Cap.7 - Desconexo
Pov. Jungkook
Depois da minha crise de ansiedade, em que eu senti como se fosse morrer, Jimin me deixou enrolado no sofá vendo TV enquanto eu tomava um chá para que pudesse limpar a bagunça que eu havia feito ao puxar a toalha da mesa.
— Certo... Acho que tá tudo em ordem de novo! — Ele cerra os lábios de maneira fofa, colocando as mãos na cintura.
— Até que desmorone de novo... — Digo o olhando de soslaio, tomando mais um gole de meu chá, era chá de camomila.
— Desde quando você tem isso?... — Ele se senta no braço do sofá.
— Isso... O quê? — O encaro, meus olhos estavam levemente inchados pelo choro, meu corpo todo doía pela recente crise.
— Ansiedade... Você... Teve uma crise de ansiedade... — Ele conclui e eu desvio o olhar para a TV.
— Você parece entender do assunto... Já teve antes?... É por isso que fuma não é?... — Dou outro gole no meu chá.
— Como eu já disse antes... Cada um tem sua válvula de escape... Não me julgue pela minha... — Ele também desvia o olhar.
— ... Temos que fazer aquele trabalho de sociologia... — Dito, não o olhando.
— Você realmente quer fazer isso? — Ele me olha irônico. — Digo... Tem forças para isso? Já está um pouco tarde... — Ele confere o celular, vejo que marcava 18:41.
— ... O clima está bom e... Está chovendo lá fora... E de todo modo tivemos outra chance de entregar então... Por que não?
— Você tem cabeça pra isso?...
— Eu só preciso dar minha opinião certo? — Finalmente nossos olhos se crusam e eu sinto o peso da preocupação em sua pupilas dilatadas.
— Ok... Eu faço a pesquisa... Podemos... Ir para o seu quarto?...
Eu apenas acinto com a cabeça e então subimos, deixo o cobertor no sofá e a xícara em cima da pia para lavar mais tarde.
🌊🍒🦋
— E então... O que você pensa sobre a taxa de crianças abandonadas que anda em crescimento atualmente no país desde os anos noventa? — Jimin pergunta com meu notebook em seu coloco, certamente formatando o trabalho no Word para depois o salvar em PDF.
— Acho que isso tem haver com uma gravidez prematura... — Falo meio incerto.
— Tipo?... — Ele dá de ombros como se isso não explicasse nada.
— Bastante jovens andam sendo pais muito cedo... E meio que por medo de serem julgados pela sociedade como sempre acabam escondendo a gravidez e as vezes até mesmo abortando os filhos antes que nasçam...
— Você não acha que tem haver mais com acidentes tipo de carro ou até mesmo suicídio que levaram essas crianças a serem abandonadas por não terem familiares a quem recorrer?
— Acho que se fosse uma dessas causas, os parentes iriam procurar essas crianças, ou até mesmo a justiça procuraria um responsável... Ao menos que seja estrangeiro... — O olho com atenção porém ele não fala nada.
— Uhum... — O "tec tec" de seus dígitos sobre as teclas do notebook sucedem.
— Qual... A sua opinião sobre isso? — Travo um pouco na hora de falar devido ao nervosismo por ser um assunto delicado, enquanto batia com a ponta de meu lápis em meu caderno.
— ... Não sei? Por que eu deveria ter uma opinião? Isso nunca foi do meu interesse... — Responde com rigidez, já imaginava que seria assim.
— Sei lá... Você disse que não tinha pais... Poderia responder melhor do que eu sobre o assunto...
— Eu não escolhi esse tema Jungkook! — Ele para de digitar e me olha, parecia ansioso. — Tem algum doce?...
— Talvez tenha alguma bala ou chocolate na geladeira... — Respondo sem entender o porquê da pergunta.
— Pode me trazer?... — Ele parecia receoso.
— Sim...
Eu me levanto do meu ninho de almofadas e saio, indo até a geladeira e pegando um resto de barra de chocolate que eu havia guardado pra comer enquanto colocava a matéria em dia.
— Ó! — Alcanço o chocolate para ele que quebra um pedaço quase tremendo e então o come e volta a digitar freneticamente.
Eu apenas suspiro e me sento no chão, de volta como estava.
— Eu... Eu concordo com você... — Nos encaramos, porém não falo nada, logo abaixo meu olhar de volta para meu caderno. — Eu não sei que idade meus pais tinham... Mas sei que eles eram muito jovens... E nossa condição era extremamente difícil ao ponto de passarmos fome, comendo somente uma refeição ao dia a qual minha mãe comia o que sobrava do meu prato...
Ele faz uma pausa para respirar.
— Eu não sei o porquê que eles me abandonaram... Talvez tenha sido pressão familiar... A própria condição financeira... Ou somente ela se cansou de mim... Eles não me queriam... Eu não fui algo planejado... Então... Pode ser todo e qualquer motivo do mundo e saber qual foi não vai mudar em nada agora... Não vai mudar onde eu cheguei, quem eu me tornei e como estou ou sou agora, porque eles não me criaram e não me viram crescer e agora é tarde demais para mudar tudo o que eu fiz. — Ele tira o notebook do colo e se vira para mim passando a mãos pelos cabelos.
— ... Você sabe onde eles estão?
— Não exatamente... — Ele parecia falar mais algo, mas apenas me olha e olha meu caderno e então sorri. — Eu gostei do desenho... Você desenha bem...
Eu coro e fico sem saber o que dizer, eu apenas replicando o que estava vendo, que era Jimin sentado em minha cama, digitando o nosso incrível trabalho de sociologia.
— N-não esta pronto... — Não sabia para onde olhar, apenas não queria cruzar olhar com ele.
— Quem disse que precisa estar? Nem todas as coisas tem um ponto final môre...
— ... Por que... Me chama assim? — Não posso evitar de o fitar.
— Ah... — Ele ri sem jeito. — Sei lá?... Apenas... Combina com você... — Passa a mão pela nuca sem jeito.
— Não! Tem um significado, você não me chamaria de algo tão aleatório que pode ter tantos significados diferentes dependendo do idioma em questão!
— Eu não sei se eu quero falar sobre isso...
— Então sobre o que quer falar? — O provoco.
— ... Sobre você! Quero falar sobre você. — Ele coloca a mão no rosto, apoiando seu braço em seu joelho.
— Sobre mim?... Não tem... Nada interessante sobre mim... Você viu com os seus próprios olhos... — Digo em relação ao meu raque que só tinha livros e cadernos.
— Na verdade acho que é muito pelo contrário... Sinto que você guarda mais coisa aí dentro de si do que em seus armários.
— Eu não sou como você que tem um grande caco de vidro em seu coração que é só se aproximar de você que acaba sendo dilacerado!
— Isso é algo muito rude de se dizer... Parece que isso se refere mais a você mesmo do que a mim... Não acha? Você que está tentando me afastar por se aproximar... — Ele se levanta e se senta na minha frente, tocando meu rosto, tirando minha franja azul da frente de meus olhos.
Eu o encaro diretamente, eu já tinha sacado qual era a dessa ceninha, ele queria sexo e o fato de eu não conseguir nem resistir a um simples toque desse me deixa a sua completa mercê, meu corpo me deixa a mercê dele...
— O que você quer? — Pergunto firme.
— Como assim? — Ele me olha sutilmente confuso.
— Não faça rodeios, o que você quer agora? — Pergunto ainda mais firme o encarando.
— Você já sabe... Por que quer ouvir?... — Ele sorri sorrateiro, colocando os braços entorno do meu pescoço.
