03. the confusion with the autobots
- Esse carro dirige muito bem mesmo, Sam. - Melanie comentou enquanto ajeitava seu vestido, que estava ficando colado ao seu corpo por conta da temperatura que estava dentro do automóvel e por conta do horário da noite.
- Eu sei. - Sam respondeu a garota. - Por que você não senta ali? - perguntou ele, apontando para o assento ao lado do de motorista, que estava vazio.
- Não vou nesse banco. - respondeu séria. - Ele está dirigindo.
- É. Tem razão. - O moreno a olhou, passando a língua por seus lábios e os umedecendo. - Então, você devia sentar no meu colo, Melanie. - fingiu dar de ombros.
A ruiva o olhou incrédula com o que ele havia lhe dito, ela riu e achando a fala do jovem ao seu lado engraçada e ousada, mas apesar disso havia gostado pois ele não estava mais tão tímido quanto antes em sua presença. - Por quê? - perguntou ela, curiosa ainda o encarando. Melanie queria ver que desculpa Sam ia inventar ao lhe responder.
- Só tem um cinto de segurança. - afirmou. - Segurança antes de tudo.
A ruiva sorriu de canto. - Tudo bem.
- Tudo bem? - seus olhos piscaram.
- Sim. - deu de ombros também.
- Certo.
- Certo, Sam.
A Banes então passou para o colo do garoto com um pouco de dificuldade, tentando não bater sua cabeça no teto e que seu vestido não subisse ao ponto de mostrar sua calcinha para Sam e para as outras pessoas do lado de fora.
O garoto atrás de si não estava acreditando no que estava acontecendo ali, a garota de seus sonhos estava ali bem perto de si e sentando em seu colo. Era um dia de sorte para ele, pensou o moreno ao olhar a ruiva se ajeitando no colo do mesmo. O moreno colocou as mãos na cintura da mesma, tentando não sorrir a qualquer custo e que Melanie não pensasse que era um tarado.
Não queria isso e nem que ela pensasse algo errado de si.
- Tá vendo? - Questionou o Witwicky. - Bem melhor!
- O lance do cinto foi uma boa jogada, Witwicky, realmente. - sorriu.
- Obrigado. - sorriu na direção da mesma.
- Sabe o que não entendo? - perguntou ela. - Se ele é um robô super avançado, por que se transforma num Camaro antigo e não numa versão mais nova?
Quando Samuel ia responder o carro de cor amarela freou de repente, com tanta força, que acabou assustando os dois adolescentes no banco de trás. O automóvel estacionou numa faixa da pista, lateral, no acostamento e logo abriu suas portas, expulsando os dois jovens e dando ré, deixando os dois na calçada enquanto os olhavam ir embora.
- Acho que você machucou os sentimentos dele. - Sam comentou, passando as mãos por sua cabeça nervoso.
- Carros têm sentimentos? - perguntou ela, o encarando de lado incrédula.
- Ele deve ser sensível, muito sensível. - O jovem Witwicky deu de ombros.
- Primeiro, alienígenas agora robôs com sentimentos. Que noite! - Sam riu.
Foi então que algo atraiu a atenção dos dois e os fez olharem para a pista ao ouvirem um barulho não comum, vendo que o carro de cor amarela havia voltado para a pista, dessa vez na direção contrária a deles, e estava passando por uma Ferrari Camaro mais nova e ficando de lado, copiando sua aparência e seu motor. Após isso, voltou para a pista ao lado de Sam e a ruiva, que estavam com suas bocas abertas e surpresos com o novo visual do carro e da "nova função" que eles haviam descoberto no momento
Ambos os adolescentes sorriram entre si com seus olhos arregalados, brilhantes e surpresos, com tudo e logo entraram no novo carro as suas frentes
- Esse carro é incrível! - exclamou Mel, olhando em direção para o Witwicky com um grande sorriso em seus lábios.
Sam ri, assentindo com a cabeça e que assim como a garota, estava também com um grande sorriso em seus lábios. O Witwicky se sentou no banco do motorista e ao seu lado, no banco de passageiro, Melanie senta.
Eles se olharam mais uma vez e aceleraram, saindo dali rápido.
