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F I N A L
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Crystal Fletcher
A Times Square estava completamente interditada como foi planejado junto com a prefeitura, porém só viram o meu rosto que uma multidão invadiu junto com a imprensa. Só querem bater na mesma tecla desde que voltei mesmo havendo vários assuntos para serem compartilhados. Eu estou começando a me sentir sobrecarregada porque não é só isso. São os olhares tortos, o jeito que citam o nome do Brian ou até mesmo o meu, questionam sobre o meu jeito de vestir que não é mais o mesmo de ‘97 e outras coisas. Tenho uma enorme vontade de voltar para a casa dos meus pais, mas não posso ficar sendo imprensada nessa bolha que só cresce, eu tenho que estourar essa bolha.
— Crys, esse vestido ficou perfeito em você. — A diretora sorria e me girava olhando para a peça no tom de framboesa. — Precisamos de um bom batom escuro para realçar os seus olhos.
A mesma fez um sinal e assistente entregou o cosmético para a mesma. Era um vermelho muito escuro, quase preto. Me olhei no espelho e gostei do resultado.
— Será um beijo marcante. — Ela disse colocando um colar de diamantes em meu pescoço. — Você está perfeita.
Essa palavra me sufoca.
— Lembra do roteiro, querida?
— Claro que sim. — Assenti e fiz um sorriso convincente.
— O modelo já está pronto? — A mesma gritou e disseram que sim. — Okay, Crystal. Está na hora de brilhar.
Eu assenti e fiquei no ponto que foi ensaiado. Hora de brilhar… lembro de ter falado isso para o Brian quando nos conhecemos. Isso tem dois anos e parece que foi há muito tempo. A Venice e a mídia me faziam se sentir superior ou até mesmo uma imbecil. Eu deveria saber que estava sendo arrogante com muita gente a princípio de conversa.
O modelo do comercial apareceu do meu lado e desejou um boa sorte. Então começou a gravação. Ele andava entre os figurantes até parar no meio do caminho, olhando para a câmera, é a minha vez. Comecei a andar como estivesse em um desfile até o mesmo, sentindo as câmeras de vários ângulos me filmando e eu aparecendo nos telões da avenida. Como ensaiado ele pegou na minha cintura e eu envolvi os meus braços em seus ombros, o fazendo se aproximar do meu pescoço e sentir o meu perfume, que idiota. Então ele olhou nos meus olhos e desceu para os meus lábios, isso me fez lembrar daquele ensaio fotográfico, mas ele não era o Brian. Então nos aproximamos para o tal beijo que infelizmente não iria ser técnico e eu estava começando a ter ânsia.
— CORTA! — Esse grito me fez se afastar do modelo imediatamente, talvez por causa do susto.
Quando olhei ao meu redor estava um silêncio absoluto, até que o Brian saiu entre as pessoas e andava até mim como não houvesse ninguém tentando impedir ele. Estava bem vestido e um leve sorriso estampava o seu rosto.
— O que está fazendo aqui?! — Questionei sentindo a minha voz falhar.
— Não posso deixar isso acontecer quieto no canto. — O loiro afirmou e o modelo nos observou e se afastou de nós dois. — Eles não entendem isso.
— Eu sei, mas… e agora?! O que vão pensar na gente?! — Perguntei olhando pra ele que olhou ao redor e riu. — Brian, isso é sério.
— Sério é a gente ficar distante por causa desse povo que não têm um pingo de respeito por nós dois. — O seu semblante poderia estar tranquila, mas o seu tom foi de raiva.
— Eu sei. Eu também estou cansada disso. — Olhei para o chão, controlando as lágrimas teimosas. — Volta pra lá antes que avancem na gente.
— Eles não estão loucos pra fazer isso.
— Brian, vamos ser falados de novo…
— Crystal Fletcher. — Littrell olha em meus olhos e desce para os meus lábios, isso me tensiona mais do que o suficiente. E sorriu se aproximando mais um pouco de mim. — Foda-se a mídia.
Tive nem tempo de reagir que o mesmo me puxou para um beijo, me inclinando um pouco e me envolvi em seus braços sentindo isso me fortelecer. Só havia nós dois naquele lugar cheio de concreto, só havia nós dois sentindo isso ficar cada vez mais puro. Brian me deixou em pé de volta e pude tocar o seu rosto sem sentir medo de cair no chão, e as suas mãos que ia para a minha cintura até tocar as minhas costas que estão levemente descobertas pelo vestido.
