𝚎𝚒𝚐𝚑𝚝𝚎𝚎𝚗
Seus olhos se abriam com uma certa dificuldade. Você estava morta de cansada. Depois de uma conversa estressante com Nanami, você acabou bebendo mais do que deveria, em uma tentativa desesperada de afastar as palavras dele da sua mente. Talvez você não estivesse tão preparada assim para o fim dessa missão. Só talvez...
Satoru foi lhe buscar depois de sair do bar com Geto, lançando um olhar irritado para Nanami antes de lhe puxar pela cintura e lhe tirar daquele estabelecimento. Ele definitivamente não gostava quando você ia para lá, mas estava disposto a aguentar pelo bem da missão.
Depois disso, você acabou apagando sem nem se lembrar como foi parar na cama, mas o platinado lhe explicou, no dia seguinte, que havia lhe dado um banho e trocado sua roupa antes de lhe colocar de baixo dos lençóis.
O resultado disso tudo foi você ter passado o dia anterior inteiro de ressaca. Sua cabeça doía tanto que você nem conseguiu olhar para a tela do notebook por mais de cinco minutos sem querer arrancar suas córneas com os dedos.
Por sorte, como era final de semana, Satoru também não tinha nada para fazer. Então vocês dois passaram várias horas na sala, jogados no sofá, mais próximos do que seria apenas casual. Acabaram maratonando um anime de romance chamado Orange, que até aquele momento você não sabia se tinha amado ou detestado. O Gojo não tinha prestado atenção em nada depois do segundo episódio, então resolveu não opinar.
Foi uma tarde agradável. Não tinha nada forçado nem mentiras espalhadas pelo ar. Só vocês dois curtindo uma tarde de descanso merecido. Era como se vocês tivessem esquecido, por algumas horas, que tudo isso não passava de uma missão. Uma missão que acabaria em pouco tempo.
Pelo menos quando essa merda inteira acabar, você vai poder se livrar de todos nós e deve estar mais perto do que longe.
As palavras de Nanami voltaram à sua mente mais uma vez, fazendo você soltar um murmuro irritado, enfiando o rosto no travesseiro novamente.
— Ah, você acordou? — A voz de Satoru lhe tirou das lembranças do dia anterior, fazendo você virar o rosto na direção dele — Bom dia, amor.
Como alguém conseguia ser tão lindo assim de manhã? Deveria ser um crime.
O Gojo tinha um sorriso inocente no rosto. Estava sentado na cama, com as costas encostadas nos travesseiros. Tinha um livro no colo dele e você passou um bom tempo encarando o tronco dele completamente nu, mesmo que essa fosse sua visão matinal de todos os dias.
— Bom dia — Você resmungou de volta, se alinhando na cama e agarrando uma das coxas dele, abraçando como se fosse um travesseiro — Hoje o Megumi volta, não é?
— Uhum — Ele fechou o livro e colocou uma das mãos na sua cabeça, começando a fazer um carinho suave entre os fios do seu cabelo — Os pais da Nobara disseram que podiam deixar ele aqui.
— Ótimo — Seu rosto se enterrou mais ainda contra a pele macia da perna dele — Não queria sair de casa hoje.
Vocês passaram um tempo assim. Sua mente já estava bem longe daquele quarto, enquanto você dava breves cochilos. Satoru não parou o carinho e encarava você voltando a dormir aos poucos, com um sorriso involuntário nos lábios. Se ele pudesse parar o tempo, faria naquele exato momento.
— Ah... esqueci de falar — Você disse, ainda com os olhos fechados. O platinado não sabia dizer se você estava acordada ou se ainda estava dormindo — Nanami disse que vão mandar um outro agente pra cá.
— Pra cidade?
— Não, pra nossa casa — Você se aconchegou ainda mais perto dele, contudo, não abriu os olhos — Ela vai se disfarçar de babá do Megumi.
