𝚎𝚕𝚎𝚟𝚎𝚗
Sua boca se mexia, formando palavras animadas, sobre assuntos diversos do dia a dia. Mas, sua mente não poderia estar menos concentrada no que elas diziam. Embora estivesse no elevador contando ao Gojo como tinha conseguido comprar o vestido que usava, sua cabeça estava o mais longe dali possível. Internamente, você ainda repensava em tudo o que tinha acontecido momentos antes; em como aquele beijo com Satoru parecia algo real no meio de tanto fingimento e mentiras.
Por mais que estivesse determinada a fingir que nada daquilo aconteceu, era impossível. Você até poderia fazer o platinado pensar que não significou nada para você, mas não podia mentir para si mesma. Todo o seu corpo gritava, pedindo para você repetir aquele beijo (e, talvez, ir até além dele).
Sua mente estava imersa em uma guerra sem fim, entre a razão e emoção. Por um lado, você tinha que se manter firme na missão e se concentrar o máximo que pudesse para obter os melhores resultados, e isso envolvia deixar Satoru longe dos seus sentimentos. Por outro lado, você queria apenas ceder e ver onde isso tudo iria dar. Você não esperava que seus sentimentos pelo platinado fossem correspondidos, mas queria, pelo menos, tentar deixar levar e aproveitar cada segundo de uma suposta liberdade que não existia.
— Você já sabe quando vai sair com o pai do Yuji? — Sua pergunta saiu de forma natural e simples, mesmo que só vocês dois estivessem no elevador — Como era mesmo o nome dele?
— Suguro Geto — O platinado respondeu, mas a mente dele estava tão longe quanto a sua — Eu fiquei de mandar uma mensagem para ele. Vou fazer isso amanhã.
Era insuportável manter o olhar longe dos seus lábios. O Gojo só queria, mais do que qualquer coisa, avançar neles e tomar você ali mesmo no elevador. Aquele beijo de antes só serviu para duas coisas: fazer com que ele questionasse se tinha sentimentos por você e querer lhe foder mais do que já queria antes. Além de tudo isso, ele tinha que lidar com o fato de que você estava estupidamente gostosa com aquele vestido. E ele também sabia que não era só ele quem tinha percebido isso.
Durante todo o caminho de vocês pelo hall do prédio, os olhares das pessoas que passavam se fixavam em você. Satoru sempre esteve acostumado a ser o centro das atenções, mas, dessa vez, ele era apenas um coadjuvante. Você tinha roubado todos os holofotes essa noite e, sinceramente, ele não gostou nem um pouco disso.
— O que você vai fazer amanhã? — Ele perguntou, sem pensar muito bem.
— Acho que eu ia ficar em casa com o Megumi.
— Vou pedir para a babá ficar amanhã também.
Suas sobrancelhas se arquearam e um sorriso divertido tomou conta dos seus lábios. Aparentemente, você não era a única que tinha decidido fingir que nada tinha acontecido. Satoru estava bem confortável com a situação e não parecia ter problemas com continuar fingindo que você era a esposa dele.
— O que você tem em mente? — Você perguntou, usando um leve tom de empolgação, mas foi forçado o suficiente para fazer o platinado perceber.
— Faz tempo que não fazemos alguma coisa só nós dois — Ele deu de ombros, mas pegou sua mão e lhe puxou para mais perto dele, enquanto saiam do prédio e paravam na calçada — Depois que começamos todos os planos da mudança, acabamos ficando sem tempo.
Antes que você pudesse perceber, já estava com as mãos do platinado rodeando a sua cintura, deixando os seus corpos próximos. Aos olhos alheios, poderia até parecer um ato romântico, mas você conseguia sentir o tom provocativo em cada uma das palavras dele, por isso, lançou um sorriso tão malicioso quanto.
— Eu acho uma boa ideia.
Iria parar por aí, mas ouviu passos familiares se aproximando de vocês. Estavam saindo do prédio e indo na direção onde vocês estavam. Com isso em mente, você ficou um pouco na ponta dos pés e juntou os seus lábios com os do Gojo, em um selinho lento e falsamente apaixonado.