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A Banes saiu do carro, junto a Samuel, passando pela frente do Camaro e ficando ao lado de Witwicky, e ambos começaram a olhar para o céu onde vários meteoros desciam do espaço em direção a Terra. Era uma linda cena. A ruiva sorriu, olhando para o moreno ao seu lado, reparando em suas feições e nele todo. Sam Witwicky não era um garoto feio, ao contrário, apesar de ter músculos pequenos, isso não o deixava menos bonito do que era, fazia parte de seu jeito único e de sua aparência. Ela também havia reparado que ele tem uma bela bunda, que a ruiva já havia olhado e reparado antes, em segredo, é claro.
Nesse tempo que ela estava com ele, a Banes havia percebido isso e várias outras coisas sobre ele, como por exemplo o fato de contar piadas sem graças para esfriar ou aliviar o momento, quando está nervoso ele começa a falar coisas um pouco sem sentido e quando está com medo grita. Melanie se virou para o céu, novamente, observando as grandes bolas de fogo descerem, a mesma se viu pensando em seus pais, seu tio e sua prima, Mikaela, e o quão era grata por eles estarem em sua vida. No caso de seus pais, que infelizmente já estavam mortos, ela era grata por ter tido a oportunidade de conviver com eles.
Melanie também era grata, por estar viva e bem.
Sam a olhou, dessa vez, e percebendo que ela estava pensativa enquanto sorria, o que o fez sorrir também. O sorriso da ruiva para ele era como o sol para as flores de um jardim após tanto tempo sem, o fazia feliz e florescer. A garota daquele jeito, leve e sorridente, não era muito vista nos corredores da escola ou fora do mesmo, mas de vez em quando, ela sorria e todos à sua volta também sorriam porque seu riso é espontâneo e apreciável. O Witwicky suspirou, olhando para a mão da garota o qual era a fim a tanto tempo e a dele, separados por um pequeno espaço, querendo internamente ter coragem para juntar e segurá-la. Não queria forçar as coisas entre eles, já que estavam começando a ser amigos agora, mas também não conseguia evitar de querer tocá-la e ficar perto dela.
- Essa pode ser minha única chance. - pensou ele a observando.
Melanie não parecia ter percebido a luta interna do Witwicky ou se tivesse percebido, ela estaria esperando que ele tomasse alguma atitude. Após alguns segundos, que pareciam para o garoto minutos, horas e décadas, ele suspirou mais uma vez, se aproximando um pouco mais da Banes, pegando em sua mão e juntando com a dele, entrelaçando seus dedos.
A garota aumentou seu sorriso, percebendo o que o moreno havia feito, mas não comentando nada para estragar o clima entre ela e ele. Era um ato simples, em sua opinião, mas que esbanjava muitas coisas, com vários significados, como segurança e carinho do parceiro, mas também um nível de intimidade surgindo ali entre os dois adolescentes.
Foi então que as bolas de fogo passaram por cima dos dois, causando uma grande luz brilhante azul clara, com algumas delas caindo longe deles e outras, perto deles. Os dois se olharam, começando a correr em direção ao meteoro que havia caído perto deles, num terreno ali perto. Eles corriam para o local da bola do fogo, nunca soltando suas mãos que ainda estavam juntas e sempre perto um do outro.
Melanie e Sam chegaram perto do buraco, vendo fogo em volta do mesmo e dentro dele, não havia mais nada.
- Está vazio, Sam. - constatou a ruiva, chegando mais perto do buraco a sua frente.
Antes que o moreno pudesse lhe responder, uma buzina soou atrás deles atraindo a atenção deles. Era o carro de Sam, os chamando para entrar e os levar em algum outro lugar. Os dois se olharam novamente, assentindo e logo caminhando até o carro e entrando no mesmo.
Era uma noite longa pela frente, que estava longe de se acabar.
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Os dois adolescentes foram levados pelo carro para um depósito antigo, perto de onde os dois estavam, mas não tão perto assim. Eles saíram do carro, os dois bem perto um do outro, com medo e observando que vários carros, de diversos modelos, chegavam ao local. Eles vinham de todas as direções, exceto de uma, a da frente dos dois, onde vinha um caminhão de cor azul, vermelho e prateado, que parecia o líder de todos eles e saia de uma névoa, o que deixava o ambiente mais parecido com uma cena de filme. Melanie e Sam caminharam para frente, ficando bem colados com a frontal do caminhão, os encarando e então, o automóvel na frente deles, começou a se transformar e assim, como os outros carros ao redor dos dois, começaram a se transformar também em grandes robôs.