— Não precisamos de uma babá — Isso não estava nos planos. Masamichi já tinha mandado Nanami ali sem falar com Satoru antes. Agora iria mandar alguém para dentro do apartamento?
— Nanami disse que eram ordens de cima — Você deu de ombros, ou tentou.
Isso seria um problema. Satoru e você já estavam acostumados a ter uma vida de "casal normal". Se alguém mais da agência viesse para cá, vocês iriam ter que voltar a estaca de mentiras e fingimentos. Agora que ele já tinha admitido que realmente estava apaixonando por você, o Gojo não queria ter que ficar pisando em ovos ao falar com você, apenas para que o outro agente não descubra soberbo envolvimento de vocês. Além disso, vocês teriam transar com menos frequência.
— Ele disse quem vão mandar?
— Acho que eu não perguntei.
O palitado apenas assentiu com a cabeça, mesmo sabendo que você não conseguiria enxergar.
Isso era ruim. Satoru tinha transado com cerca de 95% das mulheres daquela agência, não contando apenas as solteiras. Independentemente de quem eles mandassem, ele provavelmente já teria se envolvido com ela. Masamichi provavelmente teria instruído ela a não comentar absolutamente nada sobre o envolvimento com o Gojo e se manter 100% no papel. Mas eles viveriam na mesma casa durante alguns meses, ninguém conseguia fingir durante tanto tempo.
— Eu tenho um plano — A sua voz sonolenta foi o que o tirou dos próprios pensamentos, fazendo com que Satoru lhe encarasse, mas você ainda estava com os olhos fechados e metade do rosto enterrado entre a coxa dele e o colchão da cama — Vamos usar o quarto da empregada como um depósito, ao invés de doar as coisas velhas que já tinham na casa antes de a gente se mudar.
— Mas, por que?
— Assim, quando eu começar a perguntar pras outras mulheres da vizinhança sobre uma babá, eu falo que preciso de alguém que durma na própria casa, e não no trabalho.
— Não vamos conseguir nos livrar dela, mas, pelo menos, não vamos ter que conviver com ela depois das 17hrs.
— Exatamente — Você tinha um sorriso orgulhoso no rosto. Provavelmente uma junção de orgulho próprio por ter pensado nesse mini plano enquanto mal conseguia manter os olhos abertos e de orgulho do platinado por ter seguido sua linha de raciocínio.
Dessa forma, o problema de Satoru não estaria completamente resolvido, mas a situação poderia melhorar muito a partir daquilo. Pelo menos não teriam que conviver 100% do tempo com a nova agente. Além disso, ele passava a maior parte do dia e da tarde no trabalho. Quem sofreria mais nessa história era você, mas, lhe conhecendo, o Gojo sabia que você já estava pensando em um milhão de desculpas diferentes para não ficar no apartamento.
Ele ainda tinha uma das mãos em seus cabelos, enquanto mantinha o olhar sob o seu rosto sonolento. Você era perfeita, de formas que ele nunca conseguiria explicar. Esse sentimento de admiração ainda era novidade para ele. Satoru ainda estranhava quando um desconforto passava pela mente dele ao pensar em um futuro sem você ao lado dele.
Por sorte, a vibração do celular dele, tocando da cabeceira, fez com que esse tipo de pensamento escapasse da cabeça dele. Os olhos azuis se voltaram para o aparelho por um segundo, cogitando apenas deixar que a chamada caísse na caixa de mensagens, mas resolveu pelo menos ver quem ligava.
Assim que leu o nome "Suguro" na tela, o Gojo saiu da cama e se levantou, tomando o máximo de cuidado para não lhe movimentar e acabar lhe acordando. Somente quando chegou na sala, rezando para que seu sono fosse profundo o suficiente para que a conversa deles não atrapalhasse seu cochilo.
— Fala — Satoru disse, no momento em que atendeu a chamada.
— Você é vizinho de Sasuke e Fumiko Saito?
