𝚜𝚒𝚡𝚝𝚎𝚎𝚗

— Você me deixou três dias morrendo de curiosidade — A voz de Midoriya lhe deu um susto tão grande que quase fez você dar um saltinho — E ai? Vai me contar como foi ou não?

Vocês estavam no lado de fora da universidade. As meninas tinham saído para comprar alguma coisa para comer. Keigo e Toya tinham passado mais cedo, mas você os dispensou depois que um grupo de garotas passou olhando feio para você.

Estava sentada em um dos bancos, ouvindo música em um só lado do fone, enquanto acabava de ler um capítulo de um dark romance que tinha chegado no dia anterior na sua casa, depois de cinco dias ansiosos esperando por essa encomenda.

Izuku não precisava entrar em detalhes para você saber sobre o que ele estava falando. A noite que você passou com o Bakugou na casa de praia dos pais de Mina.

— Melhor sexo da minha vida — Você respondeu, depois de colocar o marcador de páginas no livro e o fechar — De verdade, já fazem três dias e eu ainda consigo sentir as mãos dele apertando minha bunda.

— Informação demais — O esverdeado disse, levantando uma das mãos em sinal de "pare" — Mas, então, era só fogo no cu mesmo ou você gosta realmente dele?

— Eu não sei — Respondeu, com um gemido irritado — Ainda não suporto ele, mas, porra, o sexo foi tão bom que eu não vou conseguir dormir de novo até transar com ele mais uma vez.

Realmente, tinha sido muito melhor do que você tinha previsto. Depois de uma rapidinha enquanto tomavam banho, vocês desceram para jantarem com o resto do grupo, que parecia mais alarmado do que tudo, com medo de que você e Katsuki saíssem na mão de noite, menos Izuku e Shoto, que pareciam saber que vocês já tinham transado naquela altura.

Vocês não discutiram durante o jantar. Tiveram até alguns diálogos bem pacíficos, o que só fez com que os outros dois casais estranhassem ainda mais. Você ignorou o espanto deles e o Bakugou pareceu ter feito a mesma escolha.

Quando se despediram de todos e voltaram para o quarto, o loiro nem esperou você fechar direito a porta antes de atacar os seus lábios mais uma vez. Tinham duas camas de solteiro naquele quarto e vocês transaram nas duas. Ficaram até depois das três horas da manhã.

Transaram com você sentada em cima dele, enquanto Katsuki lhe guiava com as mãos espalmadas na sua bunda.

Descansaram um pouco e ficaram conversando sobre a faculdade.

Transaram de novo, dessa vez na outra cama, com ele lhe comendo de lado. Bakugou tinha uma mão na sua boca, lhe impedindo de gemer alto, e a outra mão no seu clítoris, lhe entregando o quarto ou quinto orgasmo da noite.

Tiraram um cochilo de meia hora. Você adormeceu enquanto falava sobre o último livro de romance que tinha lido, com Katsuki fazendo um cafuné na sua cabeça. Você nem sabia que ele era do tipo que fazia cafuné.

Transaram de novo, com você sentada em cima do balcão da pia do banheiro e ele em pé na sua frente, metendo dentro de você até que o interior das suas coxas ficasse vermelho.

Você já tinha parado de contar quantos pacotes de camisinha tinham usado durante a noite. Mas, depois dessa foda, finalmente estavam exaustos o suficiente para dormirem. Era quase como se vocês tivessem tentando aproveitar o máximo possível com medo de que aquela fosse a primeira e a última vez em que aquilo acontecia.

E, talvez, realmente fosse.

— Imagino que isso não vá ser um problema.

Seus olhos se arregalaram e você voltou a prestar atenção no seu melhor amigo. Sua expressão de surpresa fez com que ele soltasse um "puta que pariu" sem querer e desviasse o olhar, não conseguindo mais lhe encarar nos olhos.

— Izuku Midoriya — Disse, séria — Você tem três segundos pra se explicar.

— Não posso contar o que ele me falou, imagina se eu contasse pra ele as coisas que você me conta.

— Nem vem com essa — Você falou, levantando um pouco o tom de voz, mas já se controlando logo em seguida — Na moral, por favor, preciso saber o que ele achou.

— Só vou confirmar que ele só falou coisas positivas e não negativas.

Você bateu palmas de uma forma levemente frenética, muito empolgada com a nova informação que Izuku deixou escapar.

— Então ele quer fazer de novo?

— Isso você vai quer que perguntar pra ele.

Seu sorriso morreu no mesmo instante, o que arrancou uma risadinha divertida de Midoriya.

— Você é insuportável — Você falou.

— Você também é, por isso a gente se dá tão bem — Ele devolveu.

— É só isso o que você vai me dizer?

Izuku confirmou com a cabeça e tinha um sorriso inocente no rosto dele. Você suspirou fundo e deixou que sua cabeça pendesse um pouco para trás.

Quando acordaram no outro dia na praia, estavam cada um em sua respectiva cama. Parecia muito estranho vocês dois, que se odiavam cem por cento do tempo; não conseguiam passar três minutos sem mandar o outro tomar no cu; não conseguiam interagir com mais de duas frases sem brigar; desejavam abertamente a morte um do outro, dormissem na mesma cama. Por isso, antes de irem dormir de vez, você deixou mais um beijo quente nos lábios dele antes de se levantar da cama dele e ir para a sua própria.

Uma parte de você queria ter tido coragem para dormir ao lado dele. Mas, como Katsuki não se opôs a você ir para sua própria cama, você deixou quieto e assumiu que era melhor assim.

