𝐒𝐈𝐗𝐓𝐄𝐄𝐍

Tinha acordado cedo junto com Kazutora, hoje seria meu primeiro dia no meu novo emprego. Fiz minhas higienes matinais e coloquei (imagine a roupa que quiser), fiz um penteado no meu cabelo e só o básico de maquiagem.

Kazutora: Boa sorte e tenha um bom dia amor, no almoço eu passo aqui pra te ver. —Ele me beija.

[Nome]: Obrigada meu bem, desejo o mesmo para você. — Saio do carro e entro na floricultura. Toco a campainha em cima do balcão, não demora muito até que a dona aparecesse.

— Bom dia querida, você que é a [Nome]? — Diz a mulher. Ela aparentava ter no máximo trinta anos, seus cabelos eram vermelhos e seus olhos azuis.

[Nome]: Sou eu mesma, muito prazer em conhecer você! Espero poder te ajudar por aqui! — Sorri.

Lily: O prazer é todo meu! Pode me chamar de Lily. Bom, vou te ensinar o básico do básico pra você começar e com o tempo vamos avançando as etapas ok?

[Nome]: Certo.

Lily: Me acompanhe que vou te mostrar as coisas primeiro.

A ruiva me mostrou os cômodos da floricultura. Tinha dois banheiros, uma sala para a organização de buquês e coroas de flores, uma câmera fria onde ficava as flores e um pequeno espaço de descanso para os funcionários. Toda a floricultura tinha a decoração nos tons de rosa, dourado, preto e branco.

Lily me mostrou como que funcionava o caixa e as coisas no balcão, ela tinha me preparado também um pequeno manual com as flores que mais vendem para que eu as tente decorar.

Lily: Bem, de começo é melhor você cuidar mais da parte dos pedidos e vendas. Como você entende um pouco de flores acho que não vai ser difícil, no entanto qualquer coisa eu vou estar na sala cuidando das flores ok?

[Nome]: Certo! Creio que não vai ser difícil, e espero poder te ajudar na preparação das outras flores.

Lily: Você vai, tenho certeza disso! — Ela sorri. — Assim que eu terminar de fazer os arranjos e os buquês de flores eu volto aqui, está bem?

[Nome]: Certo.

Lily ficou algumas horas preparando as encomendas, o movimento pela manhã na floricultura foi bom até.

No horário do almoço Kazutora apareceu na loja e fomos almoçar juntos.

3 anos depois...

Tinha se passado três anos, durante esse tempo muita coisa tinha acontecido.

No meu trabalho as coisas tinham melhorado muito. Lily e eu viramos grandes amigas e fizemos uma parceria, conseguimos abrir mais uma floricultura e contratamos alguns funcionários. Nosso negócio estava cada vez mais lucrativo e próspero.

Minha relação com meu irmão tinha ficado ainda melhor, eu e Wakasa somos praticamente inseparáveis. Wakasa arrumou uma namorada que ama e cuida muito dele, fico muito feliz em ver ele bem.

Já meu relacionamento com Kazutora é praticamente perfeito! Conversamos muito sobre o futuro e quase não brigamos. Sempre que acontece algo deixamos bem claro as coisas e tentamos resolver da melhor maneira possível.

Hoje eu e Kazutora completamos três anos de namoro. Acordei cedo para preparar um belo café da manhã para ele.

Outra coisa que tinha mudado também era meus dotes culinários, Kazu e a mãe dele tinham me ensinado várias receitas culinárias, aprendi a fazer de tudo um pouco.

Fiz um bolo e o deixei no forno enquanto ia na padaria comprar algumas coisas. Quando voltei o bolo estava quase pronto, fiz uma rápida cobertura e assim que ele ficou pronto eu decorei o bolo, em seguida arrumei a mesa do café e fui acordar Kazutora.

[Nome]: Já está na hora que acordar amorzinho... — Toco suavemente seu braço.

Kazutora: Só mais uns minutinhos amor...

[Nome]: Na na ni na não, você já dormiu demais. E outra, eu fiz seu bolo favorito. — Ele abre os olhos e sorri.

Kazutora: Eu vou ir, mas antes... — Ele me dá um pequeno beijo. — Feliz três anos de namoro gatinha!

[Nome]: Feliz nosso dia amor! — O abraço — Nem acredito que estamos a tanto tempo juntos...

Kazutora: Se depender de mim vamos ficar juntos para sempre!

[Nome]: Mas é claro! E se não existir um "para sempre" de nós dois eu te espero na outra vida.

Kazutora: Me promete? — Ele estica o mindinho.

[Nome]: Prometo! — Junto meu mindinho ao dele. Sorrimos um para o outro.

