DAWN STERLING já estava acostumada com cenas de crime. Como agente forense, passou anos analisando evidências, conectando peças invisíveis e ajudando a resolver casos que pareciam impossíveis. Mas, ao receber a ligação de Aaron Hotchner,chefe da BAU, soube que aquela oferta mudaria tudo.

Agora, parada em frente à porta de vidro com o emblema do FBI, respirou fundo antes de entrar. O cheiro de café e papel velho preenchia o ambiente, misturando-se ao peso de investigações inacabadas. Ela sabia que a BAU não era um trabalho qualquer – era um jogo mental onde o preço do erro era a vida de inocentes.

Hotch a recebeu com seu olhar sério de sempre.

— Sterling, obrigado por vir.

— Imagino que tenha um bom motivo para isso. — ela manteve a voz firme, mas sua mente já trabalhava rápido, tentando prever seus próximos passos.

— Precisamos de um agente forense na equipe. Seu histórico é impecável, sua intuição é afiada, e sua habilidade em conectar padrões pode ser essencial para nós.

Dawn cruzou os braços, analisando a proposta.

— Então, além de processar evidências,também serei uma perfiladora?

— Exatamente! —  Hotch inclinou levemente a cabeça. — A BAU precisa de alguém como você.

Ela ponderou por um momento. Era um risco. Mas também era um desafio. E Dawn nunca fugiu de desafios.

— Quando começo?

O olhar de Hotch se suavizou minimamente, o suficiente para saber que já esperava aquela resposta.

— Agora mesmo.

Dawn não fazia ideia de que, ao aceitar aquele cargo, sua vida mudaria de formas que jamais imaginou. E que, entre análises forenses e perfis psicológicos, seu caminho se entrelaçaria com o de alguém que desafiaria tanto sua mente quanto seu coração.