Satoru percebeu que era atuação. Esse selinho era muito diferente do que vocês tinham dado a pouco tempo no quarto. Aquele era real, sem fingimento ou mentiras. Mas esse era diferente. Ele sabia que era diferente, mas não conseguia explicar como sabia.
Apenas quando você quebrou o contato, ele conseguiu ver com o canto do olho Sasuke e Fumiko saindo do prédio. Isso explicava o beijo, mas ele ainda não sabia dizer como ele estava certo. Era quase como se ele te conhecesse bem o suficiente para saber quando você estava atuando com ele ou quando não estava. Mas isso era impossível. Vocês se conheciam fazia um pouco mais de um mês. Ele nem sabia o seu sobrenome ou qualquer coisa sobre a sua infância. Como ele saberia quando uma desconhecida estava atuando (uma das maiores habilidades dela) ou quando estava sendo honesta e agindo por vontade própria? Ele não conseguia explicar, mas ele sabia.
— Boa noite — A voz se Sasuke lhe obrigou a tirar os olhos de Satoru e virar para trás, colocando uma expressão de surpresa falsa, mas estupidamente convincente, no rosto.
— Boa noite para vocês também — Você respondeu, exalando simpatia como sempre — Fiquei com medo de perder a reserva e já chamei o táxi, tudo bem?
— Claro, sem problemas.
Sasuke tinha um sorriso simpático no rosto quando respondeu, mas, enquanto cumprimentava o Gojo, não conseguiu esconder a encarada que deu no seu vestido, ou melhor, no seu corpo. Você estava ocupada demais cumprimentando Fumiko para notar, mas o platinado percebeu, e muito bem. Satoru travou a mandíbula involuntariamente, sem entender porquê estava com tantos ciúmes. Ele sabia que o outro homem desejava você, mas também sabia que você não daria brecha para nada que atrapalhasse a missão. Além disso, você não era verdadeiramente dele. Não fazia sentido ele continuar alimentando esse sentimento de posse.
Mesmo assim, ele não conseguiu deixar de ficar puto. Estava tão irritado que nem prestou muita atenção quando foi cumprimentar Fumiko, porque estava ocupado demais olhando você abraçar Sasuke, como se fossem amigos.
— Sua mulher até que ficou bonitinha com aquele vestido, mas nós dois sabemos quem é a mais gostosa — Fumiko sussurrou no ouvido dele, enquanto se cumprimentavam, mas o platinado nem raciocinou direito as palavras.
Ele sabia que ela devia ter dado em cima dele ou algo do tipo, então resolveu só ignorar. Na melhor das hipóteses, aquela mulher perceberia que ele não tinha nenhum tipo de interesse nela e pararia de investir. Na pior, ela acharia que o silêncio foi uma forma de consentir o que ela havia falado. Para azar do Gojo, ela assumiu a segunda opção.
— Acho que o táxi é aquele ali — Você disse, pegando o seu celular na bolsa e abrindo o aplicativo, tentando conferir a placa do carro.
— Deixa eu... — Sasuke estava se aproximando ainda mais de você, obviamente querendo ficar um pouco perto demais. Isso foi o suficiente para fazer Satoru perder toda a pouca paciência que ainda tinha.
— Me dá aqui — Ele interrompeu o outro homem, pegando o celular de suas mãos e, involuntariamente, agarrou sua cintura com uma das mãos e lhe puxou para mais perto dele, colando os seus corpos lateralmente — É aquele mesmo.
— Vamos então — Fumiko disse, pela primeira vez na noite — Não queremos perder nossa reserva.
Ela agarrou o braço do marido e os dois começaram a andar juntos em direção ao carro. Aparentemente, até alguém como ela podia sentir ciúmes também. A mulher sabia que o marido estava ligeiramente interessado demais em você. Na verdade, até você tinha percebido, mas era divertido explorar um lado mais ciumento do platinado, que você não conhecia ainda. Se bem que era difícil acreditar que o Gojo estava mesmo com ciúmes. Era mais fácil ele estar fingindo para passar aquela imagem de marido protetor. Ou que ele estava tentando impedir que alguma coisa desse errada na missão. Você elencou essas duas últimas hipóteses como as mais prováveis de estarem certas.