Kazutora faz sua higienes pessoais antes de ir tomar café junto a mim. Hoje nosso dia seria bem produtivo, nós dois tínhamos tirado folga durante dois dias para aproveitarmos nossa data tão especial.

Trocamos alguns presentes e saímos durante o dia, fomos em um restaurante a noite e em seguida para um motel onde experimentamos coisas novas...

No outro dia fui trabalhar normalmente como sempre fazia. Hoje Atlas (Marido de Lily) estava junto a ela e a mim na floricultura. Fizemos alguns arranjos durante a manhã e trocamos as flores da entrada. No horário do almoço os dois saíram e eu fiquei sozinha na floricultura.

A porta se abre revelando uma mulher ruiva com uma criança e um homem junto a ela, assim que ela me vê fecha a cara e caminha até mim.

— Bom dia, você conhece uma mulher chamada [Nome] Imaushi? — Diz a ruiva. Ela não me é estranha, acho que já a vi em outros lugares antes. O homem que está junto a ela não me é estranho também.

[Nome]: Sou eu mesma, poderia te ajudar com algo?

— Sim, por favor. — Ela procura algo na bolsa dela e em seguida joga um envolepe no balcão. Abro o envelope e vejo que continha um pedido de teste de DNA envolvendo Kazutora. — O seu namorado tem um filho comigo e não quer assumir!

Sinto minhas mãos gélidas e um pouco tonta. Meu coração estava mais acelerado do que nunca!

[Nome]: Isso não pode ser verdade, se ele tivesse mesmo um filho ele nunca faria isso com ele! E outra, ele teria me contado isso.

— As vezes nós homens escondemos coisas... — O homem me secava de cima a baixo. — Como pode ver o menininho é a cara dele. — Olho para a criança e ele é realmente idêntico a Kazutora, até a pintinha em baixo do olho era igual.

— Mas eai, como vamos resolver isso gatona? Eu tenho que estar junto do pai dele pra que ele tenha uma infância saudável! — Ela diz sarcástica. Olho para ela desacreditada no que tinha ouvido.

[Nome]: O Kazutora e eu somos comprometidos um para o outro, infelizmente não tem como eu me separar dele.

— Como não? Eu amo ele desde que eu e ele namorávamos.

[Nome]: Vocês já namoraram? — Ela assente.

Agora tudo faz sentido. Essa menina é a mesma menina que visitava ele quando eu era uma gata, e era a mesma que Sanzu tinha dito naquele dia no estúdio do meu irmão.

[Nome]: Eu acho que nem precisa de teste de DNA, o garotinho é idêntico a ele... — Olho para o garotinho que sorri para mim, me aproximo dele e ajoelho em sua frente. — Quantos anos você tem pequeno?

— Cinco tia! — Ele levanta cinco dedinhos da mão.

[Nome]: Nossa, você é um homenzinho já! — Sorri. — E como você chama?

— Yuri Salazar!

[Nome]: Salazar é seu sobrenome? — Digo para a mulher que me encarava impaciente.

— Sim, me chamo Lena Salazar, no entanto assim que voltar com Kazutora vou trocar o meu sobrenome e o sobrenome do nosso filho. — Ela diz com certeza, solto um pequeno riso com sua fala. — Tá rindo de quê?

[Nome]: Nada, nada... — Me recomponho — Será que tem como você vir com o Yuri aqui no final do meu expediente? Eu vou levar vocês dois em casa para resolvermos isso o quanto antes, está bem?

— Vocês vão providenciar o teste de DNA? — Diz o homem.

— É ÓBVIO que ela vai Ky- O homem a olha — Kyomi, isso, Kyomi.

Certo, isso foi muito suspeito.

[Nome]: Bom, eu saio as sete e meia, se puder vir um pouco antes eu agradeceria.

— Vou fazer o que posso, não prometo nada. — Ela se vira e sai. O homem segura na mão do menininho e vai atrás dela.

Me sento na cadeira e respiro fundo para me acalmar, tento regular minha respiração enquanto tomava água na minha garrafa.

Saber que o primeiro filho que Kazutora teve não é meu me deixou perplexa e sem chão, temos tantos planos para o futuro e eles foram todos por água a baixo.

Outra coisa que me deixou intrigada também foi ele nunca ter me dito que tinha um filho, e pior ainda é ele nem querer assumir a responsabilidade da criança, eu realmente quero tirar essa história a limpo.

Respiro fundo novamente e começo a pensar, Yuri é um garotinho fofo e aparenta ser muito educado diferente da mãe dele, me pergunto o que esse meninho já não tenha passado. Outro fato estranho era o cara que estava acompanhando deles; o cara estava se comportando de uma maneira muito estranha e ele parecia nervoso.

Reorganizo meus pensamentos e ligo para Kazutora.

"— Oi meu amor, aconteceu alguma coisa no trabalho?

