𝚝𝚑𝚛𝚎𝚎
A língua de Toya invadiu sua boca com uma agressividade imensa. Era diferente da sensação que você tinha quando ficava com Keigo. Isso não significava que era melhor ou pior. Na verdade, era como se fossem dois lados de uma mesma moeda, que se completavam de uma forma estranha.
As mãos dele percorriam o seu corpo, agarrando sua pele, deixando a marca dos dedos longos dele por onde quer que passavam.
O quarto dele era simples, mas enorme e com uma cama de casal gigantesca no meio dele. Não que você tivesse tido muito tempo para analisar a arquitetura do lugar. Assim que entraram no cômodo, ele já invadiu a sua boca sem nem dar um "boa noite" antes.
Vocês tratavam uma batalha para ver quem ficaria no comando. Não era do seu costume ceder o controle, e aparentemente nem o dele.
A luz do quarto estava apagada e a única iluminação que invadia o quarto vinha pela janela enorme do quarto. Por algum motivo, o ar condicionado estava ligado, como se ele já estivesse lhe esperando lá.
Estava tudo muito bom. Seu corpo estava prensado contra a parede e vocês ainda estavam só se beijando. O gosto dos lábios dele era incrível e a forma como a língua dele invadia a sua boca era surreal. Mas algo pesou na sua mente, então você quebrou o contato.
— Keigo não vai ficar chateado?
— Por a gente tá ficando? — Ele perguntou, como se aquilo fosse um absurdo.
— Sim? — Respondeu, mas com um leve tom de dúvida.
— Não se ache tão importante assim, baby — Os lábios dele foram parar no seu pescoço e uma trilha de beijos, chupões e mordidas foi deixada em sua pele exposta, fazendo você ter que segurar um leve arfado — Do mesmo jeito que você usa ele, ele te usa.
Era verdade e você não se importava nem um pouco com aquilo. Resolveu se entregar ao momento e usou uma das mãos para puxar o rosto dele em direção ao seu de novo, invadindo a boca dele com sua língua.
O beijo estava ainda mais desesperado do que antes e, do mesmo jeito que as mãos dele voltaram a percorrer suas coxas, já nuas depois que ele levantou seu vestido até sua cintura, suas mãos não se pouparam nem um pouco, enquanto você percorria o tronco sarado dele por baixo da camisa de tecido fino que ele usava.
As mãos dele começaram a segurar suas pernas de maneira mais firme, até que ele as levantou e fez com que você as entrelaçasse na cintura dele. Nessa posição, segurando você pelas coxas, Toya foi andando, em passos não tão pacientes, até a enorme cama de casal.
Quando chegaram perto o suficiente, ele lhe jogou no colchão macio, não demorando nada para se deitar por cima de você e voltar a atacar os seus lábios.
Mesmo com o ar condicionado ligado, aquele cômodo estava muito quente. Sua intimidade já implorava por qualquer tipo de contato e você estava completamente excitada.
Uma das mãos dele achou o zíper do seu vestido e estava prestes a abri-lo, quando o som da porta se abrindo fez com que você quebrasse o beijo e arregalasse os olhos. Toya não saiu de cima de você, mas virou o rosto em direção ao barulho, colocando um sorriso ainda mais pretensioso no rosto.
Você moveu o pescoço para ver por trás dele.
Keigo estava parado na porta, ainda segurando a maçaneta. Mas, ao invés de uma expressão de raiva, tristeza ou até surpresa, ele tinha um sorriso divertido no rosto.
— Desculpa atrapalhar — Tinha um tom brincalhão na voz dele — Não sabia que o quarto tava ocupado.
— Não seja por isso — O outro homem respondeu, abrindo o zíper do seu vestido e fazendo com que seus olhos se arregalassem mais ainda — Quer participar também?
Okay.
Os seus olhos não tinham mais como se arregalar mais do que aquilo.
Hawks manteve o sorriso divertido no rosto quando virou o olhar para você.
— Você quer? — Ele perguntou e, por alguns segundos, você nem soube o que responder.
— Isso é sério ou vocês tão brincando? — Foi o que você conseguiu falar, ainda sem acreditar no que estava acontecendo.
— É muito sério, baby — O de cabelo platinado foi quem respondeu, levando os lábios até o seu pescoço e começando a chupar a sua pele sem nenhum pudor — Vai querer ou não?
Você olhou na direção de Keigo mais uma vez. Ele tinha um certo brilho nos olhos enquanto via o melhor amigo chupando o seu pescoço e levando uma das mãos até sua coxa, a apertando com força, marcando os dígitos lá. O loiro olhava atentamente para tudo o que o melhor amigo estava fazendo com você, sem nem piscar.
