Dylan O'brien - Suite p¹

Avisos : +16; contém parte 2; violência paterna; consumo exagerado de álcool; palavrões; álcool+direção.

Glossário:

Pra quem não viu o filme, Efeito flashback fala sobre o tempo. É um filme muito bom, resumidamente, fala sobre usar uma droga pra quebrar a "ideia" de tempo, que é uma prisão.

O Dylan protagonizou esse filme.

S/n – Seu nome
S/S – Seu sobrenome

—— "If you were my little girl..." ——

P.o.v Dylan

Caramba, gravar esse filme mecheu com a minha cabeça.

Respiro profundamente e me sento em uma cadeira aleatória no set.

Estávamos gravando "Efeito Flashback", quando demos uma pausa.

O intrigante é que eu não conseguia tirar algo da cabeça, ... Estranhamente era como um flashback.

Flashback on

"Saguão do hotel.

Eu me hospedei lá, por conta das gravações do filme, coisa rápida.

Até que apareceu S/n S/s... Minha colega de turma do colégio.

Sério, ela parecia não ter mudado nada... Só estava ainda mais bonita.

Lembro de ter muitas pessoas a minha volta, querendo tirar inúmeras fotos... O de sempre.

Eu saí correndo e entrei no elevador a tempo... A tempo de entrar com ela.

Ela me sorriu e deu um 'bom dia' tímido.

Ela estava tão linda, com seu vestidinho florido ...

Conversamos muito pouco, mas o suficiente pra eu querer conversar mais...

Ela era minha crush do colégio.

Sabe como é... Eu sou um ator ocupado, não é como se eu tivesse tempo pra algo assim, mas...

Eu cansei de relações superficiais, sabe?

Modelo gostosa que quer me dar: novidade nenhuma...

Eu cansei dessa vida de sexo e nada mais.

E S/n me fez perceber isso.

Uma simples professora de (sua escolha) que me fisgou o coração.

Ela toda orgulhosa, mostrando seus pequenos alunos... Ah, aquilo me aqueceu o coração.

Logo ela, que dizia que jamais seria professora na vida.

Que mulher encantadora."

Flashback off


—Oe, Dylan!? – Emory me chama, me tirando de meus devaneios.

—Hm... O que?

—'Tá pensando em que hein? Você parece muito pensativo nos últimos dias. – Comenta o rapaz, se sentando ao meu lado.

—Ah... Nada demais.

—Bem... Esse filme 'tá me fazendo refletir sobre a vida, sabe.

—Entendo bem...

—Se a gente for perder tempo pensando no que queremos e não fizermos nada, a gente que se fod3 no final. – Declara, se esparramando na cadeira.

Sorrio com o comentário

—Você tem razão...

—É, eu sei! – Diz piscando, enquantlo sorri.

Rio com ele, esse filme 'tá mexendo com a cabeça de todo mundo qui.

Assim que acabam as gravações, volto pro hotel... Quando o elevador abre, dou de cara com S/n.

Ela estava chorando.

—S/n... – Balbucio – Você 'tá bem? – Indago preocupado.

Entro no elevador e fecho a porta.

Ela me abraça, soluçando de tanto chorar; suas mãos envolvem minhas costas, apertando minha jaqueta.

—Shhhhi... Tudo bem, tudo bem... – Sussurro, tentando tranquiliza-la.

Levo minhas mãos aos seus cabelos, fazendo um cafuné calmo e lento.

—Me desculpa... – Diz se afastando – E-eu..

—Ei, tudo bem. – Afirmo, tocando no topo de sua cabeça – Somos amigos....

Ela me fita um pouco surpresa, sem esconder um pouco de felicidade ao ouvir minhas palavras.

—Puf... – Funga enquanto me encara - Obrigada...

—De nada, S/a... – Digo sincero – Mas... O que aconteceu? – Pondero e questiono, preocupado.

—Nada demais... – Afirma sorrindo.

—S/a...

—Olha... Você acabou de chegar das filmagens, deve estar cansado. Eu tenho que ir buscar algumas coisas que esqueci no meu carro. – Afirma nervosamente.

