𝐓𝐖𝐎

[Nome]: Bom dia Kazu — esfrego minha cabeça em seu peitoral

Kazutora: Onde está minha gata, e oque você está fazendo aqui!? — acabo levando um susto e caio no chão, Kazutora iria me olhar mas percebo que estou nua.

[Nome]: Não vira! — grito

Kazutora: Oque aconteceu!?

[Nome]: Eu estou sem roupas!

Kazutora: E oque você quer que eu faça?

[Nome]: Pega alguma roupa sua pra mim, mas antes joga a sua coberta pra mim.—- ele me dá sua coberta, me cubro com ela e o aviso de que poderia ir até seu guarda roupa pegar algo para eu vestir.

Kazutora: Eu não tenho nenhuma roupa feminina, então você vai ter que usar as minhas. — ele me dá uma blusa branca e uma bermuda curta de moletom preta.

[Nome]: Poderia se virar, por favor?

Kazutora: Ah, claro. — ele se vira. Rapidamente coloco as roupas que ele me deu, coube perfeitamente porém meus mamilos estavam marcando na blusa.

[Nome]: Pode se virar.

Kazutora: Nós não transamos não, né?

[Nome]: Claro que não, até ontem a noite eu era sua gata!

Kazutora: O seu olhar me lembra o dela, mas...

[Nome]: Porquê você simplesmente não acredita em mim?

Kazutora: E se um dia se você acordasse e se depararasse com um homen nú deitado na sua cama? Oque você iria fazer?

[Nome]: Eu não sei, isso nunca me ocorreu.

Kazutora: Viu? Não é tão simples assim.

[Nome]: Espera, cadê minha máscara? — começo a procurá-la pela cama

Kazutora: Que máscara?

[Nome]: Achei. — tento colocá-la para virar uma gata novamente, mas minha tentativa falha.

Kazutora: Oque está tentando fazer?

[Nome]: Provar que sou sua gata.

Kazutora: Como pretende fazer isso? — penso por uns instantes até sentir que eu estava com a coleira que Kazutora me deu quando eu era uma gata.

[Nome]: Eu estou com a coleira que você me deu. — aponto para meu pescoço. Eu não sei o porquê, mas por algum motivo quando voltei a ser humana a coleira ficou do tamanho do meu pescoço.

Kazutora: Tem razão... mas, você pode ter simplesmente pegado a coleira da [Nome] e ter colocado em seu pescoço.

[Nome]: Como a coleira de uma gata serviria em uma pessoa? — ele se cala. E por um breve momento encara meus olhos.

Kazutora: Talvez você seja mesmo a minha [Nome], ou, eu estou ficando louco? — ele se senta na cama e começa a encarar as próprias mãos.

[Nome]: Não, você não esta louco. — pego em seu rosto e viro em minha direção olha sou eu, a [Nome]! Porém agora eu estou na minha verdadeira forma.

Kazutora: Isso é um pouco estranho, mas acho que eu me acostumo. Não é todo dia que sua gata vira uma humana. — nossos olhares se cruzaram por alguns segundos, porém nosso contato visual e quebrado quando o celular de Kazutora começa a tocar. Pelo que me parece deve ser Baji o chingando por estar atrasado.

Kazutora: Eu estou uma hora atrasado. — ele se levanta e vai até ao guarda roupa escolher uma roupa, logo após entra correndo no banheiro. — [Nome] você poderia fazer um expresso para mim? - grita

[Nome]: Claro.

Kazutora: Droga, isso é tão estranho. — diz para si mesmo.

Vou até a cozinha, porém quando chego lá não sei oque fazer, faz muito tempo desde que eu cozinhei para mim mesma. Eu até tentei fazer algum outro alimento, entretanto, por mais que eu tentasse, eu não consigo lembrar de nada em relação a preparo de bebidas e alimentos.

[Nome]: Eu não me lembro como se cozinha, faz tanto tempo desde que eu era uma humana. Acho que desaprendi várias coisas...

Kazutora: Ah, eu já esperava que algo desse tipo acontecesse. — ele estava terminando de arrumar seu cabelo.  — Nós comemos alguma coisa quando chegarmos lá.

[Nome]: "Nós"?

Kazutora: Você vai comigo. Pensou que ficaria aqui sozinha? Eu nunca deixaria você só.

Ele me olha, logo após vai até seu garda-roupa e joga várias peças em sua cama.

[Nome]: Eu não sei se vão caber em mim. — digo analisando as roupas.

Kazutora: Quando meu turno acabar vamos ao shopping comprar coisas para você. — ele vai até a porta para sair — te dou dez minutos para se trocar.

[Nome]: Só!? — digo indignada, não daria tempo de escolher uma roupa que combine em dez minutos.

