06. the confiscated car


- Quem está falando aqui é Banachek, o que está havendo? - Perguntou o chefe do setor, apertando um botão na mesa a sua frente para falar no aparelho que segurava em suas mãos.

- O hangar ficou sem energia. - alguém o respondeu.

- O quê! - ele gritou em direção ao aparelho.

- O gerador não é suficiente, senhor.

Joshua, ouvindo aquela conversa chegou ao lado do chefe do setor, Tom e apertou o outro botão para ele mesmo falar com o funcionário. - Aqui tem uma sala de armas? - perguntou o mesmo e não houveram respostas. E em seguida todo o grupo saiu da sala, correndo para fora do prédio, pois uma nova explosão foi ouvida do lado de fora.

- Mande todos para a câmara de ENB-1, agora! - Gritou Tom Banachek, ordenando para seus homens e correndo em direção oposta a do grupo. - Eles estão destruindo os geradores! Corram!

O grupo passou por um grande corredor, onde já tinham passado antes e que naquele momento, estava vazio.

- Espero que os autobots já estejam vindo para cá. - comentou Sam, correndo ao lado de Melanie.

A ruiva o encarou, parando de correr e tocando no braço do Witwicky, que estava assustado com o toque repentino e então um flash passou na mente da garota de cabelos ruivos como fogo, e em seus olhos uma dor de cabeça foi causada. Na visão ela pôde observar Optimus Prime, o líder dos autobots, na forma de caminhão, sendo seguido pelos restantes dos robôs, que também estavam em forma de automóveis, vindo na direção deles e do prédio onde estavam.

- Eles estão vindo, Sam. Os autobots estão vindo! - Disse com convicção.

- Como você sabe? - perguntou ele.

Melanie molhou seus lábios e deu de ombros. - Eu...Eu não sei, eu só vi. Eu tive uma visão.

O jovem assentiu, mesmo não sabendo o que ele poderia responder no momento, mas ainda sim acreditando nela pois a ruiva havia sido uma das únicas a lhe dar ouvidos quando ninguém lhe deu e ele confiava nela. E ele, se houvesse alguma situação futuramente, confiaria a sua vida a ela. Após isso, os adolescentes seguiram "seu grupo", que correram para a sala de armas, e logo começando a se preparar para a luta que estava prestes a acontecer.

Sam, Melanie, Glenn e Maggie ficaram de frente a uma bancada cheia de armas escolhendo uma arma para eles usarem caso precisassem. Foi então que a ruiva sentiu, novamente, uma grande dor de cabeça, e a fez colocar uma de suas mãos em sua cabeça para tentar amenizar e segurar na mão de Samuel. A Banes não estava entendendo o por quê das dores, de repente e por que tantas, em tão pouco tempo. Ela não tinha isso antes, mas aquele lugar e o setor sete faziam isso nela. Com sua mão em sua testa, fazendo uma espécie de "massagem", a dor não melhorava, e quando ela desapareceu de repente, na mesma velocidade que ela apareceu, uma voz fina, diferente da de mais cedo, surgiu em sua mente e disse:

- Megatron ressurge!

A Banes fechou os olhos, os apertando e, dessa vez, colocando suas mãos em seus ouvidos para tentar parar a dor, que sentia ali. Essa movimentação estranha chamou a atenção de todos ali perto, incluindo Joshua que a encarava de longe. Tudo o que o pai de Mel havia lhe contado, certa vez, estava acontecendo e isso era um bom sinal. Apesar de ser odiado no momento pela ruiva, o jovem sabia que não seria para sempre e que sua ex-namorada era mais do que ela achava que era. Mais do que todos achavam que ela era. Mel era especial e logo descobriria.

Enquanto isso, a ruiva estava confusa com tudo aquilo que estava acontecendo consigo, por que ela estava sentindo aquilo e vendo imagens atuais dos autobots e ouvindo uma voz fina em sua cabeça? E por que tudo aquilo agora, será que é algo a ver com eles? Melanie se questionou, temendo a resposta e suspirando ao pensar em seus pais e no final deles, tentando não imaginar o motivo deles terem sido mortos.

Sua cabeça estava uma confusão total, e o pior, ela não sabia onde achar as respostas para tantas perguntas de sua cabeça. Estava tudo sem resposta. Em branco. Quando a dor parou, novamente, ela respirou aliviada por não sentir mais dor, mas algo em seu peito, sabia que aquilo era apenas o começo e que não acabaria tão cedo.

- Você está bem? - Maggie perguntou, ao lado de seu amigo Glen, junto a Sam.