O robô no centro, o que parecia o líder de todos, abaixou-se e ficou de frente aos dois, que estavam deslumbrados com tudo o que vinham à sua frente, mas ainda sim com um pouco de medo do que eles podiam fazer com eles dois..
Melanie e Sam engoliram seco, olhando para o robô tensos.
- Você é Samuel James Witwicky, descendente de Archibald Witwicky? - Perguntou o robô, encarando o moreno.
- Sabem o seu nome. - Sussurrou a ruiva, apertando o braço do moreno.
Ela estava morrendo de medo.
- Sim, eu sou. - respondeu o garoto.
- E você é Melanie Jones Banes, filha de Hayley e Joseph Jones Banes? - Questionou o robô novamente, mas dessa vez, encarando a ruiva..
- Sim, eu sou. Sou eu. - respondeu a garota se aproximando ainda mais de Sam, ficando colada nele e pegando em sua mão e a juntando com a dela novamente. - Quem é você e como conhece meus pais? - o perguntou curiosa.
Como o possível líder dos carros robôs sabia o nome de seus pais, ela ainda não sabia, mas já duvidava que seus pais já tinham tido contato com a espécie deles antes de suas mortes. E uma voz no fundo de sua cabeça a dizia que talvez seus pais haviam morrido por culpa dos robôs, e isso fez seus coração se apertar no momento.
- Meu nome é Optimus Prime, prazer em conhecer vocês dois. - respondeu. - E nós somos organismos robóticos autônomos do planeta Cybertron. - Diz o robô de coloração azul e vermelha, olhando para os dois humanos à sua frente. - E respondendo sua pergunta, seus pais, Melanie, foram de grande ajuda para esconder nossa espécie em seu planeta.
- Mas vocês podem nos chamar de Autobots. - Um robô verde atrás deles falou.
- Meus pais ajudaram a espécie de vocês? Como? - Diz Melanie, suspirando.
- Qual é "mocinhas"? - Outro robô chamou a atenção dos dois humanos, um de cor cinza e os fazendo se virar em direção a ele e o ver, se sentando num carro velho e abandonado. Melanie e Sam riram.
- Meu primeiro-tenente. - diz Optimus. - Designação: Jazz.
- Lugar maneiro para a gente curtir. - Jazz pulou num outro carro abandonado, fazendo um grande barulho e cruzou os braços como se estivesse imitando um adolescente moderno, maneiro e descolado.
O que fez Melanie sorrir para o mesmo.
- Como ele aprendeu a falar assim? - Perguntou Sam, apontando para Jazz.
- Aprendemos idiomas da Terra pela internet. - Respondeu Optimus Prime. Melanie e Sam se olharam, soltando um "Aah" pela boca enquanto os olhavam. A internet é a chave para tudo naqueles dias e para o futuro. O Prime então apontou para outro robô perto dos humanos. - Meu perito em armas: Ironhide. - apontou para outro robô atrás deles dois.
Sam arregalou os olhos quando o perito de armas alienígena transformou suas mãos em armas, começando a apontar para o Witwicky
- Está se achando com sorte, moleque? - O Witwicky engoliu seco, dando um passo para trás longe de Ironhide.
- Calma, Ironhide! - pediu Prime.
O mesmo obedeceu, escondendo suas armas, mas ainda olhando os dois jovens. - Brincadeirinha, só queria mostrar meus canhões para ele.
- São incríveis. - elogiou Melanie, sorrindo e fazendo com que o robô fizesse uma feição parecida com um sorriso para ela.
- Nosso oficial médico: Ratchet. - o Prime apontou, dessa vez, para o robô de cor amarela parecido com verde, que estava ao lado do cinza.
- O nível de feromônios dele sugere que deseja acasalar com a fêmea ruiva.
Melanie mordeu os lábios, olhando para outra direção oposta a de Sam. Ela estava com seu rosto todo vermelho, com muita vergonha do que o robô havia dito enquanto o Witwicky estava igual à ruiva, coçando a cabeça tentando ignorar o que Ratchet havia comentado sobre ele e seus hormônios.
- E já conhecem o guardião de vocês dois, Bumblebee. - apontou para o antigo Camaro. O robô amarelo faz uma dancinha, como uma imitação do Michael Jackson e uma música famosa do cantor, o rei do pop.
