𝚜𝚒𝚡𝚝𝚎𝚎𝚗

Os olhos de Satoru sempre tinham certa dificuldade para se abrirem de manhã, mas naquele dia estava ainda pior do que o normal. Depois de passarem a madrugada inteira descontando a indecisão de seus próprios pensamentos na cama, vocês dois apenas tiveram tempo de tomar um banho rápido e cair no colchão, sem nem ao menos fecharem as cortinas.

Somente quando já tinha se acostumado com a claridade, o platinado abriu levemente os olhos, percebendo que você ainda estava adormecida entre os braços dele. Não eram todos os dias que vocês dormiam agarrados assim. Na verdade, até onde ele se lembrava, era a primeira vez.

O Gojo nunca dormia com as mulheres que levava para cama. Tudo bem que vocês sempre dormiam juntos depois de transarem por causa da missão, mas geralmente cada um ia para o seu lado e pronto. Naquele dia, ele tinha acordado com você entre os braços dele.

Normalmente, essa seria uma típica situação em que ele se sentiria totalmente desconfortável. Mas ter o seu corpo colado no dele era uma sensação completamente nova, que passava muito longe de desconforto. O calor das suas costas nuas, coladas com o tronco dele, fez com que Satoru desejasse que você nunca acordasse.

Queria poder apenas ficar assim para sempre e se esquecer da porra da missão, que ele já não aguentava mais. Não que ele quisesse que ela acabasse logo, até porque isso significaria que cada um de vocês seguiria suas vidas normalmente, como se nunca tivessem se conhecido. Mas ele queria, só por um momento, esquecer que ela existia e acreditar que aquela era realmente a vida real dele.

Caralho, eu 'tô parecendo um idiota — Ele pensou, assim que percebeu o caminho emocionado que seus pensamentos estavam tomando.

Satoru não era assim e nem nunca foi. Ele não era o tipo de cara que se apaixonava; não era o tipo de cara que ficava imaginando um futuro junto de alguém; não era o tipo de cara que admitia para si mesmo que amava alguém; e, principalmente, não é o tipo de cara que arriscaria absolutamente tudo para poder ficar junto dessa pessoa.

Ele não conseguiu ir muito longe nos pensamentos. Você murmurou baixo, sinal de que estava acordando, e se mexeu um pouco na cama, roçando levemente no corpo nu do Gojo.

Foi a risada baixa, mas divertida, dele que lhe fez acordar, mas não no susto, como era de costume. Geralmente, você acabava acordando com o som de algo e já ficava em estado de alerta. Mas talvez o calor e conforto que o corpo do platinado, que lhe rodeava de uma forma não sufocante, tenha feito você se acalmar inconscientemente.

Seus olhos abriram devagar, até que você percebeu que estavam dormindo de conchinha. Por mais que seu primeiro extinto tivesse sido quebrar o contato, você não fez isso. Apenas se aconchegou mais no corpo dele e aproveitou que ele estava lhe esquentando do ar-condicionado gelado. Era tão confortável ficar assim.

— Desculpa ter te acordado — A voz rouca dele, não no intuito de ser sensual, mas pelo sono mesmo, atingiu os seus tímpanos em um som bem baixinho.

— Não tem problema — Você respondeu, ainda de costas para ele — A gente precisa acordar de qualquer jeito. Você tem que ir trabalhar e Megumi precisa ir pra escola.

Satoru não respondeu, mas você sentiu o movimento de ele concordando com a cabeça.

Mesmo que vocês tivessem que levantar para ingressarem na suas vidas "reais", nenhum de vocês fez isso. Estava tudo confortável demais para que vocês se levantassem. Ao invés disso, o Gojo começou a brincar com uma mexa de cabelo sua, enquanto pensava o quão bonita você ficava quando acordava. Não era sempre que ele conseguia ver, já que você geralmente se levantava antes dele acordar, então queria aproveitar um pouquinho.

— Lembra que no primeiro dia de missão eu tentei te levar pra cama e você disse que não tava interessada em nenhuma das minhas "brincadeirinhas"? — A pergunta dele arrancou um sorriso involuntário dos seus lábios. Era claro que você se lembrava muito bem daquele dia.

