𝚏𝚒𝚏𝚝𝚎𝚎𝚗
Definitivamente, ontem foi um dia estressante. Depois de chegarem em casa, você e o Gojo não trocaram uma palavra sobre o fato de outro membro do serviço secreto ter sido mandado para a missão de vocês. Sinceramente, você estava até feliz com isso. Tinha ficado irritada com o fato de Nanami ter sido mandado para investigar como vocês estavam indo.
Até entendia o fato de Masamichi querer ficar de olho em você, até porque não fazia muito tempo desde que você fazia trabalhos ilegais. Mas imaginava que ele não ficaria tão na cola já que Satoru estava lá. Mesmo que ele fosse um dos agentes mais imprevisíveis que eles tivessem, todo mundo sabia o quão profissional o platinado era quando se tratava das missões.
Mesmo com todos esses pensamentos em mente, não estava muito afim de compartilhar eles. Já estava preparada para não ter essa conversa com o Gojo, até que ele tocou no assunto.
— Você deve saber que Nanami é um dos membros da agência — A voz dele era calma e as orbes azuis não estavam na sua direção enquanto falava.
— É, eu sei — Respondeu, dando de ombros, voltando seu olhar novamente para o computador na sua frente — Eu lembro da ficha dele.
Vocês estavam no quarto. Megumi estava na escola e Satoru tinha sido dispensado do trabalho, já que ele teria uma reunião com Masamichi em poucas horas. Você estava compilando as principais informações sobre o plano que você e o Gojo bolaram. Iria imprimir e dar para o platinado entregar a Masamichi. Esperava que conseguissem com isso mostrar que estavam fazendo um bom trabalho e, quem sabe, mandariam menos babás para vigiarem vocês.
— Sobre o que vocês conversaram? — Satoru estava colocando a camisa social, deixando o tronco perfeitamente definido dele à mostra, mas você estava ocupada demais para admirar, então continuou focada no computador.
— Coisas da vida — Mais uma vez, deu de ombros — Ele perguntou se eu era nova na cidade e aí a conversa fluiu a partir daí.
— Ele falou alguma coisa sobre ele ser a melhor opção de agente pra essa missão?
Você sabia sobre o que ele estava falando. Conseguiu ouvir ontem a conversa dos dois, enquanto você pagava sua conta. O Gojo também sabia disso, só não queria parecer inseguro na sua frente, por isso não tinha falado nada ainda. Mesmo assim, ele resolveu colocar o orgulho de lado e perguntar diretamente para você. Queria saber sua opinião sobre o assunto.
— Satoru, você acha que eu sou uma pessoa eficiente?
— Acho.
— E inteligente?
— Também.
— E perfeitamente capaz de tomar decisões?
— Onde você quer chegar com isso? — Ele suspirou alto e revirou os olhos, como se estivesse cansado, e veio na sua direção, se sentando beirada da cama, na sua frente.
— O que eu quero dizer é que eu pensei muito antes de escolher meu parceiro pra essa missão — Agora, vocês conversavam cara a cara, sem desviarem os olhares um do outro — Eu já te falei isso. Escolhi você porque eu tinha certeza de que você era o agente mais qualificado pro que eu queria.
— Eu era a pessoa mais qualificada pra ser um marido? — O tom de brincadeira dele fez você rir um pouco.
— Isso é só um detalhe da missão — Explicou, pegando as mãos dele e entrelaçando com as suas, suspirando fraco antes de continuar — Nós dois sabemos que, a primeira vista, você seria a pior escolha possível pra isso, mas eu tenho meus motivos pra ter escolhido você e espero que você só confie em mim. Eu não me importo se Nanami acha que ele deveria ter sido escolhido no seu lugar. Quem teve que tomar essa decisão fui eu e, sinceramente, não me arrependo.
O Gojo usou uma das mãos para aproximar o seu rosto do dele e selou os seus lábios. O beijo era quente, mas suave, quase como se ele estivesse lhe agradecendo. Você sentiu seu corpo ficar mais leve instantaneamente.
Quando seus lábios se separaram, Satoru ainda manteve você por perto, colocando uma mão em cada lado do seu rosto, deixando suas testas coladas.
— Você é a mulher mais sensacional que eu já conheci, sabia disso?
Seus olhos se arregalaram levemente. Sinceramente, você não sabia como responder aquilo. Na verdade, nem sabia o que aquilo significava direito. Por sorte, ele depositou um beijo no topo da sua testa e se afastou completamente de você, se levantando da cama.