Sem um "bom dia" ou um "e aí? tudo bem?". Na verdade, Suguro parecia até mais nervoso do que o normal. Isso talvez fosse um problema, mas Satoru se forçou a falar com uma voz leve e descontraída.
— Na verdade sim, mas como você sabe disso?
— A mulher, Fumiko, já passou por algumas situações complicadas antes — E ele havia ignorado a pergunta que o Gojo tinha feito. É claro que ele ignoraria. Teria que acabar falando sobre o fato de ter a gigantesca maioria da cidade sendo monitorada pelos homens dele e isso abriria margem para muitas outras perguntas.
— Que tipo de situações? — Ele já sabia a resposta, mas entrar na onda sempre fez parte dessa missão.
— Ela já teve casos com vários vizinhos deles ao longo dos anos — Geto parecia... preocupado. Como se aquilo realmente fosse algo que se contaria para um amigo — Sempre que ela se envolve com um vizinho, o casamento dele e da mulher acabam. Se você já conhece ela, não duvido nada que ela já tenha dado em cima de você.
— Fico lisongeado com a preocupação, Suguro, mas acho que sei me virar.
— Satoru... Se eu fosse você eu tomaria cuidado. Aparentemente ela começa a se aprofundar nas inseguranças do relacionamento dos vizinhos e se aproveita disso pra conseguir dormir com o cara.
— De verdade, obrigado por me avisar — Um suspiro cansado escapou dos lábios do platinado. Ele já sabia de tudo isso. Você tinha feito uma pesquisa excelente sobre a vizinhança assim que se mudaram, mas se o Geto estava dando esse aviso, talvez Satoru precisasse se atentar mais à vizinha — Vou tomar mais cuidado a partir de agora. Sinceramente, nem fazia muito parte dos meus planos estreitar as relações com eles.
— Por que não?
— Uma vez a gente saiu pra jantar e aquela porra do Sasuke ficou em cima da [Nome] a noite inteira — Mais um suspiro — Não sei como eu não voei nele naquele dia.
— Me lembra de nem abraçar sua mulher quando eu for cumprimentar ela.
A piada arrancou uma risada sincera do Gojo. Era estranho ele se dar tão bem assim com alguém que era literalmente o alvo da missão deles. No final, Suguro iria preso e seria o platinado quem o prenderia. A ideia não parecia tão agradável agora.
— Eu ia te chamar pro bar de novo no final de samana, mas Yuji quer conhecer uma praça nova que inaugurou semana passada — Uma sobrancelha de Satoru se arqueou. Uma oportunidade que ele não poderia perder — Pensei que seria legal ele e Megumi se encontrarem fora da escola. Leve a [Nome] também. Eu gostei dela.
Um sorriso sincero brotou nos lábios do Gojo. E, como em um passe de mágica, ele não estava pensando mais na missão. Apenas em passar uma tarde com seu filho, esposa e recente amigo.
— Claro — Ele olhou na direção do quarto, vendo que você estava se debatendo nos lençóis, em uma luta árdua para se levantar da cama — Assim que ela não tiver irritada por causa do sono, eu aviso à [Nome] que vamos para a praça.
— Combinado.
Geto soou mais animado do que ele provavelmente gostaria de ter deixado transparecer. Não deveria ser fácil para ele viver nesse ramo em que ele vive, sem ter pessoas com quem conversar, sem poder confiar em absolutamente ninguém. Satoru provavelmente era a primeira pessoa com quem ele mantinha tantas interações cotidianas. Eles se davam bem, eram parecidos e diferentes em vários aspectos. Mas era como se esses diferenças que os completassem. Em uma situação diferente daquela em que vivam, eles provavelmente dariam uma bela dupla caótica.
— Quem era?
O platinado tomou um susto e não conseguiu disfarçar. Ele deu um leve pulinho de onde estava e lhe encarou com os olhos arregalados e respiração levemente ofegante. Você o olhava com um ar de inocência, talvez fosse o sono lhe impedindo de entender o que tinha acontecido. Satoru apenas respirou fundo e deixou que o coração desacelerasse. Isso de não conseguir ouvir você chegando perto era insuportável, mas ele se acostumaria.
