18 | Sorriso

"E eu preciso que você saiba que
estamos caindo tão rápido,
estamos caindo como as estrelas,
nos apaixonando."

——————

Seth

ODEIO ACORDAR CEDO. Eu não costumava odiar mas agora odeio, são as piores horas do meu dia pois Merliah está dormindo então não podemos trocar mensagens. Sim, trocamos milhares de mensagens o dia todo para suprir a falta de tempo tanto dela, quanto meu.

Agora que estava de volta à reserva tinha que voltar a trabalhar no restaurante, participar dos encontros da matilha, fazer rondas e ajudar em casa — além de ter algum tempo para tirar fotos, editar elas e revelar algumas. Eu colocava meu hobby como uma obrigação em diversos momentos.

Lia também tinha muito o que fazer, ela pintava bastante e fazia quase todo o trabalha doméstico — o que eu imagino ser muita coisa afinal Jake e Billy não são as pessoas mais asseadas do mundo. Eu não via ela já fazia dois dias, dois dias tristes na verdade mas não queria parecer obcecado passando lá toda noite.

Também parei de checar como ela estava antes de dormir, parecia coisa de psicopata então escolhi acreditar em suas palavras. Toda noite ela me mandava um estou bem e um "boa noite" antes de ir pra cama.

Cara, eu me sentia com quinze anos de novo. Meu coração dava cambalhotas toda vez que ela me mandava mensagens e eu encarava a tela com um sorriso bobo mais vezes do que eu poderia admitir.

Mas apesar dos dias tristes, esse será diferente! Finalmente vamos a praia! Ela vai pintar e eu vou tirar umas fotos — a maioria dela, com certeza. Estava eufórico para vê-la, nada poderia arruinar meu dia.

As coisas já começam bem quando saio do banho e percebo que Charlie já havia saído pro trabalho. Eu gosto dele, gosto muito e de verdade, mas aqui em casa gostamos também de falar e ele não sabe reagir muito bem à piadas. Acaba ficando um clima estranho e minha mãe olha pra mim e Leah como se fôssemos malucos.

Murmuro um bom dia para Leah que estava acabando de comer, sentada na mesa, e vou até minha mochila. Coloco minha câmera fotográfica, uma blusa de frio, guarda-chuva e uma manta.

— Cantando? Está mesmo apaixonado — Leah provoca.

Franzo a testa e só então percebo que estava cantarolando uma música do Queen.

— Ah, cala a boca — respondo.

Termino de fechar minha mochila. Quando me viro minha irmã está parada encostada na bancada com um sorriso sinistro em seus lábios.

— O que vai fazer hoje?

— Trabalhar, como sempre.

Leah aponta para minha mochila.

— Com uma câmera fotográfica? — indaga.

— Tem sempre que ser tão enxerida? — revido, passando por ela.

Ela me acompanha com o olhar enquanto abro a geladeira e pego a caixa de leite.

— Sou sua irmã mais velha, esse é o meu trabalho.

Suspiro. Não tenho por quê esconder nada dela então...

— Eu e Merliah vamos na praia, ficar um pouco por lá.

Leah cerra os olhos.

— Então é oficial?

— Oficial? — repito e beberico meu copo.

— É, vocês dois, juntos.

— Talvez um dia mas acho que não agora — respondo.

Era melhor assim no fim das contas, nos daria tempo de resolver tudo inclusive a bagunça dentro de cada um de nós.

— Você é tão lento — provoca minha irmã.

— Tentando não soar desesperado.

— Acredite, não funciona. Consigo sentir o cheiro do seu desespero daqui.

— Vai cuidar da sua sanguessuga! — resmungo, virando o resto do leite em minha boca.

Meu copo quase cai no chão quando Alex para do meu lado.

— Sanguessuga? — ela pergunta, fazendo beicinho.

Pelos Deuses, o que eu fiz pra merecer isso?

— É, hoje eu estava com vontade de te ofender.

— Tudo bem... — Alex faz uma pausa antes de erguer suas sobrancelhas. — Boboca.

