𝚎𝚒𝚐𝚑𝚝

— Megumi, você vai acabar se atrasando! — Você gritou, mais alto do que esperava, enquanto pegava sua bolsa em cima da mesa na sala de estar e se preparava para sair do apartamento.

— Já 'tô indo — O mais novo respondeu, correndo para dentro da sala, até que conseguisse lhe alcançar — O papai não vai hoje com a gente?

— Não, ele teve que resolver uma coisa no trabalho.

Era mentira. Já faziam algumas semanas desde que a missão tinha começado. Tudo estava correndo relativamente bem. Vocês não tinham mais se encontrado pessoalmente com Geto, desde o jantar naquele restaurante. Acabaram focando mais em se estabelecer e conhecer a cidade em que estavam morando agora. Por isso, nesses últimos dias, vocês sempre deixavam Megumi juntos na escola; o Gojo ia trabalhar logo depois e voltava no final da tarde; você ficava em casa tentando obter o máximo de informações possíveis e buscava o mais novo no colégio no início da tarde. Nos finais de semana, vocês geralmente faziam alguma programação em família, apenas para mostrarem que eram normais.

Foram três semanas de puro tédio, mas você já imaginava que isso aconteceria.

Além disso, você e Satoru não trocaram uma palavra sobre o que aconteceu naquele jantar. Ele tinha dito que não estava atuando, e você se deixou acreditar naquilo por alguns minutos, mas não demorou muito para cair a ficha e perceber que ele estava mentindo. Só que, ele não estava. O platinado sabia que você não tinha acreditado nas palavras dele, por mais que elas fossem verdadeiras, mas aproveitou a situação para não tocar mais no assunto, já que você também estava evitando falar sobre isso.

A relação de vocês ficou um pouco mais fria depois disso. As provocações já não eram mais tão constante como antes. Mas, do lado de fora do apartamento, vocês agiam como se nada estivesse acontecendo. Para a sorte de vocês, os dois sabiam mentir muito bem.

Hoje, como em todos os dias normais, Satoru deveria ir com você deixar Megumi na escola, mas receberam uma mensagem de Masamichi pedindo uma reunião, então você ficou encarregada de levar o menor para o colégio sozinha e o platinado iria ver o que o chefe queria.

— Vamos logo — Você disse, pegando na mão do mais novo e saindo do apartamento, chamando o elevador logo em seguida — Talvez Sotoru consiga te buscar na escola hoje, então podemos ir juntos tomar sorvete naquela sorveteria que você gosta tanto.

— Sério!? — O brilho nos olhos dele fez você rir antes de concordar com a cabeça — Posso levar uma amiga?

— Uma amiga? — Você franziu as sobrancelhas em surpresa. O Fushiguro sempre relatava o que acontecia na escola para vocês, até porque isso também fazia parte da missão, mas você não imaginava que ele iria ficar tão próximo dos outros alunos tão rápido — Quem é?

— Nobara — Ele respondeu, com as bochechas avermelhadas, desviando os olhos do seu e encarando o chão.

— É claro que pode chamar ela, meu amor — Você disse, se ajoelhando na frente dele e fazendo carinho nos fios escuros dele — Vai ser um prazer conhecer sua amiga.

Você ouviu passos, por isso, continuou fazendo carinho no mais novo, enquanto mantinha aquele sorriso encantador no rosto. Sabia que era Sasuke saindo do apartamento para trabalhar, também conseguia ouvir a mulher dele dentro do apartamento, provavelmente tomando café da manhã.

— Bom dia, [Nome] — Você tentou parecer surpresa ao ouvir a voz dele, e logo se levantou para poder cumprimentá-lo.

— Sasuke, bom dia — Tinha um sorriso simpático estampado no rosto, mas ele nunca perceberia a falsidade por trás daquilo — Está indo trabalhar?

— Sim, me chamaram para ir mais cedo hoje — Ele respondeu, se aproximando de vocês — Satoru não vai com vocês hoje?

— Ligaram para ele do trabalho pedindo que ele fosse urgentemente para o hospital — Mentiu, mas nem o mais expediente dos detetives conseguiria dizer que aquilo não era verdade — Então, quando o Megumi sair do colégio hoje, ele vai compensar nos levando na sorveteria, não é, filho?

— Uhum! — A animação dele também fez Sasuke rir.

— Vejo que você gosta muito de sorvete — O Fushiguro assentiu com a cabeça, ainda que o motivo principal de toda a animação não era pelo sorvete em si, mas porque o platinado estaria lá — Tem certeza que não é perigoso você ir sozinha com ele?

— A escola não fica muito longe e essa hora da manhã é bem tranquilo.

— Quer que eu acompanhe vocês?

— Não precisa se preocupar — Você se apressou em dizer. Realmente, não fazia parte dos seus planos ele ser tão gentil assim — Eu agradeço muito, mas não precisa se incomodar.