— Quero — Você respondeu, por fim, em um sussurro, mas ficou tensa quando Hawks finalmente entrou no quarto, fechando e trancando a porta atrás de si, antes de começar a andar lentamente na direção de vocês.
Toya já tinha aberto todo o zíper da sua roupa e, antes que você conseguisse raciocinar tudo o que estava acontecendo, ele tirou o vestido do seu corpo e o jogou no chão, lhe deixando apenas com a lingerie de renda preta no corpo.
Você olhou para cima quando sentiu o corpo dele se afastando do seu. Dabi e Hawks olhavam para você seminua de cima, lhe comendo com os olhos. Nunca na sua vida você tinha se sentindo tão vulnerável como naquele dia. Os dois homens pareciam famintos, se divertindo ao brincar com uma presa. Toya sempre teve um olhar mais sombrio, mas Keigo estava olhando na sua direção com uma luxúria diferente do normal.
Palavras não foram trocadas e você agradeceu muito por isso. Não conseguia nem pensar em algo para falar.
O de cabelo platinado foi o primeiro a tirar a blusa e se deitar por cima de você. Ele brigava o seu pescoço e ia descendo, deixando uma trilha de mordidas e chupões por onde os lábios dele passassem. Dabi se demorou um pouco nos seus seios, brincando com os mamilos e os mordendo. Quando chegou perto da sua intimidade, não foi tão paciente assim. Sua calcinha sumiu do seu corpo em um piscar de olhos e, sem esperar por absolutamente nada, ele enfiou o rosto entre as suas pernas.
Você teve que levar uma das mãos até a boca para evitar que os sons eróticos saíssem por ela. Seus olhos estavam fechados com força, mas, a medida que você ia se acostumando com as investidas da língua dele, conseguiu abri-los.
Keigo olhava para você. Apenas para você. Com uma intensidade que você nunca tinha visto. Os olhos dele as vezes desciam para sua intimidade, enquanto você era feita de banquete pelo melhor amigo dele. Ao pensar nisso, suas bochechas coraram. Estava envergonhada, mas não conseguia desviar do olhar dele.
Devagar, o loiro retirou a camisa do corpo. Você já conhecia bem aquele tanquinho trincado de jogador de futebol, mas ele parecia ainda mais sexy do que o normal. Os olhos dele não desviaram dos seus. Quando ele desabotoou a calça, seu coração errou uma batida de leve.
Dabi pareceu perceber a sua hesitação, porque soltou uma risada divertida rente à sua intimidade, o que levou uma pressão gostosa por todo o seu íntimo, fazendo você gemer baixinho.
Quando voltou a se concentrar no loiro, ele tinha descido a calça só o suficiente para colocar o membro para fora. Você já estava acostumada com o tamanho dele, mas, agora, o pênis dele parecia maior ainda.
Ele olhou para você como de pedisse a sua permissão e, no momento em que você assentiu com a cabeça, Keigo se aproximou de você, deixando o membro exposto rente ao seu rosto. Não precisou pensar antes de abrir os lábios e colocar o pênis dele dentro da sua boca, o máximo que conseguisse. Ouvir um gemido arrastado do loiro foi como música para os seus ouvidos.
A posição era um pouco complicada, mas nada que você não conseguisse dar conta.
Enquanto o platinado ainda chupava sua intimidade, você abocanhava o membro de Keigo como sempre fazia, fundo e lento. Depois de anos de experiência, sabia como o capitão do time de futebol gostava do boquete.
O loiro levou uma das mãos aos seus cabelos, ajudando nos movimentos. Dabi parecia ter cansado de chupar você, porque retirou a boca da sua intimidade e sorriu na sua direção. Aparentemente, ele também queria presenciar o showzinho do melhor amigo com você. Mas ele não ficou quieto por muito tempo.
Toya pegou uma camisinha na cabeceira ao lado da cama e desabotoou a calça, colocando o preservativo no membro. Logo depois, ele colocou tudo em você. Colocou. Tudo. Em. Você.
A sorte era que o pênis de Keigo na sua boca abafou os gemidos que saíram de forma descontrolada da sua boca. E que ficaram ainda mais difíceis de controlar quando ele levou um dedão ao seu clítoris.
As estocadas de Toya eram brutas, mas deliciosas.
Keigo segurava o seu cabelo e guiava o boquete em um ritmo constante e preciso.
Caralho. O que era aquilo?
Todo o seu corpo estava pegando fogo e você sabia que iria gozar a qualquer segundo, principalmente quando o dedão de Dabi começou a pressionar com mais força o seu ponto mais sensível.