— Boboca? — Leah pergunta, a descrença estampando seus olhos.

— Isso só fica pior — ironizo.

— Ah você está todo afetado por conta do imprinting e ainda acha que pode zoar alguém?

— Imprinting? — pergunta minha mãe aparecendo na sala.

Caramba! Somos dois lobos e um vampiro e ninguém conseguiu ouvir ela se aproximando? De que serve uma super audição se só funciona quando me concentro?! Porra, todo mundo sabe que eu nunca me concentro, eu vivo no mundo da lua!

Encaro o olhar de descrença da minha mãe por alguns segundos antes de me virar para Leah e Alex que pareciam se divertir com a situação. Claro que as diverte, elas adoram me ferrar. No ano passado quando estava saindo com a Sabrina elas contaram pra minha mãe, que parou a garota na rua para dizer que apoiava nosso relacionamento.

O problema é que não tinha relacionamento e eu não falava com a Sabrina há duas semanas porque ela não conseguiu me perdoar por ter pegado sua melhor amiga.

Juro que não fiz por maldade!

— Valeu Leah — rosno pra ela.

Minha irmã me responde com um sorriso.

— Por que não me contou Seth? Eu sou sua mãe, eu merecia saber! — mamãe exclama, agitando as mãos de um lado pro outro.

— Não é nada demais.

— Claro que é! Você é meu filho mais novo e ainda é muito jovem pra se prender à alguém pr...

— Tenho a mesma idade que Leah tinha quando sofreu o imprinting — a interrompo.

— Mas ela é muito mais madura que você — mamãe rebate.

Consigo ouvir as duas segurando o riso atrás de mim.

— Estão claramente me avacalhando — murmuro, cruzando os braços.

Minha mãe cruza os braços também, impaciente com a falta de respostas.

— Quando ia me contar isso?

— Talvez quando tudo desse certo.

Ela resmunga algo que não consigo entender e começa a andar pela sala, ajeitando as almofadas que estavam amassadas.

— Bom, pois eu vou falar agora mesmo com o Billy, ver o que ele acha disso tudo.

Faço careta.

— Como assim falar com o Billy?

— Vou garantir a ele que você será um bom rapaz para a Merliah. Muito respeitoso ouviu? Nada de gracinhas e mão boba Seth Clearwater!

A encaro sem saber como prosseguir. Repasso as conversas que tive com ela em minha cabeça mas não me lembrava de ter falado sobre isso, os garotos também não falaram, muito menos Leah e Alex.

— Mas eu nem falei que era ela, como você sabia? — pergunto.

Mamãe abre aquele sorriso que dizia "eu sou sua mãe e eu sei de tudo".

— Estava meio óbvio. Você não sabe disfarçar sua cara de apaixonado, filho. Me lembro quando se apaixonou pela Juliet no último ano.

— Nossa, era ridículo — murmura Leah.

— Você olhava pra ela como se fosse um cego vendo o sol pela primeira vez. Agora é a mesma coisa só que um pouco pior... Devia ter percebido que era um imprinting.

— Eu mandei ele te contar! — Leah exclama, apontando o dedo pra mim.

— Que ingratidão, filho.

Filha da mãe! Mentirosa!

— Não mandou nada! — tento me defender.

— Mandou sim, eu estava do lado — Alex diz, dando um sorrisinho pra mim.

Fecho a cara.

— Isso aqui virou um complô — reclamo.

— Por sinal você não falou até agora pra onde vai com a câmera — Leah continua.

— Já falei sim!

— E pra onde é?

A fuzilo com o olhar, ela estava querendo que eu dissesse tudo de novo na frente da nossa mãe. Eu devia ter raspado a cabeça dela quando éramos crianças em vez de só ter cortado um pedaço do cabelo.

— Pra praia... Com a Merliah — respondo, me sentindo derrotado.

Pior do que está não fica, né?

Os olhos de minha mãe se iluminam e ela bate palmas de empolgação.

— Ah então vou preparar algo pra você levar, não podem ficar sem comer por muito tempo.