— Por que eu quero que saia da sua boca... — Não desvio olhar.
— Hum... — Age de maneira manhosa.
Ele deita a cabeça sobre meu ombro esquerdo roçando seus cabelos sobre a região e então sobre até que seus lábios estejam na altura de meus ouvidos.
— Eu quero que você me foda aqui... No seu quarto... Na sua cama... Nesse chão... No seu chão... Quero ser seu aqui... E agora... — Ele mordisca meu lóbulo me arrancando suspiro.
Eu queria o olhar porém ele se atraca em meu pescoço o beijando, o chupando, se eu não o interrompesse, ganharia mais outra marca em meu pescoço.
— Qual é a sua? Quer que eu fique todo roxo? — Seguro os pulsos do mesmo a frente do meu pescoço.
— Hum... Roxo combina com seu tom de pele... Fica tão bonitinho... — Ele parecia mais manhoso que o normal, mas de alguma forma era atraente.
Eu tiro meu caderno e lápis dentre nós e então o puxo para um beijo delicado, porém Jimin era como uma chame me incendiando.
A forma como ele apertava minha pele em minha cintura, a intensidade de seu beijo, seus dedos sotarreiros arrancando minha camiseta de meu corpo.
A maneira que ele tomava meu tórax para si e envolvia meus mamilos na sua boca como se necessitasse disso, me enlouquecia aos poucos.
Eu o pego no colo e o levo para cama, fecho o computador e o coloco para escanteio, era claro que não haveria mais trabalho de sociologia naquela noite.
O olhando de cima parecia uma linda criaturinha frágil e delicada, mas no fundo eu sabia o quão essa delicadeza e fragilizade eram capaz de arruinar com a minha vida apenas por existir.
Eu tiro a bermuda que o mesmo usava, eu sorrio ao ver que ele simplesmente havia ignorado a cueca que eu havia visto para ele.
— Safado... — Sussuro, deixando um selar no membro do mesmo que resmunga pelo meu carinho. — Se roxo combina com a minha pele, devo dizer que esses seus traços rosas ficando perfeitos em você...
— Kookie... — Sua expressão era leve, se ele não estivesse de pau duro, eu diria que ele estava com sono.
Eu levando seu blusão até a altura de seu pescoço, beijando sua pele clara, eu podia ver a respiração do mesmo se alterar embaixo do meu corpo, enquanto movia sutilmente seus quadris.
— Por favor... Fode...
Eu apenas afirmo com a cabeça retirando minha bermuda e minha boxer, no fim acho que ele deveria estar certo em não tê-la colocado... Seria só para tirar novamente...
Em me sento em minhas pernas o observando, como ele poderia estar daquela maneira com tão pouco? Ainda mais sendo experiente na prática...
— Eu sinceramente queria muito poder meter a seco em você apenas por essa sua carinha de vagabunda... Mas não quero machucar você... — Digo ficando por cima do mesmo, me esticando até a gaveta para poder pegar um lubrificante.
Ele parece um pouco surpreso ao ver o que era.
— Acho que você não olhou direito as gavetas cherry... — Digo abrindo a tampa do produto e colocando um pouco na ponta de meus dedos.
— V-você...
— ... Eu.. Uso comigo mesmo... Não se preocupa... Você... É a segunda pessoa com quem eu... Mantenho esse tipo de relação...
Ele não me responde, apenas revira os olhos arfando.
Eu o olho, estranhando um pouco seu jeito, mas apenas sigo com o que eu estava fazendo e então enfio dois de meus dedos nele.
Ele solta um gemido, se arrepia e arqueia sua coluna apertando meus lençóis, resmungando quase que em um choro.
Ele estava extremamente sensível...
— G-gelado... Gelado...
— Ele aquece depois... — Deposito um beijo em sua testa úmida pelo suor, enquanto movia meus dedos.
Do jeito que o corpo dele regia para seria mais uma tortura, uma tortura prazerosa... Já que ele não conseguia parar quieto e soltar pequenos gemidos, que tentava esconder com o travesseiro.
Eu enfio meus dedos mais fundo e simplesmente vejo ele explodir em mim.
Meu rosto e meu peito estavam cheios de seu esperma e eu não posso deixar de me sentir satisfeito, ainda que preferisse que ele não tivesse gozado apenas com meus dedos.
— Acho que isso é mais que o suficiente...— Rio bufado.
Eu abro mais as pernas do mesmo e então coloco meu pau em sua entrada e aos poucos o penetro.
Jimin tateia minha coxa até chegar em minha cintura, arrastando seu quadril em minha direção para que eu entrasse ainda mais dentro de si.
Ele geme baixinho e abafado, cerrando os lábios, segurando a barra do blusão a mordendo enquanto tenta miseravelmente se encolher.
Eu seguro firme as suas pernas, as abrindo ainda mais que antes, o empurrando, fazendo com que eu conseguisse colocar todo.
Eu me inclino em sua direção segurando sua mão e entrelaçando nossos dedos, seu cabelo estava todo espalhado por seu rosto, eu não conseguia ver seus olhos, apenas seus lábios entreabertos respirando rapidamente.
Eu selo nossos lábios e então começo a o estocar Jimin solta um alto gemido na minha boca, ele retribui freneticamente ao meu beijo, enquanto tenta se escapar mais baixo de mim.
Ele desce uma de suas mãos e então eu paro o beijo, imaginando que o mesmo estaria se tocando enquanto eu meto nele, porém ele apenas tocava sua barriga o que me preocupa.
— Cherry... Tá tudo bem?... — Acaricio seu cabelo tirando uma de suas madeixas da frente de seu olho, os mesmos estavam cerrados e eu apenas o vejo afirmar com a cabeça em questão a minha pergunta. — Tá doendo?... — Ele nega.
— M-minha barriga... E-estou sentindo algo... Na minha barriga... — Seu tom era trêmulo.
— Isso é ruim?... — O olho atento, mesmo que ele não me visse.
— N-não... É-é muito bom... — Eu sorrio de orelha a orelha e então me afasto.
— Então me permita continuar te fazendo sentir isso...
Eu o seguro pelo pescoço e então acelero meus movimentos, ele segura meu braço enquanto gemia, ao que parecia agora era ele quem estava a minha mercê.
Eu puxo o blusão que ele usava para acima de seu nariz, de maneira que tapava seus olhos, o que me dá uma bela visão de seus mamilos eriçados.
Eu os mordisco antes de os chupar, rodeava minha língua envolta dos mesmos, era difícil me contentar só com um e era ainda mais difícil decidir a qual dos dois dar a devida atenção no momento.
Quando eu paro de os chupar eu ouço a risada de Jimin encherem meus ouvidos e então eu levanto meu olhar para o mesmo e me levanto, tirando o blusão de seu rosto, porém o mesmo continuava a rir.
— Qual foi a graça?... — Ele não me responde apenas esconde o rosto em seu próprio biceps. — Ji... O que tem de errado com você hoje?...
Eu seguro seu rosto com minhas mãos e então deixo seu rosto exposto para mim, eu arregalo meus olhos ao ver suas pupilas dilatadas.
Meu olhar corre para sua bermuda no chão a qual eu vejo um plástico com um pó branco perto da mesma, o que na minha cabeça faz sentido devido a sua mudança drástica de personalidade.
Eu saio de dentro do mesmo e então o observo ainda rindo em minha cama.