— Acabou de imprimir os papéis? — Ele perguntou, claramente fingindo que nada tinha acontecido.
— Sim — Você aproveitou para também sair do transe, se levantando e indo até a impressora, pegando de lá o relatório que você e Satoru tinham feito — Boa reunião — Completou, entregando os documentos a ele.
— Obrigado, amor — Ele respondeu, chegando mais perto e depositando um selinho nos seus lábios — Eu posso buscar o Megumi na volta, é caminho.
— Certo — Você ainda estava ligeiramente desconfortável, mas disfarçou muito bem — Vou pedir alguma coisa pro jantar e comemos todos juntos na sala.
— Perfeito. Até mais tarde.
— Até — Sua fala foi tão fraca e ele já estava saindo pela porta, que você até imaginou que ele não tivesse ouvido.
Somente quando você ouviu a porta da casa batendo, se deixou sentar em cima da cama e sentiu a tensão indo embora.
— Puta que pariu — Sussurrou, baixo o suficiente para que até você tivesse dificuldade em ouvir.
Você tentou identificar cada traço de mentira na fala dele de mais cedo, mas não conseguiu. O Gojo era o melhor agente do serviço secreto, talvez ele só tivesse conseguido mentir tão bem ao ponto de nem você ter notado. Mas, e se ele estivesse falando a verdade? E se ele realmente estivesse começando a ter sentimentos por você?
Isso era um problema. Vocês estarem se envolvendo sexualmente já era ruim demais. Se vocês realmente nutrissem sentimentos românticos um pelo outro, seria o fim.
De uma forma ou de outra, quando isso tudo acabasse, você teria que sumir do mapa e nunca mais veria Satoru ou Megumi de novo. Não podia se dar o luxo de se apegar tanto assim por eles.
Mas, não seja por isso. Você sabia que já estava apegada a Megumi já fazia muito tempo. Era inevitável. O Fushiguro era uma criança extraordinária e, depois de passarem alguns meses juntos você, percebeu o quão fácil era fingir que ele era seu filho, quase como se você falasse de verdade.
Já Satoru... Ele era imprudente, grosseiro e narcisista demais. Mas, mesmo assim, seu coração doía toda vez que você pensava em um futuro sem ele. Todas as vezes que o momento da despedida tomava conta da sua mente, você queria que tudo isso não passasse de um sonho.
Quem você queria enganar? Já fazia tempo que você estava apaixonada por ele.
Já do lado de fora do prédio, caminhando no meio da rua, o platinado tinha a cabeça em todo lugar, menos na reunião que estava prestes a ter. Mais uma vez, as obrigações dele como agente secreto estavam sendo interferidas por você não sair da mente dele.
— Por que caralhos eu falei aquilo? — Disse, baixinho, para que apenas ele escutasse.
Claro que Satoru tinha consciência de que você era a mulher mais sensacional que ele já conheceu na vida a muito tempo, mas ele nunca esperava que falaria isso em voz alta, principalmente sem querer. Só a lembrança do que aconteceu fazia com que ele quisesse enterrar a cabeça no primeiro buraco que aparecesse.
Ele sabia que vocês já estavam cruzando limites até demais. Ele sabia que uma hora essa missão acabaria, junto com toda essa farsa de família feliz. Ele sabia que você iria embora. Ele sabia que nunca mais lhe veria de novo.
Mesmo assim, mais do que nunca, ele sabia que Geto estava certo. Satoru, sem sombra de dúvidas, estava completamente apaixonado por você. Não tinha mais como negar isso para si mesmo, nem se ele tentasse muito.
Os pensamentos dele somente começaram a tomar outro rumo quando ele chegou perto da descida para a estação de metrô. Estrategicamente, não era um local muito movimentado, mesmo para essa hora do dia, e você já tinha se certificado de que Geto e os homens dele não vigiavam muito aquela área.
Por isso, afastando você completamente dos pensamentos, Satoru desceu as escadas e, se certificando de que ninguém prestava muita atenção nele, entrou dentro de um corredor estreito, que dava para as salas do operacional do metrô. Não teve dificuldade alguma em identificar a sala correta e entrar nela, trancando a porta assim que passou por ela.
— A gente, definitivamente, precisa achar um jeito menos arriscado de se comunicar — O platinado disse, sem nem cumprimentar o chefe.
— Já estamos resolvendo isso — Masamichi, já acostumado com o jeito do mais novo, não se importava mais com a falta de respeito pelos superiores — Vamos começar nos comunicar por cartas.