Aconteceu, mas isso é algo que eu vou conversar com você pessoalmente.

Eu estou sem nada pra fazer aqui no Pet Shop, quer que eu passe aí?

Se você conseguir eu ficaria feliz.

Certo. Jajá eu estou aí, até já amor.

Até." — Desligo a chamada. A porta se abre novamente e Lily e Atlas entram na floricultura.

Lily: Trouxemos um doce pra você amiga, espero que goste. — Ela coloca a sacola em cima do balcão. — Enfim, o movimento está bem fraco hoje, acho que vou fechar mais cedo.

[Nome]: Tem certeza?

Lily: Sim, eu e o Atlas vamos sair daqui a pouco também, acho melhor fechar tudo de uma vez logo.

[Nome]: Certo. Jajá o Kazutora vai vir me buscar, será que eu poderia ir embora já?

Lily: Claro! Só poderia me ajudar com uns negócios lá no fundo?


Atlas: Quer que eu vá com vocês?

Lily: Não precisa amor, nós duas damos conta.

Fomos para o armazém para reorganizar algumas coisas.  Estava arrumando umas coisas no fundo com Lily quando Kazutora chegou, ele ficou conversando com Atlas na loja enquanto eu e Lily não voltávamos.

[Nome]: Chegou faz muito tempo? — Cumprimentei ele com um selar nos lábios.

Kazutora: Até que não. Bom, vamos?

[Nome]: Claro. — Pego minha bolsa atrás do balcão e me despeço da ruiva e do moreno.

Kazutora tenta puxar assunto enquanto íamos até o carro dele que estava na outra rua.

Kazutora: O que aconteceu meu bem? — Ele passa a mão sobre meu ombro me trazendo para mais perto dele e eu abraço sua cintura.

[Nome]: Amor será que poderíamos falar isso em um lugar mais reservado? Esse é um assunto sério, não quero falar em qualquer lugar.

Kazutora: Você tem que voltar pro trabalho depois?

[Nome]: Não, a Lily vai fechar mais cedo hoje.

Kazutora: Tudo bem, vamos para casa então. — Ele beija o topo da minha cabeça. Quando chegamos no carro ele abre a porta para mim e em seguida fomos para nossa casa.

Deixei minha bolsa em cima da mesinha de centro e nos sentamos no sofá um de frente para o outro.

[Nome]: Meu bem o que eu vou te falar agora é muito sério, isso vai mudar nossas vida daqui em diante, está bem?

Kazutora: Certo.

[Nome]: Eu não sei como falar isso... Mas, você tem um filho. — Kazutora fica estático, sua pele fica pálida o deixando ainda mais branco.

Kazutora: Você está grávida?

[Nome]: Não.

Kazutora: Então como eu tenho um filho? A única mulher que eu me relaciono é você! — Era nítido seu nervosismo.

[Nome]: Calma amor... — Seguro nas mãos dele. — Olha, hoje uma mulher apareceu lá na floricultura junto a um garotinho e um rapaz, ela dizia que o garotinho era fruto de um namoro que vocês tinham.

Kazutora: Ela disse o nome dela?

[Nome]: Lena Salazar.

Kazutora: Nem fodendo, aquela mulher é um capeta em forma de gente!

[Nome]: Você não sabia disso?

Kazutora: Claro que não, mas tenho certeza que o filho não é meu!

[Nome]: Amor o menino é a sua cara, não tem nem como negar isso.

Kazutora: Mesmo assim, só vou assumir se tiver um teste de dna, a Lena não é confiável.

[Nome]: E o que ela fez pra você a odiar tanto?

Kazutora: Ela me traia com meu primo, e ainda por cima eles diziam que se consideravam como irmãos! Fora o relacionamento tóxico que tínhamos. Eu realmente espero que o filho não seja meu, não quero aquela mulher na minha vida de novo! — Sua face era de tristeza.

[Nome]: Oh meu bem não se preocupe, não vou deixar ela bagunçar sua vida de novo. — Abraço ele. — Independente de tudo vamos continuar juntos, está bem?

Kazutora: Sim, essa é a nossa promessa. — Ele sorri.

[Nome]: Bom, eu chamei ela para vir com o Yuri aqui em casa para resolvermos isso. Tenho que buscar eles sete e meia na porta da floricultura.

Kazutora: Yuri?

[Nome]: Sim, esse é o nome do seu filho.

Kazutora: Amor não fala assim... Não sabemos se ele é mesmo meu filho.

[Nome]: Tudo bem, como você desejar.

Resolvi não prolongar mais esse assunto, tanto Kazutora quanto eu estávamos em choque com isso. Imagino o que deve se passar na mente dele agora...

Quando deu o horário marcado fui buscar o pequeno Yuri e a Lena na porta da floricultura. Assim como mais cedo ela estava com cara de deboche para mim enquanto Yuri parecia estar triste.