— Eu me viro com o que tem no restaurante — garanto.

Dessa vez o olhar que ela me lança é aquele que diz "você não vai me convencer do contrário".

— Nada disso, eu faço questão.

Suspiro.

— Tanto faz — murmuro, dando de ombros e fuzilando Leah e Alex com o olhar. — Vamos logo pro restaurante.

— E vou deixar você sair mais cedo também. Tomar um banho e ficar apresentável.

— Mãe... — tento repreende-la mas ela não me escuta.

— Leah, chegue uma hora antes.

— Claro que ia sobrar pra mim — minha irmã reclama.

— Mãe! — exclamo, aumentando meu tom de voz e a puxo calmamente pelo braço para que a gente vá logo pro restaurante.

Mamãe se desvencilha de mim com uma cara feia.

— Fica quieto menino. Meu ouvido não é penico.

Já o meu pelo visto era...



As três e meia estou parado em frente à casa dos Black de banho tomado vestindo um cardigã preto — que é antigo então é mais apertado do que deveria — uma calça jeans e tênis preto. Não foi muito inteligente colocar um tênis mas eu me recusei a sair de chinelo e calça, meu senso de moda é péssimo mas eu tenho noção.

Jacob e Renesmee acenam da janela da sala dando sorrisinhos insinuantes no exato momento que Merliah aparece na porta.

Ela vestia uma blusa de gola alta azul escura, jardineira jeans e sandália. Noto também uma mochila grande e preta em suas costas, assim como havia na minha. Seu cabelo como sempre estava com a frente presa pra trás, ela me vê e todo seu rosto se ilumina.

— Você está bonito — ela diz.

Não consigo evitar o sorriso bobo que aparece em meu rosto assim que ela fala isso. Eu poderia dizer que ela estava bonita também mas a palavra bonita era muito pouco pra ela, não houve uma única vez que eu a visse em que ela não estivesse perfeita.

— Minha mãe insistiu que eu tomasse um banho antes de te ver. Disse que botas, jeans e camiseta não eram roupas adequadas pra um encontro.

Merliah franze o nariz, fazendo uma careta fofinha.

— Encontro?

— Acho que é isso, não?

Sua expressão fica um pouco frustrada o que me deixa tenso. Droga, será que confundi a intenção dela? Talvez ela quisesse que ficássemos de boa sendo só amigos... Não, espera, ela me beijou! Acho que estou começando a viajar.

— Devia ter me arrumado melhor então.

— Não, você tá perfeita! — falo imediatamente mais alto do que deveria.

As bochechas de Merliah ficam vermelhas mesmo com sua pele morena.

— Obrigada — ela murmura em resposta e se aproxima de mim.

Estendo o braço pra ela que entrelaça o seu no meu.

— Espero que não se importe em fazer uma caminhada — começo, assim que damos nossos primeiros passos.

— Não me importo — ela garante, me dando outro sorriso.

Me perco por alguns segundos encarando o formato de seus lábios, seus olhos escuros, a curva de seu nariz e a franjinha que cobria sua testa como uma cortina de cetim. Meu lobo quase ronrona de tamanho prazer que é estar perto dela e sentir seu cheiro.

Desvio o olhar com medo de parecer esquisito por encara-la por tanto tempo.

— Eu queria mesmo é te levar em uma campina muito bonita, deve estar cheia de flores nessa época. Mas não podemos nos afastar muito então vai ter que ficar pra depois.

— Sinto muito por isso — Merliah diz, baixando o olhar.

— Não precisa ficar pedindo desculpas.

— Só me sinto mal por tudo o que aconteceu.

Eu também me sentia, Alex também. Acho que todos nós pegamos nossa parcela de culpa e tornamos ela maior do que realmente deveria ser. O ponto é que eu não me arrependia, eu faria tudo de novo para salvar a vida de Merliah, faria mil vezes se fosse preciso e enfrentaria as consequências disso.

