𝚝𝚠𝚎𝚗𝚝𝚢 𝚜𝚒𝚡
Você tentou não pensar sobre o que aconteceu com Sasuke no corredor, mas estava falhando miseravelmente. Já era ruim o suficiente ter Fumiko dando em cima de Satoru de forma completamente descarada. Não era segredo para ninguém que Sasuke tinha dado algumas leves investidas em você nas últimas vezes em que se encontraram. Só não imaginava que ele iria ser tão descarado que nem a esposa dele.
Isso poderia ser um problema. Talvez não fosse. Mas poderia ser. Beleza que você também deveria ter contato isso ao Gojo e, quem sabe, vocês poderiam pensar em alguma coisa juntos.
Mas você conhecia o platinado. Sabia que ele muito provavelmente perderia a cabeça ao saber o que Sasuke sugeriu. Talvez você até já tivesse certeza disso antes, mas, depois que Satoru falou, com todas as palavras, que gostava muito de você, começou a ficar com medo do que ele poderia acabar fazendo.
Não que ele fosse a pessoa com menos autocontrole ou estressada que você conhecesse. Mas... vai que.
— Bom dia — A voz grave e baixa de Satoru lhe tirou dos seus pensamentos, enquanto ele chegava mais perto de você por trás e colava os seus corpos. Ele enterrou o rosto no seu pescoço, mas não o beijou. Apenas ficou lá, inalando o seu cheiro, como se estivesse tentando gravar na mente, para nunca esquecer. As mãos dele seguraram a sua cintura de uma forma mais firme, juntando ainda mais os seus corpos. Você conseguia sentir a ereção dele crescendo, contra a sua bunda. Tentou não deixar transparecer, mas um suspiro fundo acabou escapando de seus lábios — Eu acordei e você não estava lá — As mãos saíram da sua cintura e rodearam o seu corpo, de forma protetora. Você percebeu que a voz dele estava fraca, provavelmente por causa do sono — Achei que tivesse ido embora.
— Por que eu iria embora?
Você desligou a pia do banheiro. Tinha se levantado mais cedo, com muitas coisas na cabeça, e decidido deixar ele dormir mais um pouco. Estava acabando de escovar os dentes quando ele chegou perto de você.
— Fiquei com medo de o que eu falei ontem tivesse te assustado.
Satoru estava sendo tão sincero que até fez com que uma de suas sobrancelhas arqueasse. Talvez esse fosse um novo ponto da relação de vocês, em que construiriam uma relação de confiança mútua. Sua mente começou a pesar com a ideia de ele estar sendo tão honesto e você estar escondendo tantos segredos.
Não podia contar a ele sobre a agência. Ainda não. Talvez nunca? Você não sabia.
E sobre Sasuke... Você tinha deixado as coisas muito bem claras na semana passada, quando tiveram a interação no corredor. Não voltaram a se encontrar depois disso. Provavelmente tinha algo haver com o fato de que toda vez que você saia de casa, prestava atenção nos sons ao seu redor, para saber se alguém tivesse vindo. Também tinha aprendido como eram os passos de Sasuke, então ficava mais fácil de evitar especificamente ele.
As coisas estavam sob controle. Satoru não precisava se preocupar com isso. Estava tudo certo. Não valia a pena estressar ele com isso.
— É claro que não — Você deixou a escova de dentes em cima do balcão e passou os seus braços por cima dos dele, retribuindo o abraço — Você não me assustou. E eu também retribui o que você disse.
— Eu sei — Um beijo quente foi depositado no seu ombro — Eu não conseguiria esquecer o que você disse nem se eu tentasse — Outro beijo, na base do seu pescoço — Fiquei pensando nisso a semana inteira.
Talvez o seu coração tenha errado uma batida. Só talvez. Talvez você devesse contar o que aconteceu com Sasuke, para se sentir um pouco menos culpada pelas mentiras. Só talvez.
— Satoru, eu... — Você começou a falar, mas ouviu uma pequena criatura de aproximando do banheiro em que estavam, então parou de falar.
— Mamãe, posso ir na sorveteria com Nobara? — Megumi não tinha o costume de entrar no quarto de vocês sem bater, o que fez você presumir que Satoru deixou a porta aberta. E, como a porta do banheiro também estava aberta, ele apenas entrou.
Você sorriu e se virou na direção dele, obrigando Satoru a relaxar um pouco os braços que estavam ao seu redor, para que você pudesse se movimentar.