—Ah, aliás... Por que você veio pra cá?

—Eh... Pro hotel?

—É.

—É uma história longa...

—Eu tenho todo o tempo do mundo. – Afirmo sorrindo.

Ela me fita derrotada.

—Okay... Aparece no meu quarto em 20 minutos e eu te conto tudo! – Sugere, apertando o botão e abrindo a porta do elevador.

—Sério?

—Bastante! – Diz se afastando.

—Mas qual é!?!

—200!!!

—Okay!!

Subo animado até o meu andar; tudo parecia novo, fresco... Inclusive o ar que entrava apressadamente em meus pulmões e me trazia vermelhidão ao rosto.

Larguei minha jaqueta no sofá da sala e joguei minha bolsa em qualquer lugar, assim como os óculos escuros.

Corri até o banheiro e me perfumei completamente, não esquecendo de escovar os dentes.

Me olhei no espelho e preferi trocar de roupa, eu estava com uma camisa quadriculada azul e uma blusa azul por baixo.

Resolvi usar só uma camiseta azul escura e um cordão com uma cruz.

Arrumei meu cabelo e sai do quarto.

Bom, o quarto dela deve ser no andar de baixo; fui até lá procurar.

Assim que a porta abriu e sai no corredor, a avistei no final dele.

Ela estava cheia de caixas nas mãos e uma bolsa no ombro.

Sorrio admirado.

Estava fazendo frio lá fora, frio o suficiente para S/a usar um moletom cinza e uma calça moletom preta.

Além de meias das meninas superpoderosas...

"Tão fofa..."

Caminho até ela e paro ao seu lado.

—Precisa se ajuda? – Questiono sorrindo, como uma criança tentando assustar sua mãe.

—O'brien!!! – Ela berra, se tremendo, quase permitindo que as caixas caíssem de suas mãos.

Solto uma risada abafada, tomando algumas das caixas para mim.

—Obrigada... – Sorri nervosamente – Eu dificilmente conseguiria continuar carregando elas.

—E muito menos abrir a porta. – Zombo da garota, em um tom sarcástico.

Ela faz cara de quem "não gostou" e sorri, encaixando a chave na fechadura do quarto.

Ela abre a porta e entramos; coloco as caixas onde ela me pediu.

Assim que ela fecha a porta, eu a encaro ansioso.

—Bem... – Ela balbucia constrangida – Você pode se sentar... E-eu vou buscar uns biscoitos ou algo assim.

—Tudo bem, não precisa se incomodar...

—N-não, não é incômodo ne— A ouço tropeçar na cozinha.

—S/n?!

—Eu tô bem!! – Afirma, me mostrando um "joinha".

Era um apê bem humilde. Uma cozinha pequena, compacta com a sala; um banheiro e um quarto.

Pelo menos foi o que eu vi.

Não é como se eu fosse burro, o salário de uma professora não pagaria um quarto de alto nível desse ou de qualquer hotel...

Mas ela tem casa.

Ao menos tinha uma, quando éramos crianças... Afinal, o que aconteceu depois que nos formamos?

—Voltei! – Afirma com uma bandeja na mão.

—N-nossa... Você... – Pondero surpreso, vendo-a se abaixar para colocá-la na mesinha da sala – Não precisava disso tudo S/n.

—Bom... Não é todo dia que eu recebo Dylan O'brien na minha residência. – Declara com um sorriso implicante nos lábios, se sentando ao meu lado no sofá.

Suspiro nervoso.

Na bandeja haviam biscoitos caseiros; uns cookies e biscoitos amanteigados com goiabada.

Também havia café espre...

—Esse é o meu café favorito... – Balbucio, encarando a caneca.

Ela sorri travessamente, como se eu tivesse acabado de descobrir seu "plano infalível".

—S/n... Você andou olhando o meu fã clube??

—Sim... – Confessa rindo – Talvez eu tenha dado umas olhadas.

Sou tomado por um sentimento bobo.

—Bom... Muito obrigado! – Agradeço, pegando a caneca rapidamente.