- Bumblebee? É nosso guardião? - perguntou Sam, o encarando sorrindo.
- Não só seu Witwicky, mas também o de Melanie Jones Banes Burton. - A ruiva olhou o robô confusa por ele saber seu nome completo. Ninguém sabia de seu quarto nome, apenas ela, seu tio, sua prima e seu padrinho que não via há anos, vários anos, na verdade, quando o mesmo a deixou na porta de casa do pai de Mikaela Banes, sua prima, após o velório de seus pais.
- Como assim? - Perguntou Melanie, olhando para todos ali. - Porque eu?
- Você é mais importante do que pensa, ruivinha. - O robô Ratchet diz.
Os dois humanos se encararam, confusos com tudo aquilo.
- Podem explicar? - Sam pergunta.
- Não temos tempo. - Bumblebee responde com uma voz fina de rádio.
- Os processadores vocais dele foram danificados em batalha. Estou consertando. - o robô Ratchet diz, lançando um laser em direção ao colega, e logo o consertando.
- Por que estão aqui? - Perguntou Melanie, dando um passe à frente.
- Procuramos o Allspark. - Respondeu Prime. - Temos que achá-lo antes de Megatron.
- Mega o quê? - Perguntou o Witwicky e a Banes juntos, olhando para os robôs.
Optimus Prime tocou em sua cabeça, começando a projetar lembranças de seu antigo planeta e então imagens do mesmo começaram a ser exibidas para os dois.
- Nosso planeta já foi um império poderoso, pacífico e justo. - Melanie e Sam pareciam que tinham sido teletransportados para o planeta dos Autobots. Era algo tão real que pareciam que estava no mesmo de tão real. - Até sermos traídos por Megatron, líder dos Decepticons. - a Banes olhava aquela projeção encantada, mas algo dentro de sua mente causava um sentimento estranho, como um djavú. Era como se ela já tivesse visto aquilo tudo ou já estivesse estado ali. E tudo isso causava uma pequena dor de cabeça em si. - Todos que os desafiaram foram destruídos. Nossa guerra acabou consumindo o planeta e o Allspark se perdeu nas estrelas. Megatron o seguiu até a Terra, onde o capitão Witwicky e seu melhor amigo, Jonathan Banes, os encontraram.
- Meu tataravô. - Sam diz, com os olhos arregalados. - Era melhor amigo do tataravô de Melanie? - perguntou ele.
- Sim, eles eram. - respondeu Ratchet.
A ruiva arregalou os olhos, olhando para o Witwicky. - Nem eu sabia dessa. - disse ela, surpresa com a informação recente.
- Foi um acidente que fez nossos destinos se cruzarem. Megatron fez um pouso de emergência antes de conseguir pegar o Cubo. - A cabeça de Melanie doía cada vez mais, mas ela não demonstrava aos outros para não atrapalhar Optimus. Ratchet a encarou, como se ele soubesse o que estava acontecendo com ela. A ruiva o olhou, fazendo um "shii" para o mesmo, sorrindo fraco e voltou a prestar atenção na história do robô. - O capitão acidentalmente ativou o sistema de navegação dele. As coordenadas de localização do Cubo ficaram gravadas nos óculos.
- Como souberam sobre os óculos? - Perguntou o Witwicky.
- Pelo E-bay.
- E-bay. - Sam encarou Melanie, que estava incrédula e rindo com aquilo.
- Engraçado como algo importante para os autobots está naquele naquele site. - comentou a Banes. - E você tentou vendê-lo na escola, ontem.
Sam riu em conjunto com a garota, negando com a cabeça. - E um robô hoje quase me matou de susto por causa dele. - suspirou.
- Se os Decepticons acharem o Allspark, eles vão usar seus poderes para transformar as máquinas da Terra e criar um novo exército. - Jazz disse, os encarando e atrapalhando a conversa de ambos.
- E a raça humana será extinta. - Continuou Optimus Prime, desligando a projeção. - Sam Witwicky, você detém a chave da sobrevivência da Terra. - Os robôs se ajeitaram encarando o adolescente sério.
- Por favor, me diga que guardou aqueles óculos da classe de ontem. - Disse a ruiva o encarando também seriamente.