— Claro, meu amor — O sorriso radiante que ele esboçou fez o seu coração derreter — Pede pra Mei Mei ir com você, tá? Você não pode ir sozinho e eu preciso resolver umas coisas do trabalho.
Passaria a tarde verificando os cais da cidade, atrás daquela pista que conseguiram com o barulho da buzina dos navios. Pensou em deixar isso de lado por um tempo, mas a agência está cobrando muito de vocês e precisavam apresentar algo, ou a missão seria suspensa. E se você não tivesse mais utilidade para eles, então...
— Tudo bem — A voz dele parecia menos alegre, mas ele concordou e saiu.
O tempo se passava e a relação de Megumi com Mei Mei não melhorava nada. Também não piorava, mas ela já era ruim o bastante para que o mais novo evitasse ela o máximo possível. Mesmo assim, Megumi era um ótimo ator. Sempre conseguia fingir, fora de casa, que gostava dela. Aquilo lhe assustava um pouco.
— Agora que nosso filho já resolveu o que tinha que resolver com você... — A voz de Satoru estava mais acordada do que antes e ele falava com uma luxúria que fez os seus ossos tremerem — Tá na minha vez.
Nem percebeu direito quando ele fechou a porta do banheiro e a trancou. Seu corpo ficou tenso. Depois que admitiu que gostava dele, o sexo de vocês começou a ser mais... intenso? talvez essa seja a palavra certa.
Os olhos dele estavam famintos quando ele se virou na sua direção de novo. Você engoliu seco, mas não teve muito tempo para sentir ansiedade, porque, um segundo depois, os lábios dele clamavam os seus de uma forma desesperada e possessiva.
A língua dele invadiu sua boca com tanta agressividade que você recuou um passo para trás, batendo a bunda na borda do balcão.
Satoru não perdeu tempo. Usou as duas mãos para erguer as suas coxas e, no momento em que você estava sentada em cima do móvel, abriu as suas pernas e se colocou entre elas.
O pênis dele, já completamente duro, roçava na sua intimidade. Você já sabia que estava encharcada apenas com aquilo. O atrito fazia leves gemidos escaparem dos seus lábios, que seriam inapropriadamente altos se a boca dele não estivesse colada com a sua, os abafando.
Você entrelaçou os braços no pescoço dele, usando uma das mãos para guiar o beijo, que estava desajeitado por causa da urgência dele, puxando, não tão delicadamente, fios de cabelo da nuca dele.
Ele pressionava cada vez mais o quadril para frente, enquanto se movimentava mais e mais rápido. Quando tiveram que quebrar o beijo para respirar, você já estava bem perto de um orgasmo. Mas, foi quando ele arrancou a blusa que você usava de pijama e levou a boca até um de seus seios, mordendo o seu mamilo, que você atingiu o ápice.
O orgasmo percorria o seu corpo de uma forma violenta e rápida. Geralmente você conseguia se preparar para recebê-los. Mas, dessa vez, lhe atingiu com tanta força que suas pernas teriam cedido se você não estivesse sentada.
— Gozou só com isso, amor? — Satoru sussurrou no seu ouvido, obviamente ainda não satisfeito — Eu nem precisei enfiar um dedo.
Ele se afastou de você, mas sua mente não era ingênua o suficiente para acreditar que iriam ficar por ali. Os olhos dele brilhavam com um tipo de luxúria mais perigosa ainda.
Fodeu... Você pensou, enquanto observava ele tirando a camisa branca.
Você ainda não tinha se acostumado com o quão perfeito o corpo daquele homem era. Talvez, provavelmente, nunca se acostumaria.
Satoru abaixou a calça moletom até os tornozelos e você engoliu seco ao ver o membro dele, tão duro que era capaz de estar doendo. Talvez nunca se acostumasse com o tamanho dele também.
Não foi preciso que ele falasse para você descer do balcão e arrancar o short moletom e calcinha do seu corpo, o olhar dele já dizia isso por si só. Então, assim que as roupas saíram do seu corpo, ele lhe beijou de novo, tão intensamente quanto da primeira vez, e lhe colocou sentada no balcão de novo.
Depois de posicionar a cabeça do pau dele na sua entrada, ele estocou tão fundo que sua visão ficou turva. Satoru lhe fodia rápido e com força desde o início, incansável.
Você jogou a cabeça para trás e deixou que ela encostasse no espelho atrás de você. Aquilo era um absurdo. Você tinha acabado de ter um orgasmo e já estava perto de gozar de novo.
