10. revelations

A noite fria arrancava arrepios de Lily que andava com dificuldade na colina, tentando chegar ao topo enquanto carregava aqueles dois livros nos braços, sua cabeça estava a mil quase tomando toda sua atenção e lhe fazendo escorregar na terra molhada pela recente chuva. Conseguia ver não muito longe dali a casa, ou o que tinha sobrado dela, onde ela e sua mãe moravam quando a jovem tinha ainda seus seis anos e não fazia ideia dos perigos que a assombravam.

Flashback On - Kansas, dezembro de 1.988.
Algum lugar perto de Weatherby Lake.

Estava um inverno rigoroso quando Lily saiu do quarto naquela manhã, estava bem agasalhada pois Nicolle sempre fazia questão da criança estar protegida. E não somente em questões de roupas. A pequena figura caminhou pela sala da casa a procura da mãe, mas o silêncio dedurava que parecia estar somente ela ali. Lily resmungou, nos últimos dias Nicolle parecia tão distante que isso estava incomodando mais do que o normal a filha.

- Mamãe? Está ai embaixo? - a menor colocava sua cabeça pro lado enquanto abria devagar a porta de madeira que dava para o cômodo debaixo da casa, onde Nicolle sempre deixou claro que era proibido sua filha ir. Ah! Mas isso apenas despertava mais curiosidade na criança.

Devagar os pezinhos e olhos curiosos da menor foram descendo as escadas, ouvindo essas ranger talvez pelo frio, lembrando das cenas de filmes de terror que um dia assistiu escondido de sua mãe. Aquele cômodo parecia em questão estar mais gelado que os demais da casa inteira, o que fez a pequena Lily encolher os ombros e abraçar a si mesma se agarrando mais a seu cachecol. "Um presente de seu pai que nunca conheceu", era o que pensou enquanto terminava de descer os degraus um por um e se deparar com uma mesa enorme e vários livros e frascos estranhos em cima dela.

- Mamãe? - a vozinha da garota era tão baixa que seria quase impossível Nicolle escuta-la daquela forma. Ela continuou a andar em passos cautelosos, seus olhinhos cor de mel um tanto arregalados, parecia surpresa por ter conseguido ir tão longe. Geralmente mal passava dos dois primeiros degraus antes de sua mãe a pegar no flagra.

A mesa não era tão alta, então conseguiu ver perfeitamente o que tinha sobre ela. Um cheiro estranho lhe atingiu a fazendo franzir o cenho, quando tentou ficar na ponta dos pés para ver melhor, se deparou com um pote cheio de um liquido vermelho e era dele que vinha aquele cheiro estranho... Mas o que poderia ser? Ah, Lily era inocente demais ainda para fazer ideia do que tudo aquilo significava.

O que captou sua atenção dessa vez foi um dos livros abertos, nas páginas um tanto desgastadas estava escrito alguma coisa numa língua que Lily ainda não tinha ideia do que era. A menor pendeu um pouco a cabeça pro lado, curiosa, forçando seus olhos a ler como se em algum momento magicamente ela fosse entender.

- O que está fazendo aqui mocinha? - a voz suave de Nicolle soou por de trás da filha. A bruxa esteve ali o tempo todo, mas apenas decidiu ficar em silêncio observando até onde e o que sua filha faria.

- Desculpe... sei que não era pra eu entrar aqui, mas te chamei tantas vezes e você não respondia. - Lily olhava para Nicolle com os olhos tristes. Vendo que a menor parecia esperar uma bronca, acabou sorrindo e se abaixou a altura de sua filha.

- Precisa tomar cuidado com essa sua curiosidade, minha flor. Mamãe já lhe disse como isso pode ser perigoso, hm?

Benson apenas concordou com seus olhinhos atentos na mãe, essa que abraçou a filha de forma calorosa recebendo os bracinhos pequenos da ruivinha em volta de seu pescoço. Devagar pegou Lily no colo se levantando, deixou um selar demorado no topo de sua cabeça antes de olhar em direção a sua mesa onde performava seus feitiços.

- O que é tudo isso, mamãe?

Como sempre Lily questionava de forma inocente a mãe, e Nicolle achava até fofo tanto interesse vindo da filha. Mas sobre aquilo em especifico, infelizmente tinha que fazer o que mais odiava, mentir.