Quando nos afastamos, sentimos vários flashes em nossa direção e vimos que estávamos em todos os telões. Ele pegou na minha mão e a segurou firme.
— Vamos sair daqui. — Disse dando meia volta comigo e começamos a correr sentindo algumas pessoas irem atrás de nós.
A sorte de que o hotel em que estou não era tão longe e conseguimos despistar entrando na área de funcionários. Assim que chegamos no meu quarto, ele começou a gargalhar e fui contagiada.
— Essa foi a maior loucura que já fiz na minha vida! — Disse me abraçando.
— Você é um patético! — Respondi lhe dando um selinho logo depois. — E o comercial?!
— O Ronnie vai dar um jeito. Conversei com ele mais cedo. — Piscou um olho e voltou a me beijar. — Como eu senti sua falta, Crys… eu não podia deixar isso nos vencer. Eu não quero perder você de novo e nunca mais.
— Você nunca me perdeu, Brian. — Toco em seu rosto, vendo cada detalhe. O seu rosto ficou corado e o abracei. — Ainda estou chocada com a sua revolta, não vou mentir.
— Você não queria que eu fosse mais solto e revoltado?!
— Eu falei brincando, Brian! — Ri. — Eu falei aquilo pra me deixarem em paz. Eu gosto de você do jeito que você é e nada mais importa. O que você fez hoje foi fantástico. Eu senti uma adrenalina tão grande que parecia que eu estava em uma montanha russa.
— Eu também senti isso, mesmo nunca ter ido à uma montanha russa. Você ainda me deve esse encontro.
— Eu sei. — Sorri. — Agora, o que você faz aqui em New York? Não deveria estar trabalhando?
— Eu vi a notícia de que você estava aqui e algo em mim dizia para eu vir fazer alguma coisa. E aqui estou eu e fiz o que era certo. Talvez eles nem nos deixem em paz, mas provar que o nosso amor não vale o julgamento dos outros é o que se torna real. Não sei o que vamos enfrentar amanhã, mas iremos lidar com isso juntos. Vamos viver a nossa vida, esquecer esses idiotas! Vamos ser nós mesmos sem se importar com os outros por muito, muito tempo, Crys.
— Eu amo você, sabia? — Sorri e limpei o meu rosto.
— Eu também amo você, Crystal. Meu anjo, não chora.
— Eu estou feliz. — Digo e o loiro me abraçou mais uma vez.
NÓS ESTOURAMOS ESSA BOLHA!!!!
A porta do quarto bateu repetidas vezes e abri, apresentando a diretora do comercial e o Ronnie logo atrás. Aí meu Deus, vem bronca aí.
— Crys… esse comercial foi fantástico! A cena do Brian interrompendo e te beijando logo depois foi o melhor plot twist que já vi em toda a minha carreira! — A mesma apertou a minha mão e sorri sem entender muita coisa, então o Ronnie me deu uma piscadela. — Semana que vem estará sendo transmitido por todo o mundo! O seu perfume será o mais vendido neste ano! Foi ótimo trabalhar com você.
— Espero que tenhamos mais trabalhos juntas. — Digo lhe dando um rápido abraço e a mesma assentiu, se despedindo e foi embora. — Plot twist?!
— Ela acreditou e olha… vocês estão no mundo inteiro e Crys… me ligaram para a seleção de um filme de ação e bem… — O loiro estava ofegante e alegre, se sentando em uma poltrona. — A Vogue e a Rolling Stone querem entrevistar vocês dois e fazer um ensaio fotográfico lá em Miami, eu respondi que só a decisão de vocês dois importam.
— Miami? — Brian indagou pegando na minha mão e olhei pra ele que sorria. — Eu topo, vou tentar trazer uma divulgação para o álbum. E você, meu amor?
Olhei para ambos e soltei um longo suspiro.
— Eu topo. — Abracei Littrell e nós três começamos a rir. — Espero que usemos as roupas mais estilosas do estoque da Vogue.
— A repórter da revista garantiu que as roupas serão da escolha de vocês. — Ronnie afirmou. — Bem… o trabalho aqui foi concluído. Eu vou para o meu quarto e amanhã partiremos para Miami.