O membro dele lhe invadia. Preenchia todo o seu íntimo por completo, em espaços que, antes dele, você nem sabia que era possível um pênis preencher. Se sentia completa e não queria que aquela sensação acabasse nunca.
Satoru se inclinou para frente, enfiando o rosto na curvatura do seu pescoço, mordendo, lambendo, beijando. Aparentemente ele não se importava muito com a ideia de deixar marcas. Ele sussurrava no seu ouvido. Coisas como "caralho caralho caralho"; sobre o quanto você era gostosa; sobre o quanto você era linda; sobre o seu corpo ser a junção perfeita de tudo o que ele achava mais atraente em uma mulher; sobre o quanto era delicioso te foder.
E, assim que o dedão dele pressionou o seu clítoris, sem nem mesmo se mover, você gozou de novo, sentindo aquela onda de eletricidade, quase que insuportável de tão gostosa, passear por todo o seu corpo. Logo depois, sentiu o gozo dele preenchendo o seu íntimo.
Você estava sem ar e levemente desorientada.
Satoru ainda passou alguns segundos dentro de você, também recuperando o fôlego, antes de retirar o pênis dele. Você conseguia sentir o gozo escorrendo entre suas coxas, mas estava fisicamente incapaz de se mover para limpar.
Percebendo isso, o platinado sorriu e lhe pegou o colo novamente, dessa vez lhe levando para o box. Não era a primeira vez que ele lhe dava um banho depois de uma rodada de sexo que deixava suas pernas fracas. Na verdade, a maior parte das vezes em que vocês transavam acaba com suas pernas fracas demais para se sustentarem sozinhas.
Foi um banho rápido e prático, apenas para tirar o cheiro de sexo e limpar suas penas, que tinha uma mistura do gozo dele com o seu. Satoru era delicado enquanto passava sabonete por todo o seu corpo. Dava alguns beijinhos na sua pele e perguntava se você estava bem de cinco em cinco minutos. Muito diferente do Gojo de alguns minutos atrás: insaciável e desesperado.
— Eu vou me encontrar com Suguro no bar — Ele disse, enquanto lhe secava com a toalha — Quer que eu compre alguma coisa na volta?
— Não precisa — Você respondeu e, depois de ser capaz de se sustentar em suas próprias pernas, começou a trocar de roupa — Eu vou aproveitar pra trabalhar agora de manhã e quando Megumi chegar, a gente te espera assistindo alguma coisa.
— Certo — Ele depositou um selinho, não tão rápido assim, nos seus lábios — Eu prometo que não vou demorar.
— Não precisa ter pressa — Disse, quando ele se afastou, mas não conseguiu afastar os olhos dele enquanto ele se trocava. Sério, com certeza dava para estudar anatomia com os músculos daquele homem — Vá se divertir com seu amigo.
Ele não tentava mais esconder o sorriso quando você falava que Geto era amigo dele. Ou negar. Vocês dois já passaram desse estágio.
— Eu vou lá, então — Satoru falou, antes de deixar mais um selinho demorado em seus lábios. Mais uma daquelas promessas dele de que, quando voltassem, iriam repetir o que acabaram de fazer — Até mais tarde, Senhora Gojo.
Com uma piscadela, ele saiu do banheiro. Você continuou ouvindo os passos dele se afastando, até que entrassem no elevador lá fora e as portas se fechassem.
Estava sozinha na casa. Era hora de começar a trabalhar, depois de muitas semanas enrolando e apenas aproveitando a vida de casada.
Satoru quase não chegou na hora marcada, mas conseguiu entrar no bar um minuto antes. Como de costume, o lugar estava praticamente vazio. Ele só não sabia se era porque Suguro se certificava de que ninguém estivesse por perto boi porque as pessoas não costumavam começar a beber antes de meio dia. Vai saber.
— Quase atrasado — Geto brincou, olhando para o relógio.
— Peraí, porra — Satoru se jogou na cadeira a frente dele — Um minuto adiantado.
Não demoraram para acenar para o garçom e pedirem "o de sempre", que eram duas cervejas artesanais geladíssimas, ao ponto de congelar o cérebro se bebesse muito rápido.
Demorou mais ou menos meia hora de conversa para o Gojo sentir que tinha alguma coisa errada. Na verdade, ele tinha percebido nos dois primeiros minutos, mas os outros vinte e oito foram o tempo que ele levou para decidir trazer o assunto à tona. Poderia ser por causa do trabalho com a máfia. Nesse caso, o platinado não queria que Geto se sentisse pressionado a falar. Mas a genuína curiosidade venceu e ele decidiu abrir a boca.