— Isso realmente me deixou puto sabia?... Eu estou com muita raiva de você Jimin... — O olho sério, apesar de estar com raiva isso só havia me dado vontade de fodê-lo mais ainda, ignorando meus sentimentos de pena.
— Gguuk... — Ele se senta igual um bêbado na cama e então toca meu rosto. — Por favor... — Ele não continua a falar, apenas me abraça.
— Não me peça mais por favor... Porque eu não vou ter dó nem piedade com você depois dessa!
O empurro de volta na cama, eu só queria tirar aquele sorriso besta do rosto do mesmo.
— Anda vira! — O puxo pelo ombro o deixando de bruço.
— Môre... — Eu seguro seus fios vermelhos, prensando a cabeça do mesmo contra os travesseiros.
— Eu não quero te comer te quatro... Eu quero te comer assim... E já que você não está em lugar de opinar nada, vai ser do meu jeito e como eu quero! — Ele continua rindo. — Vamos ver até quando você vai rir Jimin...
Eu puxo a cintura do mesmo para mim, o deixando completamente impinado e então defiro um forte tapa contra sua coxa.
Eu tava extremamente irritado, mas isso não seria o suficiente para que eu o deixasse todo marcando embora que no fundo eu gostaria muito...
Entretanto apenas tê-lo com os vergões de minhas mãos na sua pele já me era o suficiente.
Eu bato em sua bunda e coxas várias vezes até que o seu riso se transforma-se em um choro sofrego.
— P-para.... P-por favor... — Ele solta um riso choroso.
— Eu já disse que "por favor" não iria te ajudar em nada, isso não me fará sentir pena de você! Seu drogadinho de merda! — Eu o puxo pelos cabelos contra meu peito e então cravo meus dentes em seu pescoço.
Eu queria poder o mastigar, arrancar parte de sua pele, isso talvez amenizasse minha raiva, mas eu me sentiria culpado por o machucar de tal maneira então apenas o jogo de volta contra os travesseiros.
Ele tenta se levantar, porém eu o seguro pelo blusão, empurrando suas costas contra o colchão e logo volto a o penetrar rapidamente.
Seu interior estava escorregadio, não havia interrupções em meus movimentos, eu podia o socá-lo fundo, forte, rápido, enquanto o mesmo se debatia tentando fazer com que eu o soltasse.
Seu choro logo se torna gemidos altos e como estava de noite eu volto a segurar seus cabelos, pressionando seu rosto contra o travesseiro para abafar o barulho que o mesmo fazia.
Minha cama poderia não ser a mais forte, talvez ela até ficasse com os pés frouxos após essa transa, mas eu só queria que ele quem ficasse de pernas bombas após essa ceninha com a cocaína.
Eu metia forte e ele gritava, eu o apertava e ele gemia, eu empurrava minha pélvis contra sua bunda e ele se contorcia.
Era um belo show se não fosse tão trágico quanto nosso relacionamento e nossa existência em si.
Eu acerto sua próstata e ele grita, dessa vez nem os travesseiros puderam abafar sua voz, espero que suas cordas vocais estejam bem, seria triste se ele ficasse sem voz.
Ele goza em meus lençóis e por mais que eu quisesse gozar dentro dele, não seria o suficiente.
Eu saio de dentro do mesmo e então o puxo para mim, sua expressão era deplorável assim como todo aquele estado dele naquele instante.
— Engole... — Eu afundo sua cabeça em meu pau, eu sinto sua garganta me succionar e pressionar minha glande.
Acabo não conseguindo me conter e gozo em sua boca, em sua garganta... E acabo gemendo em descompasso, enquanto puxava seus cabelos, quase os arrancando com meus dedos.
Eu o solto bruscamente e ele tosse, salivando.
Certamente teria se engasgado, mas o que eu poderia fazer? Ele fez o mesmo comigo...
— Ei... — Eu seguro seu maxilar com minhas duas mãos e o faço olhar para mim.
Ele parecia mais calmo, suas pupilas não estavam exageradamente dilatadas, embora que ainda não tivessem voltado ao normal.
Eu o largo e ele cai deitado na cama, vejo seu rosto se mexer discretamente em minha direção e logo seu corpo simplesmente falha, adormecendo.
— Ji?... Cherry?!... — Eu dou leves tapas em seu rosto e o balanço tentando o acordar, me despero quase que instantaneamente, ele não poderia simplesmente ter morrido... Seria engraçado, mas porra- Não!
Eu levo meu indicador até perto de seu nariz e acabo sentindo sua suave respiração, eu consigo me acalmar com isso.
Eu o admiro dormindo e então apenas me levanto para pegar um lençol limpo e me deito atrás do mesmo nos tapando.
Eu o abraço pela cintura e enfio minhas narinas em sua nuca, mesmo estando todo suado e uma porra literalmente, seu cheirinho natural era bom... E conseguia me acalmar ao ponto de eu também acabar adormecendo.
O dia acabou sendo cheio e quando digo cheio não só de agitado, mas também cheio de coisas novas, sentimentos novos... Pontos de vistas novos... Ele era como meu check-point de descobertas e experiências...
Entretanto, eu não estava pronto para mais uma nova experiência no mesmo dia...
🌊🍒🦋
Acordo com o celular de Jimin tocando, o de cabelos vermelhos quase pula da cama procurando pelo aparelho, quando o acha ele atende.
— Alô?! O que foi? O que aconteceu? — Eu o olho ainda um pouco zonzo pelo sono, porém noto que Jimin estava com uma expressão nada boa no rosto. — T-tá... Eu já vou para aí agora mesmo!
Eu me sento na cama tentando me encaixar de volta ao meu corpo, enquanto Jimin juntava suas coisas e calçava sua bermuda rapidamente.
Quando eu me dou conta que ele simplesmente iria embora eu acordo e me levanto colocando minha bermuda apressadamente.
Jimin abre a porta e se dá de cara com meu pai, ele estava com o punho fechado, certamente iria bater na porta antes que ela fosse aberta.
Eles apenas cruzam olhar e então Jimin passa pelo mesmo apressadamente já indo em direção aos degraus.
— Jimin! Espera! — Quando eu ia passar pelo meu pai o mesmo segura meu braço.
— Jungkook! O que significa isso?? — Ele não estava com raiva, mas estava surpresa, seu querido filhinho não só comia "minas" como também carinhas que gostam de te deixar em situações delicadas e caem fora de uma hora para outra.
— Me solta! A gente conversa depois! — O faço me soltar e corro atrás de Jimin.
Quando chego nos últimos degraus, vejo Jimin abrir a porta da frente e sair pela mesma, havia um carro preto em frente a minha casa.
— Entra no carro. — Ordena.
Jimin apenas abre a porta do carro e entra no mesmo.
Quando dou dois passos para fora de casa, Jimin estava sendo levado por um homem mais velho que usava óculos escuros e diria o audi preto.
Jimin me olha, porém logo desvia olhar, era um olhar triste, talvez no fundo ele não quisesse sair assim, mas naquele momento nem eu sequer podia pensar no que estaria acontecendo.
Então... Apenas o deixei ir...
Quando me viro para entrar dentro de casa vejo meu pai com os braços cruzados encostado no arco da porta.
Se antes eu não estava em apuros, agora certamente eu estaria e ainda mais.
Se antes eu tinha razão em nossa última discussão, agora eu certamente havia perdido toda ela.
🌊🍒🦋
— O que foi tudo isso? Quem era aquele garoto?! — Ele estava de pé ao lado de minha cama.
— Um colega...
— Um colega?! — Ele diz abismado.