O meu irmão saiu do quarto e fechei a porta, sentindo o cansaço da corrida que demos tomar conta de mim.
— Quero só saber como foi o surto dos rapazes. — Digo tirando os meus saltos e os brincos. — Certeza que eles berraram ao ver nós dois nas manchetes.
— E as meninas devem preparar alguma festinha por isso.
— Bem, eu não sei. — Comecei a tirar a minha maquiagem. — Nivea tá preparando as coisas do novo time, a Sam tá ajudando e a Maya está estudando. Mas vamos comemorar de alguma forma.
— E você foi chamada pra uma seleção de um filme, que maneiro!
— Sim, mas no momento preciso dormir um pouco. A preocupação que eu estava sentindo prejudicou a minha disposição.
— Somos dois então. — O mesmo tirou o paletó e os seus sapatos. — Ainda bem que usei a roupa certa para a gravação do comercial.
— Você está lindo. — Sorri olhando feito uma boba pra ele. — O que você fez hoje foi nobre, admirável… foi a coisa mais extraordinária que você já fez por nós.
— Foi a primeira de várias, Crys. — O loiro sorriu com o rosto todo corado. — Nós vamos correr pelas ruas sem se importar do que virá pela frente e no que podemos tropeçar, mas se você cair… eu não vou deixar porque estarei segurando bem firme a sua mão.
— Eu também não vou deixar, Bee. — Fiquei do seu lado, deitando a minha cabeça em seu ombro e senti o seu braço me envolver. — Mas quando iremos andar de montanha russa?
Brian olhou pra mim e riu, sem saber responder.
No dia seguinte, no aeroporto, papai se despediu da gente e pegou o avião de volta para Nova Zelândia enquanto nós três voltamos para Miami. Assim que o Brian destrancou a porta, fomos recebidos com confetes e serpentinas na nossa cara.
— Meu Deus, Brian! — AJ correu até o mesmo para um abraço e o tirou do chão. — Tô muito orgulhoso!
— Vocês tinham que ouvir os nossos gritos de surto! — Nick, com a voz meia rouca, afirmou e veio me abraçar, aliás, me espremer. — Quando vai sair o comercial, hein?!
— Na semana que vem. — Ronnie respondeu ajeitando o cabelo que foi aparado recentemente. — Você quer matar a minha irmã?!
— Desculpa! — O mesmo se afastou, brincando com o meu cabelo e comecei a rir.
Após uma longa conversa com os rapazes sobre o que aconteceu e o que vai acontecer futuramente, eu e o meu irmão fomos para a nova casa da Nivea passar esse período lá por conta de vários trabalhos que terei.
Brian Littrell
5 meses depois
O tempo voou rápido ultimamente, a entrevista com a Vogue e a Rolling Stone foram uma das melhores que eu e a Crys tivemos e sabe, já estou acostumado com isso, pois isso nos deixou andar pelos lugares sem medo e agora as pessoas começaram a entender de que também somos humanos.
Crystal andou muito ocupada também. Ela já está gravando o seu segundo filme do ano e o primeiro vai estrear em breve. Ela também mal faz ideia de que eu e os rapazes preparamos uma festa surpresa para o seu aniversário que já está chegando.
— Eu já liguei para todo mundo. — Howie disse aparecendo na sala completamente empolgado. — Liguei para a Helena e ela disse que vem, pois precisa resolver algo aqui em Miami.
— Eu nem posso adivinhar, mas tem haver com o Ronnie. — AJ afirmou ganhando do Nick no Street Fighter. — E o Ronnie quer ver ela, mas os compromissos não permitem.
— Eles deviam ter se declarado quando ainda estavam em Seattle. — Kev comentou e concordamos. — Devíamos fazer algo pra ajudar o Ronnie.
— Ele se declarar pra ela durante a festa! — Nick se animou na hora. — O Ronnie sabe tocar, não sei se sabe cantar, mas… dava pra ele fazer tipo um showzinho e a gente cantava como não fosse nada, aí cantávamos alguma música da escolha dele e depois se declarava para a Helena!
Ficou um silêncio na sala depois que o mais novo falou. Nick nem sentiu, mas falou na mesma velocidade e volume que a Maya fala normalmente no dia a dia.
— Não gostaram da ideia? — O loiro indagou olhando pra gente e sorrimos.