Satoru franziu as sobrancelhas.
— Achei que Geto tinha controle sobre os correios.
— Não vamos mandar por eles — A voz do mais velho era calma, mas o Gojo sabia que nada de bom viria daquilo — Quedo que a Espectro comece a frequentar mais aquele bar. Vocês vão me mandar informações através de Nanami.
— Puta que me pariu — Satoru nem tentou disfarçar a frustração — Imagino que isso não 'teja aberto à discussão.
— Não está — Agora era Masamichi quem franzia as sobrancelhas e analisava o mais novo dos pés a cabeça — Você parece muito preocupado com aquela garota. Preciso perguntar se você começou a desenvolver alguma coisa por ela?
Uma risada alta foi a primeira reação do Gojo. Ele sabia que era mentira, mas teria que dar o seu melhor para enganar o chefe, que era uma das pessoas que melhor conhecia o platinado. Definitivamente, Masamichi não podia nem sonhar com a ideia de Satoru estar perdidamente apaixonado por você. Sinceramente, ele nem conseguia mensurar as consequências disso. Ele, com certeza, seria afastado da missão e substituído por outro. Mas ele sabia que as consequências não seriam tão brandas assim para o seu lado.
— Velho, você me conhece melhor do que ninguém — Fingindo estar descontraído, ele pegou uma cadeira e a colocou na frente do mais velho, se sentando confortavelmente — Você mesmo me disse uma vez que eu era incapaz de ter sentimentos por qualquer pessoa.
— Eu imagino que aquela garota seja diferente das que você normalmente sai.
— Quer dizer teimosa e chata pra caralho? Porque se for isso, ela realmente é.
Masamichi franziu as sobrancelhas, mas aquilo pareceu ser o suficiente para convencer ele de que vocês não estavam nutrindo sentimentos um pelo outro. Mas, agora vinha a parte difícil:
— Também posso assumir que você não quebrou as regras e foi para a cama com ela?
— Tecnicamente eu e ela vamos pra a cama juntos todos os dias — A piada dele não arrancou nem um mínimo sorrisinho do mais velho, então Satoru apenas suspirou fundo e contribuiu — Infelizmente não, mas não foi por falta de tentativa minha. Aquela mulher é realmente muito difícil. Tem alguma coisa na ficha dela dizendo se ela é hétero ou lésbica?
— Eu levei três anos para conseguir descobrir o sobrenome dela — Foi a vez do superior soltar um suspiro pesado — Acha mesmo que conseguiríamos descobrir a sexualidade dela?
— Não custa nada perguntar — Ele deu de ombros, brincalhão.
O clima estava mais tenso do que na última reunião que eles tiveram, e Gojo sabia muito bem disso. Talvez seja porque alguns meses tinham se passado e a missão aparentemente ainda não tinha avançado muito. Além disso, o medo que Masamichi tinha do platinado e você se envolverem sexualmente era muito plausível, até porque isso realmente já aconteceu.
— Eu recebi alguns elogios dela vindos de Nanami — O mais velho continuou a conversa, decidido a deixar aquele outro assunto de lado, o que fez Satoru conseguisse relaxar um pouco — Sei que você e ele não se dão bem, mas quero que saiba que ele vai continuar em campo e também peça para a Espectro entrar mais em contato com ele.
— Tudo bem — Foi um pouco difícil esconder a frustração — Mas eu agradeceria muito se o senhor conseguisse convencer ele a parar de tentar fazer ela trocar de parceiro.
— Nanami só faz isso para atingir você. Ele sabe que não temos como trocar os papéis nessa altura do campeonato.
— Ainda assim, é irritante.
Mais um suspiro alto de Masamichi preencheu a pequena sala com pouca iluminação, mas ele cedeu. Até porque, todos da agência sabiam que era muito difícil dizer "não" a Satoru.
— Vou falar com ele — Finalmente, os olhos dele se voltaram para os papéis na mão do platinado — Imagino que esse seja o relatório que a Espectro preparou.
— Ah, é — Ele tinha se esquecido completamente disso, mas estendeu o envelope e deu para o superior — Ela compilou todas as informações que conseguimos até agora. Também tem uma explicação detalhada do plano dela e do que fizemos até agora.
— Foi ela quem pensou no plano?
— Sim.
— Sozinha?
— Praticamente.