— O que tem de errado com você?
— Como assim? — A testa franzida do moreno era digna de um Oscar.
— Qual é, Suguro — O platinado riu, descontraído, embora estivesse meio tenso — Eu te conheço melhor do que qualquer um. Sei que tem alguma coisa te incomodando.
Dessa vez, o rosto de Geto ficou sério e talvez até pensativo, como se estivesse cogitando se compartilharia a informação ou não.
— Tudo bem — Ele decidiu, depois de um suspiro cansado — Se lembra do seu vizinho?
— Sasuke?
— Esse mesmo — Suguro cruzou os dedos das mãos em cima da mesa e olhou com intensidade para o amigo. Ok. Talvez essa conversa não fosse o trabalho da máfia — Semana passada, ele falou com [Nome] no corredor e chamou ela pra ir na casa dele porque a mulher estava viajando.
— Ele o que? — Agora, eram as sobrancelhas de Satoru que estavam franzidas.
— [Nome] obviamente foi bem educada e recusou o convite — Ele analisou a expressão do platinado e deixou um sorriso divertido escapar dos lábios — Imaginei que ela não tivesse te contado.
— Calma calma calma — Satoru repetiu, levantando as duas mãos — Aquele filho da puta falou o que pra minha mulher?
— Primeiro, ele disse que você e a babá estavam tendo um caso — Geto explicou, de forma paciente, mas ainda sem conseguir conter uma leve expressão de diversão — [Nome] explicou que não era essa a situação e tudo mais. Depois, seu vizinho... esqueci o nome dele... enfim, isso não é importante — Ele deu de ombros — Esse "filho da puta", palavras suas, não minhas, disse pra [Nome] que a mulher deve estava viajando e que, quando ela quisesse, podia lá para "aliviar o estresse". Sua esposa, como a incrível mulher que ela é, recusou de forma muito educada e ainda meteu um "você é um ótimo amigo" no final.
Os punhos de Satoru se cerraram com tanta força que ele largou a caneca de cerveja, com medo de acabar quebrando o vidro. Ele ia matar Sasuke. Já estava com raiva dele para caralho pelas discretas investidas que ele estava dando em você desde que vocês se mudaram. Mas lhe convidar na cara dura para ir pro apartamento dele? Sasuke, no mínimo, estava pedindo para morrer. E o Gojo ficaria mais do que feliz em atender a esse pedido.
— E justamente por isso que ela deve não ter te contado — A voz de Suguro fez o platinado perceber que o amigo ainda estava lá — Sabe, eu te considero um cara muito tranquilo e frio em situações complicadas. Mas, quando se trata de [Nome], você meio que vira um animal.
— Ela é a minha mulher.
— Ela é uma mulher forte, Satoru — Agora, o sorriso de Suguro era genuinamente sincero — Não consigo imaginar [Nome] em uma situação que ela não consiga resolver sozinha.
Apesar das palavras lindas, o ódio e a raiva ainda estavam deixando o Gojo cego. Ele poderia facilmente matar Sasuke e fazer parecer que foi um acidente ou suicídio. Não seria nem um pouco difícil. Nem a agência iria conseguir provas de que foi ele mesmo que o matou.
Mas, no meio de tanta raiva, algo passou pela mente dele.
— Como você sabe que isso aconteceu?
Por uma fração de segundo, Suguro ficou tenso, mas aquele sorriso confiante e misterioso, que ele sempre exibia quando não queria dar uma resposta, voltou aos lábios dele.
— Tenho meus contatos.
Satoru sabia que tinham escutas, talvez câmeras, no hall de entrada. Ele tinha verificado toda a casa, mas não o saguão do seu andar. Isso era um problema, mas bem de leve. Vocês nunca faziam ou falavam algo comprometedor no corredor, apenas dentro do apartamento, justamente por isso. Estavam preparados. Conversaria com você sobre isso depois e resolveriam o que fazer.
Mas, no momento, os pensamentos dele estavam direcionados para outro problema. Que envolvia um filho da puta dando em cima da mulher que ele amava.
O platinado não era assim. Ele não se importava com esse tipo de coisa. Não se importava se alguém tentasse algo com uma mulher com quem ele já transou. Mas você... Ninguém, jamais, tocaria em você além dele. Você já era dele a muito tempo, do mesmo jeito que ele já era seu a mais tempo ainda.
