𝚏𝚘𝚞𝚛𝚝𝚎𝚎𝚗

Seu corpo estava quente e não era só porque vocês estavam na frente de uma praia, com um sol do caralho e provavelmente estava fazendo uns trinta graus. Não. Isso tinha haver com o que aconteceu a algumas horas atrás no carro.

A lembrança da mão de Katsuki apertando suas coxas não queria sair da sua mente. Tudo o que aquelas mãos poderiam fazer com você se estivessem em um quarto sozinhos...

O que aconteceu foi bom e ruim. Bom porque agora você nem poderia mais ter dúvidas de que ele também estava afim de transar com você. E ruim porque agora você estava mais atiçada do que nunca, mas todo mundo estava na praia, curtindo o sol e ignorando o fato de que algumas nuvens feias pairavam no céu.

Você ficou de não beber para poder voltar dirigindo o carro de Midoriya. Queria que ele aproveitasse a tarde ao máximo, como uma forma de agradecimento por estar lhe ajudando com o seu "problema". Nem se passava pela sua cabeça que Katsuki estava com o mesmo débito.

— Tem coca gelada — Jiro falou, enquanto mexia no cooler, lhe tirando de seus pensamentos — Quer uma?

— Não — Você se levantou da cadeira de praia em que estava e caminhou até ela — Tem água?

Ela estendeu uma garrafa para você, que aceitou e agradeceu logo em seguida. Enquanto levava o recipiente aos lábios, seus olhos vagaram pela praia em que estavam.

Não tinham muitas pessoas por lá, provavelmente por causa da previsão do tempo, que dizia que uma chuva intensa cairia naquela tarde. Você não duvidava nada. As nuvens pesadas se aproximavam cada vez mais de vocês.

Você, Jiro e Mina estavam pegando sol até ele desaparecer no meio delas. Enquanto isso, os meninos estavam no mar, mas você conseguiu os ver voltando para terra firme, provavelmente porque ele estava muito agitado.

— Não é melhor a gente ir logo embora? — Você disse olhando para o céu — Com certeza vai chover.

— Você é feita de açúcar? — Mina brincou, lhe catucando com o cotovelo.

— Não, mas eu não dirijo na chuva.

— É melhor a gente ir mesmo — Foi Kirishima quem se meteu na conversa de vocês — Acho que vai começar a chover forte e não vai dar pra a gente voltar dirigindo.

Ele e a namorada começaram a pensar se era melhor voltarem logo ou ir para a casa dela e esperar para ver se o clima melhorava. Naquele momento, você não poderia ligar menos.

Katsuki também tinha se juntado a vocês. E, por ter acabado de sair do mar, você estava tendo uma visão privilegiada dele sem camisa, expondo todos aqueles músculos perfeitos. Isso só fazia você ficar mais quente ainda, mesmo que um vento frio bagunçasse os seus cabelos.

Por um segundo, ele virou os olhos na sua direção e lhe flagrou olhando para ele, descaradamente. Você nem teve tempo de desviar o olhar ou ficar vermelha. Antes que tivesse chance para fazer isso, viu um sorrisinho satisfeito no rosto dele.

Uma de suas sobrancelhas se arqueou involuntariamente. Ele estava se divertindo. Ele queria que você continuasse encarando. E você teria feito isso, pelo resto da vida se pudesse, mas um pingo d'água grosso caiu no meio de sua testa e você foi obrigada a olhar para cima.

Não demorou mais que três segundos para milhões de outros pingos caírem do céu. Mina gritou. Kaminari falou para todo mundo começar a recolher as coisas. Você apenas teve tempo de pegar a sua bolsa que estava de baixo de um guarda sol.

Todos começaram a correr, aos berros, em direção à casa de Mina. Você estava concentrada em seguir as vozes deles, enquanto não escorregava no chão molhado, mas era difícil.

Estava impossível ver qualquer coisa. As gotas pesadas de chuva caiam nos seus olhos, lhe cegando. Você só continuou a correr. Precisava achar algum lugar com um teto. Já não conseguia mais ouvir as vozes dos seus amigos, mas isso não era prioridade no momento. Não conseguiria fazer nada sem enxergar.

Você já tinha ido algumas vezes no condomínio de Mina. Sabia mais ou menos como andar por ali, por isso, não foi tão difícil achar a casinha onde os zeladores ficavam, que era mais perto da praia do que a casa da rosada.