—Bem... Tem certeza que quer que eu te conte? – Questiona receosa, se sentando mais despojada no sofá e se virando completamente para mim.

—Sou todo ouvidos!... Ah, me conta desde que nós nos formamos.

Ela faz cara de cachorrinho arrependido.

—Vamos... Por favor! Você era uma ótima contadora de histórias. – Peço manhoso, relembrando nossos momentos de historinha.

Ela ri envergonhada.

—Cara, eu era horrível!

—Nah, aquele tal de Jullian era bem pior! – Declara em meio a gargalhadas, apoiando a caneca na mesa.

—Para... Coitado, ele era especial...

Nos encaramos por uns segundos e voltamos a rir.

—Que maldade... Dylan O'brien rindo de especiais...

—Que feio, uma professora rindo dos alunos!

Rimos um pouco mais.

—Okay..., mas já digo que é uma história triste. – S/n alerta, com um olhar cansado.

—Pode falar, temos a noite toda. – Declaro, pegando novamente o recipiente e bebendo um pouco do conteúdo – Isso... 'Tá perfeito!

—Hm... Obrigada. – Agradece sorrindo calmamente – Bem... Depois da escola, eu fui pra faculdade; fui assaltada três vezes; quase fui sequestrada por um serial killer; minha mãe morreu de câncer; meu cachorro morreu; meu pai arrumou uma mulher HORROROSA, que tem dois filhos gêmeos que são um porre... Me formei, hoje sou professora na área que mais amo: (área de interesse).

A encaro atônito.

—Primeiro... Eu sinto muito pela Tia Margareth... Segundo: como assim Serial Killer!?... Terceiro: por que cê tá morando aqui?

—Então... O serial Killer... Um cara da faculdade, que era legal até demais comigo. Eu achei estranho e segui ele, mas liguei antes pro meu tio, ele é policial... Não deu outra, o cara tava prendendo umas três garotas no muquifo dele! – Conta gesticulando e no final balança a cabeça – Ainda bem que eu nunca aceito comida dos outros! Ele sempre oferecia doces pras garotas e só pras garotas!

—Wou... Inteligente hein. – Digo relaxando e pegando um cookie.

—E obrigada... A minha mãe estava com câncer no pâncreas... Um câncer maligno. – Conta calma, mas com o rosto um pouco triste.

—Eu sei que você ficou sempre ao lado dela, disso eu tenho certeza.

Ela sorri gentilmente, colocando uma das suas madeixas para detrás de sua orelha.

—Bem... Eu vim pra cá, porque meu pai está com a atual "mulher" em casa. – Conta, fazendo aspas com as mãos.

Faço cara de confuso e ela suspira alto.

—Aquilo 'tá mais pra capeta do que pra mulher!

Quase engasgo com o biscoito e começo a rir.

—Nossa, ela é tão megera assim!?

—Megera é pouco!... Ela me trata pior que a um escravo...

(Se você for negra, pode incluir um "só porque eu sou preta...{eu tbm sou} 👍)

—E aí você decidiu vir pra cá?

—É, eu tinha algumas economias e vim pra cá... 'Cê sabe que meu pai é alcoólatra né?

—Sabia que bebia, mas não a esse nível...

—Pois é... Da última vez que o vi, ele quebrou os vidros do meu carro e tentou me bater com um taco de golfe. – Relata com uma risada amarga.

A fito preocupado.

Como uma pessoa tão boa, poderia ter o mesmo sangue que um canalha!?

—S/a... – Toco em sua mão esquerda, que estava esquecida sobre o sofá.

Sua mão treme; ela me encara surpresa e seus olhos vibram.

—Hm..?

—Você dá aula onde?

—É num colégio particular, bem perto daqui. Se chama Silver High School. – Conta calmamente – Mas por quê?

—Nada... Só curiosidade.

Encaro nossas mãos.

Suas mãos, que antes estavam frias, agora estão quentinhas. Mãos tão delicadas e macias.

—Eu sinto muito pelo que você 'tá passando. – Confesso triste.

