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❦︎𝑵𝒂𝒓𝒓𝒂𝒅𝒐𝒓𝒂 𝒐𝒏𝒊𝒔𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒑𝒐𝒗’𝒔

ATRASADA! TERRIVELMENTE ATRASADA! É importante dizer que a brasileira é uma estagiária em um país que não é o seu. Anat nunca esteve tão fudida quanto neste momento. Mas tudo bem, bastava pensar: levanta, toma um banho, se vista e corra para a redação. Vai dar certo.

— 𝑂𝑘𝑎𝑦, 𝐴𝑛𝑎𝑡, 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑏𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑒 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑏𝑜𝑚 𝑐𝑎𝑓𝑒́ — a brasileira falava sozinha — 𝑃𝑜𝑟 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑚 𝑟𝑜𝑢𝑝𝑎𝑠? 𝐸 𝑐𝑜𝑚 𝑡𝑜𝑑𝑎 𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑚𝑒𝑢 𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑜 𝑛𝑎̃𝑜 𝑒́ 𝑛𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑝𝑜𝑢𝑐𝑜 “𝑢𝑎𝑢” 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑒́.

A brasileira demora acerca de cinco minutos para perceber que ela não estava em casa. Pior é que ela estava em um ambiente desconhecido e sem roupas. Ela observa o quarto luxuoso; ela deveria ter visto quartos nesse estilo enquanto navegava pelo 𝐏𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐞𝐬𝐭 e sonhava com a decoração de sua casa.

— 𝐷𝑒𝑓𝑖𝑛𝑗𝑡𝑖𝑣𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑎̃𝑜 𝑒́ 𝑎 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑐𝑎𝑠𝑎  — Anat olhava para os lados em busca de alguma resposta que pudesse explicar o motivo de estar naquele lugar desconhecido.

Ao tentar levantar da cama, a estudante sente braços fortes a rodeando e apertando mais contra um corpo quente. Uma sensação estranhamente confortável toma conta do corpo da brasileira. Essa sensação que é interrompida por uma Anat totalmente assustada.

— 𝑄𝑢𝑒 𝑝𝑜𝑟𝑟𝑎! 𝐸𝑢 𝑓𝑢𝑖 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑟 𝑛𝑎 𝑐𝑎𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑒 𝑜 𝑝𝑖𝑜𝑟, 𝑒𝑢 𝑛𝑒𝑚 𝑚𝑒 𝑙𝑒𝑚𝑏𝑟𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑣𝑖𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑟 𝑎𝑞𝑢𝑖 — a amnésia logo termina quando a brasileira se lembra da confusão que um 𝙘𝙚𝙧𝙩𝙤 jogador causou.

O único detalhe que a brasileira esqueceu de olhar era quem estava ao lado dela. Detalhe que logo foi percebido assim que a figura – até então desconhecida – resolve abrir a boca.

— 𝑩𝒐𝒏𝒋𝒐𝒖𝒓! 𝑨𝒗𝒆𝒛-𝒗𝒐𝒔 𝒃𝒊𝒆𝒏 𝒅𝒐𝒓𝒎𝒊? 𝑪’𝒆́𝒕𝒂𝒊𝒕 𝒖𝒏𝒆 𝒔𝒖𝒑𝒆𝒓 𝒔𝒐𝒊𝒓𝒆́𝒆. (𝐵𝑜𝑚 𝑑𝑖𝑎! 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑑𝑜𝑟𝑚𝑖𝑢 𝑏𝑒𝑚? 𝐴 𝑛𝑜𝑖𝑡𝑒 𝑓𝑜𝑖 𝑜́𝑡𝑖𝑚𝑎) — O francês sorria como tivesse ganhado o melhor presente do mundo.

Os olhos da brasileira se arregalaram. Era 𝑲𝒚𝒍𝒊𝒂𝒏 𝑴𝒃𝒂𝒑𝒑𝒆́ quem estava dividindo a cama com ela. Nesse mesmo instante o 𝘧𝘭𝘢𝘴𝘩𝘣𝘢𝘤𝘬 da noite anterior atinge com força.