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Os quatro robôs se transformaram em carros, pegando a estrada mais rápida para chegar à casa de Sam. Os dois humanos estavam no Camaro amarelo, que era por acaso o guardião deles. Passado alguns minutos o carro estava na frente, guiando os outros, quando parou em frente à casa dos Witwicky.
- Quero que fique aqui e cuide deles. - Sam pediu antes de sair do automóvel.
- Certo. - A ruiva assentiu. - Vou tentar.
- Todos eles. Entendeu?
- Sim.
O adolescente correu pela grama, sendo observado pelo pai na janela.
- Obrigado por usar a trilha. - O pai de Sam disse irônico.
- Ah, é. Não, pai. Ei! - Ficou de frente a porta, olhando seu pai pela janela. - Me desculpe mesmo, eu esqueci da trilha. - Disse rápido, olhando para trás. - Vou varrer tudo agora mesmo.
- Pago metade do seu carro, pago a sua fiança e decidi fazer todos os seus afazeres.
- Afazeres? - questionou confuso.
- A vida é ótima, né?
- É simplesmente fantástica. - Olhou para trás, vendo Optimus transformado. - Pai eu vou tirar o lixo agora. - Voltou seu olhar para o mais velho.
- Não se canse muito. - Tentou abrir a porta, mas Sam não deixou.
- Eu faço.
- Ficaria magoado se você fizesse isso.
- Tem certeza? Não me importo.
- Ah, é mesmo? - Tentou abrir a porta novamente, mas Sam não deixou.
- Não. Eu vou fazer. Vou tirar o lixo, limpar a grelha e varrer a casa toda. Agora. - Olhou para trás, vendo Prime indo em sua direção.
- Esta noite? Agora? - perguntou o pai do mesmo desconfiado de seu filho.
- Agora! - Olhou para o lado, vendo Bumblebee fazendo "Shhh" com os dedos. - Eu te amo. Eu te amo muito.
- Sua mãe queria que ficasse de castigo porque está três minutos atrasado. - O mais velho olhou para o relógio preso em sua mão.
- Mais uma coisa que fez por mim por ser muito gente fina. - Sam sorriu nervoso.
- Mais uma coisa. Apenas essa, e mais nada. - o encarou sério.
- Eu te amo. Durma bem, bonitão. - Se virou para os robôs, quando percebeu que seu pai tinha sumido. Ele deu um passe a frente, ficando em frente aos robôs. - O que está fazendo? - gritou. - Use a trilha, por favor!
Optimus tentava não pisar nas gramas, mas acabou pisando na fonte de água no meio do jardim.
- Desculpe. Foi mal. - respondeu Prime.
- Ah... Não podia. - Olhou para os pedaços da antiga fonte, suspirando. - Não podia esperar cinco minutos? Pedi para ficar lá. Deus! É tão difícil assim.
Melanie apareceu no jardim dos Witwicky, surpresa por ver Optimus transformado. Ela foi ao lado de Sam.
- Eu pedi para cuidar deles. - ele a olhou, chateado.
- Sim, mas eles estavam com pressa e saíram de lá, sem que eu pudesse impedir. - respondeu a garota. - Me desculpe, Sam.
O Witwicky suspirou, assentindo e então os dois adolescentes ouviram um latido de cachorro fino, vendo que era o dos pais de Sam, fazendo xixi no pé do robô, Ironhide. A ruiva tampou sua boca, virando para o outro lado, rindo por conta da cena e tentando disfarçar.
- Isso é péssimo. Não! - Gritou com o cachorro, se aproximando do mesmo. - Não, Mojo! Fique longe do robô, Mojo!
- Eca! Molhado. - exclamou Ironhide.
O robô ia pisar no pequeno cachorro quando Sam o pegou no colo.
- Não! Calma! Espere! Este é o Mojo, meu cachorro. - O robô transformou suas mãos em canhões, mirando no pequeno animal. - É um animal de estimação então guarde as armas!
- Está com infestação de roedores. - diz Ironhide.
- Com o quê? - exclamou Sam, confuso.
- Eu devo exterminar?
- Ele não é roedor, é meu Chihuahua.
Melanie chegou ao lado de Sam, fazendo carinho no animal do mesmo.
- Nós humanos adoramos Chihuahuas. - A ruiva diz, sorrindo enquanto olhava o pequeno cachorro.
- Ele vazou lubrificante no meu pé.