- Mamãe está trabalhando em algo importante, querida. É um feitiço poderoso, para nos deixar bem protegidas... - certamente não era daquilo que se tratava, mas Nicolle sempre tirava um pouco vantagem da inocência de Lily para "mentir". - Quer me ajudar dessa vez? Preciso misturar alguns ingredientes simples.

Era a primeira vez que Lily ouvia sua mãe dizer aquilo, então claramente se empolgou concordando animada. A bruxa sorriu, pegou um pote menor despejando algumas folhas e grãos que Benson não tinha ideai do que era. Colocou sua filha no chão outra vez e entregou a ela uma colher de madeira, segurou o pote abaixando na altura da criança e lhe encarou com aqueles olhos castanhos intensos.

- Misture devagar, está bem? - Lily concordou num aceno, então fez o que lhe foi dito, misturando devagar o que havia no pote, ouviu a mãe sussurrar algumas palavras que ela ainda não entendia e de repente, uma fumaça branca começou a surgir daquela pequena mistura.

Lily imediatamente sorriu como se estivesse orgulhosa de si mesma, olhou para Nicolle que também sorria para sua pequena. A bruxa se levantou e repousou o pote sobre a mesa, se virando afim de pegar sua filha de volta no colo.

- Estou orgulhosa de você meu amor! - Lily deu uma pequena risada divertida ao ouvir aquilo. Nicolle simplesmente amava o som doce da risada de sua filha, era sua paz que encontrou em tantos anos conturbados.

- Você acha que algum dia serei uma ótima bruxa igual você, mamãe?

Nicolle não esperava ouvir aquilo, não imaginava que em algum momento sua filha fosse querer seguir seus passos. Lily realmente ainda era inocente demais... A bruxa saia do cômodo subindo pelas escadas até passar e fechar a porta, caminhando até sua sala de estar. Sentou no sofá com Benson em seu colo, encarando a pequena que tinha seus olhos curiosos e atentos como sempre.

- Acho que se você estudar e se esforçar bastante, consegue ser uma excelente bruxa, querida. Mas lembre-se, sempre tome cuidado, ter a capacidade de ter poderes é tão perigoso quanto pode ser prazeroso, entendeu?

Lily concordou, mesmo não entendendo ao certo o que aquilo significava ainda. As duas se abraçaram de novo, Nicolle acariciava os fios ruivos da filha, achava eles tão lindos quanto as flores na primavera.

Quando se afastou da menor, a encarou com o mesmo sorriso doce de sempre, passando o polegar por sua bochecha numa caricia lenta.

- Mamãe te ama tanto, minha pequena flor.

Flashback off.

- Também te amo tanto, mãe... - Lily acabou murmurando, algumas lágrimas molhando seu rosto pela lembrança repentina de sua falecida mãe.

Respirou fundo olhando pro céu nublado, negando com a cabeça tentando não se deixar levar por aquelas emoções que sempre a colocavam num lugar delicado. Precisava se concentrar, só então se deu conta de estar parada em frente à sua antiga casa. Por mais que quisesse, Benson não tinha forças suficientes para entrar e enfrentar os fantasmas de seu passado, ainda era doloroso demais.

Quando o vento forte bateu com tudo em seu corpo, lhe fazendo agarrar mais aqueles malditos livros, foi que ouviu barulhos de galhos quebrando. Não ousou olhar pra trás, se manteve firme e continuou andando. Seu destino não era a casa, nunca foi. O local de nascimento da magia necessária para abrir os livros ficava na beira do rio, esse que era mais alguns metros de distância de sua antiga casa. Assim que Lily depois de tantos anos finalmente avistou e pisou na beira da água, um calafrio percorreu seu corpo lhe fazendo suspirar.

- Então, veio entregar minha encomenda? - Mammon. A jovem se virou abruptamente dando de cara com o demônio e seu típico sorriso egocêntrico. - Fiquei me perguntando se você realmente viria, anjinho.

- Qual seu plano? - a voz de Benson saiu até rouca demais.

- Hm, direto ao ponto, gosto assim.

Mammon deu de ombros, dando passos largos e preguiçosos na direção da humana, que devagar foi andando pra trás querendo distância do demônio. Notando isso, ele acabou sorrindo mais mordendo devagar os lábios.

- Você devia saber que todo grande vilão nunca revela seus planos.

