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Brian Littrell
Meses depois
Os preparativos para o nosso álbum foi uma grande correria ultimamente. E estamos preparando um ótimo clipe quando o disco for lançado, enfim, todos nós estamos ansiosos para o dia chegar.
Nick também não larga o telefone, fofocando com o Ronnie ou a Crystal. Ela nem quer mais falar comigo, pelo visto, ela fez o que bem queria desde que nós nos vimos pela primeira vez. Mas o pirralho nos disse que ela está em Oregon gravando um filme em que irá protagonizar, o que significa de que a atriz não está com muito tempo livre.
Pior que depois da nossa última discussão, não tivemos uma despedida. Crys falou com todos e foi embora com a sua família, eu fiquei bastante chateado por aquilo ter acontecido entre nós dois, pois ainda tenho esperança de que ela vai correr atrás.
Enfim, o tempo passou rápido e não chegou mais respostas da Lis. Ela deve ter ficado muito triste ao saber de que não vou poder ver a mesma. Até hoje fico imaginando como ela é, talvez a aparência seja completamente o oposto do que penso, mas quando a neozelandeza vem na minha mente, acabo criando como fosse uma personagem de livro.
Pior que eu estava prestando atenção em mim mesmo nesses últimos meses de que penso muito na Crystal. Como ela está, essas coisas. Naquele dia em que ela adoeceu fiquei muito preocupado e eu faria de novo caso a mesma ficasse doente, mas provavelmente ela diria que não quer a minha ajuda e ia me chamar de patético logo depois. Sinto falta dela. Nem tanto assim por causa das brigas, mas eu sinto de alguma forma.
— Brian? — AJ bateu na porta do meu quarto e quase tomei um susto. — Tá na hora de ir para o ensaio.
— Estou indo. — Arrumo as cartas da Lis na minha escrivaninha e pego a minha bolsa, que arrastou uma pasta e caiu alguns papéis dele. — Droga.
Me agachei para pegar e um estava bem desenhado. Foi a resposta da Crystal naquele dia. Ela desenha muito bem, até mesmo melhor do que o Nick.
— Patético. — Li e sorri, é de ouvir a voz dela quando leio essa palavra. Dobrei o papel e coloquei na minha bolsa, depois arrumo quando voltar.
Desci e entrei no carro, então Howie acelerou o automóvel e fomos em direção do estúdio para ensaiar as coreografias do nosso segundo álbum.
Hoje a gente pegou um pouco pesado, nunca me senti tão cansado com o ensaio. Pior que os quatro não parecem tão exaustos, que estranho. Resolvi parar um pouco e beber água a cada música que acabava. Kevin percebeu que tinha algo de errado comigo, então, todo mundo voltou pra casa cedo por minha causa.
— Brian, você não tá cem porcento hoje. E nem ontem tava. — Ele disse preparando o jantar e eu estava querendo ajudar o mesmo. — Sente por um minuto, eu me viro aqui.
— Mas ontem eu não tava me sentindo cansado, Kev. Eu só me atrapalhei um pouco em algumas coreografias, não foi como hoje.
— Deve ter muito haver com isso… — Kevin apontou para o meu peito. — Tem que resolver.
— Se fosse eu tava sentindo.
— Brian, não seja teimoso. Você vai ao médico e se cuidar, também, tem que avisar à tia sobre a sua situação.
Quando olhei para o meu lado, lá estava os três fofoqueiros observando tudo. Vão falar alguma coisa, tenho certeza.
— Bee, o Kevin tá certo. — Nick afirmou e soltei um suspiro. — A gente para por um tempo pra você se cuidar.
— E o álbum?! Faltam algumas músicas. Olha, eu tô bem. Só tô me sentindo um pouco cansado pelo ensaio e…
— Já sei o que é! — Howie me interrompeu e o Kev só olhava pra ele já repreendendo. — Você tá sentindo saudades.
— Da Lis?! Ele nem viu ela, seu tonto!