—Tudo bem... A vida não é mesmo um morango, de qualquer modo, não é? – Balbucia se jogando para o lado esquerdo, apoiando a cabeça no sofá.

—... Você é tão forte. – Sussurro sem pensar – E tão linda, também.

Ela sorri envergonhada.

—Dylan...

—E uma ótima amiga. – Declaro calmamente.

Ela se constrange e sorri sem graça.

Provavelmente ela pensou que eu faria uma cantada e pegaria ela.

Não, S/n...

Eu não quero só te pegar.

—Você deve ter muito dever pra corrigir. – Suponho, olhando pras caixas que estavam no balcão da cozinha.

—É... São apostilas. – Declara, fazendo uma expressão exausta.

—Bom... Você pode ir amanhã no meu apê. – Sugiro tranquilo – Eu conto o que aconteceu comigo nos últimos anos e te compenso pelo lanche.

Ela me encara pensativa.

—Eu posso fazer lasanha...

—EU VOU! – Exclama animada – Só me diz qual o número e horário, eu estarei lá!

Dou risada, S/n é capaz de qualquer coisa por um pedaço de lasanha...

Igual quando éramos crianças.

—Okay... É no último andar, quarto 690. – Sorrio ao vê-la pegar uma agendinha e anotar – E você pode aparecer na hora que quiser.

—Sério? – Indaga receosa.

—Sim, muito sério.

—Não tem risco de eu chegar em um momento inapropriado? – Insinua desconfiadamente.

—Muito improvável. – Afirmo pegando mais um biscoito – Sério... Isso ficou muito bom! – Afirmo, me referindo aos biscoitos.

—Você gostou mesmo, hein! – Declara abobada, levando uma das mãos na altura da boca.

"Ela sempre repete esse movimento quando sorri..."

—Se você quiser, eu posso colocá-los num potinho, para você levar! – Sugere sorrindo.

A encaro encantando.

—Claro! Eu adoraria. – Balbucio tímido.

P.o.v S/n

E

u simplesmente não acreditei quando tudo aconteceu.

Quando eu fiquei sabendo que, o meu amigo de escolha (e crush secreto) virou um grande artista, eu simplesmente fiquei chocada.

Não que eu não soubesse que o Dylan tinha talento – afinal, eu era a pessoa mais próxima dele e sabia desse talento – Mas que ele seria famoso?!

Caramba.

E agora... Mesmo depois de anos, ele me reconheceu e veio no meu apê!?

Apesar das coisas ruins que têm me acontecido, isso me deixou muito feliz.

Eu sei que posso até ter pensado que ele era meio mulherengo, mas ele foi um fofo comigo.

—Amanhã eu devolvo sua tupperware! – Dylan assegura, parando em frente a porta.

Me encosto no "portal" e o fito sorrindo.

—Vai mesmo!... Se não, vou falar pra galera do twitter ter cuidado, pra você não roubar as tupperwars deles! – Ameaço brincando.

—Mas o queeeee? – Indaga, se fazendo de ofendido. – Você não seria capaz.

—Sou capaz de coisa muito pior, pra quem rouba minhas tupperwars! – Declaro rindo.

—Então já sei o que não roubar da sua casa. – Balbucia sorrindo.

Ele pondera um momento e encara meus lábios, mas logo volta a olhar em meus olhos.

—B-bom, eu vou indo. – Afirma nervoso. – Vou te deixar corrigir as atividades dos seus alunos, em paz. – Diz se afastando.

—Okay!... Tchau! – Me despedi sorrindo.

O vi desaparecer no corredor e meu coração sentiu um aperto...

"Opa!! Senhorita S/n! Não se iluda tão fácil assim!"

Me ajeitei e voltei para dentro, arrumando tudo e colocando as caixas no sofá, logo retirando a primeira apostila.

O final do dia passou se arrastando... Cada segundo parecia uma eternidade.

Eu só contava as horas para ver Dylan novamente...

—Continua...—


É isso pessoal!!!

Esse eu demorei pra terminar de escrever 🤡.

Bjoooos!!! Até o próximo imagine!

Façam pedidos, não fiquem tímidas!

By Mica★¡

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