— 𝐸𝑢 𝑇𝑅𝐴𝑁𝑆𝐸𝐼 𝑐𝑜𝑚 𝐾𝑦𝑙𝑖𝑎𝑛 𝑀𝑏𝑎𝑝𝑝𝑒́ — Anat não sabia se sorria, chorava ou transformava isso em uma fanfic. Transar com um jogador famoso definitivamente não estava em seus planos.

O pior era que tinha sido bom. Bom? Não, foi ótimo. Ela se lembrava do vinho que havia tomado, mas não o suficiente para ficar bêbada.

Logo a amnesia da brasileira some e ela se lembra de tudo que aconteceu horas atrás. Definitivamente havia sido a melhor noite de sua vida; Anat se sentia em casa. Mesmo após o susto das últimas horas e a demissão que viria, ela estava feliz.

𝐊𝐲𝐥𝐢𝐚𝐧 𝐩𝐨𝐯’𝐬༆

Eu nem acredito que estou ao lado da mulher mais perfeita que já existiu. Confesso que fiquei com medo dela não me perdoar ou pior, me pedisse para ficar longe. Nem nos meus melhores sonhos eu podia imaginar algo tão perfeito. A noite havia sido perfeita. Eu estava no céu. Anat tem um gosto delicioso e eu não estava disposto a deixar que ninguém experimentasse.

Depois do sexo levei Anat para tomar um banho de banheira, eu queria que a minha garota se recordasse desse momento com muito carinho. Espero que fique eternizado para ela, porque esse momento estava gravado no meu coração. Amava Anat e não tinha motivos para esconder isso. Se ela quisesse, eu a pedia em casamento hoje mesmo; podem chamar de desespero, mas eu sabia que ela é o amor da minha vida.

Coloquei Anat delicadamente na banheira, logo ouvi ela suspirar e um “eu te amo” sair de seus lindos lábios. Ela havia pegado no sono. E eu estava radiante por ouvir essas três palavrinhas que tanto sonhei. Não queria acordar Anat, então tratei de tomar um banho rápido e a ajudei como pode. Assim que finalizo o banho, pego Anat no colo e a seco delicadamente. Não queria acordá-la, havia sido sua primeira vez e levaria tempo para que ela se acostumasse com o novo ritmo. Queria repetir a nossa noite inúmeras vezes.

Anat se remexeu no meu colo algumas vezes, acho que ela queria mesmo a cama. Mesmo com seus protestos a coloquei no pequeno sofá para que eu pudesse trocar a roupa de cama. Tirei os lençóis e deixei no canto, amanhã cuidaria disso. Coloquei novos lençóis e peguei outras cobertas, estávamos no inverno e tudo fica mais frio no campo. Peguei Anat no colo e coloquei ela delicadamente na cama; enrolei ela nos lençóis de cetim. Queria deixa-la o mais confortável possível.

Fui em direção ao closet, coloquei uma cueca e uma camisa. Voltei para a cama e admirei os traços da brasileira; Anat era a definição da perfeição. Sua boca bem marcada, seu nariz empinadinho era um charme e os seus lindos traços me deixavam louco. Ela dormia de forma tranquila e plena. Eu desejaria eternizar esse momento.

Mas nem tudo são flores; ainda tinha a questão do emprego de Anat para resolver. Não queria me meter nisso, eu sei que ela odiaria se eu usasse da minha influência para dar algo a ela. Sei o quanto minha mulher é orgulhosa e eu não estava disposto a bater de frente com isso. Não queria vê-la brava e nem chateada.

Deixo esse problema para resolver em outra ocasião. Observo Anat mais uma vez e beijo sua testa. Pego mais uma coberta e a abraço por trás. Inconscientemente ela se aconchega ainda mais no meu corpo. Enterrei minha cabeça em seu pescoço sentindo seu cheiro delicioso e não demorei muito para pegar no sono. Sonharia com a minha mulher com toda a certeza.