A porta estava trancada e não dava sinais de que iria abrir mesmo depois de você tentar forçar muito. Desistiu e se encostou na parede, do lado de fora. O telhado era mais longo na parte da frente, o que fazia com que você, pelo menos, não estivesse mais na chuva.

Conseguia enxergar melhor agora, mas, mesmo assim, a chuva estava tão forte que a paisagem ficava meio nublada. Nenhum sinal dos seus amigos. Eles provavelmente chegaram na casa de Mina, mas você teria que esperar a chuva estiar um pouco antes de tentar chegar lá por conta própria.

Tirou o seu celular de dentro da bolsa encharcada e, por algum milagre, ele ainda estava funcionando. Mesmo assim, sem sinal.

— Ótimo — Você sussurrou, o jogando de novo dentro da bolsa.

Seu corpo inteiro estava encharcado e você começou a sentir frio. Estava usando apenas o biquíni e um short moletom, tudo completamente molhado. As roupas dentro da sua bolsa também não ajudariam muito, já que estavam tão encharcadas quanto o resto.

Teria que esperar um tempo até que o clima resolvesse colaborar e você pudesse sair dali. Por enquanto, não tinha nada que você pudesse fazer e você já tinha se confirmado com isso, até perceber que alguém vinha correndo na sua direção.

Não sabia se ficava feliz ou com medo. Poderia ser alguém desconhecido que fosse se aproveitar da situação. Uma garota sozinha de baixo da chuva, vestindo praticamente nada e tremendo de frio. O nervosismo começou a tomar conta do seu corpo, até que você reconheceu a pessoa se aproximando.

— O que caralhos você tá fazendo? — Bakugou gritou, assim que se aproximou o suficiente para ficar de baixo do telhado ao seu lado.

— Como assim? — Você perguntou, no mesmo tom que ele, já irritada. Estava cansada, com frio e a última coisa que precisava era esse idiota gritando no seu ouvido.

— Por que você não seguiu eles, porra?

— Eu meio que não tava conseguindo enxergar nada, seu pau no cu! — Vocês já estavam de frente um para o outro, com aqueles mesmos olhares assassinos que tinham toda vez que brigavam.

— E aí você tem a brilhante ideia de seguir um caminho completamente diferente e sozinha?

— Katsuki, que parte do "eu não estava enxergando porra nenhuma" você não entendeu?

Ouvir o nome dele saindo dos seus lábios sempre faziam com que o cérebro dele parasse de funcionar por alguns segundos. O loiro nunca foi muito fã do próprio nome, mas, ao ouvir ele sendo pronunciado por você, parecia o nome mais lindo já criado.

— Você já teve aqui antes — Ele disse, assim que se recuperou do lapso momentâneo — E não consegue achar o caminho pra porra daquela casa?

— Não, eu não consigo — Você já estava ofegante de tanto gritar — E se você tá tão incomodado com isso, por que veio atrás de mim, seu retardado?

— Porque você é uma anta inconsequente que adora se meter em confusão.

Só naquele momento você percebeu uma coisa: aquele espaço era pequeno demais. Vocês estavam tão próximos que os seus peitos quase colavam com os dele. O rosto dele estava inclinado para baixo, para conseguir observar o seu. Seus lábios a poucos centímetros um do outro. E, naquele momento, você esqueceu porquê estavam brigando.

— Ah, que se foda — Você disse.

— Que se foda o qu... — Mas ele não completou a frase.

Você ficou na ponta dos pés e se inclinou para frente. Seus lábios colidiram com os dele, mas você não pediu passagem com a língua. Não sabia se ele iria corresponder ou lhe empurrar para longe. Seja qual fosse a situação, era melhor do que continuarem se xingando na chuva.

Katsuki ficou estatelado por alguns segundos e foi tempo o suficiente para você desistir de qualquer coisa e já começar a se afastar, quando ele passou uma mão por trás da sua cintura e lhe puxou para mais perto, lhe beijando com ainda mais força.

Foi ele quem pediu passagem com a língua. Foi ele quem explorou cada centímetro da sua boca. Foi ele quem desceu as mãos pelas suas coxas, lhe trazendo mais para perto desesperadamente.

Era quase como se ele estivesse esperando a vida inteira por um beijo seu. E era quase isso mesmo.

Você retribuiu na mesma intensidade, jogando sua bolsa no chão e passando os braços pelo pescoço dele, pressionando o seu corpo contra o dele. A boca de Bakugou tinha gosto de menta e cerveja. O cheiro ele era tão bom, principalmente agora que estava misturado com o cheiro do mar e da chuva. Você poderia passar a vida inteira apenas sentindo aquele gosto e inalando aquele cheiro.

