CHAPTER TWO
“Mais uma vitória para a polícia robótica. É a 30° gangue de criminosos desbaratada este ano.”
Cassandra:
— Bom dia, maninho. - Sorriu olhando o irmão que se aproximou deixando um beijo na testa da menor.
Deon:
— Bom dia, maninha. - Se sentou na mesa ao lado. Naquele dia, Cassandra havia chegado mais cedo no escritório para pesquisar mais sobre um projeto importante que tinha em mente.
Micheli:
“ — Pessoal, peço sua atenção, por favor. O chefe de polícia me ligou pedindo uma remessa de mais 100 Guardas. E isso é uma ótima notícia, e temos que agradecer aos irmãos Wilson em principal a nossa querida Cassandra. Sem eles nada disso seria possível.”
Os irmãos se entreolharam ambos com olhares completamente orgulhosos. Muitos de seus colegas começaram a bater palmas e a parabenizá-los arrancando sorrisos dos dois.
— Bom trabalho. - O homem apertou a mão de Deon e logo depois a de Cassandra.
Na outra parte do escritório, Vincent olhava com certa inveja para Cassandra, a invenção dela era um sucesso todos escolhiam os Guardas enquanto o Touro nunca era escolhido, sempre achavam que os Guardas seriam mais práticos, melhores e mais úteis. Porém não era isso que Vincent achava, para ele os Guardas completamente inúteis assim como sua criadora e seu ajudante, na visão dele o Touro poderia resolver os problemas de maneira fácil e definitiva.
Vincent:
— Ligou com peninha do Vincent ? - Debochou assim que atendeu a ligação de Micheli.
Micheli:
— Não se preocupe, Vince. - Pediu com tom compreensivo.
Vincent:
— Estou preocupado.
Micheli:
— Olhe, temos outra chance com polícias amanhã. Corte mais os custos. Pensamento positivo, está bem ? Ânimo.
Vincent:
— É difícil manter o ânimo com você cortando minha verba. Vinte por cento este ano, 25 por cento ano passado. Eu preciso aperfeiçoar o Touro. - Gesticulou observando a miniatura de sua invenção. - A Detecção de ameaça está em fase inicial. O operador detecta ameaças…
Micheli:
— A ameaça a detecção é supérfluo. O operador detecta ameaças e então mandamos o Touro. Chega disso. Corte. Não acrescente. - Mandou já cansada do assunto. – Entendeu ?
Vincent:
— Certo. Entendi. - Desligou a chamada batendo o celular no gancho. Irritado ele olhava para Cassandra e Deon que estavam resolvendo coisas e mais coisas como sempre.
Micheli:
— Deon Wilson e Cassandra Wilson para a oficina. - A voz da mulher soou pelos alto-falantes do local. Fazendo a garota franzir a sobrancelhas confusa indo atrás do irmão que já tinha se levantado e ido para a oficina.
[...]
Cassandra:
— O que será que querem com a gente ? - Questionou enquanto caminhava rapidamente ao lado de Deon.
Deon:
— Iremos descobrir agora. - Murmurou ao se aproximarem dos dois funcionários. — O que foi gente ? - Perguntou os olhando confuso.
— O relatório. É o 22. De novo. Granada-foguete, bem no peito. - Explicou.
Enquanto a garota se aproximou do robô com um pequeno sorriso fofo o olhando com grande admiração, se aproximando do 22 ela esticou sua mão o tocando, pensando no que poderia fazer para ajudá-lo.
— Diversos componentes internos danificados. Mas o cérebro está intacto. - Continuo, fazendo Cassandra soltar um suspiro pesado que nem mesmo sabia estar prendendo.
Deon:
— Tanto faz, descarte. - Disse sem dar tanta importância, atraindo um olhar indignado da irmã. - Agora vamos salvar a CPU.
— Podemos retirar a bateria. Está carregada e estável.
Cassy começou a andar de um lado para o outro tentando pensar, talvez ela conseguisse salvar o robô, não é ? A garota parou encarando o robô várias ideias que talvez funcionassem para ajudar o 22 passando em sua mente, muitos poderiam julgá-la mas aquele robô era uma de suas criações ela não poderia desistir tão facilmente.