— Suguro.
— Marcando de ir pro bar de novo?
— Na verdade, ele chamou a gente pra ir em uma praça que abriu nova na cidade — Ele deixou o celular em cima do balcão da cozinha e passou as duas mãos pela sua cintura, lhe trazendo mais para perto do corpo dele — Yuji vai também e é uma ótima oportunidade pra ele e Megumi se aproximarem mais.
— Tudo bem — Você enterrou o rosto no peitoral dele, sentindo os resquícios do sono ainda impregnados no seu corpo — Megumi vai adorar.
Vocês ainda passaram um tempinho nessa posição, até que perceberam que tinham que tomar banho e arrumar o quarto, antes que Megumi chegasse e começasse a contar como foi a excursão.
Não transaram no banho. Não por falta de vontade, mas por falta de tempo. Assim que acabaram de arrumar o quarto, receberam uma ligação da mãe de Nobara avisando que já tinham pegado as crianças e estavam trazendo o filho de vocês para casa.
Por isso, se apressaram de baixo do chuveiro, ainda que as mãos de Satoru tenham percorrido nada suavemente pelo seu corpo, explorando suas curvas, em uma lembrança do que viria mais tarde, quando o filhote de vocês tivesse dormindo tranquilamente na cama.
— Mãe! Pai! — Vocês ouviram os gritos de Megumi de dentro do quarto e aproveitaram que já estavam vestidos para ir logo de encontro com ele.
— Como foi a excursão? — Você perguntou, assim que se ajoelhou no chão e envolveu o corpo pequeno dele nos seus braços, o trazendo para o mais perto que conseguisse. Nesses poucos dias em que passaram separados, você sentiu mais falta do pequeno do que gostaria de admitir. Se pudesse, não deixaria que ele ficasse longe por tanto tempo de novo.
— Foi muuuuito legal! — O sorriso animado e olhos brilhantes dele fez com que você e Satoru sorrissem involuntariamente.
— Eu vou pedir o almoço — O Gojo começou a falar, depois de pegar Megumi no colo e depositar um beijo casto no topo da cabeça dele — Vão arrumando a mochila e depois podemos ver algum filme juntos.
— Okay! — O mais novo praticamente gritou, descendo do colo do pai e pegando sua mão, lhe puxando em direção ao quarto — Vem ver o que eu comprei de lembrancinha, mãe!
Você se deixou ser levada por ele e não viu o sorriso sonhador nos lábios de Satoru enquanto vocês entravam no cômodo do mais novo.
Megumi retirava as roupas da mochila e lhe dizia se estavam sujas ou limpas. As sujas você jogava em um cesto e as limpas você dobrava novamente e colocava em uma pilha em cima da cama. Os materiais de higiene pessoal estavam sendo colocados pelo mais novo no banheiro, enquanto ele falava sobre como Nobara tinha nojo de insetos e como Yuji não tinha o menor medo de fazer coisas perigosas.
Você ficou feliz em saber que ele tinha gostado do final de semana, além de ter aproveitado com os novos amiguinhos. Mesmo que estivessem apenas em uma missão, era importante que Megumi tivesse vivências que uma criança normal teria. Obviamente, você ainda ficava preocupada toda vez que lembrava que isso tudo um dia iria acabar. Megumi nunca mais veria Nobara e Yuji, além de colaborar para prender o pai do Itadori. Pensar nisso era muito difícil e doía o seu coração toda vez que lembrava que você não estaria lá paga ajudar o mais novo a superar tudo. Isso era um trabalho que Satoru teria que fazer sozinho. Com certeza ele também pensa sobre isso as vezes.
— Mãe? — A pergunta dele lhe tirou de seus próprios pensamentos, fazendo você encarar os olhos escuros do mais novo.
— Oi, meu amor.
— O que vocês fizeram nesses dias?