Você tinha queimado sua própria língua já fazia muito tempo. Se bem que, quando o assunto era resistir a Satoru Gojo, você até se dava um pouco de crédito por ter durado mais de um mês.

— Eu disse que se você encostasse um dedo em mim eu ia pular fora da missão — Você respondeu, ainda com o sorriso no rosto, se relembrando daquele dia.

— Quando você saiu do quarto, eu jurei pra mim mesmo que eu ia fazer você voltar atrás — Ele ainda brincava com a mecha do seu cabelo, de forma distraída, enquanto um sorriso também se formava nos lábios dele — Tenho quase certeza de que eu consegui.

Isso conseguiu arrancar uma risada divertida sua, que se levantou um pouco, apenas para pegar o seu próprio travesseiro e jogar nele, quebrando o contato de seus corpos.

— Você 'tava tão desesperado assim pra transar?

Você aproveitou a deixa para se levantar da cama. Por mais que não quisesse, vocês ainda tinham um dia inteiro pela frente.

— Não — Satoru também se levantou da cama, caminhando atrás de você até o banheiro da suíte — Eu 'tava desesperado pra transar com você.

Não consigo imaginar o porquê — Não tinha sarcasmo na sua fala.

— Peraí — Ao mesmo tempo em que falava, ele abriu a porta do box, ligando o chuveiro e, enquanto esperava que a água esquentasse, foi escovar os dentes ao seu lado, que também fazia isso — Você é gata... e gostosa pra caralho — Disse, pausadamente, por causa da escova de dentes na boca — É claro que... eu ia ficar louco... pra transar com você.

— Satoru, você é, disparado, o homem mais galinha de todo o Japão — Você já estava entrando dentro do box, sentindo as gotas de água morna relaxando todos os seus músculos, exaustos dos seguidos orgasmos que teve na noite anterior — Com certeza você já pegou milhares de mulheres mais gatas e gostosas do que eu.

Nenhuma delas chegava sequer aos seus pés — Mas ele não falou isso em voz alta. Não podia deixar tão na cara assim, como tinha feito ontem. Já bastava ter dito em voz alta que você era a mulher mais sensacional que ele já conheceu em toda a vida, não precisava acrescentar que, para ele, todas as outras mulheres com quem ele já transou na vida pareciam horríveis quando comparadas com você — Você se subestima demais — Foi o que ele respondeu, em um leve tom de piada.

Você não sabia exatamente o que esperava ouvir, mas a resposta dele fez o seu estômago revirar, e não de uma forma boa. Tinha sido idiotice falar sobre as mulheres que Satoru já tinha levado para a cama. Ele tinha saído com modelos, atrizes... mulheres muito mais impressionantes do que você. Não devia ter tocado nesse assunto, se sabia que ficaria incomodada.

Na verdade, você não sabia dizer o motivo pelo qual tinha falado aquilo. Talvez você só quisesse ouvir que você era especial ou tentar arrancar algum indício de que o Gojo realmente sentia algo por você, assim como você sentia por ele. Mas, no final, você só acabou frustrada.

Não podia culpar o platinado por não corresponder aos seus sentimentos. Ele poderia ter, literalmente, qualquer mulher do mundo que quisesse. No final das contas, por que ele escolheria você?

— Como foi a reunião ontem? — Você perguntou, tentando afastar os pensamentos, enquanto começava a lavar o cabelo e observava o platinado entrar no box com você — Acabei esquecendo de perguntar.

— Não te culpo por isso — O sorrisinho pretensioso que ele tinha no rosto foi o suficiente para fazer você revirar os olhos e jogar um pouco de água nele, que apenas riu de volta — Foi normal. Não durou mais que cinco minutos.

— Alguma coisa importante?

Satoru pensou seriamente durante alguns poucos segundos em não contar a parte em que você precisava se encontrar frequentemente com Nanami a partir dessa semana. Ele queria, ao máximo, evitar que vocês dois se cruzassem, mas também sabia que isso seria um problema para a missão e, por mais que não gostasse de admitir em voz alta, ele era até bem responsável quando o assunto era trabalho.