Cassandra:
— Não podemos descartar ele, eu posso dar um jeito de consertar e logo ele volta para as ruas. - Tentou convencer ambos os homens enquanto Deon a olhou como se ela estivesse louca.
Deon:
— Não vale o esforço. Escolta 22 descartado. Esmague o chassi e recicle os metais. - Anotou na prancheta que segurava contrariando a irmã que o olhou irritada pelo fato do homem não dar uma chance de pelo menos tentar à ela.
— Certo. - O homem concordou colocando um adesivo no robô.
Deon segurou o pulso da irmã a puxando para voltar ao escritório, mas antes de sair do local a garota se virou para trás dando um último olhar para a escolta.
[...]
Cassandra:
— Eu ainda não acredito que você mandou a escolta 22 para descarte. - A mais nova voltou a reclamar emburrada enquanto descia da van vendo o irmão abrir a porta, Deon revirou os olhos indignado com o fato de que Cassandra não parou de reclamar desde que saíram do escritório e continuava até agora.
Deon:
— Não valeria o esforço tentar arrumar aquela escolta você mesma viu o quão danificada ela estava. - Argumentou.
Cassandra:
— Independente, valeria o esforço por ser uma das nossas criações, você sabe o que eu acho sobre não tentarem pelo menos consertar elas. - Se jogou no sofá após dizer um “olá” para o pequeno robô criado por seu irmão que a comprimentou.
Deon:
— Olá Dexter, se comportou bem, amigão ? - Começou a falar com sua pequena criação.
— Sim, Deon. - O pequeno robô assentiu.
Sem prestar atenção no que os dois conversavam a garota fechou os olhos se perdendo em pensamentos, imaginando como seria bom ter tentando consertar a escolta 22, quem sabe assim ela poderia até mesmo ter tentando fazer com que um dos seus programas funcionasse e talvez ela conseguisse finalmente fazer com que os robôs tivessem uma maneira de pensar e interagir ao invés de serem só máquinas incríveis e pacatas. Como se uma lâmpada acendesse em sua mente, a garota se levantou rapidamente empolgada com a ideia que teve.
Cassandra
— Deon, e se tentássemos consertar a escolta 22, assim poderíamos tentar inserir a inteligência artificial que estamos criando. - Propôs em um tom muito empolgado tentando convencer o irmão, não por não conseguir sem ele, mas sim por querer que ele a ajudasse com isso já que sempre fizeram grande parte das coisas juntos a vida inteira.
Entendendo o que a garota queria dizer, Deon se deixou levar pela empolgação da irmã sorrindo enquanto ligava a câmera. Mas não antes de ter acenado em concordância fazendo a garota sorrir feito uma criança enquanto soltava pequenos pulinhos de empolgação.
Ficando lado a lado, os dois começaram a trabalhar na inteligência artificial.
Deon:
— Olá de novo. Hoje é o dia 944°. E estamos muito próximos de conseguir. Quer dizer sempre a chance de erro, e sabemos disso.
Cassandra:
— Mas, se formos pensar sobre, vemos que com toda certeza estamos no caminho certo. Falta computar e codificar vários terabytes e, aí, veremos se eu estou certa. - Explicou com as sobrancelhas franzidas em concentração.
Deon:
— Então, até daqui a pouco. - Disse desligando a câmera.
[...]
1:27 da manhã. Os dois irmãos estavam completamente focados em terminar aquela inteligência artificial, Cassandra estava no sofá mexendo em seu notebook e Deon na mesa com seu próprio notebook ambos cansados mas se mantendo acordados o bastante para entenderem tudo que estavam fazendo.
Deon:
— Dexter, Red Bulls. - Pediu e o pequeno robô se aproximou entregando um para ele e outro para Cassandra, abriu no mesmo momento o tomando vendo enquanto voltava a digitar códigos e mais códigos aguardando para ver se finalmente daria certo. — Cassy, vem ver isso. - Chamou a garota que prontamente se levantou se aproximando do irmão que estava focado olhando a tela.
Cassandra olhava a tela completamente ansiosa e Deon não era muito diferente dela.
Carregando componentes de IA..
Emoção..
Coordenação..
Ativando REDE DE IA…
Progresso: 97%
Programa instável.
A experiência falhou.