— Passamos a tarde juntos e depois viemos para cá para fazer um trabalho da escola, o que mais você quer? — Eu o encaro impaciente. Eu estava sentado em minha cama apenas esperando o castigo que estaria por vir.
— Não! Calma aí Jungkook! Você diz que ele é um colega, que veio aqui fazer um trabalho, mas quando chego ele sai correndo para sei lá onde com sei lá quem e você estava semi-nu correndo atrás dele? Que tipo de colega é essa que eu não estou entendendo?!
— Não parece óbvio para você?! Estamos ficando! Edai?!
— Edai? Edai?! Jungkook... Você tem o que? Uma semana de aula naquela escola e simplesmente traz um garoto desconhecido para nossa casa e transa com ele?! Não! Tudo bem! Mas por que ele saiu correndo? Quem era o cara do carro? Quem são os pais dele? Que tipo de pessoa ele é?
— EU NÃO SEI! EU NÃO SEI! Eu também gostaria de saber!
Meu pai fica sem saber o que me dizer, apenas anda de um lado para o outro pensativo, ansioso.
Eu também estava na mesma situação que ele, estava ansioso para saber o que havia acontecido, mas tudo o que eu podia fazer era esperar uma mensagem de Jimin para saber se estava tudo bem, o que pelo jeito que ele saiu claramente não estava nada bem.
— Jungkook... Você se drogou?... — Ele para e me olha.
Meu olhar vai até o seu, eu estava desacreditado no que eu ouvia, mas visto quem Jimin realmente era eu não podia o criticar por perguntar isso.
— Óbvio que não... — Bufo irônico, já que o "óbvio" não era tão óbvio assim tendo em vista que eu já havia me drogado uma vez...
— Jungkook esse garoto é perigoso!
— Perigoso?! Perigoso por quê?! Por que ele saiu com um cara estranho num carro preto?
— Um audi preto...
— Dane-se! — Dou de ombros.
— Jungkook... Você não viu a tatuagem dele?... — Meu pai parecia seriamente preocupado e isso havia me chamado a atenção.
— Tatuagem? Que tatuagem?
— Você transou com ele Jungkook! Como não viu?!
— Que porra de tatuagem você tá falando caralho?!
— Pega o seu celular. — Ele aponta para o meu celular.
— Por quê?!
— Pega o celular Jungkook!
Eu alcanço meu celular e então o desbloqueio.
— E? — O encaro já irritado.
— Pesquisa as últimas notícias do jornal...
Eu reviro os olhos e então faço a pesquisa, que me cai em uma notícia sobre uma gangue que traficava drogas e que matava pessoas "aparentemente" inocentes que tinham uma mínima ligação com os membros ou ex-membros da gangue.
A notícia dizia que um casal de jovens havia sido morto por deverem aos traficantes e era confirmado ser de tal gangue pelo jeito de corte que havia no corpo das vítimas após sua morte.
Era no formato de um "S", simbolizando uma serpente.
— Ok... E o que o Jimin tem haver com isso?
Meu pai pega o celular da minha mão e então abre uma página que ilustrava a tatuagem utilizada pelos membros da gangue.
Era uma serpente e continha duas luas minguantes, uma na direção em que a cobra rastejava e outra no centro de seu corpo, acima do encaracolado de seu corpo.
— O-o Jimin não tem nada disso pelo corpo dele... Eu teria vist-
— Era atrás da orelha esquerda dele, ele deve manter os cabelos longos nessa região para não ser descoberto!
— Você está inventando coisas! — Me levanto completamente indignado.
— Pergunte para ele então sobre e veja que tipo de reação ele vai ter!
— Não... Olha- Sai do meu quarto! Eu estou cansado e preciso terminar o trabalho! Anda! Já está tarde! — O empurro para fora de meu quarto.
— Jungkook! — Ele bate os pés na frente da minha porta me encarando com seriedade.
— Eu sei que você está tentando demonstrar que está preocupado comigo, mas acontece que eu não preciso disso! O Jimin não é uma dessas pessoas! Ele apenas tem um passado ruim, mas isso não o torna um monstro! Agora se me der licença eu preciso estudar!
Eu fecho a porta na frente do mesmo e então vou correndo para minha cama e pego meu celular procurando mais notícias sobre essa tal gangue.
E fico enjoado com os absurdos que eu lia.
Eu jogo meu celular longe e então pego meu notebook e abro na parte do trabalho de sociologia e fico encarando a tela sem nem saber por onde começar.
Até porque... Não havia nada escrito...
Jimin não havia escrevido nada no trabalho.
Eu chego meus históricos, minhas anotações, qualquer coisa que ele pudesse ter mexido ou visto, entretanto não havia nada.
Nem sequer havia como voltar nas configurações do Word.
As coisas que ele havia escrito foram apagadas, junto com o documento que ele havia criado.
Isso só me deixa ainda mais curioso para saber da verdade que ele escondia e que agora mais que tudo estava claro que ele escondia...
🌊🍒🦋
No outro dia...
Eu estava sentando em minha classe enquanto os outros apresentavam seus trabalhos.
Eu esperava com o celular em mãos, uma mensagem de Jimin, ele não havia comparecido a aula e nem me mandado nada durante a noite, Taehyung também não havia vindo novamente e tudo isso só me deixava cada vez mais ansioso.
O ápice da minha ansiedade se atinge quando ouço meu nome ser pronunciado pela professora me pedindo para que eu apresentasse nosso trabalho.
Eu me levanto lentamente e então levo meu notebook junto, conectando o mesmo com o projetor e então me coloco no meu lugar para apresentar o trabalho.
Eu olho para os alunos, alguns olhavam atentamente, outros não estavam nem aí para a minha presença, mas só eu sabia o quão cheia minha cabeça estava e o quão ela estava me atormentando.
Eu só queria correr, eu só queria correr, qualquer coisa que pudesse me tirar daquela situação.
No fundo eu torcia para que Jimin entrasse por aquela porta e me socorresse, eu acreditava nisso esperançosamente.
Mas quanto mais os ponteiros se moviam anunciando os minutos que passavam mais minha ansiedade queimava dentro de mim como uma pequena chama prestes a se tornar parte de um grande incêndio.
Eu começo a suar frio e minha voz simplesmente começa a falhar, eu não consigo começar meu trabalho e nem sequer me apresentar.
Eu apenas me desculpo e saio da sala correndo, eu precisava de ar, eu precisava respirar, eu precisava sair dali...
Eu tateio as paredes buscando equilíbrio em minhas pernas, enquanto aqueles olhares afiados e curiosos caiam sobre mim, aqueles sorrisos dilacerantes prontos para tornar a minha desgraça em motivo de piada.
Eu simplesmente vou ao banheiro e me apoio na pia, não era o lugar mais arejado e muito menos cheiroso, mas serviria para me livrar de todos eles.
Eu ligo a torneira e então lavo meu rosto, a fecho e então me olho no espelho, minha mente com certeza era minha maior aliada, mas também com certeza era minha pior inimiga...
Eu me encosto na parede e então olho a última cabide do banheiro que estava a minha esquerda, aquela maldita cabine que foi o prelúdio de tudo, de tudo pelo qual estou passando agora.
Me pergunto o que teria acontecido aquele dia se eu não tivesse voltado atrás e pagado com a minha curiosidade, estaríamos assim hoje? Talvez nem sequer teríamos nos tornado amigos...
E ainda instigo a mim... Será que eu teria me apaixonado por ele?
