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Contagem de palavras: 1109 palavras.
Gênero: Feminino.
Tema: Vocês se conhecendo.
Anime: Beyblade Burst.
Conteúdo: 💖🔮

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Era possível ver em seu rosto uma certa 'curiosidade' ao ver aquele lugar. Tão estranho, tão moderno aos seus olhos. Era um lugar cheio de luzes.
Ao redor haviam cadeiras que rodeavam o centro contendo um tipo de arena. Era pequena demais, você pensou que não poderia ser uma arena, mas era. Bem, segundo algumas pessoas que estavam passando pelo seu lado na direção oposta a sua.
Enquanto você estava entrando, eles estavam saindo.

- Ei! Sai da frente! - Diz uma moça ao trombar em você.

- S-Sinto muito! - Você disse para a moça que estava se afastando de você aos poucos.

Suas pupilas dilataram ao ver tal local com tamanha beleza e cores. Ver lugares tão diferentes de sua terra natal, um lugar muito longe da própria Terra, um mundo onde vivem os seres que cuidam dos seres humanos e da natureza, vigiando-os para que não destruam ela ou fiquem contra si.
Isso é apenas a teoria.
Na prática, os deuses que vivem nesse mundo são egoístas, deixam de interferir em milhares de vidas humanas tiradas apenas para cuidarem de seus próprios prazeres e desejos. A natureza? Nenhum deles se importava de verdade, a fauna e flora terráquea era apenas algo comum comparado com a fauna e flora daquele mundo onde eles viviam. Os humanos não passavam de escravos feitos apenas para adora-los.

Você odiava isso, odiava ver tamanha crueldade dos humanos entre si e nenhum dos deuses se importando com isso. Guerras, pestes, mortes, destruição.

Caos.

Era isso que seus pais falavam para você a respeito da Terra e dos humanos, eles falavam que não podiam interferir, apenas esperar, pois o "momento certo" chegaria.
Você odiava ver todo aquele sofrimento pelo qual aqueles meros mortais estavam passando. Ver os deuses cuidando apenas das almas daqueles que partiram, julgando sem dó para saber se poderiam reencarnar ou ficar vagando pela terra, apenas observando todos ao seu redor fazendo atividades casuais sem você participando delas, sendo uma mera alma os vendo por um tempo relativamente longo, pagando por todo o mal que você fez quando estava vivo.

Esse era o pior destino pelo qual os espíritos daquela terra suja de sangue de inocentes poderiam passar.

Você observava serenamente alguns garotos saírem pelas portas dos fundos, provavelmente eles não queriam chamar a atenção de seus loucos fãs. Um deles lhe chamou a atenção: cabelo azul feito o céu de uma fria manhã. E também não era só isso, o formato também fez com que seus olhos focassem apenas no cabelo.

- Fogo... Azul? - Questionou-se pelo formato e cor do cabelo que o diferenciava de todos os outros.

Você os seguiu até o que parecia com as grandes embarcações da terra de onde você veio.
Era um barco gigante e branco, com alguns detalhes em azul. Em sua ponta havia grades, provavelmente serviam para que as pessoas admirassem a vista enquanto estavam lá sem que se machucassem. Você viu aqueles garotos entrarem naquele barco gigante, mas não estava entre eles o garoto que roubou toda sua atenção para si. Pensou que, enquanto você estava admirada pela beleza da grande embarcação, ele poderia ter entrado nela.
Tentou se aproximar mais um pouco sem ser vista na esperança que achasse de novo o garoto que tinha um cabelo parecendo uma fogueira azul ambulante.

- O que está fazendo? - Você ouviu uma voz enquanto estava bisbilhotando aquele lugar e, por um momento, seu coração quase parou. Você olhou para trás e o viu. Era aquele garoto.

- Aah... Que susto... - Você respirou profundamente, e logo depois que suspirou você disse.

- Eu perguntei o que está fazendo! - O garoto disse em um tom de estresse. A cara que ele fez estava lhe assustando. Mas tirando isso, você reparou em seus dentes afiados e seus olhos violetas.

- Quem você pensa que é pra gritar desse jeito COMIGO!? - Você retrucou na tentativa de se defender.

- Ah é!? E quem é você!? - Ele questionou mais uma vez.

- O meu nome é [Nome]! Descendente da grande [Nome/mãe] e do todo poderoso [Nome/pai]! Deuses de toda esta terra! - Você disse em voz alta, estufando seu peito e colocando nele uma mão e a outra na cintura.

Ele te olhou com a cara fechada, desacreditando de tudo que você disse exceto na parte do seu nome. Em sua mente, você não passava de uma garota qualquer que possuía um parafuso a menos na cabeça e que só estava lá para fazê-lo perder tempo.

- Você é estranha. - Ele disse, de maneira seca.

- Eu!? Você já se olhou no espelho!?

- Não estou falando de aparência. Você é aceitável nesse quesito. Estou falando de personalidade. Eu sequer te conheço mas já sei como você é: Uma estranha que não bate bem da cabeça.

Você fechou a cara por um momento, pensando que ele não tivesse gostado de você de primeira. É claro, vocês só se viram naquela vez, como ele poderia gostar de alguém que acabou de conhecer?
Ficou perdida em pensamentos, mas logo sacou sobre o que ele estava falando.

- Está duvidando de mim? Está duvidando que eu não seja uma deusa?

- Você realmente não bate bem da cabeça.

Ficou nervosa mas entendeu, um humano, um mero mortal, nunca acreditaria em suas palavras. Os humanos desconhecem completamente a possibilidade de haver deuses entre eles.
Acordou do seu mundo com as palavras de alguém chamando por um tal de Lui.

- Eu já vou indo, sua idiota. - Ele disse, provavelmente esse era o nome do garoto. Lui.

- Ah... Certo.

- Aliás, meu nome é Lui Shirosagi. - Ele tirou de seu bolso algo que parecia com um peão e apontou pra você. - Esse aqui é o Lost Luinor!

Seus olhos brilharam com tamanha majestosidade de algo que parecia ser um brinquedo comum.

- Certo, Lui Shirosagi! -Você sorriu de maneira simpática para o garoto. Em nenhum momento ele retribuiu o sorriso, permaneceu de cara amarrada o tempo inteiro quando estava falando com você.

Via ele se afastando mais e mais em direção a embarcação. Ele estava entrando quando olhou pra trás. Na sua direção.

- A gente se tromba, estranha. - Ele falou e você apenas assentiu com a cabeça, sequer ligou para o fato de ele ter te insultado lhe chamando de estranha.

Você parecia ainda ver salvação nos humanos. Ficou durante um tempo no mundo dos mortais, até reencontrar ele em um evento chamado "Campeonato Nacional de Beyblade", onde ele tinha ficado em 1° lugar.
Claro, foi tudo por causa de uma rachadura na arena, mas mesmo assim, depois de o ver novamente, você o parabenizou. Se tornaram amigos desde então, mesmo ele não acreditando quando você falava que era realmente uma deusa. Você passou a admira-lo, como uma criança admira o seu ídolo.