𝐓𝐇𝐈𝐑𝐓𝐄𝐄𝐍


⤷ [ɴᴏᴍᴇ] ᴘᴏᴠ's

Hoje seria o dia em que eu tentaria virar uma gata novamente, procurava a máscara de transformação por todo o quarto mas não achava. Resolvo olhar em cima do guarda roupa e a acho alí.

No meio da máscara tinha uma rachadura que parecia brilhar, provavelmente ela tinha caído no chão.

Me sento no tapete e tento colocar a máscara, contudo ela cai do meu rosto se quebrando ao meio.

[Nome]: Que estranho, será que o efeito já passou?...

Kazutora: O que está aprontando aí meu amor? — Ele entra no meu quarto, se aproxima de mim e se senta na cama a minha frente. O meio loiro vê a máscara e fica um pouco surpreso. — Essa máscara que você usava pra virar uma gata?

[Nome]: Sim, eu ia tentar virar uma gata pra visitar uns amigos mas acho que a duração dela já acabou.

Kazutora: Você tinha amigos gatos? — Assenti e ele ri — Não acredito nisso! E vocês conseguiam se comunicar?

[Nome]: Sim pois eles também eram humanos.

Kazutora: Entendi. Enfim, vim te avisar que o almoço já está pronto, vamos lá?

Acompanho kazu até a cozinha e almoçamos ali. Conversamos por alguns muitos depois do almoço e resolvi falar para Kazu o que que pretendia fazer de agora em diante.

Mesmo o pet shop do Keisuke sendo uma boa oportunidade eu sinto que aquele trabalho não era para mim.

Kazutora: Você quer tentar conseguir um outro trabalho? Sabe que não precisa, eu consigo manter as coisas aqui.

[Nome]: Eu sei, mas eu realmente quero ter meu próprio dinheiro, acho que você deve entender isso.

Kazutora: Claro, posso te ajudar a conseguir um trabalho também. Eu tenho alguns contatos que podem ser interessantes.

[Nome]: Vai ser de grande ajuda! Mais cedo eu estava preparando alguns currículos para entregar agora de tarde.

Kazutora: Agora de tarde? — Assenti — Eu não vou poder ir com você, meu turno no pet shop começa daqui a pouco, não quer deixar pra amanhã?

[Nome]: Tudo bem, eu sei andar sozinha por aqui.

Kazutora: Tem certeza? Não quero te deixar andando sozinha. 

[Nome]: Está tudo bem, e outra, mais tarde eu tenho minha primeira consulta com a psicóloga. Posso muito bem entregar os currículos e depois ir pra lá sozinha.

Kazutora: Poxa tinha esquecido totalmente disso, estou com tanta coisa na cabeça que estou ficando louco. — Ele passa a mão na testa e em seguida olha o horário em seu relógio e se assusta. — Vou ter que ir correndo se não vou me atrasar!

[Nome]: Tá, te vejo mais tarde?

Kazutora: Sim, eu busco você lá. — Ele vem até mim e me dá um selinho antes de ir. Sinto algumas borboletas no estimago e meu rosto esquentar.

Assim que ele vai me arrumo e coloco uma roupa um pouco mais formal. Troco o curativo do meu nariz e pego minha bolsa.

Na noite anterior eu tinha selecionado alguns lugares que estavam precisando de funcionários, um desses lugares era uma floricultura, dois cafés e duas conveniências.

Imprimi meu currículo - cá entre nós não tinha quase nada pois eu não tinha experiência alguma - e segui meu caminho para as lojas. Entreguei meu currículo primeiro na floricultura, nos cafés e nas conveniências, em seguida peguei o ônibus para ir para o consultório.

Quando cheguei lá fui até o balcão da recepção,  e o rapaz que trabalhava ali me disse que a doutora já estava terminando uma consulta com um paciente e que Jajá ela me atenderia.

Alguns minutos se passaram e a porta do consultório abre, de lá saí um paciente e em seguida a doutora.

— Olá! Você deve ser a [Nome] certo? — Ela sorri e eu assenti — Certo, poderia me acompanhar por favor?

Acompanhei ela até o consultório e fui muito bem recebida. Minha consulta demorou em torno de uma hora e foi bem tranquilo.

A conversa foi leve, e a psicóloga perguntou informações básicas sobre a minha vida: quem eu sou, o que faço e por aí vai.  Além disso, ela questionou sobre as razões que me levaram até à terapia.

Como minha vida é uma loucura eu inventei algumas coisas e falei a verdade em outras. Foi um pouco difícil de falar o que me levou a terapia mas consegui. Lembrar de Kyoto tentando abusar de mim era um assunto sensível e que eu não gostaria de tocar mais.

