🎨- 003 | Paintings and music

𐮙༻Lee Luna point of view༺𐮙


      Tomar um banho premium hoje não foi a melhor ideia que já tive, perdi o horário e agora estou atrasada para ir na casa de Hyunjin.

      Começamos bem.

      Termino de secar meu cabelo recém lavado e faço uma trança comprida. Então corro para meu closet e pego a primeira roupa que vejo. Se consiste em uma camisa xadrez azul clarinho com branco, por cima de uma blusinha preta, um short jeans cujo os bolsos de trás eu havia pintado os girassóis de Van Gogh no ano passado e um par de all stars verde escuros velhos que continham alguns desenhos feitos pelo meu irmão com caneta permanente preta na parte branca da frente.

      Como Hyunjin dissera que não era preciso levar nenhum tipo de material peguei apenas minha bolsa e saí apressada de lá. O caminho entre nossas localizações era bem perto, tanto que cheguei lá antes do esperado, mas ainda sim atrasada.

       A fachada de sua casa é relativamente grande. A casa é em grande parte bege, a não ser pelo portal da porta que é de pedra, tem um jardim na parte da frente uma porta super alta. Dou algumas batidas na porta e ouço o barulho da fechadura sendo escancarada por uma chave, logo depois ela se abre revelando um interior ainda mais bonito. Só o hall de entrada já havia um porta-objetos clássico, um espelho que vai do chão ao teto e uma mesinha com algumas taças de vidro diferentes.

       Hyunjin sorri ao me ver parada na porta e abre espaço para eu entrar.

      — Já estava quase indo te buscar, mas lembrei que não sei onde a senhorita mora. Bem vinda à minha humilde residência. Todos já estão na oficina — ele diz em um tom divertido e faço que sim com a cabeça.

      O moreno me guia pela casa — que de humilde não vi nada — até chegarmos na tal oficina. Que é um cômodo em que ele transformou em algo como uma oficina de artes mesmo. Tem alguns cavaletes, uma mesa grande com vários materiais artísticos e várias pinturas (inacabadas e prontas).

      — Pensamos que nunca iria chegar, que bom que veio. — Minho conta enquanto folheia uma pasta com alguns desenhos.

      Realmente, todos estavam lá. Até Jeongin, que mesmo que seu trabalho fale de outra emoção — alegria, como disse o mesmo mais cedo — se encontra no ambiente.

      — Agora que todo mundo chegou, quero saber o que cada um vai fazer. — Jisoo comunica.

      — Eu irei cantar uma música, mas tenho certeza de que Hyunjin vai fazer uma pintura. — Dahyun diz olhando algo no celular.

      — Eu vou cantar de dupla com a Jisoo. — Minho anuncia, e pela reação de Jisoo suspeito de que até mesmo ela não estava sabendo disso.

      — Minho, não vou cantar com você. Já disse que não tenho nenhuma habilidade em cantar, minha voz não é horrível. Só vou te atrapalhar. — ela rebate, um pouco incomodada.

      — Não acredito que ainda leva aqueles idiotas a sério. Sua voz é linda, Jisoo. E preciso de uma dupla para cantar comigo. Por mim, vaaaaaaaii — ele pede, juntando as mãos e fazendo cara de cachorro abandonado para minha amiga. Não sei à quais idiotas ele se refere mas também acho que não seja o melhor momento para perguntar.

      — Vou pensar na sua proposta, juro. — é tudo que ela diz.

      Depois de um tempo em silêncio Jeongin o quebra contando o que ele fará.

      — Na minha sala, as propostas eram: ou um desenho, ou um cartaz. Eu até faria um cartaz, mas dá muito mais trabalho, e tenho preguiça. Então farei um desenho. E você, Luna?

Pela segunda vez desde que cheguei aqui, todos os olhares daquela sala se voltam instantaneamente para mim. Mas já tomei minha decisão, e até agora só Hyunjin sabe dela.

— Pintura, com certeza. Não me considero cantora suficiente para fazer isso na frente de todos os alunos e famílias. — me volto para os materiais de pintura espalhadas pela mesa.

— Então, mãos à obra artistas! — Dahyun exibe um sorriso enquanto já escreve algumas linhas da música que irá cantar.

Hyunjin disse que posso usar todos os materiais e um dos cavaletes de pintura. Depois de um bom tempo avaliando mentalmente todas as ideias de pintura que me vem à mente, resolvo fazer a que mais me chama atenção, e também a mais difícil.

Depois de terminar meu esboço, me inclino para o lado na esperança de ver um pouco do de Hyunjin, que percebe e chaga para o lado me impedindo de ver qualquer resquício de arte.

— Se quiser ver o meu antes da hora, terá que me mostrar o seu também. Vivemos em uma sociedade onde justiça vale tudo. — considero minhas posições e viro meu cavalete em sua direção deixando meu humilde esboço visível para o garoto.