— Não vamos falar disso hoje. Os meninos estão atentos, se acontecer qualquer coisa iremos saber. Não vamos nos preocupar atoa.

Ela suspira e balança a cabeça como se isso fosse afastar seus pensamentos.

— Tudo bem... Então vamos falar sobre a sua mãe saber do imprinting — sugere, dando um sorrisinho divertido.

Franzo o nariz.

— Leah e sua boca grande.

— Não ia contar pra ela?

— Estava esperando as coisas se ajeitarem, não queria preocupa-la.

— E tem por que ela ficar preocupada?

— Claramente não já que pelo visto ela adora você — respondo, erguendo as sobrancelhas. — Colocou um bando de bombas de chocolate na mochila só porque você gosta.

A informação deixa Merliah feliz, consigo ouvir seu coração se acelerar de empolgação.

— Ah, ela é uma fofa e eu realmente adoro bombas de chocolate.

Eu já sabia disso, ela adorava desde que éramos crianças.

— Falou de você o dia todo e sobre como eu tenho que ser responsável com seus sentimentos e aquele tipo de coisa.

A risada dela ecoa em meus ouvidos, consigo perceber meu próprio coração se acelerar numa satisfação boba por fazer ela rir.

— Bom, o meu pai só disse "Seth é um bom garoto".

— Vindo de Billy Black isso me deixa lisonjeado — sou sincero.

Ela concorda comigo.

— É realmente um elogio e tanto.

Caminhamos por alguns segundos em silêncio. Conseguia ouvir muitas coisas: o farfalhar das árvores, crianças brincando, conversas rotineiras, barulhos de panelas e de televisões. Não estava um dia quente ou ensolarado, as nuvens cobriam o céu e um vento enjoado passava por nós mas acredito que não vá chover. Não estava muito frio também o que já é um milagre por si só.

Quil assovia pra nós quando passamos perto da casa dele, respondemos com um aceno.

As senhoras da reserva provavelmente já espalhariam por aí que o filho dos Clearwater e a filha dos Black foram vistos de braços dados mas nada melhor do que Quil Ateara para disseminar essa informação.

— O que pretende fazer quando o verão acabar? — pergunto, já avistando a praia.

Merliah pensa por alguns segundos.

— Já organizei a papelada para trancar o curso e passei uma tarde no telefone com Rachel explicando à ela o que mandar pra cá das coisas que ainda estão em seu apartamento. Ela não ficou muito feliz, nem Rebecca. Acho que elas sabem que isso quer dizer que vai ser mais difícil vê-las. Quero ficar por aqui por um tempo, arrumar um emprego em Forks ou Port Angeles, vi uns cursos de artes muito bons e eu tenho dinheiro pra pagar graças aos meus empregos de meio período que arrumava em Nova York. Talvez depois eu volte pra faculdade, Seattle tem uma ótima universidade.

Assinto, numa satisfação egoísta por seus planos não se estenderam para muito longe de mim e da minha realidade.

— Uma galeria quer expor algumas fotos que eu tirei — comento.

Ela para de andar e me olha com seus olhos brilhantes e então sem mais nem menos dá dois pulinhos de empolgação.

— Sério? Pelos Deuses! Isso é incrível! — exclama.

Sorrio ao vê-la empolgada. Apesar de ter aceitado a proposta eu estou bastante tenso, preocupado em não ser bom o suficiente e principalmente preocupado em ser o centro das atenções.

Recebi a notícia quando ainda estava na Califórnia e espero resolver toda a confusão com os vampiros antes dessa data. Seria terrível não conseguir expor minhas fotos por conta disso.

— Não é nada demais... Alex conhecia umas pessoas e resolveu me ajudar. O problema é que não tenho fotos o suficiente, preciso de pelo menos trinta até o começo de Agosto.

Lia dá de ombros como se não acreditasse em mim.

— Aposto que tem várias ótimas.

— Eu poderia te mostrar um dia desses... Se você quiser. Minha mãe ia adorar te receber e encher você de comida.

Era verdade, enche-la de comida e de perguntas.