Foi o que apareceu na tela fazendo Cassandra abaixar a cabeça soltando um suspiro cansado voltando a se jogar no sofá com um pequeno bico e carinha de choro e Deon tirou o óculos abaixando a cabeça também cansado e chateado por não ter conseguido.
[...]
5:20 da manhã estava marcado no relógio e ambos os irmãos continuavam a tentar completamente exaustos. Cassandra estava mais focada que nunca, dizendo a si mesma que não desistiria.
Deon:
— Vamos lá, a gente consegue. - Incentivou.
Cassandra:
— E se mudarmos o.. - Parou de falar enquanto digitava o que achou que poderia ser a solução para que finalmente funcionasse encarando a tela ao terminar de digitar com Deon ao seu lado, estalando os dedos nervosamente.
Carregando componentes de IA..
Emoção..
Coordenação..
Ativando REDE DE IA…
.
.
.
Progresso: 100%
Nenhum Erro encontrado
CONSCIÊNCIA.DAT Estável
Ao ver aquilo uma onda de felicidade se apossou da garota que se levantou batendo palmas enquanto soltava pulinhos empolgada e feliz com um sorriso enorme.
Deon:
— É estável. - murmurou baixo quase como um sussurrou inaudível.
Cassandra:
— Conseguimos! - Abraçou o Deon ambos com sorrisos brilhantes e em choque por terem finalmente conseguido.
Ligando a câmera Deon se posicionou ao lado de Cassy.
Deon:
— Conseguimos. Claro que só teremos completa certeza se testarmos em um sistema real. - E de novo na mente de Cassandra o robô de mais cedo veio à mente. Os dois se encararam como se pensassem a mesma coisa, no fundo bem no fundo Cassy julgou o homem por não ter acreditado que o robô poderia ser útil antes.
Cassandra:
— Precisamos testar. - Pegou o pendrive saindo em disparada a van vendo a Deon a seguir jogando as chaves para que ela dirigisse.
[...]
Cassandra corria rapidamente pedindo desculpas a todos os funcionários que ela esbarrou sem querer, correndo rápido o bastante com medo do 22 já ter sido descartado.
Entrando na Oficina ofegante interrompendo o homem que estava arrumando algo em uma das outras escoltas.
— Bom dia, senhorita. - Disse após tirar o fone de proteção.
Cassandra:
— Cadê o Guarda ? - Perguntou vendo seu irmão aparecendo atrás dela.
— O Quê ?
Cassandra:
— O Guarda 22, que esse idiota mandou para destruição ? - apontou para Deon que a olhou ofendido.
— Estão preparando o triturador já vai entrar. - Relatou.
Deon:
— Graças a Deus. Não destrói ainda, tá ?
— Tá, claro.
Deon:
— Esperem eu autorizar, mas não destruam, certo ? - o homem concordou e logo os dois Wilsons saíram.
[...]
Deon entrou na sala com Cassy vindo logo atrás os dois tentariam convencer Micheli e se ela não deixasse Cassandra iria fazer do mesmo jeito.
Deon/Cassandra
— Bom dia, senhora.
Micheli:
— Irmãos Wilson, bom dia, o que vieram propor agora ? - Começou com voz séria e pose inabalável.
Deon:
— Achamos que conseguimos..- Começou.
Cassandra:
— A primeira inteligência artificial integral do mundo. Um sistema de computador talvez mais inteligente que um humano…
Deon:
— Seria possível mostrar uma obra de arte e essa coisa, esse ser, poderia julgar a arte . Ele poderia decidir se gostou.
Cassandra:
— Poderia ouvir música, poesia e até mesmo assistir algo e decidir se gostou. - Continuou sem fazer questão de esconder o quão empolgada está.
Micheli:
— Chega, parem. Por favor. - Começou a rir como se não acreditassem. — Vocês pensaram mesmo em vir aqui procurar a presidente de uma empresa bélica de capital aberto…para propor robôzinho que escreve poesias ? - Ironizou com um tom fajuto recebendo um olhar irritado de Cassandra pelo jeito que falou sobre o projeto que ela e seu irmão trabalharam tanto.
Deon:
— Bom, se me deixar explicar… - Pediu sendo interrompido.
Micheli:
— A Tetravaal está realmente muito satisfeita com o trabalho de vocês. Os Guardas são um grande sucesso.
