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— Então comandante Magath, revisei os últimos projetos das armas e estão prontos para serem usados. Se houver necessidade, podemos levá-lo conosco para a batalha.



— Pois bem, façam isso. Te deixarei a cargo dessa situação, vocês partem ao por do sol.


— Sim senhor_ Fiz um breve aceno de cabeça antes de sair da sala, sentindo o olhar do Zeke queimar sobre mim.



       Devido a confiança que Magath possuía em si, acabou por ficar responsável por parte de um projeto, onde teria acesso a um laboratório apenas para si mesma, com diversos equipamentos, apenas com a finalidade de criar novas armas que talvez pudessem ser usadas na guerra.

— Sei que está me seguindo Zeke, será que poderia ser um pouco mais discreto?_ O encarei de soslaio notando seu olhar surpreso.


— Apenas continue andando, siga em frente até sua casa_ Murmurou após passar por mim.


— Lá vem ele com alguma coisa pra falar_ Suspirei.


°°°°

     Ao chegar em casa, se deparou com eu próprio irmão deitado no sofá enquanto assistia televisão fascinado pelo aparelho em si. Ergueu o rosto segurando o riso, até que notou a porta do fundo ser aberta, fazendo-a tirar um pequeno canivete preso em sua perna.


— Essa caixa fala tanta vozes.....

— Calma [Nome] quer matar seu próprio irmão?_ Ergueu as mãos em rendição.

— Você invade as casas dos outros agora?  E ninguém lhe viu aqui né? Não quero que pensem coisa errada_ Fiz uma cara de nojo afastando aqueles pensamentos, possuíam algumas vizinhas fofoqueiras perto, que poderiam pensar algo de errado caso o vissem.


— Oque está fazendo aqui Zeke?_ Eren perguntou após se sentar no sofá.


— Vou preparar minhas roupas, explica pra ele Zeke. _ Retirei minhas bostas e caminhei até o banheiro pensando em tomar uma bela ducha relaxada.


     Não queria ter que ir ao campo de batalha, pois deixaria seu irmão só.  [Nome] não gostava nenhum pouco daquela guerra que estava acontecendo, queria apenas aproveitar os momentos de paz que tinha com seu irmão naquela nova cidade modernizada, comparada a que viviam.


— Como será que Porco está? Acho que vou começar a chamá-lo de onk onk pra provoca-lo_ Me peguei sorrindo enquanto falava seu nome, talvez eu esteja ficando mesmo louca.....


"[Nome] eu tô fazendo café, adianta aí!"


— Ele acha que é quem para chegar aqui mexendo em minhas coisas?_ Inferguei meus cabelos assim que os molhei, não puxei nenhum pouco da paciência da mamãe para lidar com os homens ou qualquer outra pessoa.

 

    Talvez sua cara fosse de confusão, ou estranheza ao notar o jeito calmo e compreensível que seus dois irmãos conversavam. Passou as mãos pelos cabelos molhados notando as costas do seu uniforme encharcadas, e os espremeu mais um pouco notando a água cair no canto da sala.


— E por fim, a [Nome] foi recrutada nessa guerra.


— Oque?_ Eren murmurou confuso.

— Ele talvez deve ter te explicado tudo, mais como eu sou considerada uma das melhores soldadas atualmente, e estou na lista pra ganhar a Tita fêmea, fui selecionada junto com alguns outros, para ir ao campo de batalha e ajudar aos que estão presos lá_ Me sentei ao seu lado notando seu olhar desconfiado.



— Você confia demais nesse comandante [Nome]._ Eren alertou.


— Não confio nele, apenas tenho que trabalhar pra ele. É diferente. _ Pisquei o olho após jogar minhas pernas em seu colo, assim que me deitei no sofá.


— Volte o quanto antes, não sei cozinhar direito_ Admitiu.


— Ingrato! E o Zeke vem aqui te trazer comida a calada da noite_ Sorri satisfeita o notando franzi o cenho enquanto me encarava.


— Não sou nenhum entregador de comida_ Resmungou frustado.


— Você não quer ser um bom irmão mais velho? Então essa é sua chance com o Eren!_ Voltei meu olhar para o Eren, notando ele tirar a faixa do seu rosto revelando seus olhos verdes que atualmente não possuíam mais aquele brilho de antes...



— [Nome] como somos seus irmãos mais velhos, temos que conversar algo sério com você. Enquanto você tomava banho eu expliquei tudo ao Eren, e ele me deixou tomar a frente da situação_ Fingiu uma tosse falsa.



— Como assim Zeke?_ Me sentei no sofá intercalando meu olhar entre os dois.



— Sabe eu sei que você já é uma mulher, e sente as necessidades femininas, mais você precisa ter aquele cuidado em si, e em relação aos garotos....o Porco é um bom rapaz, só que ele odeia bastante o povo de eldia e....



— Puta merda..... você descobriu como?



— Descobri? Então vocês foram mais a fundo? Uou eu pensei que estavam conversando ainda.... não sou acostumado com esse negócio de irmãos, lidar com mulheres é algo mais complicado.



— Eu não quero escutar isso, já sou bem crescida e informada. Explica um pouco pro Eren quando for reencontrar a Mikasa, talvez ele precise de umas aulas teorias sobre o corpo humano_ Corri em direção ao quarto assim que notei ele erguer a muleta em direção as minhas costas.





— E você veio também? Lúcia você foi recrutada ou veio de vontade própria? Está louca?_ Segurei em seu braço a arrastando para um local mais afastado, não estava nos planos essa criança aqui.


     Ao chegar no ponto de embarque, após se despedir dos irmãos. A primeira coisa que acabou notando foi a pequena garota de cabelos vermelhos que acenava cada vez mais sorridente para si, respirou fundo enquanto caminhava até ela, um dos seus objetivos nessa ida a guerra era fazer com que Marley não conseguisse pegar as tais armas que tanto possuíam interesse na nação vizinha, ao qual falavam a mesma língua.





— Estou aqui por vontade própria, irei atrás do meu pai. Eu disse a minha mãe que o governo de Marley tinha recrutado algumas soldadas em treinamento para servir a guerra pois eles estavam precisando de ajuda. _ Admitiu.



— Você pode acabar morrendo sabia? A guerra não é uma brincadeira, os soldados de alta patente estão nos portões, agora não tem como você sair mais. _ Rangi os dentes assim que os encarei, eles nos olhavam com tanta nojo que meu estômago se revirava.




— Não se preocupa [Nome]! Eu sei me cuidar e ficarei perto de você, afinal você será da família em breve certo? Então família sempre protege a família!_ Ela afirmou após dar um joinha junto a uma piscadinha de olho.




— Agora sei o porque o capitão quase nunca tinha paciência com a gente_ Afaguei seus cabelos e apontei para o trem que iríamos, pelo visto minha única opção é vigiar essa garota impedindo que ela morra.

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