Ele iria responder, provavelmente insistindo mais um pouco, mas, para sua sorte, o elevador chegou bem na hora, o impedindo de continuar. Vocês entraram nele e, para evitar um clima relativamente constrangedor, Megumi começou a falar sobre os sabores de sorvete que ele tomaria mais tarde. Aquela criança era muito inteligente e impressionava você cada dia mais. O Fushiguro era muito bom em ler o ambiente e se adaptar a ele.

— Podíamos sair para jantar esse final de semana — Você arqueou a sobrancelha com a fala de Sasuke, mas ele logo se corrigiu — Quero dizer... Eu, Fumiko, você e Satoru.

— Ah, claro — O sorriso falso, mas simpático voltou a tomar conta dos seus lábios — O que acha de irmos no sábado?

— Tudo bem por nós.

— Então vou pedir que Satoru te mande uma mensagem mais tarde — Você estava tão focada no seu encontro com Geto no restaurante, que até tinha se esquecido que tinha combinado de jantar com aquele casal — Já que vocês moram aqui a mais tempo, podem escolher o restaurante.

— Certo! Vou esperar a mensagem dele — Assim que ele acabou de falar, as portas do elevador se abrira-me vocês começaram a sair de lá — Até mais, [Nome].

No momento em que ele saiu do seu campo de visão, seu sorriso se desfez e um suspiro pesado escapou de seus lábios. Ele não estava dando em cima de você, estava? Esperava que não. Isso atrapalharia um pouco a missão. Resolveu tirar esses pensamentos da cabeça e saiu com Megumi para fora do prédio, seguindo o caminho até a escola dele.

— Como está indo a missão? — Masamichi perguntou, com um olhar sério.

— A Espectro conseguiu várias informações interessantes — Satoru respondeu, entregando um envelope gordo ao mais velho — Mas ainda não conseguimos informações de dentro da casa de Geto.

— Fizeram contato com ele?

— Uma vez, mas não nos falamos diretamente.

— Isso é bom — Enquanto falava, o chefe passava os olhos nos arquivos que você tinha impresso — Não quero que vocês apressem as coisas e acabem sendo descobertos. Megumi conseguiu fazer contato com Yuji?

— Eles se falaram algumas vezes — O platinado respondeu, antes de soltar um suspiro cansado e relaxar na cadeira em que estava sentado — Mas aquele pirralho anda com quatro seguranças para todo lugar. É meio difícil chegar nele.

— Entendo.

A sala em que eles estavam era iluminada por apenas uma luz bem no meio do teto, mas era claridade suficiente para Masamichi conseguir ler os documentos e para Satoru conseguir ver a expressão de alívio no rosto dele. A missão estava indo bem, e o chefe sabia muito bem disso.

— A Espectro disse se estava precisando de alguma coisa? — A pergunta do Yaga fez o platinado levantar uma das sobrancelhas — Ela é uma peça muito importante nessa missão. Tudo o que ela precisar, vamos providenciar.

— Ela nunca falou nada específico, mas posso perguntar — Respondeu, dando de ombros.

— Você tentou alguma coisa com ela?

— Tentei, claro — Mesmo que Satoru estivesse com um sorriso divertido nos lábios, Masamichi não estava achando nenhuma graça — Mas aquela mulher é bem resistente, então não aconteceu nada até agora.

— Se ela desistir da missão por sua causa...

— Eu não estou fazendo nada demais, pode relaxar — O Gojo se levantou da cadeira, depois de ver a hora no relógio e perceber que tinha que voltar para casa — Só 'tô provocando ela um pouquinho, mas isso não é o suficiente pra [Nome] querer sair da missão.

— Faça como quiser, mas não assuste ela.

— Assustar ela? — Uma risada alta escapou dos lábios do platinado — Você realmente não conhece ela. É preciso muito mais do que só uns flertes para assustar aquela mulher.

Se Masamichi fosse falar mais alguma coisa, o Gojo não saberia, já que saiu pela porta antes que o mais venho fosse reclamar de alguma coisa. Mesmo que tivesse ajudado bastante Satoru quando ele era mais novo, a relação entre eles dois nunca foi das melhores. O Yaga sempre deixou muito claro que estava apenas usando o platinado e que não tinha nenhum sentimentalismo envolvido. Isso não exatamente irritava o Gojo, mas era motivo suficiente para ele não dever explicações.

Ele avisou no trabalho que iria ter que faltar hoje por motivos pessoais, então, mesmo que a reunião tenha acabado mais cedo do que o previsto, Satoru seguiu o caminho para casa, se preocupando em passar por lugares em que ele sabia que não teriam pessoas conhecidas. Por isso, acabou chegando um pouco mais tarde do que esperava. O Gojo só queria tomar um banho de novo e se jogar no sofá, talvez descansar por meia horinha antes de ter que voltar para a missão de novo. Ele sabia que você estaria em casa, então poderiam falar da reunião com Masamichi e elaborar novos planos para as próximas semanas.