- Ele urinou em você? Mojo feio. Feio! - O jovem deu bronca no mesmo, novamente.
- Mojo feio. - Melanie riu, fazendo caretas para o pequeno no colo de Sam e ainda fazendo carinho na cabeça do mesmo. O pequeno lembrava-se de seu cachorro de raça Husky Siberiano, ele tinha olhos azuis claros. Era um amor de cachorro, muito dócil e carinhoso. Tinha sido um presente dos pais da ruiva, que infelizmente havia morrido a um ano e meio dormindo pacificamente.
- É apenas para marcar território. - Disse a garota o acalmando.
- Meu pé vai enferrujar. - diz o robô.
- Não seja tão dramático, Ironhide. - diz a garota, acalmando o robô.
- Tudo bem. - Sam pegou na mão de Melanie, a guiando para a varanda da casa e colocando o cachorro dentro de casa para ficar seguro. - Fiquem quietos e escondam-se. - O Witwicky entrou na casa, silenciosamente, deixando a garota ali com os robôs e subindo para o quarto, começando a procurar os óculos de seu tataravô.
Estava difícil por seu quarto estar uma bagunça.
Melanie olhou para Bumblebee, querendo ajudar Sam e agilizar as coisas. - Hey! Hum, tem como me levantar para o quarto dele? - O robô assentiu, pegando a ruiva na mão e a levando para o quarto do adolescente. - Obrigado, Bumblebee.
- Quê? O que é isso? - perguntou ele assustado, a encarando e se aproximando do mesmo.
- Ajuda. - Sam estendeu a mão para a ruiva, a ajudando a entrar no quarto pela janela com cuidado e silêncio.
- O que pensa em fazer? - perguntou.
- Vou ajudar você. - respondeu como se fosse óbvio, caminhando para dentro do quarto do Witwicky.
- Tá. Obrigado.
Melanie se agachou para procurar embaixo da cama do mesmo. Aquilo estava uma bagunça, que ela não conseguia pisar em nada sem pisar em outra coisa.
- Eles sumiram! - Sam exclamou, colocando suas mãos na cabeça.
- Como? - perguntou ela o olhando.
- Os óculos estavam na minha mochila e ela não está aqui mais. - respondeu.
- Eles vão ficar bravos. O que vai fazer?
- Procure desse lado. Todo desse lado. - Gesticulou com as mãos, nervoso. - Procure bem. Vou procurar aqui no canto. - A ruiva assentiu, começando a procurar em seu lado do quarto, ela olhou para uma caixa e ia abrir quando Sam a pediu para não fazer isso. - Não, aí, não. É particular. - Pegou a caixa, a colocando na cama. - Desculpe. Não é nada, é que é particular. - mentiu. Ele não queria que ela visse as revistas e fotos de mulheres de biquínis que ele colecionava.
- Você disse para olhar...
- Eu sei, mas não no meu baú de tesouro. - Melanie arqueou as sobrancelhas o olhando, não acreditando no que ele dizia.
- Seja mais específico para eu não ter mais problemas, porque já estou bem estressada. - Ouviu um barulho no jardim, então os dois correram na janela para ver o que era. - Oh não!
- O que foi? - se aproximou da mesma, vendo a cena em seu jardim. - Não. Não. Não! - exclamou desesperado. Todos os robôs estavam transformados em carros, no jardim de sua casa. - Isso não é se esconder. É meu jardim, não uma parada de caminhões. Meu Deus!
Melanie saiu de perto dele, logo continuando a procurar no quarto.
- Ele voltou! - comentou ao olhar para a janela e ver Prime.
Sam olhou para janela, vendo Optimus transformado, pisando nas flores de sua mãe. - O canteiro da minha mãe. Oh não. - se aproximou do mesmo.
- Ops.
- Escute, se os meus pais saírem e virem vocês, vão surtar.
- Precisamos dos óculos. - diz o Prime.
- Sei que precisam, mas procurei por todo lado, mas não estão aqui.
Optimus colocou a mão em sua testa, impaciente. - Continuem procurando.
- Precisam ficar quietos por cinco minutos.
- Dez minutos! - Gritou Melanie, procurando no quarto ainda.
- Dez minutos, okay? - diz Sam. - Eu estou me concentrando junto a Mel, mas com barulho fica difícil. E seu exército de robôs está fazendo isso então faça alguma coisa. - pediu ele.