🌊🍒🦋
Eu volto para a sala juntando meu material e vou para enfermaria, inventando qualquer desculpa esfarrapada para conseguir sair mais cedo e ir para casa.
Eu chego e acabo indo direto para meu quarto, deixo minha mochila no sofá da sala e me jogo em minha cama.
Eu olho e olho para o teto tentando achar explicação para o que havia acontecido.
Eu pego meu celular e então escrevo uma mensagem de texto "Eu sinto sua falta" e logo a apago.
Era idiota demais dizer uma coisa dessas após ele sair correndo de mim.
Eu largo meu celular ao meu lado e logo começo a rir enquanto lágrimas queriam aparecer em meus olhos.
Até porque eu só era um objeto para ele, certo?
Até porque meus sentimentos não eram dignos para ele.
Até porque ele não poderia somente me amar como eu o amo.
Até porque ele não poderia ser tão sincero quanto eu.
Até porque ele não poderia levar uma promessa até o fim, não?
Eu me levanto da minha cama, trocando de roupa me arrumando para sair, meu pai não estava em casa então eu não levaria sermão e eu não teria que estar dando desculpas como:
"Não, eu não estou indo atrás dele, eu apenas quero pegar a porra de um ar, porque tudo a minha volta é sufocante o suficiente para fazer com que eu deseje desaparecer."
Eu me olho no espelho, vendo meu péssimo estado e então coloco o capuz de meu moletom e saio de casa.
A princípio sem rumo, apenas ando pelas ruas de Busan enquanto procurava esvaziar a mente.
As nuvens estavam cinzentas aquela manhã, certamente acabaria chovendo, mas se eu estaria acima ou embaixo dela, não era algo que eu me importasse.
Sem que eu me desse de conta fios vermelhos adentram uma loja de conveniência, o que era o suficiente para me fazer ir até lá confirmar com meus próprios olhos.
Eu adentro a loja fazendo uma pequena revencia para a moça do caixa e então procuro com o olhar aqueles fios vermelhos.
Dizem que o destino das pessoas são traçadas através de um fio vermelho, um famoso clichê asiático.
Entretanto meu destino não estava ligado diretamente a um fio vermelho e sim a vários fios, várias madeixas vermelhas que sempre conseguem tomar conta da minha visão e me deixar aéreo toda vez que as vejo.
E ele estava lá, comprando algumas coisas pelas prateleiras, ele estava de boné, porém vestia as mesmas roupas da noite anterior.
Ele não me vê e então apenas vai até o caixa pagar as compras.
— Mais alguma coisa? — A moça do caixa bipa o último item e então o olho.
— É só...
Após ele pagar e receber o troco ele já ia embora quando eu chego colocando uma cueca boxer no caixa.
— Tem dessa só que em preto? — Olho a moça do caixa levemente nervoso.
Sinto aqueles olhos castanhos me fitarem, ao que me parecia ele estava surpreso, porém não fala nada, apenas observa tudo em silêncio.
— C-claro... Um segundo... — Ela se retira e vai procurar a peça que eu havia pedido.
Eu demoro uns instantes, juntando coragem para o encarar e então finalmente o encaro.
Sua expressão era tranquila, não, era de alívio, mas um alívio por me ver... Ou um alívio por eu não estar o enchendo de perguntas?
Porque eu estava guardando muitas delas para quando fosse propício...
— O-oi... — Passo a mão pela minha nuca por cima do capuz.
— Oi... — Ele sorri desviando o olhar e logo volta a olhar para mim.
Eu ia falar mais algo, mas a atendente chega e então eu apenas confirmo minha compra e a pago.
— Não lembro de ter roubado suas cuecas... — Ele brinca olhando minha compra.
— Essa é a parte preocupante... Você deve estar sem nenhuma agora... — Paro na frente do mesmo e entrego o pacote.
— ... Obrigado... — Ele baixa o olhar, talvez se sentisse um pouco desconfortável com a situação.
Eu estava meio inseguro, mas eu precisava perguntar, mesmo que ele inventasse alguma desculpa ou somente não me respondesse.
— O que faz por aqui? Não é perto de onde você mora e... Você nem sequer trocou de roupas... — O olho dos pés a cabeça e ele apenas encolhe os ombros.
Quando íamos sair da loja começa a chover e então ele apenas suspira.
— Hospital... Eu... Passei a noite no hospital... — Ele finalmente revela.
— Hospital? Como assim? O Taehyung está bem? — Presumo.
— Que? O Taehyung? Sei lá? Acho que sim? Ele não foi a aula de novo?
— Bem... Sim...
— É só birra, não liga pra ele... — Ele dá de ombros enquanto esperávamos a chuva cessar embaixo do sombrite da loja.
— Então... Quem está no hospital?
— ... Lembra... Que eu disse que não sabia onde estava meus pais?
— Sim? Você disse "não exatamente".
— Bem... Exatamente eu não sei onde está minha mãe e exatamente eu sei onde está meu pai. — Ele me olha e então de repente tudo parece claro para mim.
Eu estava me preocupando atoa.
Gangue uma ova...
— Ah essa loja fica perto daquele hospital lá, não é mesmo?
— Sim... Eu apenas vim pegar algumas coisas para comer... Desculpe ter te preocupado...
— Entendo...
— Eu preciso voltar... Você?... — Ele aponta para a chuva.
— Não tenho nada o que fazer mesmo e meu pai não está em casa então... — Dou de ombros.
Ele afirma com a cabeça e então saímos andando na chuva, já que ela não parecia que ia parar tão cedo...
Andamos e corremos até o hospital quando a chuva fica mais forte.
— Céus... Eu deveria ter comprado uma muda de roupas também... — Ambos estavamos encharcados.
— Aquele... Cara do carro não trouxe roupas para você?...
Jimin não me olha e acaba ignorando minha pergunta apenas adentrando o hospital.
Eu o sigo até o local onde ele poderia aquecer a comida dele.
— Vai comer aqui? — Olho para alguns acompanhantes que comiam seus almoços.
— Não... Vamos comer lá fora... — Ele diz já saindo com o macarrão instantâneo dele para a entrada do hospital.
Nos sentamos na calçada onde era coberta e apenas observavamos a chuva cair enquanto ele comia.
— Vai acabar pegando um resfriado... — O olho com preocupação.
— Não sou tão frágil assim... — Ele diz assoprando o macarrão e então logo o come.
— Você não escreveu nada no trabalho... — Comento.
— Eu também não estava conseguindo me concentrar... Você conseguiu apresentar?
— Não...
— Hum... Beleza. — Ele dá de ombros.
— Você está bem?...
— Por que não estaria?
— Ele é o seu pai...
— E? Já te disse que isso não muda nada, ele não me viu crescer e nunca sequer se preocupou em me procurar, eu literalmente só fiquei sabendo da existência dele quando ele veio parar aqui...
— Entendo...
Ele termina de comer e então pega um cigarro do maço que ele havia roubado da loja de conveniência.
— Quer? — Ele me oferece.
E eu aceito.
Ele acende a ponta dos dois e então é o primeiro a tragar.
Eu o observo e tento segurar o cigarro "da maneira correta" e então sugo a ponta do mesmo e acabo tossindo.
Coloco a mão na boca enquanto alguns resticios de fumaça saem da minha boca.
— Isso... É horrível... — Minha garganta coçava.
— A primeira vez sempre é desconfortável... Depois você pega o jeito, não segura o ar por muito tempo, apenas inspira e expira... — Ele me auxilia.
Era fofo como ele tentava me ajudar, mesmo me levando para um mal caminho.