— Nick, é uma ideia perfeita! — Digo e o mesmo suspirou de alívio. — Só falta o Ronnie topar.
— Claro que ele vai, é da Helena que estamos falando! — Howie disse já indo para o telefone novamente. — Vamos precisar da Maya.
Howie e Nick ficaram encarregados com a declaração do Ronnie, enquanto eu, Nivea, AJ, Sam e Kevin fomos providenciando tudo para a festa. Convidamos todo mundo que a mesma conhece ou queria conhecer e alugamos um lugar amplo para a festa. Eu e Kevin fizemos um bolo enorme e encomendamos o resto da comida e bebida. Quando a Helena chegou aqui em Miami, trouxe com ela vários itens de decoração para a festa e em questão de uma semana, tudo estava pronto.
E o dia dela chegou.
— Brian, posso falar contigo um minuto? — Nick me chamou e fui até uma parte do salão, vendo os convidados chegarem aos poucos no local. — Eu não vi você falar que comprou um presente pra ela nos últimos dias.
— Porque é surpresa, Nick. Eu sei que vocês adoram espalhar fatos históricos.
O loiro ficou boquiaberto com a minha resposta e rimos.
— E o que é? Prometo contar pra ninguém.
— Quando a Crys chegar, você vai saber. — Toquei em seu ombro e fui receber o Talk That, um dos seus ídolos. É, isso soa indiferente, mas já me acostumei. — Caras, valeu por terem vindo.
— Tudo pela nossa fã, Brian. Já temos tudo bem ensaiado para a apresentação de hoje. — Gary afirmou sorridente. — Crystal terá a melhor festa de aniversário.
— Mal posso esperar para ver a reação dela vendo vocês. — Digo e o quarteto foi andando para as suas mesas. — Spice!
— Brian! — As meninas já vieram me saudar. — Cadê a Crystal?
— Daqui a pouco tá chegando, meninas. Muito obrigado por terem vindo.
— Nós que agradecemos por esse convite. — Emma acenou e as britânicas foram andando falar com outros convidados.
— Com licença, aqui é a festa da Crystal Fletcher? — Me viro para ver quem era e sorri.
— É aqui mesmo, Christina. A sua mesa é perto da Shania.
— Obrigada.
— Primo, essa festa vai render muito…
— AI MEU DEUS, É O KEVIN! — Kev deu um pulo de susto ao ver mais uma convidada. — Desculpa por chegar assim, eu sou uma amiga da Samantha Finch e ela me convidou e nossa… eu sou muito fã de vocês e da Crystal.
— Como se chama? — Perguntei e a loira coçava a sua cabeça como tivesse se esquecido e ficou olhando para os lados como tivesse procurando alguém e olhou toda sem jeito para o meu primo.
— Eu me chamo Skyler, mas sou conhecida como Sky Henderson. Sou cantora e vizinha da Sam lá em Beverly Hills. — Apertei a mão dela imediatamente.
— Que bom te conhecer, Sky. Eu e a Crys adoramos as suas músicas. — Digo e a mesma sorriu ponta a ponta.
— É bom te conhecer também, Sky. — Kevin disse apertando a mão da mesma.
— Desculpe pelo susto, é que você é o meu integrante preferido! — Sky afirmou sem querer soltar a mão do mais velho. — Sabe, eu surto muito fácil com qualquer coisa e nossa, te ver pessoalmente foi quase um infarto e pra procurar a Sam pra ligar para o nove-um-um…
— Tudo bem, é… você quer uma água ou alguma coisa para relaxar? — Kev perguntou meio preocupado com a garota.
— Não, eu tô bem! Eu só estou tentando me situar aqui mesmo.
— Venha, eu te levo até a Sam.
— Obrigada, Kevin! — Sky disse toda sorridente.
— Brian, o Ronnie mandou uma mensagem falando que já estão chegando! — Maya e Howie chegaram falando ao mesmo tempo.
— Apague as luzes! — Gritei para o AJ que desligou o gerador e ficando em nossas posições no meio da pista de dança.
Crystal Fletcher
— Ronnie, acho que esse restaurante está fechado! Tá tudo escuro! — Digo ao sair do carro e o meu irmão foi me levando. — Tá fechado, Ronnie.
— Pode ser do vidro que é escuro, Crys. Vamos, os rapazes e as meninas estão esperando.