(...)

Acordo com Anat se remexendo na cama. Assim que abro meus olhos vejo a brasileira olhando fixamente para mim. Será que ela havia se arrependido? Droga, Kylian! Você pode ter ido rápido demais. Ouço ela falar em português e acho graça; ela poderia estar me xingando, mas nada tiraria meu sorriso vendo aquela cena.

— 𝑩𝒐𝒏𝒋𝒐𝒖𝒓! 𝑨𝒗𝒆𝒛-𝒗𝒐𝒔 𝒃𝒊𝒆𝒏 𝒅𝒐𝒓𝒎𝒊? 𝑪’𝒆́𝒕𝒂𝒊𝒕 𝒖𝒏𝒆 𝒔𝒖𝒑𝒆𝒓 𝒔𝒐𝒊𝒓𝒆́𝒆. (𝐵𝑜𝑚 𝑑𝑖𝑎! 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑑𝑜𝑟𝑚𝑖𝑢 𝑏𝑒𝑚? 𝐴 𝑛𝑜𝑖𝑡𝑒 𝑓𝑜𝑖 𝑜́𝑡𝑖𝑚𝑎) — Fico com medo da reação de Anat e por isso não a chamo de amor. Senti meu coração morrer um pouco por não chamá-la de meu amor.

Vejo a brasileira se assustar, mas logo vejo seu lindo sorriso aparecer. Eu poderia facilmente vê-la sorrir durante horas.

— 𝑩𝒐𝒏𝒋𝒐𝒖𝒓, 𝒎𝒐𝒏 𝒂𝒎𝒐𝒓! 𝑻𝒖 𝒏’𝒂𝒔 𝒑𝒂𝒔 𝒂𝒑𝒓𝒓𝒆́𝒄𝒊𝒆́ 𝒍𝒂 𝒔𝒐𝒊𝒓𝒆́𝒆? 𝑻𝒖 𝒏𝒆 𝒎’𝒂𝒔 𝒑𝒂𝒔 𝒂𝒑𝒑𝒆𝒆𝒍𝒆́ 𝒂𝒎𝒐𝒖𝒓 (𝒃𝒐𝒎 𝒅𝒊𝒂, 𝒂𝒎𝒐𝒓! 𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒏𝒂̃𝒐 𝒈𝒐𝒔𝒕𝒐𝒖 𝒅𝒂 𝒏𝒐𝒊𝒕𝒆? 𝑵𝒂̃𝒐 𝒎𝒆 𝒄𝒉𝒂𝒎𝒐𝒖 𝒅𝒆 𝒂𝒎𝒐𝒓...) — Vi minha brasileira fazer uma carinha fofa, mas tratei logo de tirar sua ruga de preocupação. Não causaria nenhuma insegurança na minha garota.

— 𝑫𝒆́𝒔𝒐𝒍𝒆́, 𝒄𝒉𝒆́𝒓𝒊𝒆, 𝒋’𝒂𝒗𝒂𝒊𝒔 𝒑𝒆𝒖𝒓 𝒅𝒆 𝒕𝒂 𝒓𝒆́𝒂𝒄𝒕𝒊𝒐𝒏 (𝒅𝒆𝒔𝒄𝒖𝒑𝒍𝒆, 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒊𝒅𝒂, 𝒆𝒖 𝒇𝒊𝒒𝒖𝒆𝒊 𝒄𝒐𝒎 𝒎𝒆𝒅𝒐 𝒅𝒂 𝒔𝒖𝒂 𝒓𝒆𝒄̧𝒂̃𝒐) — Anat sorri. Tentei dar um beijo de bom dia, mas a brasileira correu para o banheiro.