Quando chegou no apartamento, abriu a porta, do jeito mais silencioso que conseguiu, e entrou na sala de estar. Pessoas normais não conseguiam ouvir os passos dele, mas ele sabia que você conseguia. Por isso, nem tentou esconder que tinha chegado e foi logo lhe procurar no quarto.

— [Nome], eu... — Mas ele parou de falar assim que lhe viu.

Você estava de costas, usando apenas uma lingerie de renda preta. Seu cabelo molhado entregava que você tinha acabado de sair do banho. Mas algo estava estranho. Você, com certeza, não tinha ouvido o platinado chegar e ainda não estava o escutando. Depois de perceber isso, o Gojo parou de admirar o seu corpo e franziu as sobrancelhas. O tesão que ele estava sentindo era muito grande, mas a ideia de que algo tivesse acontecido com você falava mais alto na mente dele. Mas, quando ele se aproximou e viu uma de suas orelhas, o corpo dele inteiro relaxou. Você estava usando fones de ouvido, por isso não tinha ouvido quando o platinado chegou.

Tentando ao máximo não lhe assustar, ele apenas tocou suavemente no seu ombro, mas foi o suficiente para você dar um pulo de onde estava e se virar rapidamente, assustada. Quando viu as íris azuis, seu corpo relaxou, mas seu coração ainda batia forte por causa do susto.

Puta merda — Você sussurrou, ainda com a respiração pesada, tirando os fones de ouvido das suas orelhas.

— Desculpe, eu não quis te assustar.

— Tudo bem — Respondeu, colocando a mão perto do coração — Eu só não sou muito acostumada a não saber quando alguém está se aproximando.

— Por que estava de fone?

— Eu queria relaxar um pouco, mas não consigo fazer isso ouvindo tudo ao meu redor — Respondeu, dando de ombros. Por mais que ele tivesse feito aquela pergunta, você percebeu que ele não estava prestando nem um pouco de atenção à sua resposta. Mais do que isso, os olhos dele estavam totalmente voltados para o seu corpo. Só então, você se deu conta de que ainda não estava vestida — Acho que eu deveria colocar uma roupa.

— Por que? Você fica tão gostosa assim — A brincadeira dele e o tom malicioso que ele usava fizeram você revirar os olhos antes de ir até o armário e pegar um conjunto de roupas leves — De verdade, você podia ficar assim mais um pouco.

— Não acho uma boa ideia — Respondeu, se virando para ele novamente e apontando para a calça dele — Seu pau já está quase pulando para fora da sua calça.

— E você bem que podia me ajudar com isso.

— Use as mãos — Disse, enquanto colocava o shot moletom e o cropped largo.

— Mas aí não tem graça — Te ver só de lingerie realmente tinha excitado o platinado. Além disso, já fazia um mês que ele não transava com ninguém, o que já estava o deixando louco — Não vai me ajudar nem um pouquinho?

Você ponderou, mas não por tempo suficiente para negar. Ao invés disso, foi até ele e o empurrou na cama. Por mais que não fosse do feitio dele deixar que a mulher tomasse o controle, ele estava surpreso demais que você aparentava ter concordado com aquilo. Ele até cogitou que isso fosse mais uma de suas provocações, mas, quando você começou a desabotoar a calça dele, as sobrancelhas do Gojo se arquearam.

— Primeiro, quero que você sabia que eu só estou fazendo isso para você não vir me atacar mais tarde — Enquanto falava, séria, você abaixava um pouco a calça e a cueca dele, fazendo com que o extenso membro dele saltasse para fora. Tentou não parecer surpresa com o tamanho dele. Com certeza, teria problemas se vocês acabassem transando — Segundo, não faça disso um hábito.

Sem esperar que ele respondesse, você levou uma das mãos até a extensão dele, apertando a cabeça, que era a área mais sensível. Satoru jogou a cabeça para trás e se deitou completamente na cama, ainda sem acreditar no que estava acontecendo.

Você usava o polegar para massagear o topo do pênis dele, sentindo o pré gozo lubrificar um pouco a área, enquanto usava o resto da mão para fazer movimentos lentos, mas firmes. Você estava sentada em cima dele e pressionou um pouco a sua intimidade na perna dele, apenas para tentar aliviar um pouco da excitação que estava sentindo.

Intensificando um pouco as coisas, suas mãos desceram ainda mais na extensão, começando a masturbar ele por completo, com movimentos mais rápidos e precisos. Satoru suspirava um pouco alto, mas não ousou soltar nenhum gemido. Talvez fosse porque ele não tinha transado fazia muito tempo, mas aquilo estava bom demais para ser verdade. Os olhos dele estavam fechados e ele não queria abri-los. Estava apenas concentrado nos estímulos que você fazia, muito bem inclusive. Ele tentou não pensar muito em como você era tão boa nisso e apenas manteve a mente dele focada no momento.