- Sim, só foi uma dor de repente. - mentiu e logo sorriu fraco para a loira e o amigo da mesma, saindo de perto deles e puxando Sam pela mão até o sub-chefe e o grande chefe do setor 7, Simmons e Tom. Os dois homem a encararam, confusos. - Nós precisamos ir até o carro de Sam. Ele sabe o que fazer com o Cubo e pode nos ajudar.

- O carro de seu namorado foi confiscado. - Simmons a relembrou.

- Desconfisque, então. - disse Sam, simples.

- Não sabemos o que pode acontecer se ele se aproximar daquilo.

- Não sabem e querem ficar esperando? - Disse a Banes, brava. - Se não formos até ele, tudo pode piorar.

- Há vidas em risco, Banes. - Simmons retrucou.

- E podem ter mais se não nos levar ao carro, só Bumblebee pode nos ajudar! - exclamou. - Pare de ser um idiota por um momento, pelo amor de Deus.

- Me desculpe, mas não.

Melanie respirou fundo, contando até dez para tentar não perder totalmente sua paciência e bater no sub-chefe do setor sete, quando Joshua largou suas armas, chegando ao lado da ruiva e em frente a Simmons, o dando um soco em seu rosto e surpreendendo todos ali. - Leve-os ao carro dele! - Puxou o uniforme dele para cima, o pegando pelo colarinho.

A Banes arregalou os olhos pela agressão de repente, mas não o ajudou e nem impediu seu ex-namorado de fazer aquilo. Ela apenas sorriu, os observando. Os homens de Simmons, então, apontaram as armas na direção de Joshua e, então os homens do ex-namorado de Melanie apontaram na direção dos mesmos.

- Larguem!

A Banes sorriu pela atitude do ex-namorado. Ele podia ter sido um babaca com ela, mas ele acreditava nela e estava a apoiando.

Os homens começaram a brigar entre si na sala de armas, sendo observados por Maggie, que revirou os olhos e sussurrou "Homens", Glenn, que estava com as mãos para cima, apavorado e atrás de sua amiga.

- Largue sua arma, soldado. - Disse Simmons, o encarando. - É uma guerra alienígena e vai atirar em mim?

- Não pedimos para estar aqui. - Respondeu Joshua.

- É uma ordem sob a jurisdição do Setor Sete.

- O Setor Sete não existe. - Um homem da equipe de Joshua disse. - E quem não existe, não dá ordens.

- Contarei até cinco.

- E eu contarei até três.

Joshua apontou sua arma para o peito do chefe do Setor Sete, o encarando com um sorriso de lado irônico.

- Simmons? - O homem do governo ainda desconheçido para todos ali, e que parecia ser importante, o chamou.

- Sim, senhor?

- Eu faria o que ele diz. Perder não é uma opção para esses caras. - Tom diz. Todos se encararam, esperando a resposta de Simmons.

- Está certo. Tudo bem. O destino do mundo será decidido pelo Camaro do garoto e sua namorada? Legal.

- Não somos namorados. - Disse Melanie o encarando.

- Ainda não. - Sussurrou Sam.

Joshua o encarou, gostando de sua atitude e então retirando a arma do peito do homem e dando passos para trás, indo até a direção de sua ex.

- Pensava que este não era seu tipo, mas acho que me enganei, Mel. Gostei da atitude dele, já espero o convite do casório de vocês dois. - Sam não conseguiu se conter e sorriu na direção dele.

- Cala a boca, Joshua.

Saiu de perto dele, indo em direção a onde Simmons caminhava, junto ao grupo. O ex da ruiva, negou com a cabeça rindo da reação da mesma. Ela sempre foi estressada e isso não ia mudar tão cedo. Todo o grupo chegou no lugar onde o carro de Sam estava. Ele e a ruiva saíram correndo para perto do camaro.

- Parem! Têm que parar! - gritou ela. - Parem! Parem! - E ela não foi ouvida.

- Não, parem! Parem! - Disse Tom, apaziguando todos os soldados e mandou todos abaixarem as armas.

- Soltem-no! - Ordenou Melanie, ao lado do Witwicky encarando Bumblebee. E quando o soltaram, a ruiva foi a primeira a ir na direção do robô de cor amarelo.

- Você está bem? - O robô respondeu com um barulho, que a ruiva entendeu como um "Sim". - Não machucaram você muito, certo? - Perguntou a ruiva, ao antigo Camaro.

Bumblebee fez um som de desgosto, que os dois entenderam que ele havia sido machucado, então o mesmo abaixou o capacete e mostrou as armas, encarando todos ali da sala.