— Tá bom.
Passei o dia inteiro chateada, ninguém que conheço me desejou um feliz aniversário, muito menos os meus pais. E ainda tive que sair do Texas pra cá de última hora, que empresário e irmão maravilhoso que eu tenho. Tudo de última hora.
— Abre a porta, Crys.
— Tá. — Digo indisposta e abro a porta, vendo tudo escuro. — Eu te falei, Ronnie! Tá fechado!
— FELIZ ANIVERSÁRIO, CRYSTAL! — As luzes se ascenderam apresentando várias pessoas que conheço e que nem tive oportunidade de conhecer pessoalmente.
Maya e Nick foram até mim, colocaram um chapéu de festa, uma faixa prateada escrito “melhor aniversiante de todos” e foram me levando até uma mesa central do salão, onde o Brian me esperava em pé.
— Está pronta? — Ele questionou e fiquei sem entender nada, até que as cortinas se abriram apresentando nada mais e nada menos que o:
— TALK THAT! — Gritei mais alto do que imaginei e me aproximei vendo os mesmo cantarem a minha música preferida. — Você fez isso pra mim?!
— Não sozinho. — Brian afirmou e eu o abracei. — Feliz aniversário, meu anjo.
— Talvez eu tenha dito isso antes, mas vou dizer de novo: você é o meu tudo. — Beijei o seu rosto e voltei para os meus ídolos, sendo chamada para o palco.
A festa foi tudo de bom, todos os convidados falaram comigo e tive vários surtos também, mas o maior foi quando o Ronnie subiu o palco.
— Boa noite, gente. — Todo mundo deu atenção para o meu irmão, inclusive a Helena que estava do meu lado contando as suas novidades. — Eu sei que hoje está sendo uma noite especial para a minha irmã, minha anã… mas talvez ela fique zangada ou feliz por estar interrompendo o seu momento, mas enfim…
— Fala, Ronnie! — Howie gritou de boca cheia e voltou a comer o seu prato com uma montanha de bolo e outras coisas.
— Bem, é… eu conheci alguém que me mostrou que tenho mais uma aventura para viver e nossa, eu acabei entrando nessa aventura. Porém, não posso fazer isso sozinho, porque a grande parte da maravilha dessa aventura é dessa pessoa linda, conselheira, bondosa e impossível de explicar através de palavras desde que a vi pela primeira vez. O que eu quero dizer é que nunca me apaixonei por alguém nessa intensidade em toda a minha vida e creio que você seja aquele detalhe, aquele pedaço que estava faltando para a minha vida ser brilhante e eu quero deixar a sua vida assim. Helena Morales, você aceita ser a minha namorada?
Helena ficou boquiaberta e a mesma olhou pra mim sem reação. Eu só assenti, como o Brian e os meus pais fizeram.
— Eu aceito, Ronnie! E você não terá mais uma aventura comigo, terá milhares. — A mesma disse alto o suficiente para todo mundo ouvir e aplaudimos.
O meu irmão pulou o palco e foi até a mesma, se agachando para um beijo.
— Eu garanto está sempre ao seu lado, H. — O loiro disse olhando nos olhos da latina e ela assentiu.
— Vamos dançar, gente! — Nick berrou no meio do salão e começou a tocar música eletrônica durante a festa.
Eu e o Brian ficamos dançando completamente desengonçados pelo fato de eu ser péssima, mas ele tem paciência comigo e foi me ensinando alguns passos simples para eu não ficar pisando com muita frequência em seus pés.
— Tenho uma coisa pra te falar, Crys. — Ele disse me girando e quase derrubei a bebida do AJ. — É… vamos para um lugar que você não pode causar um desastre.
— Okay… — Digo e vou acenando para uns convidados enquanto andamos até uma espécie de varanda. — O que tem pra me falar, Bee?
— É… eu sei que estamos extremamente ocupados nesse período e só temos tempos para um telefonema por semana, mas eu quero fazer isso antes de estarmos livres.
— O que você quer fazer, hein? Já tô me tremendo.
— Eu quero te dar isso como um simples presente de aniversário. — Brian amostrou uma aliança e colocou no meu dedo anelar, era tão bonita, toda prateada com umas pedrinhas azuladas como os meus olhos. — E como um pedido de noivado.
— Oi?! — Chega coloquei a mão sobre o meu peito. — Como assim noivado, Brian?!