Sem minha mulher na cama me vi na obrigação de levantar. Como Anat estava no banheiro do quarto, resolvo usar o banheiro do corredor. Faço minhas higienes e logo desço para a sala. Eu não sou um ótimo cozinheiro, porém sei me virar.

Resolvo colocar alguns croissants para assar, coloco o leite para esquentar, faço omeletes e coloco o maracujá para bater. Tentaria fazer o meu melhor para que Anat tivesse um café da manhã decente.

Vou fazendo os preparos e logo sinto mãos delicadas me abraçando por trás e um beijo sendo depositado nas minhas costas. Eu poderia viver assim pelo resto da minha vida. Vejo a brasileira roubar um morango das panquecas, olho para ela e a mesma me lança um sorriso sapeca.

O forno apita e logo tiro os croissants do forno. Anat arruma toda a mesa e assim nos sentamos para comer. O clima estava leve, eu estava em casa e podia vê-la muito bem adaptada aquele ambiente.

— 𝑽𝒐𝒖𝒔 𝒇𝒂𝒊𝒕𝒆𝒔 𝒍𝒂 𝒄𝒖𝒔𝒊𝒏𝒆, 𝑴. 𝑴𝒃𝒂𝒑𝒑𝒆́? (𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒄𝒐𝒛𝒊𝒏𝒉𝒂, 𝒔𝒆𝒏𝒉𝒐𝒓 𝑴𝒃𝒂𝒑𝒑𝒆́?) — Sorri com essa pergunta. Ela queria me conhecer.

— 𝑱𝒆 𝒄𝒖𝒊𝒔𝒊𝒏𝒆 𝒍𝒆𝒔 𝒃𝒂𝒔𝒆𝒔. 𝑱𝒆 𝒑𝒆𝒖𝒙 𝒎𝒆 𝒅𝒆́𝒃𝒓𝒐𝒖𝒊𝒍𝒍𝒆𝒓, 𝒄𝒉𝒆́𝒓𝒊𝒆 (𝑪𝒐𝒛𝒊𝒏𝒉𝒐 𝒐 𝒃𝒂́𝒔𝒊𝒄𝒐. 𝑬𝒖 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒊𝒈𝒐 𝒎𝒆 𝒗𝒊𝒓𝒂𝒓 𝒃𝒆𝒎, 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒊𝒅𝒂) — Não sabia cozinhar direito. Ao menos croissant eu sei fazer — 𝑬𝒕 𝒗𝒐𝒖𝒔 𝒄𝒖𝒊𝒔𝒊𝒏𝒆𝒛? (𝒆 𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒄𝒐𝒛𝒊𝒏𝒉𝒂?)

Vi o rosto da brasileira se iluminar.

— 𝑶𝒖𝒊, 𝒆𝒕 𝒋𝒆 𝒄𝒖𝒔𝒊𝒏𝒆 𝒕𝒓𝒆̀𝒔 𝒃𝒊𝒆𝒏, 𝒎𝒐𝒏 𝒂𝒎𝒐𝒖𝒓 (𝒔𝒊𝒎 𝒆 𝒄𝒐𝒛𝒊𝒏𝒉𝒐 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒃𝒆𝒎, 𝒎𝒆𝒖 𝒂𝒎𝒐𝒓) — Admirei o sorriso de Anat. Ela falava tão empolgada — 𝑼𝒏 𝒋𝒐𝒖𝒓, 𝒋𝒆 𝒕𝒆 𝒍𝒂𝒊𝒔𝒔𝒆𝒓𝒂𝒊 𝒆𝒔𝒔𝒂𝒚𝒆𝒓 (𝒖𝒎 𝒅𝒊𝒂 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒐 𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒆𝒙𝒑𝒆𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒓) — Sorri de lado com seu comentário.