Além disso, você já imaginava que ele beijava bem. Já tinha ouvido algumas meninas falem algo nesse sentido. Mas, porra... Não teria como você ter imaginado aquilo. Era como se a língua dele tivesse sido feita para você. Apenas com um beijo ele conseguia tirar tudo de você e lhe deixar tão vulnerável que você até se sentia nua.

Mas foi quando ele inverteu as posições e lhe prensou contra a parede que um gemido baixinho escapou dos seus lábios.

Porra... — Ele sussurrou (ou gemeu, você não saberia dizer) baixinho, descolando a boca da sua e descendo pelo seu pescoço.

A cintura dele lhe pressionava contra a parede, fazendo você sentir o membro duro contra a sua barriga. Caralho. Você já estava muito excitada.

Bakugou sugava a pele do seu pescoço, enquanto subia uma das mãos pela sua barriga, até entrar por dentro da parte de cima do seu biquíni e começar a acariciar o seu mamilo, duro para cacete. Você gemeu de novo, só que dessa vez mais alto, e ele retribuiu com mais intensidade.

A outra mão dele desceu pelo seu corpo e achou o laço do seu short, o desfazendo. A peça de roupa folgada e encharcada caiu no chão de uma só vez, lhe deixando apenas com o biquíni no corpo. Você estava vulnerável, mas não se lembrava da última vez que tinha se sentido tão incrível assim.

— Se Izuku e Shoto não tivessem no carro naquela hora, eu teria feito isso mais cedo — Ele disse, enfiando a mão por dentro da parte de baixo do seu biquíni.

Um grito escapou dos seus lábios quando ele enfiou dois dedos de uma vez, que entraram com uma facilidade absurda. Nem você sabia que estava tão molhada assim. Ninguém nunca tinha lhe deixado daquela forma.

Bakugou enfiava os dedos dentro de você, fundo e firme, meio curvados para atingir o seu ponto de maior prazer. A outra mão ainda acariciava o seu mamilo, dando alguns beliscões não tão fracos. Os lábios dele brincavam com a carne exposta do seu pescoço e a única coisa que você conseguia fazer era ficar de olhos fechados e se concentrar para não gozar muito rápido.

Não conseguiu essa última parte.

Você gozou quando ele usou o dedão para estimular o seu clítoris, ainda enquanto enfiava os dedos cada vez mais fundo na sua intimidade. Você gritou, teve espasmos e tremeu. Agarrou os ombros dele e enfiou as unhas na pele exposta. Ele não reclamou, apenas continuou, com ainda mais força e precisão.

Suas costas se prensavam contra a parede de madeira. A chuva ainda caia forte ao redor de vocês. Ainda não sabiam onde estavam os seus amigos. Mas nada disso importava. Aquele orgasmo estava lhe levando às alturas e todo o seu corpo ficou mole.

E foi isso.

Você gozou com apenas dois dedos.

Em menos de três minutos.

Isso jamais tinha acontecido antes.

Quando você parou de ter espasmos, ele retirou os dedos de dentro de você com cuidado, afastando a boca do seu pescoço. Katsuki colocou os dois dedos, que antes estavam dentro da sua intimidade, na boca e chupou os dois, olhando fixamente para os seus olhos.

Você estava completamente hipnotizada. Aquele homem era hipnotizante. Era simplesmente impossível desviar o olhar.

Sua respiração ainda estava descontrolada e o seu biquíni completamente fora do lugar. Foi ele quem o ajeitou para você, subindo o seu short de novo no fim e o amarrando. Era como se nada tivesse acontecido.

— A gente devia se encontrar com o resto do pessoal — Foi ele quem falou, quebrando o silêncio que tinha se instaurado entre vocês.

— Sim — Você respondeu rápido demais, ainda atordoada, e se abaixou para pegar a sua bolsa no chão — Eu sei chegar na casa dela daqui.

Katsuki assentiu com a cabeça e lhe ofereceu a mão. Você a aceitou e entrelaçou os seus dedos nos dele. Era mais fácil assim para não se perderem um do outro na tempestade que ainda insistia em cair.

Você não sabia o que ele tinha achado ou pensado sobre o que tinha acabado de acontecer. Mas uma coisa você tinha certeza: não deixaria esse homem em paz até que você pudesse devolver tudo o que ele tinha acabado de lhe fazer sentir.

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