Cassandra:
— Micheli, olha não vai custar nada. Tem um android aqui que foi descartado com perda total ontem. - Argumentou.
Deon:
— Só deixa a gente instalar isso nele. - Disse mostrando o pendrive que estava em suas mãos. — Por favor, só deixe a gente pelo menos testar nele.
Micheli:
— Não, sinto muito. Vocês dois sabem como é o seguro com isso. Muita burocracia e papelada. - Negou, arrancando um suspiro frustrado de Deon e Cassandra fingiu desanimar-se.
Cassandra:
— Obrigada pela atenção. - Se despediu assim como seu irmão, saindo da sala em seguida começando a caminhar pelos corredores. — Iremos fazer do mesmo jeito, não ligo se ela vai querer me demitir depois, temos que pelo menos tentar. - Disse com um tom cheio de motivação e ao mesmo tempo um pouco de rancor por sua chefe.
Deon e a mais nova seguiram até as mesas se sentando enquanto Cassy pensava em uma maneira de resolver o problema enquanto brincava com os anéis que usava.
Deon:
— Controle a Vida…Não deixe a vida controlar você! - sussurrou baixo lendo um panfleto motivador que havia em sua mesa atraindo o olhar de Cassy, talvez pensando a mesma coisa. — Iremos mesmo fazer isso ? - Perguntou à mulher ao seu lado que assentiu soltando um sorriso por seu irmão finalmente concordar.
Pegando o pendrive os dois se levantaram indo em direção a oficina mas não antes de Cassandra estranhar estar se sentindo observada se virando vendo Vincent os seguindo com o olhar, a garota ergueu a sobrancelha vendo que o loiro não tirou o olhar deles em momento algum, ignorando a garota continuou a caminhar.
[...]
Andando disfarçadamente até onde o 22 estava Cassy se aproximou pegando uma prancheta fingindo mostrar algo importante ao irmão quando um funcionário passou perto deles, ao ver o homem saindo os dois correram pegando a partes do Andróide colocando em um carrinho, a garota acenou com a cabeça para que o irmão fosse pegar a chave de acesso enquanto ela levava o 22 para a van.
Adentrando a van a garota esperou o irmão que entrou quase que correndo na van a ligando e saindo do estacionamento indo em direção a rodovia tentando fingir normalidade. Cassy observava a paisagem sentindo uma onda de calmaria a atingir pena que durou pouco.
Foi quando um carro apareceu na frente da van os forçando a parar com uma freada quase brusca, pessoas armadas desceram começando apontar arma para os irmãos fazendo uma onda de adrenalina atingir a garota seu coração ficando acelerado a cada segundo que passava, dois homens se aproximando rapidamente do carro.
— E ai, mano ? - um dos homens se aproximou apontando arma diretamente para Deon fazendo Cassandra prender a respiração inconscientemente temendo que algo acontecesse com seu irmão o outro homem se aproximou da porta quebrando o vidro abrindo a porta puxando o irmão da garota para fora.
Pensando de maneira rápida Cassy saiu da van tentando correr pensando que conseguiria fugir e talvez conseguisse se uma mulher loira não aparecesse quase como um fantasma em sua frente a fazendo paralisar no lugar se assustando com seu coração se disparando mais ainda ao começar a reparar na mulher, a loira usava xuxinhas com a franja solta enquanto segurava um taco.
— Oi, Pudinzinha! - A loira disse sorrindo e por uma fração de segundo Cassy teve o pensamento de que aquele sorriso era o mais lindo que a garota viu em toda sua vida havia passado em sua mente, não tendo para pensar nisso a garota sentiu uma pancada forte em sua cabeça a apagando completamente fazendo seu corpo cair em um baque no chão daquela rua.
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Notas:
• Gostaram ?
•Votem e comentem
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Cassy vendo que o Deon nem mesmo tentar ajudar com a Escolta 22 e mandou ele direto para descarte:
Cassandra descobrindo que a experiência falhou de primeira:
A Cassandra quando a experiência se mostrou estável parecendo uma criança comemorando:
A Cassy quando a Micheli arranjou mil e um problemas para não deixar eles usarem a Escolta 22 como teste:
Ela não sabendo se o coração estava mais acelerado pela adrenalina ou por estar de frente pra mulher mais linda que ela já viu em toda sua vida:
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