Quando chegamos em casa pedi para que eles esperassem na sala enquanto procurava Kazutora. Abro a porta do nosso quarto e o vejo sentado na cama enquanto encarava as próprias mãos.

[Nome]: Meu amor eles estão lá em baixo.

Kazutora: Eu não sei se estou pronto para isso. Não quero ver aquela mulher de novo, ela me fez muito mal.  — Me sento ao lado dele e faço carinho em seu braço.

[Nome]: Você vai ter que ser forte pelo seu filho, sabe que de uma maneira ou outra você vai ver ela.

Kazutora: Eu já disse que não é pra falar que ele é meu filho! — O olho desacreditada, Hanemiya percebe que falou com grosseria e se desculpa. — Me desculpa amor, eu estou com a cabeça quente... — Ele me abraça — Eu só estou nervoso, não queria que meu primeiro filho fosse de outra mulher a não ser você.

[Nome]: Eu também não queria isso, no entanto ele parece ser uma criança boa, se for mesmo seu filho acho que não vai nos dar trabalho.

Kazutora: Eu espero...

Fomos para a sala onde estava Lena e o Yuri, quando ela vê Kazutora abre um grande sorriso e tenta abraça-lo, no entanto ele mesmo a repreendeu.

Kazutora: Eu não quero contato com você, então não chege perto por favor.

Lena: Como não? Eu sou o amor da sua vida Kazutora!

Kazutora: Não, você não é. O amor da minha vida é a [Nome] e somente ela. — A ruiva revira os olhos e cruza os braços.

Lena: O que vamos fazer? Não vou cuidar dessa praga sozinha. — Ela se refere ao próprio filho.

Kazutora: Não fala assim do menino, você não tem amor nem ao seu próprio filho?

Lena: Nosso filho.

Kazutora: Eu quero um teste de dna antes de assumir ele.

Lena: O muleque é a sua cara cuspida e lavada, acha mesmo que não seria seu!?

Kazutora finalmente toma coragem e olha para o menininho que estava sentado no sofá, ele era realmente sua cara, e tinha até uma pinta em baixo do olho igual ao seu.  Quando o garotinho percebe que seu suposto pai o olhou ele sorri, Kazutora desvia os olhos e volta sua atenção para a mulher.

Kazutora: Vamos marcar um teste de dna, assim que sair o resultado voltamos a nos falar.

A ruiva discorda dele e os dois começam a discutir. Para poupar a saúde mental do Yuri resolvo o tirar dalí até que os dois se resolvessem.

Depois de muito bate boca os dois entraram em um acordo, em seguida Kazutora pagou um táxi para eles irem embora.

Ficou combinado que eles iriam fazer um teste de dna ainda naquela semana, e se o filho fosse realmente do Kazutora eles iriam dividir a guarda e ele iria pagar pensão.

No dia seguinte acompanhei Kazutora até uma clínica que fazia testes de dna, nos encontramos com Lena e Yuri e ambos  fizeram a coleta de material genético.

Segundo o doutor o teste ficaria pronto em três dias, o resultado poderia ser entregue por e-mail ou entregue pessoalmente.

Três dias se passaram e finalmente chegou o dia em que íamos pegar o teste de dna. Kazutora optou em pegar os papéis pessoalmente para que não ocorresse nenhum erro.

Fiquei no carro esperando ele voltar da clínica, vejo ele sair de lá com um envelope em mãos e em seguida ele entra no carro.

[Nome]: E aí, o que deu? — Ele me entrega o envelope e eu vejo que ele estava lacrado.

Kazutora: Não sei ainda, vamos descobrir isso em casa juntos, ok? — Assenti e voltamos para casa.

Nos sentamos na mesa da sala de jantar e ele abre os papéis. Kazutora começa a ler os mesmos, e assim que chega ao final mantém sua face neutra.

[Nome]: Ele é seu filho?

Kazutora: Infelizmente sim. — Ele suspira fundo e me entrega os papéis com alguns anexos e dou uma rápida lida,  ali confirmava que o menininho era filho dele. — Não sei o que vou fazer agora, acho que não estou pronto para cuidar de uma criança!

[Nome]: Calma, eu estou aqui com você ok? Vamos cuidar dele juntos. — Coloco minha mão sobre a dele.

Kazutora: Isso não é sua obrigação.

[Nome]: Eu sei que não, ainda sim quero te ajudar a criar ele... A mãe dele parece que não o da muita atenção, quero poder dar amor e carinho para o seu filho como se fosse meu.

Kazutora: Eu te amo muito princesa, não sei o que faria sem você.






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Notas da autora:

Capítulo cheio de referências ao casal Lily e Atlas dos livros da Colleen Hoover!

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