Masamichi tinha um olhar estreito sobre o platinado. Era de se esperar. Satoru raramente agia sobre os planos de outras pessoas. Geralmente era ele quem bolava tudo e executava, por isso ele nunca foi muito bom em missões em equipe. Saber que ele estava agora agindo sobre a orientação de outra pessoa era algo a se estranhar.
— E como é o plano? — O mais velho perguntou, ainda sem abrir o envelope.
— Tem tudo detalhado aí.
— Eu quero ouvir de você.
— Ai meu caralho — Satoru sussurrou, seguido de um suspiro cansado — Ela acha que minha personalidade bate com a de Geto. Também conseguiu bolar uma forma de nos encontrarmos com ele e parecer acidente. Já que Megumi e Yuji 'tão ficando amiguinhos na escola, era normal que Geto se aproximaria da gente pra conhecer melhor os pais do novo amigo do filho dele. A ideia toda é aproveitar essa oportunidade pra que eu vire amigo dele e consiga ter acesso à áreas mais restritas, que ela não consegue ter acesso.
— Então o plano dela é fazer você virar amiguinho do nosso alvo?
— Basicamente.
Os dois ficaram em silêncio por um tempo, apenas se encarando. Os dois eram teimosos demais para desviar, então não fizeram isso. Satoru não sabia o que Masamichi tinha achado do plano.
Da forma como o platinado falou, parecia um plano bobo e bem simples, o que na verdade até era, mas a forma como você planejou era impressionante, principalmente se levar em consideração como você conseguiu fazer com que todos se encontrassem naquela sorveteria, sem nem ao menos o próprio Gojo saber sobre seu mini plano. Você era muito boa no que fazia, e por algum motivo Satoru queria que isso fosse reconhecido.
Quem sabe, no final de toda essa confusão, lhe oferecessem um cargo na agência. Assim, você não precisaria ir para longe quando tudo acabasse.
— Bom, isso explica o porquê ela lhe escolheu como parceiro — Ele esperou até o platinado franzir as sobrancelhas para explicar — A Espectro deve ter analisado a personalidade de cada agente que enviamos a ficha e visto o que batia melhor com a personalidade de Geto. Mas, se for mesmo isso, eu fico bastante impressionado.
— [Nome] pode ser insuportável na maioria do tempo, mas ela é muito boa no que faz.
Claro que ele tinha que xingar você antes de fazer o elogio. Se falasse apenas as coisas boas, ficaria muito na cara.
— De fato — Masamichi se levantou, anunciando que a reunião tinha chegado ao fim. As reuniões entre aqueles dois nunca duravam muito tempo — Vou analisar isso mais tarde. Não esqueça de pedir para a Espectro ir no bar, pelo menos uma vez por semana. Assim que tivermos mais notícias, vou mandar o recado por Nanami.
— Vou falar com ela.
O mais velho assentiu com a cabeça e esse era o maior cumprimento que eles teriam. O Gojo fez o mesmo e se virou, preparado para sair da sala. Já estava quase na hora de buscar Megumi e ele não queria deixar você esperando para jantar.
— Inclusive — A voz de Masamichi foi o que fez ele se virar para trás — Não sabia que você tinha começado a chamar ela de [Nome].
— Seria estranho se eu chamasse minha própria esposa de "Espectro", não acha?
Masamichi assentiu com a cabeça, ainda com os olhos meio estreitos, mas foi a deixa que Satoru precisava para sair daquele lugar. Não pareceu muito apressado, mas saiu de lá rápido o suficiente para conseguir respirar um pouco melhor em poucos segundos. Aquela reunião com certeza tinha sido extremamente sufocante.
Ele apressou o passo ao sair do metrô, quando viu a hora no relógio e percebeu que deixaria Megumi esperando um pouco. A escola não ficava tão afastada de onde ele estava, mas provavelmente a turma já estava sendo liberada. Por isso, resolveu pegar o primeiro táxi que apareceu.
Satoru estava exausto. Só conseguia pensar em chegar em casa, comer e deitar na cama ao seu lado, fingindo ser um pai exemplar e um marido extraordinário. Se bem que, agora que não estava mais com a reunião na mente, o platinado voltou a pensar no que tinha lhe falado mais cedo. O rosto dele começou a arder e, provavelmente pela primeira vez, ele entendia o que era sentir vergonha.
Não sabia o que falaria quando lhe encontrasse. Provavelmente pagaria de doido como sempre e fingiria que nada aconteceu. Parecia ser o caminho mais plausível. Ele não queria que você soubesse dos sentimentos que ele já estava nutrindo por você faz tempo, até porque ele não tinha ideia de como eram os seus sentimentos em relação a ele.