Sua mão descia e subia completamente no membro dele, em um ritmo acelerado e constante. Mas, mesmo com o pré gozo, ele não estava lubrificado o suficiente. Por isso, você cessou todos os movimentos e se afastou um pouco do corpo dele.

— Vai se foder — O Gojo reclamou, manhoso, abrindo os olhos novamente — Você vai mesmo me deixar assim?

— Cala a boca e espera um pouco.

Você tinha se afastado dele apenas para abrir a segunda gaveta da sua cabeceira e, assim que pegou o que queria, voltou a se sentar em cima dele.

— Por que você tem lubrificante na gaveta? — Ele perguntou, com os olhos meio arregalados, enquanto via você despejar um pouco do líquido escorregadio na mão.

— Depois eu explico — Com a mão que não estava com lubrificante, você empurrou o platinado de volta para a cama, o fazendo deitar completamente — Agora, fecha os olhos e cala a porra da boca.

Sua outra mão voltou ao membro dele, mas, dessa vez, os movimentos estavam mais rápidos e intensos. O lubrificante estava deixando a pele dele escorregadia o suficiente para que o atrito fosse o mínimo possível. Isso lhe ajudou a intensificar as coisas.

Satoru manteve os olhos fechados o tempo todo, mas, por mais que tentasse evitar, alguns gemidos pesados, mesmo que baixos, escaparam dos lábios dele. Você voltou a pressionar sua intimidade na perna dele e, para sua sorte, ele não pareceu perceber. Você estava excitada, e muito, mas também não queria que ele soubesse disso.

O membro dele era estupidamente grande, o que fazia com que você tivesse que ir mais rápido para conseguir masturbar toda a extensão.

Os únicos sons que podiam ser ouvidos no quarto eram os suspiros pesados e gemidos fracos do Gojo, o que lhe deixava mais excitada ainda. Você pressionou ainda mais sua intimidade na perna dele, sentindo seu clítoris inchado sendo levemente estimulado. Isso já estava sendo o suficiente para lhe deixar louca. Você estava com tesão naquele homem já fazia muito tempo e essa visão dele, tão vulnerável, só lhe instigava a intensificar ainda mais as coisas.

Sua mão começou a ficar mais firme e você apertou um pouco mais o pênis dele, mas não ao ponto de machucar. Satoru deixou escapar um gemido mais alto por causa da mudança repentina de ritmo. Você estava indo ainda mais rápido e aquilo estava gostoso demais para ele pedir para parar.

— [Nome]... — Ele falou, arrastado e com dificuldade — Eu... Vou...

Você sabia que ele ia gozar. Conseguia sentir as pernas dele se tensionando, o que pressionou ainda mais o seu clítoris. Você também estava muito perto de atingir o ápice, mas teria que fazer isso da forma mais silenciosa possível. Por isso, aproveitou que ele estava de olhos fechados e levou a outra mão até sua própria boca quando sentiu sua intimidade ficar quente e uma leve onda de choque percorrer pelas suas pernas. Por sorte, Satoru estava tão concentrado no próprio prazer que nem sentiu os pequenos espasmos que você deu, enquanto tinha um orgasmo leve, mas gostoso o suficiente para fazer suas pernas ficarem meio moles.

Quando você sentiu que o Gojo estava muito perto do ápice, acelerou ainda mais os movimentos e apertou ainda mais a sua mão em volta do pênis dele. Com isso, ele acabou gozando, enquanto soltava um gemido mais alto, que não conseguiu controlar. O líquido dele acabou melando a sua mão e um pouco das pernas dele.

O platinado estava agora com os olhos abertos, mas não olhava para você e sim para o teto. A respiração dele estava ofegante e o coração acelerado. Mesmo que tivesse claramente acabado de gozar, ele ainda não acreditava no que tinha acabado de acontecer.

Depois de deixar a ficha cair, ele finalmente olhou para você, que levou um dos dedos melados de gozo até a boca e o chupou, sem desviar os olhos dos dele.

— Você tem um gosto bom — Disse, com um sorriso divertido e pretensioso nos lábios, pouco antes de sair de cima dele e começar a andar em direção ao banheiro — É melhor você tomar um banho logo. Daqui a meia hora vamos ter que buscar o Megumi na escola e eu disse a ele que iríamos na sorveteria depois.

Satoru não respondeu. Apenas voltou a encarar o teto, se perguntando o que caralhos você estava fazendo com a mente dele. Ele tinha prometido que te faria ceder e teria você todinha somente para ele. Mas, agora, nesse exato momento, o Gojo percebeu que era ele quem tinha cedido para você.

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