— Não Alex, tô falando da Crystal. — Disse e senti o meu rosto formar um sorriso sem eu querer. — Olha aí! Toda a vez que o Nico fala com ela, esse doido fica perguntando como ela está e depois fica “ai, eu não gosto dela não”. Mentira! Você gosta muito da Crystal e se pudesse estaria lá em Oregon azucrinando a vida da garota!
— Brian sente falta é de vitaminas. — AJ retrucou e Howie olhou incrédulo para o mesmo. — Que foi?!
— Você vive no canal de esportes pra ver se a Nivea vai aparecer no intervalo de qualquer jogo do NFL e o Kevin fica todo mal humorado quando não recebe uma notícia da Venice, o Nick não, quase todo dia fala com a Maya e o Brian sente saudades dos foras da Crys! É o amor que tá mexendo com a cabeça de vocês e deixando maluquinhos!
— E você, Howie? — Olhei incrédulo para o mesmo que deu de ombros.
— Eu sou o único que não está apaixonado dentro desta casa.
— Ainda. — Nick brincou e o latino deu tapa na testa do mais novo.
— E eu também não tô apaixonado! — Digo e os quatro começaram a gargalhar da minha cara. Howie ficou no chão rindo e o Kevin quase esqueceu de desligar o fogo. — Eu tô falando sério!
— Brian, essa mentira já saturou faz séculos! — Alex afirmou se recuperando da risada. — Você nem tá mais triste porque a Lis parou de te responder, mas quando fala da Crys você acaba sorrindo, lembrando das implicâncias e também do ensaio fotográfico que tava bem perto dela.
— Temos que lembrar também do beijo que ele roubou dela depois da crise de ciúmes com o Sawier. — Kevin disse e sorriu logo em seguida, junto com os rapazes. — Vai primo, admite logo que gosta da Crystal.
— Eu não tenho certeza sobre isso. — Digo toda a verdade e o Nick olhou pra mim zangado. — Essa é a verdade, gente. Eu não sei se eu faria aquilo de novo.
— Tá falando isso por causa do tapão que levou na cara e passou horas com a cara marcada da mão dela. — Howie afirmou jogando um pano de prato em cima de mim. — Brian, você é inteligente o suficiente pra notar de que está apaixonado, talvez até…
— Até…? — Fiquei esperando pelo seu suspense.
— Louco pela Crystal Fletcher.
— De jeito nenhum!
— Ih, ele tá vermelho! — Nick provocou e começou a gritaria deles.
— Vocês venceram! — Gritei com eles que se calaram. — Eu tô apaixonado pela Crystal Fletcher.
O quarteto fantástico gritou mais ainda como uma seleção de futebol tivesse ganhado a copa do mundo, creio que fiquei um pouco surdo no momento até os quatro me abraçarem dizendo que estão orgulhosos de mim e até perguntando quando eu vou me declarar para ela. Droga de pressão, me dei mal.
Crystal Fletcher
Salem, Oregon
— E… corta. — O diretor deu a ordem e saí do cenário em direção ao mesmo. — Crystal, você foi excelente! Meus parabéns.
— Obrigada. — Sorri para o mesmo que retribuiu.
— Que isso, minha jovem. Pode ir descansar por uma hora, vamos esperar o sol se pôr naturalmente para você contracenar com o Paul, okay?
— Okay. — Assenti e fui andando até o meu trailer. Olhei para o relógio para marcar a hora de sair e fui até o frigobar pegar uma garrafa d'água e um chocolate.
Quando eu olhei para uma direção, a Venice estava no telefone e pelo jeito, conversava com alguém bem especial.
— KEVIN, GOSTOSO! — Gritei e a minha empresária olhou feio pra mim e comecei a rir dela.
— É a criança da Crystal, liga não. Oi?! Ele disse isso?! Meu Deus, que bom!
— Ele quem?! Disse o quê?! — Perguntei abrindo a minha barrinha de chocolate e a mais velha sorria olhando pra mim. — Venice!
— Tá, eu deixo isso como segredo. E como está indo o andamento do álbum? — A mesma fingiu não me ouvir e me sentei do lado dela pra tentar ouvir o que o Kev está falando, mas foi impossível. — Caramba… mas é algo sério? Tem tratamento?