— Uau, isso está lindo! E temos que contar com o fato de ser só o esboço. Mas... quem é?

— Ah, é uma pessoa muito importante para mim. Agora me deixe ver o seu. — para meu azar, ele notou minha tentativa de mudar o rumo do assunto, mas para minha sorte não insistiu nisso. Em vez disto virou seu cavalete em minha direção.

Seu esboço também estava magicamente esplêndido. Pelo que capitei, havia um céu com algumas nuvens baixas e uma criança, uma criança sendo sustentada no ar por vários balões de gás Helio, igual a casa do filme Up.

— E qual o sentido? — pergunto mais interessada.

— Tenho tudo o que preciso, não sinto saudade de nada no momento. Então retratei a infância, eu adoraria ser criança novamente. Então foi isso que eu fiz. Diga a verdade, está ruim né?

— O quê?! Nem um pouco! Faz tempos que não vejo algo tão bom para um rascunho. Pelos quadros que vi na parede, tenho certeza de que você é um artista de primeira e ficará lindo

— Hyun, aonde estão seus instrumentos? Precisamos testar a batida. — Minho pede, interrompendo nosso assunto.

— Estão no meu quarto, mas preciso que alguém me ajude à trazer.

Vendo o repentino silêncio na sala resolvo me voluntariar para tal serviço. Então, eu e Hyunjin subimos as escadas em direção ao seu quarto.

Diferente do resto da casa, esse cômodo não é tão organizado assim. Os livros de poesia, literatura e didáticos espalhados na mesa, junto com a cama desorganizada entregam que ele não esperava visitas em seu cafofo. Mas sei que ficar olhando só vai fazê-lo se envergonhar mais.

— Desculpa a bagunça, qqnão sabia que minha mãe havia trazido os instrumentos ao quarto até vocês chegarem... os instrumentos estão ali. — ele aponta para um canto com algumas caixas, capas de instrumentos e partituras.

— Não, tudo bem. É sempre mais fácil encontrar coisas em uma bagunça organizada mesmo, né? E sendo sincera, pensei que encontraria um rato morto debaixo da cama.

— Está sugerindo de que pensou que eu fosse um irresponsável que não arruma um quarto Pois está corretíssima, senhorita. Mas em minha defesa, é uma bagunça cuidadosamente trabalhada.

Por insistência dele, acabei ficando com os mais leves — um violão, um violino e uma flauta — enquanto ele pegou os maiores. Então voltamos para a oficina.

Já devia ser noite quando nos cansamos de fazer os trabalhos. Eu iria embora, mas os outros insistiram para eu jantar aqui com eles. Hyunjin avisou que sua mãe estava terminando de fazer o jantar para todos, e não posso recusar uma comida feita por mãe.

— Pessoal, vamos comer logo. — Jeongin pede.

Então, saímos da oficina e nos direcionamos à mesa de jantar. A senhora Hwang preparou kimchi e macarrão para todos, então recusar isto seria um crime à culinária.

      — Filho, quem é a nova garota? Sua namorada? Pensei que tinha falado que... — a mulher começa, me fazendo engasgar e Hyunjin a interrompe antes que termine a frase.

      — Mãe?! Não posso trazer nenhuma garota para casa que você começa a ficar desse jeito aí. Luna é apenas minha amiga, e do pessoal. Para de envergonhar ela.

      Meus amigos riem da situação enquanto Hyunjin me passa um copo de água quando vê minha situação.

      — Minha nossa! Mil perdões por isso, Luna. É que Hyunjin nunca arranja uma namorada, não sei o porquê das garotas não gostarem dele.

      — É aí que você se engana, tia. As garotas fazem fila pra se declarar para o galã aqui todo dia, ele que vive dando foras nelas sempre — Minho revela com um sorriso travesso e Dahyun dá tapinhas nas costas de Hyunjin ao ver sua cara mudar de um sorriso para alguém que acabou de ser dedurado pelo amigo.

      Quando termino de comer devido que já é hora de ir embora e me despeço do pessoal e Hyunjin me acompanha para o lado de fora da moradia.

      — Me desculpe pela minha mãe, mais uma vez. Ela é meio doida as vezes, não leve a sério tudo que ela fala. Aceite pelo menos isso como meu pedido de desculpas, tá legal? — o garoto Hwang pega meu pulso e o abre, colocando delicadamente uma pulseira de prata com algumas pedrinhas roxas e a fechando novamente. Em seguida ele sai correndo e acenando para mim, que olho sorrindo para a joia

𖦹 Diário 𖦹
Irmão, espero que esteja tudo bem. Finalmente saí de casa para fazer algo com outras pessoas, pode-se dizer que foi bem legal. Espero que você goste da minha pintura

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