- Ah corta essa! O que você quer comigo? Qual seu plano an? Por que querer quebrar os selos agora? - Lily soltava mais e mais perguntas, fazendo o demônio suspirar e virar o rosto em direção ao lago.

- Sempre tão curiosa...

Aquela fala fez Benson arregalar os olhos, quem dizia isso sobre ela era sua mãe. Era como se Mammon sempre soubesse tudo, cada mínimo detalhe e isso assombrava a jovem. O demônio caminhou mais um pouco a frente, mas dessa vez Lily não se mexeu, apenas o encarava de forma séria agarrando com força os livros de sua mãe contra seu peito.

- Esses selos são muito mais poderosos do que você imagina, Lily. Se eu os quebrasse com você jovem demais, você morreria na primeira tentativa. - de repente ele passou a explicar, percebendo na expressão pasma da humana que tal informação era nova pra si. - Mamãe não te contou foi, anjinho?

- Cala a boca!

Ela gritou, ouvir ele falando de Nicolle daquela forma a fazia querer arrancar aqueles olhos fora. Lily odiava. Odiava aquele demônio com todas as forças.

- Gosto dessa sua raiva, anjinho. Cai bem em você. Mas como eu dizia, precisava de você forte. Saudável. Então deixei a doce Lily criar sua linda ilusão de "vida normal". Como foi? Você gostou an?

O sarcasmo na voz de Mammon fez o estomago de Lily revirar, ela estava pronta para xinga-lo, pronta para ir pra cima dele e deixar toda sua raiva lhe consumir. Até de repente tudo a sua volta começar a girar, Benson cambaleou alguns passos pro lado e como se não conseguisse se equilibrar, caiu no chão derrubando os livros.

- Mas o que... - tentou piscar algumas vezes, mas isso só parecia fazer piorar. Seu corpo de repente começou a ficar pesado como se algo a puxasse pra baixo, fazendo-a deitar cada vez mais sobre o chão.

- O que foi anjinho? Tendo problemas em se concentrar?

Mammon por fim se aproximou o suficiente da humana, ficando a cima do corpo pequeno no chão lhe observando com atenção e seu típico sorriso divertido. Lily tentou se levantar, mas não conseguia nem manter os olhos abertos direito.

- O que... v-você fez comigo? - a voz entrecortada de Benson soou, o demônio riu dando de ombros e num ato rápido e brutal pegou a jovem pelo pescoço levantando seu corpo no ar. Lily além de fraca agora sentia seu folego começar a ir embora.

- Estou me divertindo apenas, Lily. Quero aproveitar cada segundo antes da sua verdadeira agonia começar.

Ele apertava mais e mais o pescoço fino da jovem, Benson começou a se debater contra a mão do demônio sentindo lágrimas nos olhos. E Mammon estava adorando de fato cada segundo observando a ruiva.

- Olha só pra você, tão indefesa... Realmente achou que vir aqui sozinha resultaria em alguma coisa?

- Ela não está sozinha.

Uma voz rouca surgiu e seguida dela o barulho de três tiros que foram acertados no demônio, em resposta Mammon acabou soltando o corpo de Lily no chão ouvindo a jovem gemer com a queda. Dean, Sam e Castiel encaravam sérios o demônio, calculando cada movimento seu.

- Ah se não são os Winchester e seu anjo de estimação. Bem na hora, rapazes! - as balas praticamente pareceram não ter tido efeito em Mammon, Sam atirou mais duas vezes enquanto via o demônio se aproximar deles.

Percebendo que ele não iria parar, com sua lamina em mão, Castiel correu contra seu oponente pronto para acerta-lo, mas Mammon apenas deu um balançar de dedos fazendo o anjo voar pra longe batendo contra um tronco grande da árvore. Os irmãos permaneceram ali, Dean via de relance Lily ainda não chão e não sabia dizer se ela estava desacordada ou não. Travou o maxilar com força pronto para puxar o gatilho mais uma vez, porém Mammon balançou a cabeça.

- Vocês gostam de gastar suas balas em mim, não é? - num gesto rápido com a mão, Mammon fez ambas as armas dos caçadores voarem longe. Sam rapidamente tirou da cintura sua lamina para matar demônios e Dean a lamina prateada.