- Se acalme, Bumblebee. Ninguém vai te machucar mais, nunca mais. - Diz Melanie, tentando o acalmar, mas que não deu certo pois o autobot continuou na posição de ataque.

- Escute, o Cubo está aqui, os Decepticons estão vindo para cá. - O Witwicky falou na maior calma possível para não ocorrer algum acidente e ele atacar inocentes.

Bumblebee encarou os dois adolescentes, se ajeitando e se sentando na plataforma aonde ele estava. E então voltou a encarar os oficiais atrás dos dois. - Não se preocupe com eles. Eles não vão machucar você mais. - Sam olha para Melanie, que já sabia o que fazer.

A ruiva virou para trás, olhando para todos ali. - Afastem-se um pouco. Ele é amigo, não vão machucar vocês. - Todos se afastaram, ainda encarando o robô gigante amarelo no centro da sala.

- É estranho, como eles o tratam - Maggie comentou para Glenn. - É como se o robô fosse um filho para eles.

- Melanie tem uma conexão com eles, que ainda não sabe mas que já está dando sinais. - Disse Joshua, sorrindo enquanto a encarava.

- Conexão? Como assim? - A loira ficou confusa com a fala do moreno. - E como você sabe de tudo isso?

- Em breve você entende. - deu de ombros. - Ou não, o futuro que sabe. - Maggie revirou os olhos.

- Abaixe as armas, por favor Bee, não vão machucar você mais. - pediu Melanie, olhando para Bumblebee. O robô a olhou, assentindo. - Venha, eu e Sam, vamos levá-lo ao Allspark. - tocou sua mão e o guiou.

Todos do grupo correram em direção ao Cubo, mas apenas Sam, Melanie e Bumblebee ficaram perto do objeto alienígena e do amigo deles. O robô amarelo olhou para cima, fazendo um barulho e colocou suas mãos no cubo.

- Ele está fazendo alguma coisa. Está fazendo alguma coisa. - Disse Glenn com medo, enquanto se afastava mais do trio. - Eu to cagado de medo.

- Glenn, cale a boca. - ordenou Maggie, olhando para o que o robô fazeria em seguida.

Bumblebee quando tocou o cubo, que soltou energias ao redor de todo dele, e então como um quebra cabeças, ele começou a se desfazer rapidamente, fazendo olharem aquela cena com brilho nos olhos.

- Meu Deus! - Melanie colocou as mãos na boca, supresa e feliz por ter dado certo. Ela sorriu olhando para Sam, que retribuiu o sorriso para ela.

O cubo, que antes era gigante, se tornou pequeno, cabendo nas mãos de Bumblebee e nas mãos de humanos também.

- Mensagem da Frota Estelar. - Disse o robô, assustando todos ali e até a si mesmo. Os dois adolescentes riram. - Sair! Saiam!

- Vamos lá! Ele tem razão. Ficando aqui, estamos perdidos com o Megatron no outro hangar. - diz Joshua, acompanhado pelos outros homens, seus homens, ordenando. - A cidade Mission City fica a 35 km daqui. Vamos tirar o Cubo daqui e escondê-lo lá. - Apontou para o objeto nas mãos de Bumblebee.

- Ótimo! - Respondeu o homem de terno que ninguém sabia o nome ainda. Tom.

- Não conseguiremos sem a Força Aérea.

- Aqui deve ter algum link de rádio, certo? - perguntou Maggie

- Sim. - Respondeu Simmons.

- Ondas curtas, faixa-cidadão. Essas coisas? - Diz Glenn.

- Isso. Sim.

- Precisa passar as ordens para eles, senhor. Vamos!

Joshua e seus homens saíram dali, mas antes do mesmo sair Melanie o puxou. - Fique seguro, não morra. Eu ainda quero conversar com você e te xingar.

O homem assentiu, sorrindo. - Não morram também, eu ainda quero ir no casamento de você e o Witwicky ali.

A Banes sorriu, o vendo partir da sala e ir para outro lugar. A garota aproveitou e foi até Sam, que estava a observando a todo momento. - Tudo bem? - ele a perguntou, com seus braços cruzados.

- Sim, considerando toda a situação atual. - olhou para Bumblebee. - Ele está bem?

- Sim, considerando a situação e o estresse.

Melanie assentiu, com a cabeça, e então suspirou rindo logo em seguida. - Quem diria que uma carona ia resultar nisso, certo Samuel?

O Witwicky riu também, balançando a cabeça. - A melhor carona da minha vida, Mel. - A Banes sorriu em concordância, sentindo suas bochechas corarem e sua timidez tomar conta de si. - E não me chame de Samuel, é Sam.

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