Optimus se virou para os parceiros, ordenando retirada. - Autobots, retirada.
- Por favor, cinco minutos?
O robô se levantou, saindo de perto da janela de Sam e indo para outra direção. - O que vocês têm? Não conseguem ficar quietos?
O robô Ratchet acabou tropeçando nos fios elétricos, fazendo com que toda luz do bairro acabasse. Os pais de Sam subiram as escadas, procurando por ele.
- Sam? - gritou a mãe dele.
Melanie e o garoto se olharam, vendo que Bumblebee fazia luz para o quarto deles. - Para que essa luz? Tem que apagar essa luz. - Disse Sam, olhando para a porta que seu pai estava batendo na mesma.
- Puta merda! - exclamou Mel.
- Por que trancou a porta? Conhece as regras. Nada de portas trancadas!
Gritou o pai dele, tentando abrir a porta do quarto do filho.
- O que vamos fazer? - Sussurrou a ruiva, olhando por todo o quarto e procurando algum lugar para se esconder.
- Ele vai começar a contar se não abrir a porta. - A mãe de Sam diz.
- Cinco.
- Ai, meu Deus! - exclamou Sam.
Melanie olhou para trás de um armário, se escondendo atrás do mesmo.
- Quatro. Vou derrubar a porta!
A ruiva olhou para Sam e para janela, conferindo se tudo estava ok, e assentiu.
- Três.
O adolescente suspirou, abrindo a porta e olhando para seus pais. - Que foi? Para que o bastão? - perguntou o encarando, fingindo que estava tudo bem e que ele não estava mentindo.
- Com quem estava falando?
- Com vocês. - respondeu o jovem.
- Porque está suado e sujo?
- Sou adolescente.
- Ouvimos barulhos e vozes e achamos... - Foi interrompido pelo marido, pai de Sam.
- Não interessa isso. Que luz era aquela? - Perguntou entrando no quarto do filho, olhando tudo.
- Que luz? Não tem nenhuma luz, pai.
- Tinha uma luz debaixo da porta.
- Deve ter refletido. - Sam olhou na direção que Mel estava, logo olhando para os pais. - Vocês não podem entrar no meu quarto assim. Precisam bater.
- Batemos por cinco minutos.
Melanie tampou a boca, tentando não fazer barulho com suas risadas. Ela estava se divertindo muito com a cena.
- Não bateram. - respondeu aos pais. - Vocês estavam gritando comigo.
- Não.
- Isso é repressão. Estão estragando minha juventude.
- Minha nossa! Está muito na defensiva! Estava se masturbando? - A mãe perguntou, o olhando.
Melanie teve uma ideia, que poderia ajudar Sam naquela situação.
Ela só precisava se ajustar.
- Judy. - O pai de Sam pediu.
- Se eu estava, não, mãe! Não, eu não me masturbo. - Disse o garoto incrédulo. Ele não estava acreditando que teria aquele papo com seus pais na frente da garota que ele gostava.
- Isto não é assunto seu. É assunto de pai e filho.
- Não precisa usar essa palavra se ficar sem jeito. Pode dizer que estava descabelando o palhaço.
- Descabelando o palhaço? - Pai e filho se olharam, não acreditando no que ouviam. - Ou no cinco contra um.
- Pare! Estamos mudando de assunto! - O pai apontou a lanterna para o outro lado do quarto do filho. - Nós vimos uma luz.
- Não, pai!
- País! - Optimus apontou para irem a outra direção, para que não sejam vistos.
- Não sei onde estava, mas nós vimos.
Os robôs foram para o lado onde o pai estava exclamando um "Whoa!", surpreso, e Ironhide sem querer acabou atirando em um poste dali.
- Outro terremoto! Para debaixo do batente! - O pai entrou na banheira, em posição parecida com a de um feto. - Tremor! Odeio isso.
Optimus olhou pela janela - Rápido, esconder. - Ordenou aos robôs.
- Onde?
- Saia da banheira. - A mãe de Sam ordenou ao marido.
O Witwicky mais velho se levantou, olhando a janela e vendo seu jardim.
- Olhe o jardim. Está destruída.
Melanie olhou para janela, vendo que Optimus e os robôs estavam tentando se manter escondidos e suspirou.
Aquilo estava sendo uma longa noite para todos.
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