— Um dos rapazes está doente? — Venice só balançou a cabeça como um sim. — Quem?
— Não precisa se preocupar? Tudo bem, Kev. Tá bom, isso eu conto! Okay, eu também te amo.
— Ui, é oficial agora! — Digo ainda esperando pelas suas respostas.
— Crystal, para. — Ela fica toda sem jeito quando falo algo em relação à mesma e ao Kevin. — Bem, ele me disse que falta pouco para o álbum ficar pronto e estão ensaiando a coreografia do novo clipe.
— E alguém falou algo que o Kevin te contou e deixou chocada. Desembucha.
— Pra quê?! Pra você ter mais raiva ainda?! Acho melhor não.
— Pelo visto é o Brian. — Droga, tô curiosa. — O que esse idiota disse?
— Ele disse hoje mesmo para os rapazes de que está apaixonado por uma pessoa.
— Deve ser a Lis. — Me levanto já perdendo o interesse e guardo a água no frigobar.
— Não.
— A doida dramática da Sherry. — Afirmei indo dar um retoque na minha maquiagem.
— Essa foi longe! — A mesma gargalhou. — Enfim… é uma garota bem bonita que ele conheceu e que não para de pensar nela nesses últimos meses.
— Deve ser outra doida dramática que não larga do pé dele e… provavelmente eu devo estar grata por não saber o nome e muito menos ter visto ela pessoalmente. — Digo pegando o meu protetor labial, eu só vi o reflexo da Venice no espelho fazendo que não e ria.
— Eu estou falando de você, Crystal. — Borrei o protetor quando ela disse essa frase. — Brian finalmente assumiu que está apaixonado por você.
— Era só o que me faltava. — Resmunguei e fiquei negando. — Agora ele nunca mais vai sair do meu pé, que inferno, Venice! Por que logo ele?!
— Melhor do que o babaca do Sawier.
— Isso é fato, mas… preferia que ele gostasse da Lis.
— Você não é obrigada a ficar com ele por causa disso.
— Eu sei, mas… isso nunca vai ser retribuído e eu sou capaz até de deixá-lo arrependido de ter me… conhecido. É isso!
— Isso o quê, Crys?!
— Eu vou fazer ele deixar de gostar de mim e ir atrás da Lis! — Me virei para olhar melhor para a mesma que fez que não.
— Crystal. Não é uma boa…
— Venice, eu vou ter uma semana e dois dias de folga no próximo mês e se eu… levar ele para a Nova Zelândia e conhecermos a garota?! Ele me troca por ela e sou excluída! Isso é… magnífico.
A Venice disse mais nada e parecia um pouco cabisbaixa por ter ouvido isso de mim, então ela saiu do trailer. Bem, infelizmente eu vou ver o Littrell e infelizmente eu vou ajudar ele com essa loucura.
E também, o garoto precisa conhecer ela pessoalmente, antes que seja tarde demais.
Depois das gravações junto com o Paul Rudd, voltei para o pequeno apartamento que aluguei. O filme vai ser incrível, li e reli o roteiro inteiro várias vezes e espero de que esse trabalho faça sucesso.
Quando eu estava encontrando a posição perfeita na cama e fechar os meus olhos, o telefone no criado mudo começou a tocar e peguei sem olhar o número, atendendo logo em seguida.
— Alô? — Pergunto e dou longo bocejo, hoje foi tranquilo na gravação, mas estou cansada.
— Crystal?!
— Sim, é ela. — Abri os meus olhos. — Quem fala?
— Sou eu, o Brian.
— Ah… tinha que ser. Me ligando nessa hora da madrugada.
— Perdão, é que só tenho tempo pra conversar contigo agora. Daqui a pouco estou indo para o ensaio.
— Okay, tá certo. — Dei mais um bocejo. — Qual é o motivo de estar me ligando, Littrell?
— Porque faz meses que não nos falamos. Desde daquele dia em que você recusou em ir comigo para a Nova Zelândia.