— Eu ia adorar! — exclama e sinto a verdade em suas palavras.

Sorrio.

— Tudo bem então, eu te mando mensagem essa semana.

Conversamos muito a tarde toda, sobre histórias antigas, amigos e paixões. Ela me contou que não ficava com muitas pessoas quando era solteira e eu contei a ela que beijava mais garotas do que deveria para passar o tempo, queria conhecer o máximo de gente antes de me prender ao imprinting.

Ela entendeu isso e até mesmo fez cara feia quando contei detalhes demais.

Tirei muitas fotos. Do pôr do sol, da praia, das pessoas que passaram por lá e também dos animais. Mas principalmente de Lia, a maior parte ela nem ao menos percebeu que foi tirada, estava concentrada demais em sua pintura que por sinal era de mim.

Ela bateu uma foto minha com seu celular: estava agachado de costas pra ela com o pé no mar, a barra da minha calça dobrada quase até o joelho, eu olhava pela lente da câmera. Merliah usou a foto como base e começou a pintar. Eu tinha que admitir que ela era muito boa com o que fazia, reproduziu as cores com exatidão e me fez sentir um calor estranho no estômago.

Enquanto seu quadro secava comemos tudo que minha mãe havia separado pra gente. Merliah me contou algumas memórias suas sobre sua infância, coisas sobre sua mãe, suas irmãs e a fatídica noite em que suas provocações levaram Jake a se transformar pela primeira vez.

A perspectiva de Merliah da história é bem mais divertida.

Contei sobre meu pai, os garotos da matilha e o máximo de informações que eu tinha sobre os Cullen. Ela disse que o Edward era estranho e estava sempre cochichando com alguém, revelei que ele sabia ler mentes o que fez com que Lia ficasse roxa da cabeça aos pés.

Acho que ela deve ter pensado algo constrangedor em algum momento e isso me diverte.

Também conto sobre a escola, assim como ela fala da faculdade e sua vida em Nova York. Ela toma todo cuidado para não citar nada que envolva o James e isso me deixa feliz, mostra que ela se importa.

Fico triste quando anoitece e começa a esfriar, significa que teríamos que ir pra casa.

Caminhamos lentamente pela reserva, os postes de luz já acenderam e as lojas começavam a fechar. O braço de Lia esbarrava no meu conforme andávamos, ambos carregávamos nossos sapatos em nossas mãos. Tudo que eu sentia era o cheiro dela e da areia da praia, além de um satisfação tremenda pelo dia de hoje.

Mas infelizmente chegamos no nosso destino final.

Consigo ouvir dois corações batendo dentro da casa dos Black, o cheiro de peixe exalava da cozinha e um jogo passava na televisão. Espero que Jacob não bote fogo na casa antes de eu conseguir me despedir.

— Foi muito bom passar um tempo com você, muito bom mesmo — Lia diz, virando pra mim.

—Eu também gostei, você não é tão chata quanto eu me lembrava — provoco.

Merliah sorri e se lança contra mim, me apertando pela cintura. Passo a mão por seus cabelos, aproveitando o calor de seu corpo e seu cheiro. Ela dá um passo pra trás e olha pra mim antes de selar nossos lábios. É um beijo lento, doce e com mais sentimento do que eu esperava.

Fico alguns segundos perdido numa névoa, sem ao menos conseguir reagir. Segundos o suficiente pra ela subir a escadinha e parar junto a porta.

— Eu realmente acredito que isso possa ser alguma coisa — diz, se virando pra mim, e então acena. — Te vejo logo Seth, boa noite.

— Boa noite Lia.

Fico com um sorriso bobo no rosto até chegar em casa, sorriso que só percebo por conta do ardor que se espalhou por minhas bochechas.

Droga, isso me fazia muito feliz.


Espero que tenham gostado :D
Queria agradecer pelas 10mil visualizações e pelos 1mil votos, a resposta dessa história é incrível e me faz feliz de mais escrever ela pra vocês.
Até mais!
Música: Falling Like The Stars - James Arthur.

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