A única coisa que conseguiu o tirar dos pensamentos, enquanto o táxi passava por um pequeno engarrafamento já a duas quadras da escola, foi o celular dele, que começou a vibrar no bolso de dentro do terno.
Provavelmente era você ligando para avisar que o jantar já tinha chegado. Por algum motivo, ele tinha ficado nervoso. Mas, assim que leu o nome de Geto na tela do aparelho, ele conseguiu respirar normalmente de novo.
— Alô.
— Oi, Satoru — A voz de Geto era, de uma forma estranha, algo que parecia muito natural para o platinado, como se eles se conhecessem a anos — Não sei se você se lembra, mas você ficou me devendo uma cerveja da vez passada.
— Claro que eu não esqueci — O sorriso que ele tinha nos lábios não era encenação — Você que tem a agenda lotada, então quando fica melhor pra você?
— Pode ser no sábado? As crianças vão pra uma excursão da escola, então as coisas vão ficar mais livres.
— Porra, eu tinha até esquecido dessa excursão — Você tinha falado sobre isso mais cedo, mas Satoru ainda estava com as palavras de Nanami da noite anterior na mente, então não prestou muita atenção — Eu posso sim. Vou avisar a [Nome] que eu não vou jantar em casa.
— No mesmo lugar?
— No mesmo lugar.
— Então a gente se vê lá.
— Até.
Era satisfatório conversar com Suguro, mas o platinado não sabia explicar bem o motivo. Eles só se davam bem, o que era bastante irônico, já que Geto era literalmente o alvo de vocês. Mesmo assim, era bom ter alguém para conversar, principalmente alguém com quem Satoru se identificava bastante.
Ele não teve muito tempo para pensar nisso, já que o táxi tinha chegado na escola de Megumi. Aproveitando que o filho estava já esperando na calçada, Satoru apenas o chamou para dentro do carro e vocês continuaram a corrida até chegar no apartamento de vocês. Quando o mais novo questionou sobre o motivo de eles não voltarem andando como de costume, o Gojo apenas respondeu dizendo que você já estava esperando em casa com o jantar.
De fato, ir de táxi era bem mais rápido do que quando vocês iam andando, mas esse era um luxo que vocês não queriam e nem podiam ter. Andar pelas ruas fazia com que mais pessoas vissem a família feliz e nem um pouco de mentirinha que vocês tinham, o que era um ponto positivo para a missão.
Ao chegarem em casa, de fato você já estava esperando com a mesa pronta e os combos de sushi na mesa.
Satoru estava nervoso em encontrar com você de novo, não tinha como negar. As palavras dele de mais cedo ainda ecoavam na mente dele, mas você parecia não ter se importado. Mas só parecia. Durante todo o tempo em que ele passou fora na reunião você ficou pensando sobre aquelas palavras. Acabou que não conseguiu chegar em lugar nenhum, então apenas desistiu de entender.
Vocês comeram enquanto ouviam Megumi falando ansiosamente sobre a excursão que teriam no final de semana e sobre como ele tinha combinado com Yuji de formarem um trio com Nobara, já que a escola tinha pedido para eles se dividirem em grupos para a viagem. Particularmente, você não prestava muita atenção, mas fingiu muito bem que estava ouvindo. Da mesma forma em que os pensamentos de Satoru estavam em todo canto, menos na empolgação do filho. Ele olhava para você e pensava em como as palavras dele de mais cedo eram verdadeiras. O Gojo nunca tinha conhecido uma mulher tão sensacional quanto você antes. E era exatamente por isso que, quando vocês foram para o quarto, depois de arrumarem a cozinha e colocarem Megumi para dormir, ele lhe puxou violentamente, juntando seus lábios.
Que jeito melhor de fingir que nada aconteceu do que transando?
Definitivamente, nenhum de vocês dois queria ter uma conversa sobre o que aconteceu mais cedo e também não queriam que as coisas ficassem estranhas entre vocês. E foi com esse pensamento em mente que você retribuiu o beijo de Satoru.
Agarrando a sua bunda, o Gojo lhe puxou para cima, fazendo com que suas pernas se entrelaçassem na cintura dele. Ele apertou ainda mais forte a área, lhe sustentando, mantendo a posição, deixando marcas dos dedos grandes por toda a área.