No final da consulta ela me disse que seria melhor me encaminhar para um médico pra ele acompanhar meu caso junto a ela. Ela recomendou um amigo dela e já marcou uma consulta com ele na mesma semana.

Quando saí do consultório vi que meu celular tinha algumas chamadas perdidas do Kazutora e liguei pra ele.

— "Oi, você me ligou?

— Oi meu bem, sim. Ia te avisar que estou preso aqui no pet shop e não vai dar pra eu ir te buscar, tem algum problema? — No fundo da ligação podia-se ouvir alguns cachorros latindo e o barulho de um secador.

— Ah, tudo bem. Vou pedir pro meu irmão vir me buscar então, não quero voltar sozinha.

Tá bem, qualquer coisa me liga tá? Beijos.

Ok, beijos." — Desligo a ligação.

Ligo para meu irmão e ele me disse que ele iria me buscar em dez minutos pois estava terminando de fazer uma tatuagem.

Fui em uma sorveteria que tinha alí do lado e comprei um milk shake enquanto esperava ele.
Alguns minutos depois ele aparece. Entro no carro e ele me abraça.

Wakasa: Você está bem? Como foi a consulta?

[Nome]: Sim, foi bem tranquilo até mas a psicóloga disse que seria melhor um médico acompanhar meu caso junto a ela.

Wakasa: Deve ser por que provavelmente você vai ter que tomar alguns remédios, e como só psiquiatra e médico podem receitar medicamentos ela escolheu o melhor pra te acompanhar.

[Nome]: Provavelmente sim.

Wakasa: Será que poderíamos passar no meu trampo antes de irmos pra sua casa? Esqueci meu celular lá.

[Nome]: Por mim tudo bem.

Seguimos para o trabalho do meu irmão que não ficava muito longe dali. Wakasa trabalhava em um estúdio de tatuagem.

Quando chegamos lá tinha algumas pessoas, meu irmão me deixa na recepção com os amigos dele enquanto ele ia na sala dele procurar o celular.

Dentre os amigos do meu irmão estava um carinha de cabelos rosas que du conhecia muito bem.

Sanzu: Duvido, pelo que o Imaushi disse a irmã dele estava desaparecida.

— Não seja patético Sanzu. — Um rapaz de cabelo preto com mechas nas laterais se pronuncia. Seu cabelo estava penteado para trás e ele tinha uma grande cicatriz no rosto, ele estava fumando um cigarro também. — Ele encontrou ela, você já se esqueceu?

Sanzu: Ah, tinha esquecido disso. — Ele suspira. — Enfim, esse mundo é pequeno mesmo né boneca?

[Nome]: É, realmente.

— Prazer em conhecer você, eu sou um amigo de adolescência do seu irmão, pode me chamar de Takeomi. — Ele se apresenta.

[Nome]: Prazer em conhecer você Takeomi, me chamo [Nome]. — Sorri.

Sanzu: Quando a Senju descobrir que você é irmã do Waka ela vai pirar.

Takeomi: Vocês duas se conhecem também?

[Nome]: Sim, passamos uma semana na casa dos sanos.

Takeomi: Então você conhece eles também? Caraca, que mundo pequeno ein. — Ele ri anasalado. Takeomi segura na minha mão e olha diretamente em meus olhos.   — Você é muito linda sabia? Qual quer dia desses podemos sair, o que acha?

Antes que eu o respondesse meu irmão aparece.

Wakasa: Sai fora tio, minha irmã não vai sair com ninguém não. — Sanzu começa a rir e Takeomi se recompõe. — Primeiro que você tem a minha idade Takeomi, a [Nome] é uma criança ainda. E outra, o namoradinho dela e eu iríamos ficar bravos com você.

Sanzu: Te manca Wakasa, a menina é maior de idade. — O loiro com mexas roxas olha furioso para ele. — Que foi? E eu tô mentindo?

[Nome]: Acho que você perdeu um pouco a noção do tempo, estou com vinte e três anos agora Waka.

Wakasa: Ainda sim continua sendo minha princesinha.

Takeomi: Bem, não sabia que você estava em um relacionamento [Nome], me desculpe por isso.

[Nome]: Tudo bem, podemos sair como amigos se você quiser. Sua irmã pode ir junto também. — Sorri sem mostrar os dentes.

Takeomi: Claro.

Sanzu: E eu também né — Ele revira os olhos.

[Nome]: Sim, você também Sanzu!

