🎨- 002 | The arts proposal
𐮙༻Lee Luna point of view༺𐮙
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— Para a Feira das Emoções desde ano, nossa sala ficou com a Saudade, — esse era o discurso da vez, da senhora Park — então cada aluno fará um projeto individual e um coletivo. Para o individual, vocês podem fazer uma pintura que lhe dão uma sensação de nostalgia sobre alguém ou algo, ou cantar uma música com esse tema. Capitaram?
Com certeza, vou fazer uma pintura. Eu posso até saber cantar, mas não considero uma habilidade real — essa já era a habilidade do meu irmão — porém, não sei o que pintar. Mas acho que terei tempo o suficiente para pensar nisso. Saio dos meus desvanecidos quando um bilhetinho feito com uma folha rasgada de caderno cai na minha mesa, com uma letra caprichada e bonita, um pouco curvada.
Eu e o pessoal vamos fazer o trabalho na minha casa, quer ir?
PS: isso não é um convite para jogo mágico
Hyunjin
Olho para o remetente da mensagem. Ele sorri e faz um joia com a mão em dúvida. Respondo com outro joia, pois, se eu recusar para fazer em casa vou acabar procrastinando até a noite anterior da entrega.
Depois de um tempo copiando palavras sem sentido que foram escritas no quadro, outro bilhete é jogado em minha mesa. Viro meu olhar para Hyunjin imaginando que foi o mesmo novamente mas ele desvia o olhar rapidamente.
Qual das opções de trabalho você fará? Se for pintura, não precisa levar nada. Eu tenho todos os materiais possíveis em casa. E se for música, tenho vários instrumentos para treinar.
Hyunjin
Respondo seu bilhete comunicando minha escolha do trabalho e ele confirma dizendo que vamos nos encontrar naquela mesma tarde em sua casa, e me passou seu endereço.
Quando felizmente, a aula acaba. Dou tchau para meus amigos e começo a caminhar em direção à minha casa, já que papai não conseguirá me buscar e seus motoristas estão de férias. Já estava virando a esquina do colégio quando alguém grita meu nome, e esse alguém se chama Hwang Hyunjin.
— Luna! Você anda muito rápido, já participou das olimpíadas de corrida? — ele para para respirar por um tempo, com a aparência cansada.
— Não sabia que você estava atrás de mim, está bem? — me aproximo do garoto mas ele se levanta e sorri.
— Estou bem, só queria te falar que lá em casa hoje é por volta das três da tarde.
— Ah, tá. Só isso? — pergunto na dúvida, duvido que ele viria correndo aqui só para falar isso. Jisoo ou Dahyun poderia me mandar mensagem avisando se fosse só.
— Na verdade... — ele coloca um papelzinho pequeno com alguns números na palma da minha mão — esse é o meu contato, acho que dá menos trabalho do que passar bilhetinhos, né? Dahyun e Jisoo não quiseram me falar o seu, disseram que era pra eu vir. E eu vim. Agora sim, era só isso mesmo. Até mais tarde! — antes de eu responder qualquer coisa, ele sai correndo, nem parece que chegou todo ofegante e destruído.
☾
Chego em casa e não encontro meu pai, quando pergunto para a faxineira. Ela me informa que ele teve uma reunião de última hora e só vai voltar no jantar, então peço para ela avisa-lo caso eu não chegue a tempo.
Quando vou abrir a porta do meu quarto, paro o olhar no cômodo em que colocamos todas as coisas do meu irmão. Todos os aparelhos médicos, os pertences, as pinturas que eu fiz para ele, tudo está lá. E eu não abri aquela porta desde que chegamos aqui, não pretendo abrir cedo também.
A perda de Felix ainda é uma ferida aberta, por mais que faça mais de dois meses aquilo. Sinto como se ainda fosse aquela manhã em que cheguei com minha pintura e um penguin de pelúcia animada e encontrei rostos desolados que não me deixaram entrar no quarto. Me lembro de sair correndo rumo aos seus aposentos, e quando cheguei lá, estavam retirando o corpo dele. O corpo pálido, frio e sem vida. O único traço de humanidade que tinha era o pequeno sorriso que ele mantinha no rosto, o sorriso que me fez desabar em lágrimas.
Costumávamos brincar dizendo que ele era o Sol, e eu a Lua. Mas sei bem que a lua não consegue brilhar sozinha, ela precisa do brilho do sol para isso. E agora meu sol se foi, e a lua apagou-se. Não sei se um dia vai brilhar novamente, nem se quero que brilhe novamente.
𖦹 Diário 𖦹
Caro Felix, sabe quando era para você estar triste, mas uma felicidade genuína nasce em seu coração? Acho que é assim que me sinto. Quando fomos embora da França pensei que não iria sorrir novamente, mas hoje algo nasceu em mim, e eu gostei.
Com alegria, Luna
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