída. O rapaz juntou suas pernas num esforço, e com um salto descomunal, saltou alto, e em um movimento fulminante, agarrou a mão de Kyler, onde ele segurava um cinto metálico.
Isso mesmo, Dean agarrou a mão de Kyler, e jogando o garoto no chão, afastou-o, e pegou a mochila, e a estaca metálica, e correu pela rua, sem olhar para trás. ── Mano, vamos atrás dele! ─ouvia a voz do terceiro garoto agressivo, e ouve o pé batendo no chão.
Sim, foi uma escada muito perigosa, e a diferença era pouca. Agora, Dean correu, com o chão encharcado pela chuva, o seu coração batendo loucamente, sem saber para onde ir. De repente, escutou uma voz. ── Eu posso te ajudar.─ ouviu uma voz misteriosa. Era como se uma sombra tivesse falado.
Dean, desesperado, desesperado por uma saída, se olhou para trás, viu que os garotos estavam muito próximos, quando de repente, sentiu uma mão agarrando o ombro. Sem olhar, tirou a mão, e jogou um soco. ── Fui eu. ─ dizia a voz misteriosa. A voz era fraca, e tímida. O coração de Dean disparou, estava muito nervoso.
── Por favor, eu posso te ajudar, mas você precisa confiar em mim.─ O garoto olhou para a pessoa que o agarrou. Uma mulher, vestida com uma roupas simples, com um boné preto, e uma bolsa de mochila. Ela não parecia ter idade suficiente para ser uma adulta, e também não parecia ser uma criança.
Dean olhou para ela com suspeita. ── Quem você é? ─ ele perguntou com voz rouca. ── Meu nome é Allie, Allie Danters, e eu posso te ajudar a fugir desses caras. Mas, você precisa dizer sim, se não, eu tenho que ir embora.
Dean ficou quieto por alguns segundos. O seu coração continuava batendo forte, e suas mãos ainda tremiam. Então, ele fez a escolha mais difícil da vida. ── Vamos, se a gente demorar muito, eles vão nos pegar.─ Allie fez um sorriso de leve, e começou a caminhar. Dean acompanhou ela, mesmo com muitas dúvidas.
Eles chegaram numa rua escura, com poucas luzes, e ninguém nela, à não ser eles. ── Quem você é, Allie? ─ perguntou Dean. ── Não tenho tempo para explicar agora, se você não quiser confiar em mim, não sei o que posso fazer. Mas, eu tenho um lugar para você ficar.
Dean se afasta meio assustado na defensiva Pegava sua sacola colocava seus fones novamente e finalmente seguia seu caminho com o rosto dolorido.
Allie, com um rosto triste, observa Dean partindo, e um sentimento de culpa começa a apodrecer-lhe o peito. Ela sente-se culpada por ter se tornado um estranho, pelo fato de não ser capaz de salvar alguém. Seu sorriso simpático, e o seu olhar de solidão, dissipa-se, e se torna um olhar serio.
Ela sente uma tristeza profunda em seu peito. "Eu não pude ajudá-lo...", ela pensa, tentando não chorar, mas não é capaz de controlar. "Eu não consigo salvar ninguém... Eu sou uma fracassada", ela sente, os choros dela escorrem até a tampa de sua camisa.
Já longe da garota Dean se sentia culpado por deixá-la mais não conhecia a cidade bem as pessoas e como sua mãe sempre dizia "não confie em estranhos" , O tempo parecia esfriar e uma chuva estava por vir Dean ainda estava longe de "casa" e se não se apresse provavelmente pegaria a chuva, as gotas começaram a cair malhando sua cabeça as gotículas escorria sobre seu rosto passando pelo corte em sua bochecha.
Dean sente as gotas de chuva baterem no seu rosto, e as roupas ficarem molhadas. O calor do sol desapareceu, e agora, ele só sente o frio. Ele caminha com as roupas molhadas, e pode sentir o frio tomando conta de sua pele.
Dean sentia a frustração aumentando, com o frio, a chuva, e suas coisas estragadas. Ele começa a pensar se fez a escolha errada. "E se eu tivesse sido empático com a garota? E se eu tivesse escutado o que ela estava tentando me dizer?", ele pensa, "E se eu tivesse feito o mesmo como fazia com minha mãe?".
── Essa merda não pode piorar ─ Dean dizia tentando ligar o telefone.
── aaaaah, porra vai se fuder. ─ Diz após o aparelho desligar totalmente.
O garoto irritado com a ardência do rosto e do telefone sem carga se senta no chão sentindo a chuva cair sobre suas costas.