— Eu normalmente diria pra você tentar deixar pra lá, já que ela conseguiu resolver sozinha — Suguro deu de ombros, relaxado — Mas, te conhecendo, você não vai conseguir deixar a situação barata — Agora, os olhos dele ficaram sombrios, de uma forma que Satoru nunca tinha visto antes, mas isso não o incomodou, nem um pouco na verdade — Eu posso dar um jeito nele, se você quiser.
O Gojo sabia o que significava esse "dar um jeito" e se pegou ponderando sobre isso por muito tempo. Tempo demais para ser minimamente aceitável.
Você estava a quase quatro horas seguidas na frente do computador. Megumi já tinha voltado e estava na sala assistindo televisão. Mei tinha ido embora assim que voltou com ele. Não era normal ela trabalhar em um final de semana, mas, já que você ia precisar de um tempo no computador, pediu que ela viesse.
Seus olhos já estavam começando a ficarem secos e sua cabeça poderia ter um curto circuito a qualquer momento. Até que ouviu a porta da frente se abrindo.
— Papai! — A alegria no grito de Megumi nunca diminuía, não importava quantas vezes Satoru chegasse em casa.
Salvou o seu trabalho e colocou na pasta de assuntos confidenciais até para o platinado. Tinha descoberto algumas coisas bem interessantes e não pretendia compartilhar todas elas com a agência, nem com Satoru. Mais um item para a sua lista de mentiras, que só fazia crescer.
— Como foi com Suguro? — Você perguntou, assim que ouviu ele entrando no quarto.
Ainda não tinha se virado na direção dele quando o Gojo fechou a porta do quarto de vocês.
— A gente pode fazer isso quando Megumi estiver dormindo — Mas, assim que se virou para ele, percebeu a expressão séria no rosto de Satoru — Aconteceu alguma coisa?
— Suguro me contou o que Sasuke fez.
Ah... Okay. Talvez você tivesse se precipitado demais quando pensou que o assunto da conversa séria sexo.
— Por que não me contou? — Tinha um leve tom de tristeza na voz dele, o que fez o seu coração se partir em alguns pedaços.
— Eu sabia que você ia ficar irritado e...
— Irritado!? — Ele obviamente estava se controlando para não gritar — Eu tô puto pra caralho, [Nome]. Não com você, mas com ele — Ele apontou para a parede que dava em direção ao apartamento ao lado — Como é que aquele filho da puta tem coragem de convidar minha mulher pra casa dele obviamente pra transar?
Você não deixou passar o "minha mulher", mas pareceu um péssimo momento pontuar isso.
— E foi exatamente por isso que eu não contei — Você se levantou da cadeira e foi até ele, pegando as mãos dele com as suas. O Gojo estava irritado até demais, mas deixou que o contato acontecesse sem restrições — Eu consegui resolver as coisas, tá certo? Tá tudo bem agora e, mesmo que ele me convide de novo, eu vou dizer não de novo.
Você tinha um sorriso tranquilizador nos lábios, na esperança de que isso fosse acalmar ele.
— Eu vou matar aquele cara, [Nome].
Sua expressão se fechou na hora.
— Se você fizer isso, eu saio da missão — Era mentira, você nem poderia se tentasse, mas falou mesmo assim — Não quero você matando ninguém por ciúmes.
— Não é... — Ele se calou no momento em que uma de suas sobrancelhas se arqueou — Tá bom.
Ele não estava satisfeito, mas o fato de não ter discutido mais arrancou um sorriso divertido seu.
— Então temos escutas nos corredores? — Você perguntou.
— Temos.
— A gente resolve isso na próxima semana.
— Por favor — Ele lhe puxou pelas mãos, que ainda estavam entrelaçadas nas dele, e envolveu você com os braços — Não aguento mais resolver confusão hoje.
O abraço ao seu redor ficou mais forte ainda e você acabou retribuindo o gesto, passando seus braços pela cintura dele e acomodando seu rosto no meio do peitoral definido. Poderia usar aqueles peitos de travesseiro se eles não fossem tão duros.
— Você confia em mim? — A pergunta dele saiu tão fraca que você quase não ouviu.
— Eu tenho problemas com confiar nas pessoas — Admitiu, em um suspiro — Mas tô trabalhando nisso com você, porque eu quero confiar em você.
— Tudo bem — Um beijo foi depositado no topo da sua cabeça — Vou ficar aqui esperando.
Você o abraçou com mais força e ele entendeu o seu agradecimento silencioso.
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