Mammon soltou uma risada carregada de sarcasmo, Sam foi o primeiro a ir pra cima do demônio. Seu primeiro golpe foi tentar socar o rosto de Mammon, mas foi bloqueado com o braço do oponente recebendo no mesmo segundo um soco na costela. Sendo ágil, Mammon agarrou o pulso livre de Sam o girando quase quebrando seu braço, derrubando o caçador no chão.

Com isso Dean aproveitou para ir ataca-lo também e ajudar seu irmão, segurando com força a lamina em sua destra afim de crava-la no peito do demônio. Mas também foi impedido, pelo outro braço de Mammon que agora encarava Dean, com aqueles olhos amarelos.

- Vocês dois estão acabando com minha diversão.

- Ah foi mal ai, não sabia que aberrações se divertiam. - Dean responde com raiva, mas total ironia. Vendo a abertura perfeita, Cass correu de volta ao demônio para acerta-lo por fim com sua lamina.

Foi quando Lily recobrou a consciência, virando pro lado vendo toda aquela cena arregalando os olhos. Tudo passou rápido demais, Mammon lançou o corpo de Sam contra o de Castiel jogando ambos com tamanha força pra longe. Dean conseguiu se afastar, e por um segundo de distração do demônio acertou seu rosto em cheio, mas nem sequer tinha feito cocegas. Mammon balançava a cabeça enquanto via a expressão de surpresa do Winchester e ele ir se afastando de novo.

- Vou te mostrar como se faz.

Com isso, Mammon deu vários socos repetidos no rosto de Dean, que acabou deixando cair a lamina de sua mão. Naquele ritmo, o caçador caiu de joelhos no chão, já com seu nariz sangrando assim como sua boca. O demônio segurou Dean pelo colarinho de sua blusa, se abaixou para pegar a lamina no chão colocando essa contra o pescoço do humano.

- Ultimas palavras?

- Vai se ferrar. - Dean falou com dificuldade sem deixar de encarar Mammon, sentindo o gosto metálico do sangue preencher sua boca. O demônio riu da astucia do humano, mas antes que pudesse enfiar a lamina em sua garganta, foi interrompido por um grito.

- NÃO! PARA! - era Lily. Ela encarava toda aquela cena com os olhos arregalados, com dificuldade conseguiu ficar de pé e não tirava sua atenção de Mammon, com medo que num piscar de olhos ele pudesse matar Dean.

- Você realmente está pondo sua fé neles?

- Solta ele. Eu faço o que você quiser. Só... por favor...

- Lily, não! - Dean reverberou olhando para a ruiva.

- Cala a boca.

Mammon acertou de novo o rosto do caçador, que caiu no chão. Do outro lado, Sam e Castiel com dificuldade se levantavam após ter ficado alguns segundos desacordados, se deparando com aquela situação toda.

- Dean! - Sam gritou ao ver o irmão no chão, mas logo os dois caçadores e o anjo foram imobilizados por Mammon.

- Você não contou pra eles pelo visto não é, anjinho?

O demônio andava em passos lentos até Lily, que nem sequer moveu um musculo dês que se ergueu do chão. Ela conseguia sentir a cada segundo ali que mentir já não seria mais uma opção.

- Pela sua cara... Ha! - Mammon riu alto de forma maliciosa. Se virou em direção a Dean vendo o humano lhe encarando com raiva nos olhos. - Você está protegendo uma aberração e nem sequer faz ideia disso, Dean.

- Cala a boca...

Benson sussurrou, mordendo os lábios com força. Dean por um segundo começou a ficar confuso quando viu a expressão de pavor no rosto de Lily, mas apenas continuou acreditando que eram provocações do demônio.

- Qual é, Lily? Quero dizer... Castiel tem que ser muito burro pra não ter percebido, certo? - Mammon olhou em direção ao anjo, que alternava seu olhar entre a humana e o demônio. - Nunca surgiu o benéfico da dúvida do por que diabos uma mulher teria selos gravados na sua alma dessa forma?

- O que...

A feição de confusão atingiu Dean com tudo, ele tentou olhar para Lily, mas ela tinha sua cabeça baixa como se estivesse envergonhada de algo. E Mammon passou a sorrir ainda mais quando percebeu chegar onde queria.

- Ai esta! Era essa cara que queria ver! Pois é Dean... sua querida Lily não passa de uma aberração mentirosa. Um erro cósmico. Uma ameaça... e uma hora ou outra, quando esses selos quebrarem...