— 𝑪𝒆 𝒔𝒆𝒓𝒂 𝒖𝒏 𝒑𝒍𝒂𝒊𝒔𝒊𝒓 𝒅𝒆 𝒅𝒆́𝒈𝒖𝒔𝒕𝒆𝒓 (𝒔𝒆𝒓𝒂́ 𝒖𝒎 𝒑𝒓𝒂𝒛𝒆𝒓 𝒑𝒓𝒐𝒗𝒂𝒓) — Me aproximei de seu ouvido e sussurrei — 𝑴𝒂𝒊𝒔 𝒓𝒊𝒆𝒏 𝒏𝒆 𝒗𝒂𝒖𝒕 𝒕𝒐𝒏 𝒈𝒐𝒖̂𝒕, 𝒎𝒐𝒏 𝒂𝒎𝒐𝒖𝒓. 𝑱𝒆 𝒑𝒐𝒖𝒓𝒓𝒂𝒊𝒔 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒆𝒓 𝒅𝒆𝒔 𝒉𝒆𝒖𝒓𝒆𝒔 𝒆𝒏𝒕𝒆𝒓𝒓𝒆́ 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝒕𝒆𝒔 𝒋𝒂𝒎𝒃𝒆𝒔 (𝒎𝒂𝒔 𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒔𝒖𝒑𝒆𝒓𝒂 𝒐 𝒔𝒆𝒖 𝒈𝒐𝒔𝒕𝒐, 𝒂𝒎𝒐𝒓. 𝑬𝒖 𝒑𝒐𝒅𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒇𝒊𝒄𝒂𝒓 𝒉𝒐𝒓𝒂𝒔 𝒆𝒏𝒕𝒆𝒓𝒓𝒂𝒅𝒐 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝒔𝒖𝒂𝒔 𝒑𝒆𝒓𝒏𝒂𝒔) — Vejo Anat se arrepiar e ficar envergonhada.

— 𝑨𝒓𝒓𝒆̂𝒕𝒆 𝒅’𝒆̂𝒏𝒕𝒓𝒆 𝒎𝒆́𝒄𝒉𝒂𝒏𝒕, 𝒎𝒆𝒄 (𝒑𝒂𝒓𝒆 𝒅𝒆 𝒔𝒆𝒓 𝒔𝒂𝒇𝒂𝒅𝒐, 𝒉𝒐𝒎𝒆𝒎) — Anat dá um tapa fraco em meu peito e rio com seu ato.

Logo dou um selinho demorado em seus lábios. O selinho acaba virando um beijo quando a brasileira pede passagem com a língua. Puxo Anat pro meu colo e aprofundo ainda mais o beijo, finalizamos com selinho e sorriso.

— 𝑱𝒆 𝒔𝒖𝒊𝒔 𝒕𝒆𝒓𝒓𝒊𝒃𝒍𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕 𝒆𝒏 𝒓𝒆𝒕𝒂𝒓𝒅 𝒆𝒕 𝒑𝒐𝒖𝒓𝒕𝒂𝒏𝒕 𝒋’𝒂𝒊 𝒅𝒆́𝒄𝒊𝒅𝒆́ 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒔𝒕𝒆𝒓 (𝒆𝒖 𝒆𝒔𝒕𝒐𝒖 𝒕𝒆𝒓𝒓𝒊𝒗𝒆𝒍𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒂𝒕𝒓𝒂𝒔𝒂𝒅𝒂 𝒆 𝒎𝒆𝒔𝒎𝒐 𝒂𝒔𝒔𝒊𝒎 𝒓𝒆𝒔𝒐𝒍𝒗𝒊 𝒇𝒊𝒄𝒂𝒓) — Meu coração acelerou de tanto amor — 𝑱𝒆 𝒔𝒖𝒊𝒔 𝒓𝒆𝒔𝒕𝒆́𝒆 𝒑𝒐𝒖𝒓 𝒕𝒐𝒊, 𝒂𝒎𝒐𝒖𝒓 (𝒇𝒊𝒒𝒖𝒆𝒊 𝒑𝒐𝒓 𝒗𝒐𝒄𝒆̂, 𝒂𝒎𝒐𝒓) — Beijo a brasileira novamente.