Kazutora: nove minutos e cinquenta e nove, nove minutos e cinquenta e oito... — conseguia o ouvir contando de longe.

Com o pouco tempo que eu tinha não deu pra "escolher" muita coisa. Pequei uma de suas camisetas brancas e consegui achar uma calça jeans preta que coube em mim. Por muita sorte Kazutora calça um número a mais que eu, assim consegui pegar um de seus tênis.

Vou a frente do espelho para ver como eu estava. Mesmo com roupas percebi que meu corpo tinha mudado desde a 10 anos atrás. Eu fiquei um pouco mais alta, meu cabelo cresceu bastante e meus seios estão maiores.

Um vento gelado invade o quarto pela porta que estava encostada. Tenho quase certeza que hoje será um dia frio. Como Kazutora não deixou nenhum agasalho em cima da sua cama vou até seu garda-roupa para procurar alguma blusa de frio. Avia vários agasalhos ali, porém oque mais me chamou a atenção foi uma jaqueta branca com um desenho de um anjo sem cabeça atrás. Junto ao anjo avia uma palavra escrita "Team Walhalla".

Kazutora: Pensei que demoraria mais. — Ele estava sentando ao sofá de costas para mim. Consigo perceber que ele estava concentrado no celular. Fico em sua frente e dou uma voltinha, colocando a mão na cintura assim que termino a volta.

[Nome]: Oque achou? — ele desliga o celular e me olha, nossos olhares se conectaram por um breve momento, entretanto logo ele se pronuncia:

Kazutora: Está magnífica. Essa é minha jaqueta favorita, se não quiser ter uma briga comigo é melhor cuidar bem dela. — O respondo positivamente.

Saímos de sua casa e fomos até seu carro. O caminho até o PetShop foi tranquilo até, Kazutora e eu conversamos bastante e ele soube de várias coisas sobre mim (até porquê eu sei tudo sobre ele).

[Nome]: Oque vamos dizer a eles? — estávamos saindo do carro.

Kazutora: Não se preocupe. Você é minha amiga que estava procurando um emprego e eu te ajudei, simples. Ah, e antes que me pergunte não vamos mentir sobre seu nome. — Ele abre a porta me dando passagem para entrar

[Nome]: Tudo bem. — confesso que fiquei um pouco decepcionada.

Quando entramos Kazutora me apresenta a secretária. Por ser idosa ela dá um sermão em Kazutora dezendo-o para não chegar atrasado. Tirando isso, ela foi super gentil e fofa comigo.

Fomos até a área aonde eles cuidam dos Pets. Vejo Baji e Chifuyu passando um sofoco para acalmar um gato (oque foi bastante estranho para mim já que eles sempre se deram bem com gatos). Sem nem perceber me aproximo dos dois e peço para que se afastem, eles apenas me obedecem, e, aos poucos vou acalmando o gato raivoso.

Chifuyu: Quem é essa?

Baji: É, eu também quero saber. Quem é você. — antes que eu dissesse algo Kazutora me interrompe

Kazutora: Baji, Chifuyu, essa e a [Nome]. Ela é uma amiga minha que veio da América e está precisando de emprego, pensei que poderíamos ajudá-la.

Baji: Você se dá bem com animais? — ele me olha

[Nome]: Acho que sim...

Chifuyu: Qualquer coisa eu posso ajudar você. — sorri

Baji: Bom, já que todos se conhecem podemos voltar ao trabalho, certo?

Kazutora: Claro. — Kazutora faz um sinal com a cabeça como se pedisse para eu segui-ló. Ele me mostrou aonde ficava cada lugar do PetShop, desde os banheiros; escritório; aonde ficava os pets que ainda não foram cuidados; os que já foram cuidados e os pets que estavam para vender.

17:30 PM

Kazutora e eu estávamos tentando dar banho em um Golden retriever. Apesar dele ser bem manso, ele está fazendo uma tremenda bagunça.

Kazutora: Ele não para quieto! — após dizer isso o cachorro se balança, fazendo a água que estava em seu pelo ir para todos os lados, inclusive em nós.

[Nome]: Não acredito! — começamos a rir

Kazutora: Isso é mais comum do que você imagina. — diz entre risos. — Deve ter alguma toalha limpa no armário — Pego duas toalhas no armário, uma dou para Kazutora, e com a outra, seco meus braços.

Baji: Vocês fizeram uma grande bagunça aqui hein.

Kazutora: Você sabe como são os goldens, bagunça para cá e para lá.

Baji: Por isso cuido só dos gatos. Falando em gatos, onde está a [Nome]? Você já a achou?

[Nome]: Eu estou aqui.

Baji: Hã? — seu olhar cai sobre mim

Kazutora: Minha gata e você tem o mesmo nome. — seu olhar diz para eu entrar em seu joguinho.