Wakasa: Enfim, já achei meu celular e vamos ir embora. Falou rapazeada. — Ele se despede dos garotos, eu faço o mesmo seguimos para minha casa.

[Nome]: Você não quer jantar aqui hoje?

Wakasa: Mas é óbvio que eu vou jantar aqui, ia fazer isso com você me convidando ou não. — Reviro os olhos e Wakasa sorri. Procuro as chaves do portão na minha bolsa e entramos em casa.

18:00 PM

Como eu não sabia cozinhar direito obriguei Wakasa me ajudar. Quando terminamos de fazer o jantar ficamos conversando enquanto assistíamos um canal aleatório na TV.

O barulho do portão abrindo e o carro do Kazutora entrando na garagem era nítido. Abro a porta da sala e espero ele sair do carro.

Kazutora: Oi meu bem. — Ele me abraça e me beija. — Passou bem seu dia?

[Nome]: Sim, e você?

Kazutora: Bem também, trouxe uns presentes para você. — Ele abre a porta de trás do carro e retira de lá um buquê de flores (imagine as flores que quiser) e uma sacola com um vestido de marca.

[Nome]: Não acredito! O vestidos é lindo e essa é a primeira vez que eu ganho um buquê de flores! — Sorri e o beijei. — Muito obrigada meu amor, não sei nem como te agradecer!

Kazutora: Mais tarde resolvemos isso. — Ele sorri e olha para a porta onde Wakasa estava escorado.

Wakasa: Vocês estão namorando a quanto tempo ein? Por que não deu um buquê de flores pra minha irmã antes? — Kazutora o olha receoso.

[Nome]: Wakasa, não seja rude! — Entramos dentro de casa, deixo a sacola em cima da mesinha e me sento no  sofá com o buquê de flores.

Wakasa: Tô só brincando com você cunhadinho! — Ele ri, Kazutora solta um suspiro aliviado. — Enfim, vamos jantar? Só estávamos esperando você Hanemiya.

Kazutora: Claro, vou só tomar uma rápida ducha e já volto.

Enquanto Kazutora estava tomando banho eu e Wakasa montamos a mesa de jantar. Procurei um vaso pela casa e coloquei as flores ali.

[Nome]: Queria poder eternizar essas flores de algum modo...

Wakasa: Eu tenho um amigo que trabalha com resina, se quiser eu mando ele fazer algo especial com algumas dessas flores.

[Nome]: Obrigada, você não sabe o quão isso é importante para mim.

Wakasa: Eu sei que é.

Kazutora: Bem cheguei, vamos jantar?

Wakasa: Claro, estou morrendo de fome.

Um pouco depois do jantar Wakasa foi embora, contei para Kazutora sobre meu dia e ele me disse o dele. Ficamos algum tempo na sala até irmos dormir.

[...]

Kazutora saiu para trabalhar logo pela manhã, como não queria ficar sozinha o dia todo sai pelo bairro a procura de dois amigos meus...

Vou até a casa de Akira e a procuro com o olhar, olho no telhado e vejo ela e Sayko alí.

[Nome]: Ei! Sayko, Akira vem aqui! — Os dois gatos me olham e tomam um pequeno susto, ambos descem do telhado e vem até mim na calçada. — Vocês se lembram de mim, né?

Sayko: [Nome] é você? — Diz o gato preto, levo um pequeno susto por sua fala.

Akira: O que foi? Vai fingir que não entende a gente? — Diz a gata alaranjada.

[Nome]: Não é isso, eu só fiquei surpresa por conseguir entender vocês mesmo não sendo uma gata.

Sayko: Bem, você aprendeu a língua dos gatos, óbvio que entenderia a gente. — Até que faz sentido.

[Nome]: Bem, tenho muita coisa pra contar pra vocês dois! O que acham de irmos pra minha casa? Tem peixe lá.

Akira: Mas é óbvio que vamos! — A gata mia.

Fomos até minha casa e lá eu contei tudo que avia acontecido comigo a eles. Eles me contaram algunas novidades sobre os gatos do bairro também.

Akira: Então sabe a Yume gata da Marcela?

[Nome]: Sei.

Akira: Ficou grávida de um vira lata!

[Nome]: Meu deus, é sério isso!? — Digo chocada.

Sayko: Pior que sim, e eu conversei com o gato e ele disse que não vai assumir.

[Nome]: Caramba, que azar.

Akira: E não é? — Faço carinho na gata. — Enfim, temos que falar também que o cara das máscaras está atrás de você.

[Nome]: De mim? Mas o que ele quer comigo?