Com extrema necessidade, vocês dois iniciaram um beijo repleto de intensidade, cedendo espaço para suas línguas simultaneamente, enquanto elas travavam uma intensa batalha para ver quem ficava no controle.
Em passos lentos e cautelosos, o platinado andou com você entrelaçada na cintura dele, lhe levando para a cama. Para a sua surpresa, quando chegaram lá, Satoru se sentou no colchão, lhe colocando em no colo, com uma pena de cada lado do corpo forte e musculoso dele.
Assim que se sentou, você começou a dar leves reboladas no colo dele, fazendo movimentos de vai e vem, sentindo o membro dele crescer cada vez mais e arrancando um gemido rouco e baixo por parte dele. Você acabou sorrindo com a ração do Gojo, e nem voltou a clamar os lábios dele, já que arrancou fora a camisa social que ele estava usando, depois de tirar rapidamente grande parte dos botões, a jogando em qualquer canto no quarto, e atacou o pescoço dele, deixando uma trilha de chupões leves por onde seus lábios passavam.
Satoru agarrou ainda mais a sua cintura, lhe movimentando em cima do pênis dele, o estimulando ainda mais. Ele estava muito necessitado. Precisava esquecer o que tinha acontecido de manhã; precisava liberar as frustrações da reunião de mais cedo; e, principalmente, precisava tirar a ideia de que estava apaixonado por você da cabeça. Talvez começar a pensar apenas em sexo fizesse esse trabalho.
Ao ver a pressa dele, você logo desceu os beijos, enquanto descia do colo dele e se ajoelhava. Você deixou uma trilha de chupões, desde o maxilar, até a cintura dele, passando pelo peitoral e abdômen marcados.
Assim que ficou totalmente ajoelhada, você se apressou em abrir o botão e zíper da calça dele, arrancando a peça fora, juntamente com a cueca. Completamente nu, Satoru se apoiou nas mãos, com os braços levemente inclinados para trás, aproveitando a sensação da sua boca quente envolvendo a cabeça do membro dele.
Não era apenas o platinado quem precisava aliviar o estresse. Você também tinha vários pensamentos conflitantes na cabeça e queria parar de pensar neles por hora.
Você sugava somente a ponta do pênis dele, com movimentos lentos e torturantes. De vez em quando, passava a língua por toda a extensão, somente para provocá-lo ainda mais.
Depois de ouvir um gemido manhoso dele, suplicando por mais, você levou uma das mãos até o membro, o agarrando, mas não fez movimentos de vai e vem, somente a deixando lá, sentindo as veias dele pulsarem, implorando por mais contato.
— [Nome]... — Ele falou, com um tom de voz autoritário e impaciente — Coloca logo essa porra na boca — O platinado levou uma das mãos até o seu cabelo, onde enterrou os dedos, puxando, não tão levemente, alguns fios — Até engasgar.
Levantando o olhar e encarando aquelas orbes azuis, você conseguiu ver o quão intensas elas estavam, lhe observando todo segundo. As suas pernas fraquejaram por um momento, pouco antes de você obedecer o pedido e abocanhar toda a extensão de Satoru, ouvindo um gemido rouco mais alto em resposta.
Você chupava o pênis dele com vontade, colocando o máximo que conseguia na boca, até atingir a garganta, como ele havia pedido. Ainda, você começou a movimentar a mão que antes estava parada, fazendo movimentos intensos de vai e vem.
Encharcando a extensão do Gojo de saliva, você conseguia sentir as veias pulsando em sua boca, enquanto sua cabeça ia e vinha, sendo guiada por ele, que determinava o ritmo que queria.
Depois de algum tempo, você já sentia suas bochechas arderem, agradecendo mentalmente quando sentiu os músculos da perna do platinado contraírem, anunciando a chegada de um orgasmo. Alguns segundos depois, sentiu o líquido quente descer direto por sua garganta, e ouviu um gemido mais alto e arrastado de Satoru.
Você usou o dedão para limpar o canto da boca, o chupando logo em seguida, ainda sem quebrar o contato visual com o Gojo. Ele olhava na sua direção, com os olhos arregalados e respiração desregular. Geralmente, o platinado não gostava quando provocavam ele na cama, mas por algum motivo, ele tinha gostado quando você fez isso.
— Caralho — Ele pensou, não conseguindo controlar a própria mente — Eu realmente amo essa mulher — Mas essas foram palavras que ele não disse em voz alta antes de lhe agarrar pela nuca e lhe jogar na cama, prometendo para si mesmo que lhe daria orgasmos até que você dissesse "chega".
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