Eu faço como ele diz, inspiro e expiro, porém acabo tossindo igual, porém dessa vez havia sido melhor do que na primeira tentativa.
— Eu não sei se consigo me acostumar com isso...
— ... Acho que não tem nada com o que a gente não se acostume... — Seu tom sai mais melancólico que o normal.
Eu apenas o observo fumando enquanto a minha bituca queimava entre meus dedos.
Eu então tento novamente inspirando um pouco menos, porém não deixando que fumaça passasse toda para minha garganta e então a expiro pelos ares.
Até que não era tão difícil... Mas realmente não era algo com o qual eu queria me acostumar de fato...
Eu apago a bituca no chão onde estávamos sentados e apenas fico em silêncio até que Jimin terminasse seu cigarro.
— Você poderia ter me ligado ou mandado uma mensagem se queria tanto falar comigo... Agora você está aqui ensopado, fumando, podendo pegar um resfriado... — Ele termina jogando o cigarro fora e então me olha.
— Eu... Sinceramente não curto muito mensagens de texto ou ligações... Prefiro muito mais estar com você pessoalmente...
— Por quê? — Ele ri.
— É meio difícil interpretar o tom da pessoa através de um eletrônico... Mas quando eu olho o seus olhos... Sinto como se pudesse sentir tudo o que te aflige...
O sorriso dele se desfaz e logo ele desvia o olhar se levantando.
— Vamos indo... — Se vira já para entrar no hospital.
— Sabe... — Ele para. — Eu fico feliz por você me fazer pensar tantas coisas que eu nunca tinha pensado... Ter vários pontos de vistas para obter uma opinião definitiva... É realmente importante... — O olho.
— É... Importante ter uma opinião própria sem ter que julgar algum lado como errado...
Eu me levanto e me ponho na frente do mesmo.
— Obrigado por me deixar ser eu mesmo... E não ser só mais um bonequinho controlável...
— Eu nunca vou te controlar Jungkook... Você está livre para ir quando quiser... Você não tem a obrigação de estar ao meu lado nos momentos ruins... Já disse que não temos nenhum compromisso com os sentimentos um do outro. — Ele passa por mim, me deixando no chão, porém eu não estava disposto a o abandonar por meras palavras ditas da boca para fora.
— Eu posso não ter sido um bom filho até aqui! Mas saiba que eu sou um homem de palavra Jimin... E eu vou sim cumprir a minha promessa com você! — Digo decidido.
Ele me olha um pouco assustado.
— Sem filtros Jungkook...
— Eu não vou abandonar você Jimin, não importa o quanto tudo isso doa... Eu não vou sair do seu lado.
Aquilo havia sido o suficiente para o convencer...
Para convencer a mim.
A realidade é que eu poderia ser muito forte quando eu quisesse, mas também poderia ser facilmente desestabilizado com algo inesperado.
Eu poderia ser bom, eu era bom, acreditava nisso...
Mas eu também sou humano... Eu também me firo, eu também me quebro, eu também receio...
Eu estava pronto para lidar com as recaídas dele, mas... Ele estaria pronto para lidar com as minhas?... Como naquele dia?...
🌊🍒🦋
— Então... Esse é o seu pai? — Pergunto sentado em uma das poltronas do quarto.
— É... — Jimin estava de pé ao lado da maca.
— Ele parece jovem...
— Ele é, tem 35 anos... Pelo o que eu sei, ele me teve com 17 anos... E isso já explica muita coisa do porquê eu fui abandonado.
— O que... O que ele tem?
Quando Jimin ia me dizer um homem mais velho entra no quarto fechando a porta, ele tinha uma sacola em mãos.
— Já comeu algo?
— Sim... — Jimin olha o homem e me olha, o homem apenas me olha de soslaio.
— Vista outra roupa, essa está toda molhada...
— Eu irei vestir... Obrigado... — Jimin faz uma reverência ao homem e então ele sai do quarto, voltando a nos deixar a sós.
— Quem era?...
— Meu... Meu responsável legal...
— Oh! Então você tem uma família!
— Não! Não tem nada haver! Ele apenas responde por mim em questões legais, nada além disso... — Jimin coça a nuca.
— Não entendi... Vocês... Não se falam? — Ele nega com a cabeça. — Ah... Eu achei que ele fosse tipo um tio ou algo do tipo.
— É bem mais complexo do que você imagina! — Ele olha ao redor e então olha para um relógio que estava em cima de uma cômoda. — Você tem que voltar... Já está ficando tarde!
— Mas... O sol nem se pôs ainda...
— Por favor... Apenas vá embora... Eu peço para ele te levar até a sua casa...
— Eu sei bem o caminho de volta Jimin...
— Está chovendo não complique as coisas!
Eu reviro os olhos.
— Eu já te avisei sobre revirar os olhos... — Ele diz firme.
Eu sorrio me aproximando do mesmo ficando cara a cara.
— Tô louco para ver qual vai ser a minha punição dessa vez... Cherry...
Ele engole a seco e cruza os braços criando uma distância entre nós.
— Tudo bem! Só espero que não se arrependa depois!
— Arrependimento não mata!
— Mas eu sim!
Um silêncio se instala entre nós, ele de repente parecia nervoso e eu por outro lado havia ficado ansioso ao lembrar das palavras de meu pai.
Eu me aproximo do mesmo e toco seu rosto, eu tento me aproximar de sua orelha esquerda, porém o mesmo desvia e me afasta.
— Que foi? — Ele me olha estranhando minha atitude.
— Só queria te dar um beijo de despedida.
— Na minha orelha? — Dou de ombros. — Não seja estranho...
Ele gira meu corpo e me empurra até a porta.
— Anda, vai embora...
— A gente se vê amanhã?... — Agora ele quem dá de ombros. — Pode fazer isso por mim?...
Ele suspira me olhando, se rendendo.
— Ok! Assim você vai me deixar em paz não?
— Assim não terei que ficar preocupado! — Sorrio e ele sorri de volta, voltando a cruzar os braços e gesticulando para que eu fosse embora.
Eu apenas aceno suavemente e saio do quarto, aquele homem me esperava do lado de fora.
— Vamos? — Ele parecia ter ouvido tudo.
— Uhum... — Eu olho para trás, o olhar de Jimin parecia abatido.
Novamente a ansiedade toma meu peito e esse cara tentar me matar?
Ele sai andando na frente, eu apenas o sigo até o estacionamento.
Ele abre a porta do audi, eu apenas mordo meu lábio e entro no mesmo.
Assim que ele fecha a porta eu dou um sobressalto, talvez eu estivesse pensando demais, mas ele era muito estranho... Estranho demais para uma pessoa comum.
Mas pelo menos agora eu sabia como Jimin tinha aquele apartamento, mesmo não trabalhando.
Ele entra no carro e não demora a dar partida.
Permanecemos o caminho em silêncio, ele não sai da rota, o que é um alívio, mas... Também não pergunta nada a meu respeito.
Jimin disse que não falava com ele, mas ele parecia tranquilo demais com minha presença, como se eu fosse insignificante, talvez para o nível deles eu realmente fosse[?]
Chegamos em frente a minha casa e então eu a observo de longe, ainda parecia vazia, mas a questão é que ela sempre parece vazia...
— Chegamos. — Ele acentua como se me convidasse a sair.
— O Jimin falou de mim? — O olho, sua expressão era seria, entretanto só agora consigo perceber o quão bonito ele era mesmo aparentando ser mais velho.
— Por que ele falaria? Ele não tem que me justificar nada.