Você esboçou um sorriso divertido e começou a andar para seguir os dois. Também não queria perder a reserva porque realmente achava que seria uma boa oportunidade na missão. Mas, antes que conseguisse dar mais de três passos, seu corpo foi obrigado a permanecer no lugar pela mão de Satoru que ainda rodeava a sua cintura.
— O que foi, amor? — Você perguntou, virando levemente a cabeça, apenas para conseguir encarar as íris azuis, que estavam neutras, impossíveis de decifrar.
— Tem problema você ir no banco da frente do carro? — A pergunta dele foi simples e direta, mas você teve que franzir as sobrancelhas. Realmente não estava entendendo.
— Não tem problema — Respondeu, ainda insegura — Mas, por que?
— Porque se aquele filho da puta tiver que sentar do seu lado, eu vou acabar perdendo meu réu primário.
Satoru Gojo tinha acabado de falar que espancaria um homem só por ele sentar ao seu lado? Suas sobrancelhas estavam arqueadas, você só não sabia dizer por quanto tempo elas ficaram assim. Teve que piscar repetidas vezes para sair do transe. O platinado não parecia estar brincando. Na verdade, você nem se lembrava de quando tinha o visto tão puto. Mesmo assim, afastou qualquer tipo de pensamento e esboçou um sorriso inocente.
— Claro, amor — Voltou a andar, dessa vez puxando ele com você — Eu vou na frente.
Sasuke e Fumiko já estavam dentro do veículo. Você apenas se sentou no banco ao lado do motorista e deixou que Satoru se sentasse no banco de trás. Como o platinado tinha previsto, o outro homem estava sentado no meio. Ele nem sabia o que teria feito de você tivesse se sentado ali atrás, ao lado daquele cara que, obviamente, estava dando muito em cima de você.
Durante todo o trajeto até o restaurante, os dois ficaram conversando sobre assuntos aleatórios padrões, como carros e futebol. Fumiko apenas digitava freneticamente no celular, provavelmente falando com algumas amigas. Já você, olhava pela janela do carro, completamente perdida em seus próprios pensamentos.
Ainda estava tentando processar o que tinha acontecido mais cedo no quarto. Aquele beijo ficou gravado na sua mente, por mais que você estivesse se esforçando para esquecer. Tentava desesperadamente colocar na cabeça que um futuro ao lado do platinado era absolutamente impossível. Mas era muito difícil. Satoru era um homem apaixonante. Era muito fácil criar sentimentos por ele, não era a toa que ele partiu o coração de incontáveis mulheres. Mas, além de ele obviamente não suprir sentimentos por ninguém, se apegar a ele iria contra a sua missão. E mais importante do que os seus sentimentos, era completar essa missão e, finalmente, ser uma pessoa verdadeiramente livre.
Mas, enquanto ainda tentava se convencer disso, começou a se questionar se o Gojo realmente estava com ciúmes de você. Caralho. Por que tudo tinha que ser tão difícil? Por que ele não falava logo na sua cara que estava apensas brincando com seus sentimentos? Por que ele não assumia em voz alta que só queria te foder? Por que ele ainda lhe dava aquela leve esperança de que ele também sentia algo por você? Por que você apenas não conseguia tirar aquele homem da cabeça? Por que ele tinha que ser tão impecavelmente lindo e maravilhoso?
Eram muitos por quês sem respostas. E você nem teve tempo de pensar em uma lista maior ainda, porque o taxista parou, afirmando que vocês já tinham chegado ao restaurante. Só então, você se forçou a parar de pensar nisso e abriu a porta do veículo, preparada para sair dele. Assim que colocou uma perna para fora do carro, levantou o rosto ao perceber que tinha uma mão estendida para você. Satoru tinha um pequeno sorriso casto nos lábios, sem nenhuma maldade ou malícia. Você retribuiu o sorriso, sem precisar atuar, e aceitou a ajuda. O toque das mãos de vocês era firme, mas delicado. Teve que se esforçar para não deixar que os pelos do seu corpo se arrepiassem. Quando estava de pé e completamente fora do carro, percebeu que seus olhos ainda estavam fixos nas íris do Gojo, tão penetrantes e atraentes quanto o resto do corpo dele. Era impossível desviar o olhar das orbes azuis.