No outro dia, de manhã, não transaram mais. Mina e Kirishima bateram no quarto de vocês para ver se estavam vivos e a de cabelo rosa ofereceu o banheiro dela para você tomar banho. Teve que aceitar porque não tinha outra desculpa para dar e ficar.

Além disso, você se agradeceu mentalmente por ter ido para sua cama antes de dormir e também por ter colado o seu pijama. Nem sabia o que faria se os dois vissem você e Katsuki dormindo de conchinha sem roupa.

Provavelmente você teria que mudar de país.

Você e Bakugou só ficaram juntos de novo na volta. Mais uma vez, vocês foram no banco de trás do carro. A ideia era que você voltasse dirigindo para Izuku poder beber, mas já que tinham dormido lá por causa do temporal, o esverdeado pôde dirigir.

Nada aconteceu dentro do carro. Nem as provocações que Katsuki tinha feito no caminho da ida. Isso fez com que você começasse a se perguntar se ele tinha realmente gostado do sexo. Mas, agora, com a confirmação de Midoriya, você se deixou relaxar um pouco.

— Falando nele — Mais uma vez no dia, a voz de Izuku lhe fizeram abandonar as lembranças do final de semana passado e voltar a focar no presente — Kacchan tá indo aí.

— Meu cabelo tá bonito?

Isso arrancou uma risada divertida dele.

— Depois eu sou o gay.

Você estava levemente nervosa. Não tinham se falado depois da noite estupidamente incrível de sexo. Não que vocês se falassem normalmente, mas não tinham nem se cruzado na faculdade nem nada. Era a primeira vez que você o via desde que Midoriya tinha lhe deixado em casa depois que voltaram da praia.

— E ai? — A voz grossa dele fez um calor percorrer pela sua espinha, fazendo você se lembrar de como ele gemia o seu nome enquanto lhe fodia com impaciência.

Porra, para de ficar pensando só isso. Tô parecendo uma tarada do caralho que não transava fazia três anos.

Mas o sermão através de seus pensamentos não ajudou em nada quando você levantou o olhar para ele. Era bem engraçado como o seu ódio por ele lhe cegou por tanto tempo.

Katsuki Bakugou parecia uma divindade, até com cara de sono e cabelos bagunçados. Ele era um absurdo que não deveria existir. Ninguém deveria ser esteticamente tão perfeito assim.

Ainda bem que por dentro ele era podre para dar uma balanceada.

— Oi — Você disse, enquanto ele se sentava no banco ao lado de Midoriya e de frente para você.

— Como foi a prova? — O esverdeado perguntou, nitidamente tentando conter o riso.

— Foi bem difícil, na verdade — Katsuki respondeu, dando de ombros — Pelo menos eu só vou ter prova agora no próximo mês.

— Você sempre fala que as provas foram difíceis, mas nunca te vi tirando uma nota menor que oito — Foi você quem respondeu, atraindo a atenção dele — Desculpa, não era minha intensão me intrometer na conversa — Completou, sendo sincera. Tinha pensado alto antes e Izuku já tinha lhe contado uma vez que Bakugou era bem complexado com notas.

— Não precisa pedir desculpa — Por incrível que pareça, ele não mandou você se foder — E você tá certa, mas eu não consigo evitar de ficar nevoso.

— Eu sei que é mais fácil falar do que fazer, mas você devia ter um pouquinho mais de confiança.

— Eu já tenho muita confiança — Ele atirou, com um sorriso lascivo no rosto — Ela só tá alocada em outros lugares.

Uma de suas sobrancelhas se arqueou e um pequeno sorriso começou a ameaçar se formar em seus lábios.

— Não devia depositar toda a sua confiança em um tanquinho bonito.

— Então você acha meu tanquinho bonito?

— Foi o que eu ouvi de outras meninas — Deu de ombros — Nunca reparei muito.

Os olhos vermelhos dele diziam "mentirosa" de uma forma muito mais clara do que os lábios dele jamais conseguiriam.

Era bom saber que a "vibração" entre vocês dois não tinha esfriado depois do sexo.

Você ainda estava um pouco abalada com a ideia de que ele não lhe impediu de sair da cama dele para dormir. Isso faz com que você pensasse que aquilo era realmente algo de uma noite só ou até que ele não tivesse gostado tanto quanto você.

Já fazia um tempo desde a última vez em que você tinha se sentido tão insegura depois de uma transa.

Mal você sabia que ele tinha juntado todas as forças que conseguiu para não agarrar a sua cintura e lhe impedir de sair daquela cama. O que o loiro mais queria era poder passar uma noite ao seu lado, agarrados. Mas não seria ele quem apressaria as coisas. Vocês dois já estavam andando em um território desconhecido. Ele tinha ficado surpreso quando você o beijou de baixo da tempestade. Surpreso, de verdade. Tinha percebido que algo sexual estava pairando entre vocês, só nunca imaginou que seria você quem tomaria a iniciativa.

A noite foi um estrondo para ele também. Katsuki nunca tinha se sentido tão eufórico e realizado no meio de uma transa. As sensações que você despertou nele eram únicas e estupidamente viciantes.

No dia seguinte ao da transa, ele só queria matar Kirishima e Mina por terem entrado no quarto. As coisas que ele já estava imaginando fazer com você pela manhã não deveriam nem ser ditas em voz alta. E tudo foi o água abaixo.

Bakugou também tinha ficado inseguro como nunca ficou em toda a vida. A dúvida de se você tinha gostado ou não do sexo estava o atormentando durante os últimos três dias.

Mas, naquele momento, ele não tinha a menor sombra de dúvidas. O olhar que você transmitia, naquele momento de troca de provocações, não era só o de quem tinha gostado da transa. Era, com certeza, o de quem queria uma segunda rodada.

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