— Você sequer sabe os amigos que ele tem?...
— Por que eu deveria saber? Se ele não consegue filtrar o tipo de companhia que ele tem, ele é um péssimo homem. — Ele era tão frio...
— Entendi... Então se ele se metesse com pessoas de uma gangue e fosse morto por tais, estaria tudo bem então? — A indiferença dele me irritava.
Ele parece pensar, porém lentamente vira o rosto em minha direção, sua expressão era sombria, era devoradora... Sinto meu estômago embrulhar.
Sua presença era tão ameaçadora... Eu tremia internamente de medo.
— Não se meta com o que não deve garoto... Esse mundo... É muito perigoso para alguém como você...
— Vou aderir seu conselho. — Digo e então saio do carro.
Assim que eu fecho a porta ele já arranca e vai embora.
Eu nunca em minha vida havia me sentido tão intimidado quanto agora... Quem diabos era aquele homem?
Eu entro dentro de casa e vejo meu pai sentado na mesa com uma xícara de chá em sua frente, parecia tenso.
Ao me ver ele se levanta e vem até mim conferindo se eu estava bem.
— Você se machucou? Alguém fez algo para você?!
— Que? Não pai! Do que você está falando? Me solta... — Faço o mesmo desgrudar de mim e então vou até a geladeira pegando uma garrafa de água e tomando da mesma direto do gargalo.
— Eu vim para casa mais cedo porque me ligaram da escola dizendo que você não estava se sentindo bem, mas quando cheguei você nem em casa estava! Anda, me diga, você foi atrás daquele garoto não foi?!
— Edai se eu fui ou não? Eu já disse que ele não é alguém perigoso! E você o que fazia o dia todo fora de casa ontem?! Se encontrando com aquela mulher?! Você não é nenhum pouco diferente de mim! — Largo a garrafa semi-fechada em cima da pia.
— Eu estava trabalhando para manter sustento a nossa casa!! — Ele brava. — Eu estou aqui me preocupando com você! Prestando a atenção em você como você pediu! E você nem sequer consegue reparar no quando estou batalhando para voltarmos a ser a família que éramos antes! Você nem sequer notou que eu parei de fumar e beber! Você acha que eu não notei que você está com esse chupão desde que chegou aqui quarta-feira de manhã?! Você estava aonde? Numa festa de adolescentes?! Eu não nasci ontem Jungkook!
A essa altura eu já estava com os olhos completamente marejados novamente...
— Eu tento ser um pai legal, deixo você fazer tudo o que você quer para que não se sinta diferente dos outros! Permito você a ir onde você quiser! E você age assim?! Como quer que eu confie em você?! Vou ter que passar as noites preocupados se você vai chegar em casa ou não por culpa daquele maldito fedelho metido a gangster?!
— Passar noites sem dormiu ou preocupado esperando se vou chegar bem em casa ou não?... O QUE VOCÊ ACHA QUE EU TENHO FEITO ESSES ÚLTIMOS 2 ANOS QUE A MAMÃE MORREU E VOCÊ SÓ SABE FUMAR E BEBER COMO SE NADA TIVESSE MAIS SENTIDO E ESTIVESSE TUDO ACABADO?! — Eu cerro meus punhos. — Eu sempre achei que em algum momento eu iria acabar acordando com alguém me ligando avisando que você morreu atropelado por aí... Se eu não atendo a porra do telefone a culpa é sua! Se eu não aviso onde vou, a culpa é sua! Se eu estou me envolvendo com a porra de um gangster, a culpa é sua por nunca se importar se eu estava me envolvendo com as pessoas certas ou erradas! Não! A culpa é sua por nunca se preocupar se eu sequer tinha amigos!
Eu bato na garrafa a derrubando dentro da pia.
— Ou você achava que um adolescente enfurnado no quarto vinte e quatro horas por dia estudando era algo normal?! Não... Acho que você não entende nada mesmo sobre alguém da minha idade! — Eu limpo minhas lágrimas e viro as costas para o mesmo indo para o meu quarto.
Eu acabo o ignorando pelo resto do dia.
Eu tendo estudar enquanto esperava uma mensagem de Jimin, ou uma ligação do mesmo, me avisando que estava bem, mas acabei pegando no sono sem ter alguma mais notícia sequer.
🌊🍒🦋
Diferente de Jimin, Taehyung finalmente havia comparecido a aula, ele estava quieto na dele, ele estava amigável com os outros como se nada tivesse acontecido, porém quando nossos olhares se cruzavam ele parecia outra pessoa completamente diferente.
Eu passei os três primeiros períodos inteiros apenas encarando a classe de Jimin, na procura interminável de um porquê de ele não ter vindo, mesmo ele tendo me dito que viria...
Quando chega o intervalo eu vou até a mesa em que Taehyung, Eunwoo e Mark estavam e me sento com os mesmos.
— Achei que você nem fazia mais parte do grupo... O Jimin some e você volta a se isolar... Assim você trai nossa confiança garotinho! — Mark me zoa.
— Desculpem... Estava com muita coisa em mente... — Eu olho em volta. — Cadê a Jennie?...
Olho Taehyung e o mesmo só baixa o olhar, evitando contato visual comigo.
— Sei lá, ela apenas decidiu faltar hoje... Na verdade acho que eles estão se combinando de não se cruzar! Quando um vem o outro desaparece sem nem deixar rastros! — Eunwoo comenta fazendo piada.
— É... Pelo jeito acontece com o Jimin também... — Finalmente chamo a atenção dos olhos do de cabelos verdes para mim. — Por que ele não veio hoje?
Taehyung apenas volta a olhar para a própria bandeja e dá de ombros.
— Vai ver eles estão se pegando em algum canto. — Comenta Mark.
— O Jimin? Com a Jennie? Não! Não! O Jimin com mulher? Você tá chapado... Só pode! — Eunwoo ri negando com a cabeça.
— Vocês realmente não sabem onde ele está?
— Ele sumiu desde terça de noite com você! Como você quer que a gente saiba alguma coisa! Você foi o último a estar com ele, me diga você onde ele está! — Eunwoo mostra indignação pela minha insistência.
— Vocês realmente não vão ajudar em nada... — Me levanto pegando minha bandeja.
— Ei. — Taehyung me chama e eu o olho, os olhos dele vagarosamente se encontram com os meus. — Quando souber algo dele, me avise...
Aquilo havia sido o ponto final que eu precisava, eles realmente não sabia nada sobre o paradeiro de Jimin, sem sequer deviam saber que ele estava no hospital com o pai dele.
Pelo jeito Jimin não conta a ninguém sobre nada da sua vida pessoal...
Eu vou embora colocando minha bandeja fora.
Quando cruzo a porta do refeitório para os corredores eu ouço meu celular tocar, apitando uma nova mensagem.
Eu abro para ver quem era.
"???"
— Quando você menos esperar o Park irá se cansar de você, ele não está nem aí para os seus sentimentos.
— Quando você não o satisfazer mais ele irá te descartar como um mero objeto, mas acho que isso você já sabe não?
— As doces palavras dele não bastam de um vicioso veneno, fuja enquanto há tempo...
"Você"
— Eu não entendo...
— Quem diabos é você??!
"???"
— Apenas um amigo que se preocupa com sua segurança...
"Você"
— Onde você está agora?
"???"
— Te observando, é claro...
— Eu estou sempre te observando... Jeon Jungkook.
Minhas mãos tremem e então eu olho para todas as direções possíveis, mas não o encontro.