— Precisamos ir — Ele sussurrou, baixo o suficiente para que só você ouvisse — Se quiser ir embora, é só me falar.
O sorriso no seu rosto se alargou e você desviou o olhar dele apenas para dar uma risada leve. Você sabia que era ele quem queria ir embora dali. Sinceramente, você também queria, mas se esforçaria pela missão.
— Vamos tentar pelo menos — Respondeu, dando um passo para frente e, depois de ficar na ponta dos pés, depositou um beijo casto na bochecha dele — Se for ruim, podemos voltar.
Não era o que Satoru queria ouvir, mas ele assentiu sem tirar o sorriso do rosto. Depois, ele pegou sua mão e, assim, vocês seguiram Sasuke e Fumiko até a entrada do restaurante. Não demorou muito para que uma recepcionista levasse vocês até a mesa reservada. Assim que chegaram lá, o Gojo puxou a cadeira para você, como um verdadeiro cavaleiro. Essa parte era atuação, você sabia muito bem, mas era divertido, então não se importou. Quando ele fez isso, você viu com o canto do olho Fumiko encarando Sasuke, como se o incentivasse a fazer a mesma coisa, mas quando o homem se sentou na mesa, sem perceber o pedido, ela bufou e se sentou ao lado dele.
— Faz muito tempo que vocês estavam planejando se mudar para cá? — Foi Sasuke quem perguntou, depois de algum tempo desde que vocês chegaram. As taças de vinho na estavam servidas e vocês esperavam os pratos principais chegarem. No geral, a conversa tinha sido meio superficial até agora, mas nada fora do esperado.
— Na verdade não — Satoru respondeu, sem olhar na direção do homem, já que estava fingindo olhar o cardápio — Viemos porque eu recebi uma proposta de emprego.
— E o emprego de [Nome]?
— Eu já era dona de casa desde que Megumi nasceu — Você respondeu, simpática, já sabendo o que ia pedir porque tinha memorizado o cardápio de todos os restaurantes da região na semana passada — Então não foi nenhum problema para mim.
— Você é formada em alguma coisa? — A pergunta de Fumiko tinha um tom de deboche misturado com sarcasmo, mas você fingiu não ter percebido.
— Sou formada em artes.
A mulher soltou uma risada depreciativa, mas você também não ligou muito. Na verdade, não era formada em nada, nunca nem tinha pisado em uma universidade. Mesmo sendo mais inteligente que a gigantesca maioria das pessoas, nunca teve um diploma nem para guardar no fundo da gaveta.
— Mesmo assim, sempre tentamos deixar Megumi mais independente para que um dia [Nome] consiga voltar a trabalhar.
Essa parte era mentira. Na verdade, você nem esperava poder trabalhar com artes. Um de seus planos depois da missão era entrar na universidade, mas a única coisa que você sabia fazer muito bem hoje em dia era programação. Mesmo que nesse mundo de mentirinha você conseguisse ter tempo para trabalhar com artes, nem sabia como faria isso.
— Isso é ótimo — Sasuke tinha um sorriso animado no rosto, enquanto lhe encarava sem desviar. Não tinha maldade no olhar dele, mas tinha algo parecido com falsidade. Ele não era um homem difícil de ler, mas sabia esconder bem as segundas intenções — Eu adoraria ver qualquer obra de arte que você fizesse.
Era a gota d'água. Já fazia um tempo desde que aquele homem estava lançando flertes discretos para você e o Gojo já estava cansado de fingir indiferença. Ele sabia que não tinha o direito de sentir ciúmes de você, mas que se foda. O platinado estava com ciúmes, e muito. Só a ideia de você dar mole para outro homem já fazia o sangue dele ferver. Nem adiantava mais dizer que ele não sabia o motivo para isso. Satoru estava começando a criar sentimentos por você e ele sabia muito bem disso. Não que ele esperasse um final feliz ou que depois da missão vocês fossem virar um casal de verdade. Mas ele se importava. E isso era algo que ele não fazia por outra pessoa a muito tempo. A única pessoa pela qual ele tinha carinho era Megumi. Mas, agora, você entrou na vida dele para mostrar que existia mais uma.