— Masamichi decidiu mudar o sistema de comunicação entre a gente e a agência — Uma de suas sobrancelhas se arqueou ao ouvir aquilo. De fato, não dava para o Gojo ficar pedindo folga no trabalho toda vez que a agência precisasse falar com ele, você só não imaginava que resolveriam o problema tão rápido assim, levando em consideração que Geto controla quase todas as linhas de comunicação da cidade.

— E como vai ser?

Ele suspirou antes de responder.

— Vamos trocar cartas — O platinado não olhava na sua direção enquanto falava — Mais especificamente, você vai trocar cartas com Nanami.

Agora, suas sobrancelhas estavam franzidas.

— Imaginei que tinha um motivo melhor pra ele ter sido mandado pra cá, do que ficar de babá de dois adultos — Você não sabia dizer se isso era uma piada, até porque você falou de forma séria — Ele falou com que frequência eu tenho que ir no bar?

— Mais ou menos uma vez por semana.

— Tudo bem — Você disse, depois de assentir com a cabeça — Vou passar lá no final de semana pra combinar umas coisas com Nanami.

Satoru não respondeu e você sabia muito bem o porquê. Provavelmente não existia nada que você pudesse dizer para fazer ele se sentir melhor. O ego sensível do Gojo já tinha sido muito ferido pelo loiro naquele dia. Você só queria que ele percebesse que, não importa o quão incrível Nanami fosse, ele nunca chegaria aos pés do platinado.

Mas, ao invés de usar palavras, você apenas colocou uma mão em cada lateral do rosto dele, trazendo Satoru para mais perto, até que seus lábios colidissem em um selinho demorado e molhado por causa do chuveiro. Ele não demorou para colocar as mãos na sua cintura, mas não existia nenhum tipo de luxúria entre o contato de vocês.

Somente quando você se afastou um pouco, voltou a encarar aquelas orbes azuis, que eram tão penetrantes quando um céu estrelado.

— Vai dar tudo certo — Foi o que você conseguiu pensar em falar, mas ele sorriu e você assumiu isso como uma vitória.

— É claro que vai.

Vocês acabaram o banho juntos, enquanto falavam sobre os próximos passos da missão. Era a primeira vez em que vocês tomavam banho juntos, já que todo o sexo era voltado para a cama e você geralmente acordava mais cedo do que ele. Mesmo assim, parecia tão natural. Como se vocês realmente fizessem isso com muita frequência.

Talvez você até começasse a acordar mais tarde depois disso, apenas para que mais momentos como esse pudessem acontecer.

— Inclusive, marquei outro encontro com Geto — Ele ensaboava as suas costas, de uma forma tão leve que nem parecia ele mesmo.

— Quando?

— No sábado, depois que as crianças forem pra excursão.

— Ele vai levar Yuji pra escola nesse dia — Você falou, tentando se lembrar do que tinha conseguido ver da agenda dele — Acho que vai ser a primeira vez que ele vai pisar no colégio esse ano.

— Como você sabe que ele vai 'tá lá? — Satoru largou suas costas e foi passar shampoo no próprio cabelo, enquanto você se enxaguava.

— Consegui invadir a conversa de alguns homens dele, mas eles não são de muita confiança, então não ficam com informações muito importantes.

— Achei que os celulares dos homens dele fossem protegidos.

— Parece que tem um grupo deles que comprou uns celulares por fora e não registraram — Você deu de ombros — Pena que nenhum deles tem uma posição alta no grupo.

Não era de hoje que o Gojo percebeu o quão incrível você era no que fazia, mas toda vez que ele ouvia você falar sobre seus descobrimentos, de uma forma tão simples, como se qualquer um conseguisse fazer aquilo, ele ficava cada vez mais impressionado com você.

— Temos algum plano? — Ele perguntou, tentando não passar muito tempo lhe admirando, mesmo sendo quase impossível não fazer isso.