— Trabalhamos muito — Não era exatamente uma mentira — Estamos avançando cada vez mais na missão.
— Então, isso quer dizer que já já vai acabar? — Ele não parecia nem um pouco feliz com essa ideia.
— Eu sei que é triste, mas pensa que depois disso tudo vamos poder voltar pras nossas vidas normais, sem todos os perigos que essa missão traz.
— O que vai acontecer com a gente? — Você sabia sobre o que ele estava falando, mas não queria responder em voz alta. Já doía demais nos seus próprios pensamentos.
— Satoru provavelmente vai continuar a pegar outras missões, você vai voltar pra escola e eu vou entrar na faculdade.
— Mas, a gente vai ficar juntos?
Sua boca ficou fechada por alguns poucos segundos, mas longos o suficiente para você ter tempo de repensar toda a sua vida.
— Você e Satoru sim, mas eu não.
— Você não quer ficar com a gente?
Você até queria, mas não podia. E o motivo disso era algo que somente você e a agência sabia. Não teria como explicar isso para Satoru e Megumi, o que apenas fazia o seu correção se apertar mais ainda. Se eles soubessem, será que ficariam do seu lado? Será que lhe ajudariam a passar por isso? Será que Satoru iria contra tudo o que acredita apenas por você?
Provavelmente não. E foi por esse motivo que você acenou negativamente com a cabeça e falou:
— É mais complicado que isso — Um suspiro pesado escapou de seus lábios. Você pegou Megumi e o colocou sentado no seu colo, envolvendo o menor com seus braços e enterrando o rosto na curvatura do pescoço dele, na intensão de que ele não visse seus olhos marejados — Eu vou precisar ir embora quando tudo acabar, mas vamos tentar aproveitar o máximo esse tempo que ainda temos juntos.
Você sentiu uma lágrima molhando o seu braço, mas ela não era sua. Sabia que Megumi estava se segurando para não fazer barulho ao chorar. Isso apenas fez com que você o agarrasse ainda mais contra o seu corpo.
Não queria perder ele. Não queria que ele fosse embora. Não queria que ele parasse de lhe chamar de "mãe". Não queria mais ver o seu filho chorar.
— Tá bom — Ele conseguiu responder, depois de fungar algumas vezes, mas vocês continuaram nessa posição por mais um tempo, com medo de que aquele fosse o último abraço de vocês.
Satoru congelou. Ele tinha ido até o quarto para perguntar o que vocês prefeririam almoçar, mas acabou ouvindo toda a conversa do lado de fora do quarto. Ele não sabia se você tinha ouvido os passos dele até lá ou se a conversa com Megumi tinha feito você parar de prestar atenção nas coisas ao seu redor.
Você iria embora. Essa era a realidade que o platinado estava evitando aceitar a tanto tempo. Você, a única mulher que conseguiu fazer com que o coração de gelo dele se derretesse um pouco. A única pessoa com quem o Gojo conseguia se imaginar em um relacionamento. A única que fez com que ele admitisse para si mesmo que era alguém capaz de amar.
A mulher da vida dele iria embora, e esse dia estava ficando cada vez mais próximo.
Satoru ainda não tinha criado coragem para dizer em voz alta o que ele sentia por você. Se ele se confessasse, você rejeitaria os sentimentos dele? Por mais que você fizesse parecer que também gostava dele, o Gojo sabia que era mais complicado que isso. Talvez você só enteja encenando para a missão, no final das contas.
Independentemente, uma verdade inegável era que você iria embora depois que tudo acabasse. O platinado já estava decidido a adotar Megumi no final da missão, mas ele não sabia o motivo pelo qual você estava tão desesperada para partir. Pudesse estar relacionado a ele, ou à agência. Ele não sabia dizer, mas precisava descobrir.
Foi nesse momento que Satoru percebeu que tinha apenas duas opções: pensar em alguma forma para fazer com que você fique com eles mesmo depois que a missão acabar; ou, de alguma forma, deixar de te amar.
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