Akira: Não sei, só sei que ele estava furioso pois o gato que estava com a sua máscara de Humana morreu, e ele não conseguiu pegar seu rosto humano de volta.

[Nome]: Entendi... Então foi assim que eu virei humana novamente.

Sayko: Provavelmente sim. Enfim, tente se encontrar com ele e devolva a máscara de gato para ele, esse é o melhor a se fazer.

[Nome]: Certo, vou fazer isso em breve.

Fiquei batendo papo com os gatos no meu quarto e nem vi a hora passar. No horário do almoço Kazutora apareceu em casa e me pegou de surpresa com os gatos.

Kazutora: Mano... — Ele se aproxima da minha cama olhando para nós.

[Nome]: Eu posso explicar de onde veio esses gatos, eu juro!

Sayko: Fodeu Akira, vamo vazar daqui!

Kazutora: ELES FALAM!? — Hanemiya se assusta e cai no chão.

— Ele entende a gente!? — Disse os dois gatos juntos. Nos entreolhamos e olhamos para Kazutora.

[Nome]: Calma — Vou até ele e o ajudo a levantar. — Eu não sei como você entende eles— Passo a mão sobre meu rosto. — Enfim, esses dois são meus amigos gatos. A alaranjada é a Akira e o preto é o Sayko.

Kazutora: Espera, Sayko? Esse não era o gato que tínhamos achado quando eramos pequenos?

Sayko: Adivinhou espertinho!

Kazutora: Véi como é possível? Ele você deve estar velho pra caramba!

Sayko: Ei!  Não fale bobagens, eu estou no auge da minha idade está bem!?

Akira: Resumindo, ele está velho assim como você loiro oxigenado.

Kazutora: Como?

[Nome]: Akira fica quieta! — Pego a gata no colo.

Akira: Ficar queita nada, eu não gosto desse cara aí não tá? Na verdade eu não gosto de nenhum macho que não esteja castrado! — Kazutora a olha desacreditado.

Sayko: Eu sou a prova viva disso, ela só começou a me dar bola quando me castraram e eu não queria mais ela.

Kazutora: Nunca tinha visto gata sapatão. — Ele debocha.

Akira: [Nome] você me segura que eu vou voar na cara desse seu namoradinho fedorento!

[Nome]: Meu bem vou levar ela lá pra baixo até ela se acalmar... — Sorri nervosa. Fecho a porta atrás de mim e vou com a gata alaranjada até a sala. — Akira você ficou doida?

Akira: Você não vai me obrigar a gostar de um macho. — A gata vira a cara.

[Nome]: Ele trabalha em um pet shop, por isso o cheiro de gato!

Akira: Manda aquele porquinho tomar banho então.

[Nome]: Akira...

Akira: Aí que que foi [Nome], ele tava fedendo gato, falo mesmo.

[Nome]: Você é uma figura cara. — Ri.

Kazutora: Consegiu acalmar essa ferinha alaranjada? — Ele desce as escadas com Sayko no colo.

Akira: Toma banho que eu falo com você.

Sayko: Como você é insuportável Akira. — Diz o gato preto.

Akira: Insuportável são vocês. Não vou me aproximar de um cara que exala cheiro de gato macho.

Kazutora: Tudo bem, tudo bem — Ele ri. — Eu vou tomar banho e já volto está bem?

Akira: Acho bom mesmo.

Kazutora: Meu amor você poderia fazer o almoço hoje? Qualquer coisa que você fizer está bom.

[Nome]: Tá bom. — Kazutora me beija antes de subir para o quarto.

Preparei yakisoba que já estava praticamente pronto nos potinhos.  Fiz também suco de abacaxi com hortelãs já que é um dos favoritos do Kazutora.

Almoçamos enquanto conversávamos com os dois gatos, quando deu duas horas Kazutora voltou para seu trabalho, Sayko e Akira voltaram para suas casas também.

Recebo uma ligação no meu celular do meu irmão, o atendo e ele falava eufórico do outro lado da linha.

— "Não tenho  quase nenhum cliente hoje, tô indo te buscar pra passar o dia comigo no estúdio. Vinte minutos estou aí.

[Nome]: Mais já!? — Corro para o meu quarto pra escolher uma roupa.

Sim. Quando eu buzinar aí saí logo, não quero ficar esperando.

[Nome]: Tá. Beijos, tchau.

Beijos maninha, até daqui a pouco." — Desligo a chamada.

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Notas da autora:

Muito obrigada pelos 3k na fic!

Eu amo escrever essa história e fico >muito< feliz em saber que tem pessoas que gostam
dela ♡

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