Por sorte, sabia que o loiro estava prestes a gozar, já que os músculos das penas dele estavam se contraindo. Aproveitou para acelerar os movimentos da sua boca e colocou uma das suas mãos para masturbar o que não coubesse na sua boca. Ele gozou pouco depois e o gosto familiar dele invadiu a sua boca.
Toya aproveitou que o amigo já tinha ido para agarrar a sua bunda com ambas as mãos e levantar um pouco o seu quadril. Já que ele estava sentado na cama, conseguia lhe penetrar completamente naquela posição. As estocadas dele ficaram ainda mais rápidas e você não tinha mais o membro de Keigo na sua boca para impedir os gemidos. Mas, ao perceber isso, o loiro colidiu os seus lábios com os dele.
Você sabia que ele nunca se importou em sentir o próprio gosto. Suas línguas dançavam uma na outra, enquanto o melhor amigo dele ainda lhe fodia por cima.
O seu corpo não aguentava mais. O orgasmo lhe atingiu em cheio e, ao mesmo tempo em que você tinha espasmos incontroláveis, Toya também atingia o ápice, gozando dentro da camisinha.
Você amoleceu no colchão. Soltou um suspiro pesado quando o platinado retirou o membro de dentro de você e quis reclamar quando o loiro afastou os lábios do seu.
Mas, agora que tudo tinha acabado, a ficha finalmente tinha caído.
Você acabou de transar com Keigo. Okay. Isso sempre acontecia.
Você acabou de transar com Toya. Okay. Todo mundo sabia que um dia isso aconteceria.
Você acabou de transar com Keigo e com Toya. Ao mesmo tempo. Okay, sua cabeça ia explodir.
Estava envergonhada. Eles eram melhores amigos. Você tinha um rolo com um dos dois. Será que eles já tinha conversado sobre fazer isso com você antes? Será que eles já tinham feito isso com outras pessoas?
Ignorou as dores imensas nas suas pernas, principalmente entre elas, e se levantou da cama. Pegou sua calcinha no chão e a vestiu, seguida do vestido que estava jogado em algum lugar.
— Posso usar seu banheiro? — Perguntou, sem olhar nos olhos de Toya.
— Fica a vontade, baby — Não precisou olhar na direção dele para saber que o platinado tinha um sorriso pretensioso no rosto.
Normalmente, você responderia o sorriso. Mas estava envergonhada demais para isso.
Apenas seguiu em direção ao banheiro e entrou lá, sem fechar a porta atrás de si. Se eles fossem falar alguma coisa sobre você, queria pelo menos ouvir. Além disso, só usou um enxaguante bucal dele para tirar o gosto e cheiro de gozo da boca, arrumou o cabelo no espelho e se certificou de que sua maquiagem estava intacta.
Logo depois, saiu do banheiro e encontrou os dois, já vestidos, como se estivessem esperando por você no quarto escuro. Você não sabia o que falar. Nunca teve problema com essas coisas antes. Mas, porra, estava se sentindo muito estranha.
Os dois olharam na sua direção quase ao mesmo tempo. Aqueles olhares famintos não existiam mais lá, mas eles lhe olhavam agora com um olhar de preocupação.
— Acho melhor cada um descer de uma vez — Foi Toya quem disse, quebrando o gelo — Se os três descerem de uma vez, amanhã os boatos vão se espalhar antes mesmo de a gente pisar na faculdade.
Ele estava certo. Você não queria que ninguém descobrisse. Era errado, mas já lhe achavam uma puta o suficiente por pegar Keigo. Imagina o que falariam se soubessem que você também estava pegando Toya e ao mesmo tempo.
— Posso descer logo? — Você perguntou e o loiro parecia relativamente triste. Talvez ele quisesse conversar com você sobre o que aconteceu, mas aquela não era a hora.
— Claro — Ele respondeu, com aquele sorrisinho lindo, mas que você sabia que era falso.
Não se importou muito. Apenas sorriu de volta, tão falso quanto ele, e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si. Estava olhando para o chão enquanto descia as escadas e, só no final delas, levantou o seu olhar de novo.
De verdade, o universo lhe odiava muito. Não era possível que, de todas as pessoas que estavam entulhadas naquela casa, justamente Katsuki iria estar na sua frente naquele momento.
— Oi — Você disse, ainda atordoada, colocando um sorriso simpático no rosto — Você viu...
— Achei que as pessoas não pudesse subir lá em cima — Era para ser uma brincadeira, mas ele não estava sorrindo.
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