— Acho que podemos só ver onde vai dar — Você respondeu, já saindo do box e se enrolando em uma toalha — Provavelmente ele vai sugerir que vocês dois vão direto pro bar. Você só vai ter que fingir supresa quando vir ele lá e eu vou ter que fingir que não conheço ele. Mas isso é tranquilo.

— Se você consegue fingir que me ama, tenho certeza de que fingir que não conhece alguém é tarefa de criança.

Não era exatamente isso o que ele queria falar, mas Satoru só percebeu depois que as palavras saíram da boca dele. Ele não sabia exatamente o que queria com aquilo, talvez um "mas eu não finjo que te amo" ou algo parecido. O platinado sabia que quebraria a cara com aquilo, mas foi mais forte do que ele.

Você ficou sem reação por um tempo e agradeceu ao fato de estar de costas e ele não ter visto os seus olhos se arregalando instantaneamente. Não sabia o que responder, mas sabia que não podia demorar muito, se não ele perceberia que você ficou abalada com a fala dele.

— Não acho que eu seja tão boa assim na parte de atuação — Disse, se enrolando na toalha e andando em direção ao quarto, em uma tentativa desesperada de acabar logo com aquela conversa — Você finge bem melhor do que eu.

Foi a vez de Satoru ficar sem palavras, mas, para a sorte dele, você já tinha saído do banheiro e entrou no quarto, indo até o armário para escolher suas roupas. Ele só queria dizer que não estava fingindo; que realmente amava você; que se sentia um merda por não ser recíproco; que queria que você respondesse o mesmo. Mas ele apenas soltou uma risada fraca e também saiu do box, se enxugando com a toalha dele.

Você colocou roupas bem leves. O dia estava quente demais e o frio do ar-condicionado já tinha ido embora desde que vocês tinham o desligado. Além disso, você não sairia de casa nesse dia. Tinha que arrumar um jeito de colocar escutas naquele bar que Satoru e Geto sempre iam. Você já sabia que aquele era um ponto de encontro de Suguro com outras cabeças do tráfico, mas também sabia que o lugar era sempre revistado, para ver se alguém tinha colocado uma escuta durante alguma reunião. Seria muito arriscado se o platinado fizesse alguma coisa.

— Vai ficar em casa hoje? — Ele tentou puxar qualquer conversa, apenas para tirar aquele clima tenso do banheiro.

— Uhum — Você respondeu, quanto acabava de vestir o seu short — Tenho que resolver umas coisas.

Satoru abriu a boca para perguntar sobre o que era, mas uma batida na porta fez ele se calar de novo. Já que você estava vestida e ele estava com a toalha pendurada na cintura, você abriu a porta, já sabendo quem esperava do outro lado.

— Mamãe, a gente pode fazer panqueca hoje? — Megumi ainda não estava com o uniforme da escola, mas dava para ver que ele já tinha tomado banho.

— Acordamos um pouco mais cedo hoje — Você respondeu, pegando o celular na cabeceira ao lado da cama e vendo a hora — Então podemos sim. Acho que tem Nutella na despensa.

— Oba! — Ele pegou sua mão e começou a lhe puxar em direção à porta do quarto — Então, vem, mamãe. Vamos fazer panqueca!

Você riu com o entusiasmo e nem ousou dizer "não". Satoru apenas revirou os olhos ao ver uma criança de seis anos conseguir arrancar uma mulher dele. Mesmo assim, voltou a se concentrar em trocar de roupa e ficar pronto para o trabalho. A semana seria longa demais e ele precisava estar preparado para ela.

Como de costume, não demorou muito para que o Gojo ficasse pronto. Naquele dia o banho tinha sido mais demorado porque vocês tomaram juntos, mas, tirando isso, ele geralmente ficava pronto em menos de meia hora. Já fazia um tempo desde que ele tinha parado de passar vários minutos se olhando no espelho, tentando ficar o mais impecável possível para atrair o máximo de olhares que conseguisse.

Foi apenas quando pensou nisso, que ultimamente ele só se sentia na obrigação de ficar o mais apresentável possível quando estava saindo com você, que ele balançou a cabeça e tentou afastar os pensamentos. Ele estava mole demais, tanto que nem parecia ele mesmo.