Ele pousa as mãos no chão úmido, e sente as lágrimas escorrendo pelo seu rosto. O ar frio, e a água enche seus pulmões com dificuldade, fazendo com que fosse mais difícil respirar. Porém, ele não consegue parar de chorar, e os pensamentos sobre tudo o que estava acontecendo, deixavam ele desesperado e triste.
── Ta precisando de ajuda? ─ a voz feminina diz estendendo o guarda chuva ao garoto.
── Presico de esmola não moça, eu me viro. ─ Recusa se levantando novamente.
A garota não pareceu se incomodar com a resposta. ── O que aconteceu? ─ ela pergunta, com um tom preocupado.
── Porque você está tão molhado, e parece tão triste? ─ ela continua a perguntar, se aproximando.
Dean iria sair do local mas a garota o enterrompe chamando a sua atenção com a fala. ── Eu vi oque você e aquela garota fizeram com os garotos la trás, aliás onde ela está?
──Eu não a conheço e não sei onde ela está, e também não me importa eu só quero ir pra casa, vai me entregar por bater neles e? ─ Pergunta irônico.
── Acho que não seria necessário.
A garota fica séria, e pensa por alguns segundos. ── O que você faria se fosse de novo? Como você se sentiria, se fosse diferente? ─ ela pergunta, já mais tranquila. ── Eu só quero entender o que você sente, e como te ajudar. Eu não quero nada em troca disso, eu só quero te ajudar.
── Olha moça não é da sua conta não enche meu saco, esse dia ja tá uma merda então só me deixa em paz. ─ Dean dizia se levantando.
Ele não queria esperar a chuva piorar então sem se despedir ele partiu caminho a dentro deixando Samanta confusa com sua saída repentina e curiosa sobre de onde seria esse garoto?
Enquanto Samanta ficava ali, um pensamento passou pela sua mente. "Será que foi algum tipo de ameaça?". Ela sabia que devia ir embora, mas algo a prendia ali. ── Oi! Não precisa ir embora.─ ela gritou, no momento em que o garoto estava a uns metros de distância.
Dean estava exausto ele não deu ouvidos a garota e continuou correndo em direcao ao hotel, seus lanches estavam molhados seu telefone descarregados o garoto estava repensando seriamente sobre suas decisões até ali.
Ao chegar no quarto sem pensar muito Dean foi diretamente ao banheiro largando tudo que tinha em mãos no chão, a água quente escorria por seu corpo o aliviando de toda tensão e exaustão que sentia.
Enquanto a água quente escorria pelo seu corpo, Dean podia se sentir melhor, e sentia a tensão que carregava no corpo ser levada a fora. As horas passavam, e ele ficava num estado em que nem sentia o tempo passar. "Quando você vai se sentir realmente limpo?", ele pensa. "Quando tudo isso acabar? Quando eu poderei começar tudo novamente?".
O garoto agora "limpo" encostava suas costas na cabeceira da cama já com o telefone recarregado proucurava saber mais sobre o Cobra kai e acaba também por descobrir sobre o Miyagi-do e a quem o pertencia.
── Miyagi-do ─ Dean lia, ── uma escola onde o estudante aprende a se curar, ficar bem consigo mesmo, antes de lutar com outros.─ Ele sabia que aquele era o caminho, mas ainda ficava pensando, "eu me sinto bem comigo mesmo, mas como aprender a lutar?". Ele tenta digitar no celular, "lutas karate de mau".
"Cobra kai", a primeira resposta deixa-o emocionado, "acontece que você precisa ser um mau para ser um Cobra Kai?", ele pensa, "não, não serei um mau". Ele começa a ler sobre o Miyagi-do, com a doutrina mais profunda do karate, e uma filosofia que estava mais próxima do que ele realmente sentia, qinda curioso sobre o Cobra kai e como esse lugar o levaria a Jhonny Lawrence ele continuava com as pesquisas.
Dean Havia adormecido pesquisando mais sobre o Cobra kai agora ele dormia com seu rosto sobre os braços sem cobertores provavelmente teria outra noite ruim.
Ainda sentindo um pouco de dor na costela, ele levanta para tomar um banho, e pegar o celular. Passando a mão pelos olhos cansados, Dean, começa a sentir um pouco de medo com o que iria acontecer. Desce a escada, e ao chegar no hall, vê que está no mesmo local onde foi agredido no dia anterior.
Deixou isso de lado e checava a hora no telefone tinha que ir a "escola"
• Amores mudei muuuuiiitttaaaa coisa nessa capítulo espero que tenham gostado o próximo vai estar muito bom espero não decepciona-los.
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