Mammon fez uma grande pausa, se voltando até Lily fazendo a jovem lhe encarar. Passou a ponta da lamina por seu queixo, vendo o momento exato que a humana se encolheu.

- Bom, melhor não ter ninguém por perto, certo Lily?

Ela não respondeu, se manteve estática encarando aqueles malditos olhos amarelos. Sentia que poderia chorar de raiva. Medo, agonia. Seu corpo ainda tremia e sua respiração era falha e tensa.

- Vamos anjinho! - Mammon passou pela ruiva ficando atrás da mesma e apontando em direção onde Dean estava. - Conte a eles a verdade. De quem você realmente é filha! Diga a eles como você não pertence aqui...

Lily conseguia perceber como Mammon estava se deliciando daquele momento todo, esperou alguns segundos no silêncio, apenas para de forma rápida virar e cravar algo no peito do demônio que se surpreendeu.

- Vai pro inferno.

Ela finalmente pronunciou, usando mais força para enfiar a ponta da lamina dentro de Mammon. O demônio caiu de joelhos no chão, a humana deu alguns passos pra trás sem tirar sua atenção dele ainda.

- Esperta... esperta, Lily. - foi tudo que ele disse, antes de num piscar de olhos sumir diante dela. Benson soltou o ar que nem sabia estar prendendo antes.

Dean, Sam e Castiel finalmente conseguiram se mover quando Mammon sumiu, os libertando. O anjo ajudou o caçador mais novo a se levantar, Lily virou-se devagar olhando em direção a Dean que se erguia do chão com certa dificuldade. Mas logo se lembrou de algo importante.

- Os livros... - Benson murmurou, procurando por eles vendo que tinham desaparecido também. - Droga, Mammon os levou... Droga!

Praguejou repetidamente, Cass com cuidado colocou a mão em seu ombro chamando sua atenção. Seu rosto estava com um leve corte nos lábios, mas nada muito grave para o anjo.

- Lily, está ferida? - a humana negou, olhando em direção aos irmãos, certamente Castiel já tinha os curado pois ambos pareciam bem.

- Agora o que?

Dean reage, parecia impaciente, estressado. Sam suspira guardando sua arma e faca, dando uma boa olhada em volta antes de se aproximar mais do anjo e de Lily.

- Agora voltamos pro bunker. - constatou.

...

Horas mais tarde, quase na madrugada, Charlie ouvia a porta do bunker sendo aberta. Correu até a sala principal vendo os irmãos, Cass e Lily descendo as escadas devagar, pareciam exaustos.

- Você ta bem... - correu até sua melhor amiga não pensando duas vezes em abraça-la com certa força. Mas logo a soltou quando ouviu um resmungo de dor da jovem.

- Hey, hey.. calma. Estou bem. - Benson tentou confortar a amiga.

Sam e Dean se sentaram nas cadeiras ali suspirando cansados, Castiel ficou parado atrás de Sam cruzando os braços e agora todos ali encaravam Lily. Dean sendo o primeiro a se pronunciar.

- O que deu na sua cabeça pra ir atrás dele assim sozinha?

- Dean... - Sam tentou barrar o irmão antes que outra discussão feia começasse ali. - Agora não é o momento.

Dean revirou os olhos desviando atenção da jovem, Charlie se manteve em silêncio com seu semblante preocupado. Sam foi quem teve de continuar o assunto tentando manter o tom suave.

- Lily... O que Mammon quis dizer com tudo aquilo? Sobre "contar de quem você realmente é filha".

Ao ouvir aquilo, Benson ficou tensa. Dean voltou a encara-la ainda sério, e ela sentia que não podia mais fugir daquilo. Respirou fundo, ajeitando sua postura ali a frente deles.

- Justo... acho melhor eu ir direto ao ponto então.

Como se buscasse forças para continuar, os olhos de Lily pairaram sobre os de Dean, aqueles verdes tão profundos. Ela temia que aquela seria a última vez que ele a olharia assim tão intensamente. Então apenas soltou a verdade.

- Eu sou filha de um arcanjo.


Continua...


⸻ ★ ⸻★⸻
haha, por essa vocês não esperavam ?
espero que tenham gostado
até o próximo cap meu horrores ♡

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top