— 𝑴𝒆𝒓𝒄𝒊 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒔𝒕𝒆𝒓, 𝒎𝒂𝒊 𝒋𝒆 𝒏𝒆 𝒗𝒆𝒖𝒙 𝒑𝒂𝒔 𝒕𝒆 𝒇𝒂𝒊𝒓𝒆 𝒅𝒆 𝒎𝒂𝒍 (𝒐𝒃𝒓𝒊𝒈𝒂𝒅𝒂 𝒑𝒐𝒓 𝒇𝒊𝒄𝒂𝒓, 𝒎𝒂𝒔 𝒏𝒂̃𝒐 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒐 𝒕𝒆 𝒑𝒓𝒆𝒋𝒖𝒅𝒊𝒄𝒂𝒓) — Anat se aconchegou ainda mais no meu colo e antes que ela pudesse falar algo, o celular da brasileira apita.

Anat sai do meu colo e fala em português com algum homem. Fico observando seu lindo rosto se iluminar, seja o que qconteceu, a notícia era ótimo. Ela logo encerra a ligação e pula em meus braços.

— 𝑨𝑴𝑶𝑼𝑹, 𝑱𝑬 𝑹𝑬𝑺𝑻𝑬! 𝑱’𝑨𝑰 𝑻𝑹𝑶𝑼𝑽𝑬 𝑼𝑵 𝑱𝑰𝑩 𝑫𝑨𝑵𝑺 𝑳𝑬 𝑴𝑬𝑰𝑳𝑳𝑬𝑼𝑹 𝑴𝑨𝑮𝑨𝒁𝑰𝑵𝑬 𝑫𝑬 𝑷𝑨𝑹𝑰𝑺 (𝑨𝑴𝑶𝑹, 𝑬𝑼 𝑽𝑶𝑼 𝑭𝑰𝑪𝑨𝑹! 𝑪𝑶𝑵𝑺𝑬𝑮𝑼𝑰 𝑼𝑴 𝑻𝑹𝑨𝑩𝑨𝑳𝑯𝑶 𝑵𝑨 𝑴𝑬𝑳𝑯𝑶𝑹 𝑹𝑬𝑽𝑰𝑺𝑻𝑨 𝑫𝑬 𝑷𝑨𝑹𝑰𝑺) — Não tive outra reação a não ser pegar Anat e girar pela cozinha toda.

Eu estava tão feliz. Minha mulher vai ficar. Eu não a deixaria escapar por nada nesse mundo.

— 𝑴𝒆𝒔 𝒃𝒓𝒂𝒔 𝒔𝒐𝒏𝒕 𝒕𝒂 𝒏𝒐𝒖𝒗𝒆𝒍𝒍𝒆 𝒎𝒂𝒊𝒔𝒐𝒏, 𝒂𝒎𝒐𝒖𝒓 (𝒐𝒔 𝒎𝒆𝒖𝒔 𝒃𝒓𝒂𝒄̧𝒐𝒔 𝒔𝒂̃𝒐 𝒂 𝒔𝒖𝒂 𝒏𝒐𝒗𝒂 𝒄𝒂𝒔𝒂, 𝒂𝒎𝒐𝒓) — Ela não iria a lugar algum.
Paris podia ser sua nova cidade, mas é em meus braços que Anat vai dormir e acordar.

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𝗦𝗲 𝗽𝘂𝗱𝗲𝗿𝗲𝗺 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗮𝗿 𝗲 𝘃𝗼𝘁𝗮𝗿, 𝗲𝘂 𝗮𝗴𝗿𝗮𝗱𝗲𝗰𝗲𝗿𝗶𝗮 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼
𝗔𝘁𝗲́ 𝗮 𝗽𝗿𝗼́𝘅𝗶𝗺𝗮
𝗕𝗲𝗶𝗷𝗶𝗻𝗵𝗼𝘀