— Eu vou no banheiro — Ele disse, se levantando e não esperando uma resposta de ninguém. Ou ele saia agora, ou acabaria voando em cima daquele homem.
Satoru teve que apoiar as mãos na pia, enquanto encarava a cerâmica de forma distraída. O que você estava fazendo com a mente dele? Por que uma simples mulher que ele conhecia a tão pouco tempo estava tomando conta dos pensamentos dele? Vocês nunca sequer tinham transado. Então, por que ele se importava tanto?
Era frustrante não ter controle sobre os próprios sentimentos. Durante toda a vida, Satoru conseguiu afastar qualquer tipo de carinho e afeto por todas as outras pessoas. Mas, por que ele não conseguia fazer isso com você? Você tomava conta da mente dele por completo. Era até patético ele estar sentindo ciúmes, algo que ele nunca tinha sentido antes.
Por mais que só quisesse ir embora dali e nunca mais olhar na cara daquele casal de novo, o platinado sabia que precisaria, pelo menos, acabar o jantar de hoje. Ele já tinha desarmado bombas, se infiltrado em território inimigo, já foi preso diversas vezes, até torturado. Mas por que a ideia de se sentar em uma mesa e ouvir um homem dando em cima de você por mais duas horas parecia pior do que todas aquelas situações?
— Porra — Ele sussurrou, pouco antes de ligar a pia e lavar as mãos.
Ainda frustado, o Gojo respirou fundo e saiu do banheiro masculino, mas diminuiu os passos quando viu um rosto conhecido no corredor que conectava os dois banheiros, como se estivesse esperando por ele.
— Oi — Fumiko falou, com um sorriso pretensioso nos lábios vermelhos.
— Fumiko — Ele a cumprimentou, com as sobrancelhas levemente franzidas, mesmo que ele já soubesse o porquê de ela estar lá — Também veio ao banheiro?
— Na verdade, eu estava esperando por você.
— Por mim? — Já estava ficando cansativo fingir demência junto dessa mulher. O que o platinado mais queria fazer era mandar ela se foder, mas ele sabia que você brigaria caso ele fizesse isso. Caralho, mais uma vez você preencheu os pensamentos dele.
— Sim, por você — Ela deu dois passos na direção dele, o obrigando a dar um para trás, ainda com as sobrancelhas franzidas — Sabe, você não fica com raiva de ver meu marido dando em cima da sua esposa?
— O que..?
— Mas, sabe qual é a parte mais irritante? — A mulher o interrompeu, fazendo um biquinho inocente — É ver a sua mulher ouvindo aquilo e fingindo que nada está acontecendo. Ela é casada com um homem tão perfeito quanto você, mss parece que ela não liga muito para isso.
— Eu não acho que o seu marido esteja dando em cima dela — O sorriso de Satoru era genuíno, perfeitamente falso ao ponto de que até você talvez não percebesse a mentira.
— Tem certeza? Porque eu vi a forma como você ficou incomodado com o jeito como ele está tratando ela.
Dessa vez, as sobrancelhas do Gojo de franziram de verdade. Estava tão na cara assim ao ponto de uma civil comum notar? Isso era problemático. Como o melhor agente da agência, Satoru deveria ser capaz de esconder perfeitamente os seus verdadeiros sentimentos. Mas, aparentemente, ele não estava conseguindo esconder os ciúmes que tinha por você.
Com isso em mente, ele pediu licença a mulher, de forma desajeitada, e começou a andar em direção à mesa. Assim que colocou os olhos em você, o coração dele começou a pesar. Você estava linda, com aquele sorriso perfeito no rosto, que não era totalmente encenação. Você ria de algo que Sasuke tinha falado.
Os punhos dele se cerraram involuntariamente. Quando ele percebeu, notou que era verdade o que Fumiko havia dito. Ele não era capaz de se controlar quando o assunto era você.
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