[Nome]: Hã? Ah! Claro. Me desculpe.

Kazutora: Não tem problema. — sorri

Baji: Então, aonde ela está?

Kazutora: Infelizmente eu não a achei ainda... quando meu turno acabar pretendo ir procurá-la.

Baji: Espero que ela apareça logo, esse lugar não é o mesmo sem ela.

Kazutora: Tem razão.

Baji: Enfim, assim que acabarem levem o cachorro para a dona dele, ela está lá na recepção esperando. Depois disso vocês fecham a loja?

[Nome]: Claro.

Baji: Tchau para vocês então.

[Nome]: Até mais.

Kazutora: Até.

Não demorou muito para terminarmos de dar banho no cachorro, e depois que acabamos fechamos o petshop.

Quando terminamos de fechar a loja Kazutora disse que passaríamos no shopping para comprar roupas e "coisas femininas" para mim, já que em sua casa não tinha.

Primeiro fomos a farmácia e compramos as "coisas femininas" para mim. Depois fomos a várias lojas de roupas e sapatos.

[Nome]: Oque acha desse vestido? - digo dando uma voltinha. Eu estava usando um vestido preto de alcinha que fica na altura das minhas coxas, e uma jaqueta de couro preta por cima.

Kazutora: Ele valorizou bem suas curvas e seu corpo, gostei bastante dele. — um fino sorriso surge em seus lábios, e como resposta a seu elogio sinto meu rosto vermelho.

[Nome]: Vou levar ele, mas eu preciso de alguma sandália ou sapato que combine com ele.

Kazutora: Eu vi um coturno preto na vitrine que deve ficar perfeito em você. — ele sinaliza para uma atendente e logo após a acompanha até o outro lado da loja, não demorou cinco minutos até eles voltarem.

[Nome]: Pode deixar que eu coloco. — digo me sentando no banco.

Kazutora: Não. Eu faço isso. — ele se ajoelha na minha frente, e, com delicadeza retira o tênis que eu estava usando e colocando o cuturno. Após me levanto e olho no espelho, Kazutora tinha razão, combinou perfeitamente. — você gostou?

[Nome]: Sim. Você tem ótimo gosto para roupas.

Kazutora: Eu sei. — ele pisca um dos olhos.

Vendedora: Vocês vão querer mais algo? Temos outra coleção de roupas que vão ficar perfeitas em você querida. — sorri. Olho para Kazutora pedindo permissão, e em resposta ele balança a cabeça como se fosse um "sim".

Depois de muitas compras fomos embora, porém antes de irmos para casa Kazutora diz querer me levar em um festival que estava tendo perto dali. Quando chegamos lá se tratava de um festival de casal. Kazutora me pediu mil desculpas pois não sabia que se tratava de um evento desse tipo, eu apenas ri e aproveitei o nosso momento.

[Nome]: Podemos comprar sorvete? Faz muito tempo que eu não tomo um...

Kazutora: Claro, tem uma barraquinha de sorvete logo ali. — fomos até lá. Ele pediu sorvete wasabi com pedacinhos de manga e calda, enquanto eu peguei o tradicional de morango com frutas vermelhas.

Assim que pagamos o sorvete começaram a estourar vários fogos. Onde estávamos havia muitas pessoas e não dava para vê-los direto.

Kazutora: Podemos subir o morro e olhá-los de lá de cima, oque acha? — estava entretida demais saboreando meu sorvete, balanço apenas a cabeça indicando que sim.

Subimos as escadas do templo e fomos até a parte mais alta dali. Não tinha ninguém ali a não ser nós dois.

Encosto-me na barra de proteção enquanto termino de comer meu sorvete. Pelo canto do olho consigo ver Kazutora me encarando.

[Nome]: Meu rosto está sujo?

Kazutora: Não. — sorri — só estava observando o quanto você é bonita...

Uma das coisas que descobri em Kazutora é que ele é sincero demais.

[Nome]: Obrigada.

Kazutora: Posso te fazer uma pergunta? — ele escora seus braços na barra de proteção. Aceno que sim com a cabeça. — Porquê você quis trocar sua vida humana pela de uma gata?

[Nome]: Eu... — minha voz falha

Kazutora: Tudo bem, não precisa me responder agora. — ele me olha — dessa vez sua boca está suja — Ele passa seu polegar sobre o canto do meu lábio e leva até sua boca. — esse sorvete parece ser bom.

[Nome]: Não faça essas coisas do nada! — meu coração estava acelerado, eu realmente não esperava que ele fizesse isso.

Kazutora: Tudo bem, me desculpa — ri.

Ficamos por mais algum tempo ali, depois fomos para casa e montamos meu quarto no quarto de hóspedes.

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Notas da autora:

Votem para ajudar e bebam água!

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