— É, pior que pra mim o tempo passou rápido, sabe? Dias depois que voltei da viagem, fui chamada para a seleção de um filme e adivinhe? Sou a protagonista pela primeira vez.
— Parabéns, Crys. Que espero que esse seja o segundo sucesso de todos que virão pela frente.
Okay, eu sorri com isso. Foi gentil da parte dele.
— Obrigada. Espero que você e os rapazes assistam quando estrear. — O mesmo falou que sim ao me ouvir. — Brian… eu não queria ter sido muito rude com você naquela hora, mas eu estava muito mal pelo que tinha acontecido um pouco antes.
— Não esquenta, tá tudo bem pra mim. — Claro, você tem algo por mim. É fácil perdoar aquele momento de alto estresse. — Então, eu te liguei para saber como está indo, bobagens.
— Eu vou bem, Brian. Estou um pouco cansada, mas por uma boa razão. Tô dando tudo de mim para esse filme ser inesquecível.
— Podes me dizer a categoria do seu filme?
— É uma comédia romântica. — Afirmei e bocejei mais uma vez. — Não posso dizer muito, mas é meio que tem um… romance proibido.
— Quem diria que você seria tão poética. — Eu ri e ele se contagiou. — Se passa nos últimos séculos?
— Não, há algumas décadas atrás. Mas sabe, tá bem divertido.
— É né, você vai ter várias cenas de beijos com o ator e outras coisas… ele com certeza tem sorte.
— Espera aí por um momento! — Ri fracamente dele que provavelmente ficou sem entender nada. — Brian Littrell, você está com ciúmes mais uma vez!
— Não Crys, tava brincando contigo! — Nem sabe mentir direito. — Eu tô falando sério.
— Ai ai, você quem sabe. — Fiquei sorrindo. Ele acha que eu não sei. — Sabia que vou para outra cidade depois daqui em Salem?
— Que legal, Crystal. Mas vai ser por causa da gravação?
— Bem, mais ou menos. Eu vou para uma cidade que não estou recordando o nome e quando eu soube, achei familiar. Aí me dei conta. É em Kentucky.
— Sério?! Você vai adorar conhecer esse lugar, não vai se arrepender! Qualquer cidade de Kentucky é incrível.
— Ouvindo isso de alguém que nasceu lá, mal posso esperar. Agora me diga uma coisa.
— Sim?
— É verdade que qualquer pessoa que nasce lá tem um instinto assassino ou algo parecido? Tipo, se um cidadão for ameaçado por alguém pode até ocultar o corpo?
— De onde você tirou isso?!?!
— Dois de um trio barraqueiro que convivem contigo e o seu primo me contaram.
— Creio que tenha sido Howie e Nick.
— Acertou!
— É uma invenção. — Que pena. — Enfim, tô atrapalhando o seu sono, outro dia a gente se fala melhor.
— Tudo bem e quer saber? Foi uma surpresa receber um ligação sua depois de uns…
— Quatro meses. Soa estranho, mas contei cada dia. — Ele afirmou e senti o meu rosto ficar corado. — Sabe, senti saudades de perturbar você.
— Era de se imaginar. — O mesmo gargalhou. — Até que curti essa conversa. Bem, nem sei que horas são aonde você está, mas… boa noite.
— Boa noite, Crys. — Disse o mais suave possível. — Tenha bom sonhos.
— Igualmente, Bee. — Desliguei o telefone e deixei fora do gancho mesmo, morrendo de sono.
Engraçado é que, eu também senti uma certa saudade nos últimos quatro meses e pensei que era da Laguna Beach, mas agora que percebi de que era desse doido que eu tava sentindo. Principalmente quando insistia todo dia em ser o meu amigo e acabava virando uma discussão, mas também teve aquelas duas vezes que o mesmo ficou bem perto de mim, olhando para a minha boca. Fiquei nervosa, muito nervosa com isso mas não significa que algo dentro de mim está concedendo um espaço pra ele ocupar, de jeito nenhum! Não perdi o meu juízo ainda não.
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