Seria ótimo dizer que eu tinha um admirador secreto, mas nesse caso estava mais para stalker secreto mesmo...
Eu saio dali apressado e então procuro o contato de Jimin e ligo para o mesmo.
— Alô? Jimin? — Acaba caindo na caixa postal, fazendo com que eu apenas desligue e tente ligar de novo.
Certamente em vão.
Eu decido apenas ir para a sala, mesmo antes do intervalo acabar.
Passo os últimos dois períodos inteiros ansioso pela mensagem estranha que eu recebi, fazendo com que eu não conseguisse me concentrar nas provas aplicadas.
E o pior de tudo era que semana que vem certamente teria conselho de classe e se meu pai ver que minhas notas decairam, ele com certeza irá culpar Jimin por isso.
O alivio chega quando o sinal soa, anunciando fim do período letivo aquela manhã.
O professor junta as provas e eu apenas consigo ficar paralisado olhando minha classe enquanto todos iam embora.
O que me traz de volta para a realidade é uma nova mensagem, eu a abro e vejo uma foto minha de agora com a legenda:
"Você fica bonito quando está perdido em seus pensamentos"
Eu levanto meu olhar rapidamente e vejo Taehyung passando pela janela da sala, eu me levanto rapidamente e vou até o mesmo.
Eu o seguro pelas roupas do mesmo e o coloco contra a parede.
— Você está ficando louco?! Ou apenas quer me enlouquecer de vez?!
— De que merda você tá falando garoto?! Me solta! — Ele faz com que eu o solte.
— De que merda?! Você acabou de me intimidar mandando uma foto minha de agora! Pare de ser estranho porra! — Eu mostro a foto para o mesmo.
Ele olha atentamente como se caçasse detalhes na mesma e então apenas olha para o teto e ri.
— Não fui eu! Eu nem sei qual é o seu número e muito menos tenho interesse em saber! Vê se cuida desse seu admiradorzinho bizarro/secreto sozinho e larga do meu pé falou? Escroto do caralho... — Ele ajeita as próprias roupas e vai embora.
Eu olho para a foto novamente e então apenas volto para a sala pegando minha mochila e indo embora.
Eu passo o resto do dia trancado no meu quarto ouvindo músicas diversas enquanto olhava para a tela do meu notebook tentando achar alguma sequer informação dessa stalker bizarro/secreto.
Porém não encontro nada.
Jennie não havia postado nada nas redes sociais e Eunwoo e Mark estavam em uma balada, Yeonjun e os namorados dele estavam lá também, porém não vejo Taehyung.
Eu olho meu celular e então vejo o contato de Jimin e sorrio ao ver a foto de perfil do mesmo, era "tão a cara dele"?
Tento ligar novamente na esperança de ser atendido, porém pela milésima vez acaba caindo na caixa postal e eu só desligo.
Mandar mensagem de voz gravada não era pra mim...
Eu tento mandar algumas mensagens dizendo que estava preocupado, mas acabo deletando todas e apenas decido ir dormir.
Chega sábado e meu pai traz aquela mulher para casa, certamente ela iria passar a noite aqui.
Eu só gostaria de sumir de noite, mas certamente ninguém me convidaria para uma festa.
Eu apenas retoco o azul de meus cabelos, como todas as semanas enquanto ouço as risadas de algum assunto muito engraçado deles no andar de baixo.
De tarde eu termino de colocar e dia toda a matéria que Yoon-Joo me mandou e o resto da tarde eu fico apenas desenhando enquanto ouço Chase Atlantic, já que era minha banda favorita.
De noite eu fico divagando pela Internet até que vejo uma Live do Eunwoo, ele adorava filmar as noites divertidas em boates e festas que ele ia e claro, Mark sempre estava lá, ao seu lado.
Porém dessa vez vejo Taehyung e Jennie mais ao fundo, todos pareciam estar extremamente bêbados.
O que me chama a atenção era os brincos que Taehyung usava.
Eram os mesmo que Jimin usava, porém ele os estava usando nas orelhas opostas as quais Jimin geralmente usava.
Eu levanto da cama e então me visto as pressas, eu nem sequer havia montado um look decente, eu apenas precisava chegar onde eles estavam.
Eu mordo meu lábio e então envio uma mensagem de voz para Eunwoo para que me mandasse sua localização.
Ele acaba não me respondendo.
Eu mordo minhas unhas e então suspiro fundo e mando mensagem para aquele número número.
"Você"
— Você sabe onde o Jimin está agora?
"Stalker bizarro/secreto"
— Não, não sei...
— Mas sei onde eles estão...
Ele me manda um print da Live, o print era todo recortado então não podia ver seu ID ou qualquer coisa sobre seu perfil.
"Você"
— Podes me mandar a localização?...
Ele demora a digitar.
"Stalker bizarro/secreto"
— É claro...
Eu recebo a localização e então saio do meu quarto rapidamente descendo os degraus.
Quando chego na porta de casa meu pai me esbarra.
— Onde você vai?
Quem diria que ele realmente daria uma de pai preocupado agora...
— Eu vou sair com a Yoon-Joo... As amigas dela a convidaram para uma festa e ela estava com medo de ir sozinha... Eu prometi que iria a pegar na casa dela...
— Você deveria falar comigo antes...
— Desculpe... É que eu só decidi que iria ir agora pouco tempo...
— ... E você vai com essa roupa?
Realmente uma blusa moleton, uma calça moletom e chinelos slides não era o melhor look para uma festa.
— Eu não pretendo ficar por muito tempo...
— Tá... Bom... Ela é uma boa garota...
Não sei se ele estava tentando impressionar a mulher ou estava bêbado o suficiente para acreditar numa desculpa esfarrapada dessas.
Entretanto apenas vou correndo até o local que o stalker bizarro/secreto me enviou e entro no local sem muita dificuldade.
Não estava tão lotado embora fosse uma sexta-feira, porém eu demorei um pouco para os encontrar.
— Tae! Taehyung! — Eu o seguro pelos braços, ele estava muito bêbado... Chapado... Sei lá!
— Que foi?... Me deixa! — Ele me empurra e eu quase caio, ele obviamente era mais forte que eu.
— Ei! Me escuta! O Jimin precisa da gente! Ele está num hospital!
— O Jimin? Num hospital? Haha... Que piada... — Ele fala claramente bêbado.
— Não! Não ele! Não é ele que está! Ele só está como acompanhante! Quem está no hospital é o pa-
— Olha só! Essa música é boa! Vamos dançar! — Ele me puxa pelo braço para que dançacemos.
Tocava Slow down na balada, embora que eu apreciasse muito, eu precisava saber como o Jimin estava e ele era o único que eu tenho certeza que sabe o que está acontecendo.
Eu espero o momento certo para que eu consiga o segurar e o arrastar dali para um lugar mais calmo, nos fundos daquele lugar.
— Tae! Você sabe onde o Jimin está? Por favor me diga!
— Por que eu não saberia? — Ele soluça e logo ri.
— Ele ainda está no hospital?
— Hospital? Que hospital?...
— Ele estava com o pai dele no hospital! Ele já saiu de lá?
Taehyung para de rir e então me olha intrigado.
— O pai do Jimin tá morto... Ele morreu.
End.
Obrigado por ler
e até o próximo capítulo!
Desculpe por todo e qualquer erro de escrita!
Espero que tenham gostado e continuem acompanhando minhas outras estórias!
Obrigado pelo apoio!
🦋 I Never Stop!🌹
Foto de inspiração:
🌊 Tradução de Slow Down: 🍒
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