— Quer casar comigo? Não precisa ser agora, quando tivemos um bom tempo livre planejamos a cerimônia, a festa, a lua de mel com tranquilidade. Mas se você aceitar, claro.
— Isso é algo que faltava completar essa noite e deixar ela perfeita, Brian. Eu aceito com certeza. — O puxei para um beijo e nos abraçamos. — Agora só falta a montanha russa.
— Podemos ir amanhã lá no parque da Disney se quiser…
— DA DISNEY?! VAMOS SIM! — Dei vários pulos de ansiedade e o loiro ficou sorrindo. — Agora eu quero dançar melhor, vamos!
— Vamos! — Peguei na mão dele e fomos andando de volta para o salão.
Não de que horas eu fui dormir na casa dos rapazes, mas lembro de que eu e o Brian pegamos estrada para Orlando e fomos para vários brinquedos, tirei foto com os meus personagens favoritos, com alguns fãs também e no fim do passeio, fomos para a montanha russa mais radical do parque ganhando a maior adrenalina assim que entramos no brinquedo.
— Tá com medo, Brianzinho? — Digo colocando a proteção e o loiro fez que não, suando de nervoso. — Se não quiser, eu entendo.
— Crys, combinamos de andar em uma montanha russa juntos e é isso que vamos fazer. Se já vivemos uma montanha russa nesses dois anos, o que é esse brinquedo junto DISSO MEU DEUS!
Comecei a ter crise de riso quando começamos a subir. Quando chegou no topo, eu segurei a mão que estava suada.
— Abre os olhos, seu patético. — Digo olhando para o Littrell que foi abrindo lentamente. — Olha como Orlando é lindo de cima!
— Wow… é… maravilhoso. — Comentou ofegante e o brinquedo desceu causando a maior gritaria por parte dele. — CRYS, ESQUEÇA TUDO O QUE FALEI! ISSO NÃO CHEGA NEM PERTO DO QUE PASSAMOS!
— EU SEI! SÓ QUE É MAIS DIVERTIDO! — Levanto os meus braços para cima e comecei a gritar nas voltas.
— DIVERTIDO?! TÁ DOIDA, É?!
Assim que chegamos no fim, estávamos com novos penteados, mas o pobre estava todo descabelado e desorientado. Eu tive que ajudar a sair e quando saímos do brinquedo, tirei um Polaroid do mesmo para amostrar aos rapazes.
Finalmente pude encontrar tranquilidade e o verdeiro foco no que eu faço graças ao Littrell, aos meus grandes amigos e claro, à minha família que me apoiaram em peso. Trabalhar com o Venice foi incrível, mas nunca prestei atenção em quem eu estava me tornando, eu não estava tendo uma vida, eu só estava trabalhando, focando no trabalho e mantendo-se profissional, sem conseguir ser quem eu realmente sou e me tornando alguém tão arrogante e desprezível. Eu espero que ela tenha percebido do erro que fez sobre isso e sobre ter ido embora sem a coragem de falar na minha cara de que lhe apareceu outra oportunidade. Kevin se tornou um grande amigo depois disso claro, ficamos apoiando um ao outro desde naquele dia e também, nos momentos livres, estamos azucrinando a vida do Brian.
E sobre os gêmeos Finnigan… dar uma dor de cabeça só de pensar neles. Após o Darius e o Ronnie terem ido até lá, o Nick me disse que ambos foram fazer faculdade lá na Romênia para terem conhecimento de alguma coisa naqueles cérebros. Pelo menos eles passarão um bom tempo ganhando senso, eu espero porque olha… sem comentários.
E sabe, tudo está perfeito. Okay, você passou esse tempo sabendo de eu literalmente odeio essa palavra, mas sabe… várias vezes fui perguntada sobre qual era a sensação de ser uma atriz talentosa e uma pessoa “perfeita”. E sempre questionei a si mesma: eu sou perfeita? A Sherry me via como uma perfeita e agora me questiono: o que eu tenho que me defino com essa palavra? Sou apenas uma pessoa comum como os outros e se eu fosse, eu nem seria cem porcento.
E sobre essa questão? Eu não respondo, não vejo necessidade. Questione e responda pra si se houver um boa resposta.
Se eu sou, eu sou imperfeitamente perfeita.
FIM.
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