Soltando um suspiro cansado, Satoru colocou o relógio no pulso, pegou o celular e saiu do quarto. Os passos deles eram calmos e tranquilos. Ele cogitava em não tomar café da manhã com você e Megumi porque queria chegar mais cedo no trabalho, mas, assim que olhou para a frente, os passos dele cessaram.

Megumi gargalhava horrores, depois de ter melado o dedo de Nutella e passado no seu rosto, deixando um rastro de chocolate na sua bochecha. Você também ria até quase passar mal, mais da risada do mais novo do que do chocolate em si. Ele estava sentado no balcão da cozinha e os ingredientes da panqueca estavam espalhados ao redor dele.

O platinado se sentiu, mais do que qualquer coisa, em casa. Era como se aquilo fosse a real vida dele e não apenas uma missão. Ver a forma como você e Megumi estavam conectados fez ele se perguntar se você também se sentia da mesma forma que ele.

Seus olhos encontraram os dele e você não desviou o olhar. O sorriso radiante ainda continuava no seu rosto e Satoru percebeu que nunca tinha lhe visto com um sorriso tão sincero no rosto.

Você fez um sinal para ele se aproximar, o que foi o suficiente para tirar ele do transe. Sem perder mais tempo, ele se juntou a vocês.

Megumi tentou melar o rosto do pai também, mas falhou miseravelmente, arrancando mais rodadas estridentes suas. Você estava leve, como se nada pudesse estragar aquele dia; como se vocês não tivessem obrigações para fazer depois daquilo; como se fossem uma família de verdade.

— Acho que ficou pronto — Você disse, tirando a última panqueca da frigideira e colocando em cima da pilha que vocês tinham feito.

— A gente pode fazer de noite também? — Megumi perguntou, animado.

— Não é saudável comer panqueca duas vezes no dia — Satoru repreendeu, se sentando na mesa e colocando duas panquecas no prato dele.

— Não é justo. A gente quase nunca faz alguma coisa assim.

Você sabia que ele estava triste. Esses momentos descontraídos não só faziam você e o Gojo se esquecerem que isso tudo era uma missão, mas Megumi também. Para ele, deveria ser ainda mais difícil na hora de se lembrar que tudo aquilo era apenas uma farsa.

— E se a gente jogar um jogo mais tarde? — Um pouco do brilho no olhar dele começou a voltar — Depois que Satoru voltar do trabalho, podemos jogar antes de você dormir.

— Você não vai trabalhar?

— Vou, mas consigo acabar antes dele chegar.

— Eba! 'Tá bom!

Você ficou satisfeita. O sorriso genuíno de Megumi era o suficiente para acalmar sua alma.

Seus olhos se voltaram para o platinado, assim que percebeu que ele estava lhe encarando. Ele tinha um sorriso sincero e satisfeito no rosto. Você começou a se perguntar se ele estava tão feliz quanto você naquele momento, mas resolveu não nutrir muito essas dúvidas. Apenas respondeu o sorriso com outro, tão sincero quanto.

Não demorou muito até que os seus meninos fossem embora, até porque Megumi estava quase atrasado para a aula e Satoru tinha que trabalhar dois turnos naquele dia. Você se dispôs a lavar os pratos e arrumar a cozinha, como uma verdadeira dona de casa faria.

Somente quando tudo estava impecável, você voltou para o quarto e abriu o seu notebook. Ainda tinha que encontrar uma forma de colocar escutas no bar onde Geto fazia as reuniões, mas, assim que sua tela se abriu, você se lembrou de algo.

Tinha que fazer uma outra pesquisa que já martirizava sua cabeça fazia muito tempo. Por isso, abriu uma pasta que nem a agência conseguiria visualizar e começou a trabalhar. Fez uma nota mental para apagar tudo quando acabasse, até porque Satoru nunca poderia desconfiar sobre o que você vinha trabalhando nas últimas semanas. E, principalmente, a agência nunca poderia nem desconfiar que você estava invadindo o sistema deles para pegar algumas informações tão confidenciais que nem o próprio platinado sabia.

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